Resenhas - Moby Dick

Aurea25 14/07/2023

Rindo horrores
Pelo simples fato de que não tem o volume II no Skoob. Por que colocaram o I e não o II se foram publicados na mesma coleção, com uma semana de diferença?

Angel in trenchcoat 18/07/2023

Viste a baleia branca?
Pois bem, chegada ao fim desta viagem?.

Sinceramente, eu gostei mas é impossível negar de que Ismael divaga por deverás vezes, o que torna escruciante a leitura de alguns capítulo (como aquele em que ele fala sobre cetologia).

A história por si me conquistou justo nos capítulos iniciais, onde somos apresentados ao narrador-personagem e a sua trajetória ao mar (e claro, passando por Queequeng, a quem se tornou amigo leal). Vemos também Ahab, o obcecado capitão do navio Pequod, um homem de somente uma perna viva e que está obcecada por uma baleia branca (vulgo Moby Dick) que arrancou uma parte de seu corpo.
Logo de início é visto presságios de que está viagem seria repleta de mau agouro e realmente foi!

Gostei muito do toque sobrenatural que ronda certos personagens. Creio que uma das cenas que mais gostei é na primeira aparição dos clandestinos do navio, eles surgem como sombras e na frente deles há Ahab, com seu cajado e sua perna de marfim. Eram como demônios que vieram por buscar sua alma.
Outro lado interressante é o misticismo por cima de Moby Dick, ele é como um boato que se espalha de boca em boca, algo que reina há muitos anos, algo estranho que não morre, algo estranho que está em todo lugar ao mesmo tempo, algo estranho que consegue sair vitorioso independente do que. Adorei esse detalhes mas volto a ressaltar o quão cansativos firam alguns capítulos que era somente descrições sobre funcionamento do navio, processo de despachamento do animal, etc...Pode pular a vontade que não fará diferença na leitura coisas como essa (falo por experiência própria, eu não pulei e mesmo assim não serviu de nada).

Pois bem, geral foi de vala. A obceção de Ahab levou todos, exceto Ismael, a um trágico fim. Moby Dick permanece vivo enquanto os cruéis canibais, que a tanto o persegue, naufragaram e afundaram na loucura de seu velho capitão.

Mariana 24/07/2023

07/10
É um livro muito grande e longo, ele é extremamente pesado, então é horrível de ler, mas a leitura é boa (eu resumiria em 200 páginas no máximo).

Fabi Copetti 26/07/2023

Jornada Fantástica
Com uma gama de sentimentos misturados, terminei essa jornada que foi ler Moby Dick. Que livro!!! Aliás, que obra-prima!!! Comecei a ler em março e confesso que alguns capítulos são bem cansativos. Melville é bem descritivo sobre o funcionamento de um barco baleeiro, a rotina desses marujos, a estrutura e os diversos tipos de baleias etc. Em determinado momento, para aliviar o cansaço e um pouco da vontade de abandonar, eu aceitei que era uma oportunidade de aprender muito sobre esse universo. Comecei inclusive a pesquisar algumas particularidades sobre as baleias que eram descritas no livro. Mas o final... Ah! o final... foi lido em desespero, com ansiedade, com avidez. Que final. Como a criatividade humana é fantástica!!! Como as peças se encaixam e fazem o queixo do leitor cair. O meu caiu. Tudo acontecendo, eu querendo ler, gente querendo falar comigo e eu pedindo pelo amor de Deus para me deixar quieta porque eu precisava acompanhar aquele final que senti como se fosse ao vivo. Fantástico. Quando consegui respirar, digerir, pensar e voltar para a realidade, comecei a reler alguns destaques que fiz e ... Nossa!!!! Que livro bem escrito. Que personagens: Ahab, Ismael, Starbuck, Stubb, Queequeg, até o Pequod e todo o seu significado. Acredito que cada leitor vai ter sua análise sobre a vingança desenfreada que Ahab busca por Moby Dick o ter mutilado. Antes de ler, achava que esse livro era sobre Ahab x Moby Dick. Agora entendo de outra forma e o desfecho corrobora isso, no meu entendimento. Terminei o livro desejando ter o poder de esquecer tudo só para ter a sensação de ler aquele final de novo. Demorei tanto a ler esse livro pelo volume, não me arrependo, tudo tem seu tempo. Quando o li, foi maravilhoso. Agradecida por esses sentimentos.

LenSa 27/07/2023

Sem dúvidas, esse foi o livro mais difícil de terminar. Ele faz muitos rodeios desnecessários. Com certeza, o autor teve muito trabalho de pesquisa para escrevê-lo.
Eu não gostei, mas entendo o fato dele ser um clássico.

