Resenhas - Macbeth

Mimi 25/01/2021

A peça escocesa
Penúltimo das 4 grandes tragédias.
É a mais curta.
Casal mais feliz do Shakespeare, problema com a ambição.
Peça mais poética.

Leila171 23/01/2021

Releitura de uma das grandes tragédias de Shakespeare.
É um texto no qual o feminino tem uma força relevante, embora marcado pela vilania.
Vale a leitura e a releitura!

Gabriel 21/01/2021

Uma aventura refletindo sobre o mal
Uma das obras como melhor ritmo para mim... acho que é uma das melhores portas de entrada para Shakespeare

kiki.marino 20/01/2021

Macbeth é uma das obras mais conhecidas de Shakespeare, presente em obras do audiovisual ou em referências culturais da cultura popular, já tinha ouvido alguma coisa sobre o famoso protagonista, por isso ao ler não teve tanto impacto em mim.

Assassinato,traição, ambição, o poder,este  que atrai a todos,uma semente plantada no coração  que cresce nos pedregulhos do medo,da culpa moral,do crime cometido que não pode ser remediado e torna-se fardo enlouquecedor.
O mal não descansa,nem dorme,cria raízes da insônia, medo, paranóia  assombrações ,sangue atrai sangue...

É interessante o toques místicos, mitológicos e até bíblicos presentes nas peças de Shakespeare, das três feiticeiras que tecem e brincam com os destino dos homens, do sobrenatural, com espíritos que assombram os humanos real ou não ,até na figura do rei Saul, que fica louco com a possibilidade de perder o poder ,perseguindo inimigos e consultando  feiticeiras sobre seu fim.

É as mesma história se repetiu e se repetirá através dos tempos,o que poderia ser ,o que já é, o que não foi.
O destino seja encontrado ou forçado foge das mãos de Macbeth, vai-se até o fim , no caso do casal Macbeth da morte e destruição.

Daiane539 28/12/2020

Macbeth deixa a soberba, a ganância e muitos sentimentos ruins se apoderar do seu ser. Ele não tem paz de espírito em nenhum segundo após conseguir a coroa desejada.
Será que vale a pena passar por cima de tudo, todos, inclusive nossos valores por poder? Essa obra diz que não. 🤨

Mimiyazawa 28/12/2020

"A vida nada mais é que uma sombra que anda..."
Foi a primeira obra de Shakespeare que li, e gostei muito, uma peça escrita entre 1603 e 1607 com um tema atemporal tendo como temática principal a ambição.

Macbeth fora um homem bom, era o melhor soldado do exército de Duncan, o rei lhe prestigiava com títulos e terras, tamanha era sua valorização que ele começou a se questionar se não poderia então ser rei. Tendo sua confiança alimentada pela profecia de uma bruxa, que ele se tornaria rei, Macbeth fica cada vez mais ganancioso... quando ele fica em dúvida se realmente segue a frente com o plano de matar o rei, sua mulher muito persuasiva lhe fala "Quando ousaste foste homem", tendo ela tocado em seu ponto fraco, ser visco como um frouxo, Macbeth segue com o plano, e sua decisão o leva a ficar cada vez mais desesperado em busca da sua ambição, chegando a matar seu melhor amigo para tal.

A peça é ótima para refletirmos sobre a natureza humana, a ela parece nos alertar que não devemos sucumbir aos perigosos "desejos profundos" porque, se o fizermos, provavelmente deixaremos de lado todos os valores que até então tínhamos.

Quando Macbeth enfim vira rei, ele não consegue mais parar, ele quer mais e mais, e está disposto a tudo para atingir seu objetivo. Ao abraçar o mal, Macbeth rejeita a humanidade e sua vida se torna sem sentido, como podemos ver em sua confissão no Ato V. Logo depois disso, sua morte se torna inevitável:

"A vida nada mais é que uma sombra que anda...
um pobre ator que se pavoneia e se agita durante sua hora no palco e depois não é mais ouvido.
É uma estória contada por um idiota
cheia de som e fúria que nada significa.
Nada!"

sofialmeidah 28/12/2020

Ótimo
Mais uma incrível peça de Shakespeare, adorei Macbeth, só não é melhor que Hamlet por enquanto. E só tenho uma coisa a dizer: lady macbeth, QUE mulher!!!

