Yuka 02/06/2024
Segunda vez que tento ler esse livro. Da primeira vez me cansava e eu sentia muito sono. Mas dessa vez consegui terminar. Pelo que me lembrava, era cansativo pelas descrições detalhadas da pesca. Nem me lembrava de Ishmael e seu companheiro Queequeg. Achei o início muito interessante, pois o modo como Ishamel conheceu Queequeg, foi muito promissor. Até encontrarem o Pequod e fazerem parte da tripulação. Ainda ficou aquele mistério porque o capitão Ahab demorou para dar as caras.
Depois, quando estavam já no mar, comecei a achar a leitura cansativa e confusa. Mas nada que deixe a obra sem graça. No entanto, se tivesse menos detalhes que não achei muito importantes, tanto que nem lembro mais, talvez mais pessoas teriam oportunidade de ler, já que suas mais de 600 páginas pode assustar quem não gosta de ler livros longos.
As atitudes de Ahab podem ser vistas em alguns filmes de pescadores, por sua obsessão em caçar Moby Dick, ignorando até pedidos de ajuda de outros navios, quando encontravam algum, sendo que a primeira coisa que Ahab perguntava era se tinham visto a baleia branca.
Queequeg e Ishmael tiveram momentos hilários juntos, pena que a bordo do Pequod isso foi apagado. A leitura chegou a ficar um pouco maçante, por isso várias coisas não me recordo mais. Agora, chegando para o final, foi eletrizante, embora seu final seja triste. A descrição da baleia branca na história não foi muito satisfatória, principalmente quando finalmente a encontraram. Talvez seja porque outros livros ou filmes, dão certo destaque a baleia.
Sempre achei que Moby Dick só tinha uma história, que era contada por Herman Melville, e me confundi com a história de No coração do mar, que relata um navio baleeiro, Essex, que também estava atrás de Moby Dick mas que veio a afundar, deixando os tripulantes divididos nos botes salva vidas a deriva no mar. Mas esse foi escrito por Nathaniel Philbrick e bem mais recente do que Herman, então entendi quem se inspirou em quem.
Eu acho que a diferença das épocas na escrita, faz uma enorme diferença. Apesar que a edição de Herman que li, foi bem agradável até. No entanto, o foco de Herman era a caça das baleias e a descrição de como caçá-las, assim como seus meios de navegação. Muitas palavras fiquei sem entender, apesar de ter um glossário no final, mas fiquei com preguiça de ficar procurando o que cada coisa significava. A única palavra que procurei foi o significado de ostaxa, que sinceramente, nunca tinha ouvido falar.
Bom, no mais, eu gosto de um desafio e essas leituras de autores antigos, são incríveis, embora alguns cansativos de se ler. Mas o que vale é a experiência. Recomendo.
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