"Ah, clareiras verdejantes! Ah, paisagens infinitas sempre primaveris na alma; em vocês ? embora há muito ressecados pela seca mortal da vida terrena ?, em vocês, os homens podem ainda correr, como jovens cavalos sobre os frescos trevos matinais; e, por alguns momentos fugazes, sentir em si o frio orvalho da vida imortal. Oxalá essas abençoadas calmarias durassem. Mas os fios da vida, já mesclados e ainda se mesclando, são tecidos segundo a tessitura e a trama: calmarias cruzam-se com tempestade, uma tempestade para cada calmaria. Não há progresso constante e sem retrocesso nesta vida; não avançamos por meio de gradações fixas, e, quando chega a última, paramos: ? passando pelo feitiço inconsciente da primeira infância, pela fé impensada da meninice, pela dúvida da adolescência (o destino comum a todos), depois pelo ceticismo, mais tarde pela descrença, repousando por fim no ponderado Se da vida adulta. Ao chegarmos lá, porém, passamos por tudo mais uma vez; e somos bebês, crianças, adultos e Ses eternamente. Onde fica o porto final, e onde não mais levantamos ferro? Em que éter de êxtase navega o mundo, do qual nem os mais exaustos um dia se cansarão? Onde estará escondido o pai do enjeitado? Nossas almas são como aqueles órfãos cujas mães solteiras morrem no parto: o segredo de nossa paternidade jaz em seus túmulos, e lá devemos descobri-lo."





"Mas ao carregar sua história de uma linguagem e de uma série de efeitos novos, calcados na oratória religiosa, no teatro inglês e grego, na ensaística, na filosofia e, por que não, na teologia, ele o tempo todo sublinha a necessidade de reconhecer que por trás de tudo isso há algo mais. Há muito mais. Mas que esse significado maior só pode existir porque se trata apenas e exatamente das coisas que estão ali. Elas são exatamente e apenas o que são."
"O gesto subversivo, e poderosíssimo, de Melville, parece ser exatamente o avesso da travessura do pintor belga René Magritte, que nos mostra um quadro com a representação de um cachimbo e, abaixo dela, o texto que afirma ?isto não é um cachimbo?. Moby Dick nos mostra um mundo carregado de sentidos, homens, metáforas, imagens, palavras e ações todas prenhes de um significado maior, quase cósmico, e no entanto repete o tempo todo, como um mestre zen, ?isto é apenas uma baleia?. Julgue por conta própria."

Isasc.exe 10/08/2023

Muito bom e completo, é incrível como você se inteira desse universo da caça de baleia pela forma didática do livro. Não conheço o autor (e nem pesquisei) mas é notável como a escrita me faz acreditar que esse livro é realmente um diário de estudos e lembranças do protagonista Ismael. No fim, a baleia branca que dá nome ao livro é a que menos aparece e, por mais que guie e dê um fim a história, não é a mais importante.
Pena que é taaaao grande e atrapalhou um pouco meu ritmo de leitura, o que fez dele meio desagradável em vários momentos (principalmente no final). Isso porque tem capítulos falando até da solda do arpão pra matar a Moby Dick ??
Tirando isso, um dos melhores livros que ja li

olivia156 21/08/2023

Moby Dick
Livro com uma temática não comum no dia a dia (pelo menos não no meu), Moby Dick se tornou uma leitura divertida e muito interessante junto ao narrador personagem que se mantém na maioria do livro à parte das histórias, que focam muito mais nos outros tripulantes: Ahab, Starbuck, Queequeg e outros. É uma leitura bem fácil, a edição que eu li tem apenas 120 páginas e é com certeza uma história muito bonita, apesar de estar longe de ser uma obra revolucionária.

Emi 25/08/2023

Uma leitura extensa, que poderia ser muito mais interessante, a meu ver, se não houvesse tantas minúcias a respeito da caça a baleia, uma vez que não trazem tanta importância ao texto quanto as divagações das personagens

6Ana6 26/08/2023

Recomendo
Não gostei do livro em geral mas adorei a mesnagem e os simbolismos escondidos. uma investigação profunda sobre o caráter, a fé e a natureza da percepção.

Ariane 27/08/2023

Eu gostei!
Então, eu comecei a ler sem muito expectativa. Fiquei preocupada quando vi que a minha versão era uma adaptada, mas acho que mais páginas deixariam a leitura mais arrastada. Achei que 282 foi o ideal. Gostei bastante num geral, mas fiquei triste pelo Starbuck e pelo Queequeg. Queria que eles tivessem sobrevivido além do Ishmael.

Luana 10/09/2023

A ação da natureza
A história começa com vários bobões procurando uma baleia para matar e termina com o ataque da baleia contra os folgados kkkk não tem como não amar.

Rafael1628 25/09/2023

A vingança de Ahab
"É um épico do mar tal como nenhum outro homem realizou; e é um livro de simbolismo esotérico de profundo significado, e de considerável aborrecimento"
- D. H. Lawrence

"Curvem-se, Caseys McQuinstons, Colleens Hoovers, Alies Hazelwoods e Taylors Jenkinsens Reids. Estais diante de Moby Dick"
- R. F. Costa

Em meio a tantas relações sáficas meia boca, histórias fantásticas recicladas ou requentadas e um soft porn adolescente que tem dominado a plataforma, Moby Dick persiste como um farol da literatura universal, pairando muito acima de publicações vazias e apelativas, escritas à moda de linha de produção seriada, vendidas por escritores preocupados apenas em em aparecer nas listas de mais vendidos da semana e oferendo aos leitores pouco mais do que um prazer passageiro e a falsa sensação de que muitos livros foram lidos naquele mês, como se ler 12 vezes a mesma coisa reescrita fosse meritório.