Leonardy.Negrini 28/12/2020

As Bruxas, Hécate e a Ambição Sangrenta de Macbeth
A história de Macbeth nos coloca diante da força e da potência da ambição pelo poder. Macbeth, já possuidor de títulos e de nobreza, ao receber das bruxas outras possibilidades vê-se, então, inspirado a cometer as mais absurdas traições e assassinatos para cumprir as profecias que haviam sido colocadas. Regicida, fratricida, prepotente e assombrado se torna a ponto de dançar com as alucinações visuais ao passo que sua grande motivadora, sua esposa, se vê abraçada por um sonambulismo arrependido.
A condenação se dá por uma profecia de duplo sentido feita por Hécate,que lembra a mesma condenação do senhor dos Nazgûl na obra de Tolkien. Aqui Macbeth não podia ser morto por um homem que tivesse nascido de mulher e acaba sendo por um filho prematuro, retirado previamente do útero por um médico, lá o senhor das sombras não seria vencido por homem nenhum e é derrotado por uma mulher fantasiada de homem.
Alguns defendem que todos temos um preço para entrarmos no caminho do mal, para Macbeth foi a Ambição. Você sabe o seu ou não acredita no preço?

Steph.Mostav 15/12/2020

"É uma história que conta o idiota, todo som e fúria sem querer dizer nada"
Macbeth era a única das grandes tragédias de Shakespeare que eu ainda não tinha lido e a experiência cumpriu basicamente o que eu esperava da peça. O tema principal me parece ser a investigação do mal e como o homem lida com a presença dele em sua vida. Acompanhamos a derrocada moral de um homem que era digno e justo e se deixa corroer pela ambição desmedida e o que interessa para Shakespeare é o processo pelo qual Macbeth passa antes e após seu primeiro assassinato. Esse processo é diretamente influenciado por sua esposa, Lady Macbeth, a personagem que roubou todo o meu interesse por divergir muito dos tipos tradicionais de personagens femininas. Apesar do conflito inicial pelo qual passa e pelo incentivo da esposa, Macbeth sempre trouxe o mal e a ambição em si mesmo e só foi impulsionado a agir como faria sozinho em outra circunstância, porque todo herói trágico de Shakespeare é responsável pelos próprios atos. Um detalhe que valida essa maldade de Macbeth é que as bruxas nunca sugerem ou aludem à ideia de que ele mate o rei para tomar o seu lugar. Após o assassinato de Duncan, as consequências que Macbeth enfrenta como criminoso me lembraram de Crime e Castigo. Raskolnikov e ele enfrentam o tormento, um através da culpa, outro da desconfiança e ambos da paranoia. Macbeth se iludiu achando que compraria a felicidade pelo preço de um assassinato, quando o restante de sua vida foi de pura aflição. Além disso, ele superestima suas capacidades de interpretação das previsões das bruxas. Na peça, o poder de Macbeth como rei é exercido por meio do crime e, com isso, é impossível que o governo traga bem estar para a população. Em vários momentos, há uma associação evidente da luz com a virtude e a escuridão com o mal e a morte através de imagens nítidas, além do contraste entre a doença no reino de Macbeth e o dom da cura do rei inglês, sinal da danação da alma do primeiro. Apesar de todas as qualidades e de ter adorado a trajetória de Macbeth, não posso negar que o último ato é bem apressado em suas resoluções e podia ter focado mais em Macbeth, como nos atos anteriores, em vez de dar espaço para os heróis que enfrentariam o vilão protagonista.

"O que Shakespeare investiga em Macbeth é justamente o que acontece a um indivíduo altamente dotado quando um de seus atributos, a ambição, que até então fizera dele um guerreiro bravo que servia bem à pátria e ao rei, passa a ser a dominante e destrói toda a escala de valores do bom cidadão, permitindo que seu potencial passe a servir aos interesses do mal. A par das terríveis consequências para o Estado, testemunhamos a destruição do próprio Macbeth como ser humano, e seu doloroso aprendizado, desde o momento em que, estimulado ainda mais pelas bruxas, sonha com a glória e a felicidade no poder."

Michele 15/12/2020

A história começa com três feiticeiras fazendo uma profecia que Macbeth se tornará rei. Daí em diante, mostra o caminho que ele trilha para que isso realmente aconteça.

Punyama 28/11/2020

Só o mal pode o mal fazer crescer
Macbeth foi uma grata surpresa pra mim. Esperava algo abaixo de Hamlet ou até mesmo Otelo (em sua maior parte pelo fato de a peça ter sido escrita às pressas e, portanto, sem muito zelo). Resumindo, ela se tornou a minha peça favorita de Shakespeare.

Macbeth e a sua esposa me lembraram MUITO o Raskolnikov, de Crime e Castigo, pela forma premeditada como agiram, e após isso, pela forma como ficaram loucos, completamente perturbados e ainda assim não cederam até o fim. Isso é tudo tão parecido que eu estou me perguntando: Crime e Castigo foi inspirado em Macbeth?

Mariana Destacio 27/11/2020

Um retrato da ambição
Mesmo o melhor dos homens, admirado, poderoso, reconhecido, pode ser corrompido, levado por um desejo motivado pela ganância. Esta é a história de Macbeth. Um general famoso, admirável, amado, que tinha tudo para alcançar a grandeza, mas que se deixou levar pelas palavras proféticas de seres de outro mundo.

"Macbeth.. Glamdris, Cawdor.. Rei."

As três irmãs disseram que Macbeth seria rei, mas nunca disseram como isso aconteceria. Logo, por que Macbeth escolheu esse caminho? Com certeza ele era ambicioso, mas era uma ambição que andava junto com a devoção e lealdade ao seu rei e reino. Mas a ambição se tornou ganância diante da profecia, e ele foi tomado por um medo de que se o que foi previsto não acontecesse imediatamente, então jamais aconteceria.

"Malcon... este é um degrau que devo galgar, do contrário, tropeço..."

Nos primeiros diálogos entre Macbeth e Lady Macbeth dá pra ver o homem que ele era lutando pra continuar vivo. Quando ele fala com "sua parceira de grandeza", eu acredito que ele queria alguém pra ajudar a refrear seus impulsos. Mas, Lady Macbeth não é nem de longe a pessoa certa pra isso.

No dia do ato, Macbeth sente medo. Até mesmo sua esposa confirma "tens a ambição mas não a coragem para o que é preciso ser feito". Ela sabe que sem ela, ele jamais teria prosseguido. Sobre sua influência, o resquício de bom senso se esvai e Macbeth comete a desgraça.

E aí? Aí que ele vai lembrar da outra parte da profecia. "Macbeth será rei. Banquo será pai de reis."

"Sobre minha cabeça depositaram elas uma coroa infrutífera; em minha mão um cetro estéril..."

Quando Macbeth percebe que se desonrou e traiu o benevolente Duncan por nada, já que nunca teria herdeiros pra honrar seu nome e seguir sua linhagem, ele começa a tentar "consertar" a profecia. Segue a perseguição almejando a morte de Banquo e seu filho. O nome "tirano" começa a despontar aqui e ali entre os outros personagens. A cena do jantar foi para mim um ápice do tormento. E logo vemos que até mesmo Lady Macbeth está sendo atormentada apesar de sempre fingir firmeza e ridicularizar os acessos do marido.

Um livro curto, mas com muito conteúdo. Diferente de Hamlet, que é uma história baseada em torno de vingança, esse é a transformação de um personagem humano que caiu em tentação. Algo que você pensa "e se fosse eu ali?" Ambas as histórias tem sua parcela de loucura, e é muito interessante ver os outros personagens reagirem à esses "acessos de loucura".

Despois de ler, me aventurei no filme Macbeth (2015). Os diálogos são quase que 100% baseado no livro. A mesma linguagem. É como ler o livro, só que com imagens. Se você leu e gostou, vale a pena conferir. Mas não espere grandes emoções; é um filme visualmente bonito, com boa atuação, mas bem parado.

@carol.metamorfose 22/11/2020

No final das contas, a necessidade de poder acaba se torando mais forte que qualquer outra coisa

nana. 17/11/2020

Shakespeare é Shakespeare.
Primeiro livro de Shakespeare que li e não poderia ter sido mais ideal. O livro te prende do começo ao fim, a leitura complicada não te abala porque a história é tão marcante que não te deixa largar. :)