Moby Dick é, antes de tudo, lento. A narrativa dos três anos da viagem do Pequod é arrastada, como é a própria navegação em alto-mar. Os dias passam no mais das vezes em calmaria, com pontuais ocorrências dignas de registro. Nem por isso, Melville deixou de escrever mais de 600 páginas relatando de forma minuciosa a atividade de pesca baleeira, as operações de condução do navio, o desempenho das tarefas cotidianas na embarcação e a própria biologia marinha, evidentemente dando particular importância às características das cachalotes.

Além de refletir a velocidade da navegação, a narrativa muito lentamente constrói a personalidade do Capitão Ahab, que começa como um recluso em sua cabine e aos poucos vai deixando clara sua instabilidade psicológica e monomania, que contamina toda a tripulação.

Dito isso, deve ter ficado claro que a obra é densa e, frequentemente, aborrecida, como qualificada por D.H. Lawrence. No entanto, assim é a literatura, que não recorre a extravagâncias para manter o leitor "motivado", afinal, "quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor", apenas para citar outra obra marítima.

A linguagem utilizada por Melville, conquanto inicialmente soe deslocada, tendo em vista que os personagens são, em sua vasta maioria, homens rudes e de pouca instrução, demonstra-se extremamente adequada, acrescentando ares de nobreza à atividade pesqueira e, simultaneamente, no campo da metalinguagem, cria no leitor a impressão de estar acompanhado um épico medieval ou uma peça de teatro.

"Ain, tem termos náuticos demais, não entendi nada"
80% da história se passa no mar, à bordo de um navio. Esperava o que? Que o vocabulário fosse relacionado ao centro de São Paulo?

O livro é difícil, árido e desafiante, mas recompensador, tal qual a jornada de Ishmael, e a sua permanência no imaginário popular só reforça o impacto da obra.

Isso, srs, é Literatura.

Gabriele66 12/11/2023

Moby dick
O livro é ótimo, muitas vezes pode ser confuso por conta das partes sobre barco, mas isso não atrapalha a história de jeito nenhum.
Foi um livro que eu realmente não esperava gostar, não me arrependo de ter começado.

vick 13/11/2023

Um documentário do discovery channel
Basicamente. herman melville tentou me ensinar algo durante todo o livro, acho que ele esqueceu que estava escrevendo uma ficção. mt paia absorver conhecimento enquanto sem entretem. melhore, herman.

tirando isso, não tem mais nada, a estória é uma enxurrada de informações e um capitão maluco que me fez passar raiva. não é tão chato quanto disseram que era, mas é bem razoável, bem mediana, bem esquecível.

e meio irreal também, porque todo mundo sabe que em uma situação trabalhística precária como aquela, a tripulação já teria feito um motim, e se eu tivesse naquele barco, eu iniciaria o motim. ou simplesmente teria empurrado ele no mar durante a noite.

Sr. Quadros 07/12/2023

Falta de profundidade não consegue atrapalhar a trama
"Moby Dick," escrita por Herman Melville, é uma obra que mergulha os leitores em uma jornada marítima épica, repleta de desafios, e a busca incessante pelo gigantesco cachalote branco. O autor, com, transporta seus leitores para o vasto oceano, proporcionando uma experiência única de imersão. No entanto, é importante destacar que, por vezes, a riqueza de termos técnicos pode criar uma barreira para alguns leitores, transformando a leitura em um processo desafiador e, por vezes, enfadonho.

A narrativa, embora fascinante em sua premissa, revela uma lacuna no aprofundamento das personagens. Melville apresenta uma gama diversificada de tripulantes, cada um com sua peculiaridade, mas a falta de exploração mais profunda de suas histórias individuais deixa muitos personagens em um estado de superficialidade. Esta ausência de desenvolvimento impede que o leitor se conecte de maneira mais significativa com as figuras que povoam as páginas do livro, tornando-os menos empáticos e, por conseguinte, diminuindo o impacto emocional da narrativa.

Entretanto, é impossível ignorar a grandiosidade da história e a habilidade de Melville em explorar temas complexos, como a obsessão, vingança e a relação intrincada entre o homem e a natureza. A busca incansável do Capitão Ahab por Moby Dick transcende a narrativa, tornando-se uma metáfora poderosa para as batalhas humanas contra forças além de nosso controle. Essa dimensão filosófica da obra eleva seu status literário, proporcionando aos leitores uma reflexão profunda sobre a condição humana.

Em conclusão, "Moby Dick" é uma obra-prima que, apesar de seus desafios, oferece uma experiência literária única. A história envolvente e as reflexões profundas sobre a natureza humana e o desconhecido marcam a contribuição duradoura de Herman Melville para a literatura clássica. Mesmo diante das críticas à falta de desenvolvimento das personagens, a grandiosidade da narrativa continua a inspirar leitores a explorarem as profundezas do oceano literário de Melville.