Os Irmãos Karamázovi

Os Irmãos Karamázovi Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Irmãos Karamázov


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Didi 03/02/2019

Nota 7,8.
Sinceramente esperava mais pelas críticas que havia visto. Livro filosófico e existencial. Cada personagem é analisado profundamente em sua psicologia. Achei o pai dos Karamazov uma figuraça, bem cômico. Pra época o autor foi fundo na análise sobre os tipos humanos nesse romance. Parece até que o homem não mudou muito de lá para cá em termos de personalidade. Basicamente as mesmas neuras e todos têm o seu yin-yang. Bom livro, mas um pouco extenso.
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Rafaela 01/02/2019

"Pois não somente 'nem sempre' o original é o indivíduo que se situa à margem, mas, ao contrário, talvez seja previsamente ele que esteja presente no próprio coração de seu tempo, enquanto seus contemporâneos se distanciam dele, levados por correntes e modismos passageiros." (P. 15)

"Se não tivesse mais fé na vida, se duvidasse da mulher amada e da ordem universal, convencido, ao contrário, de que tudo é apenas um caos infernal e maldito - e fosse tomado pelo terror da desilusão - mesmo assim, desejaria viver, apesar de tudo." (P. 255-256)

"A pessoa que não respeita ninguém deixa de amar e, para ter alguma ocupação e distração na ausência do amor, dedica-se às paixões e prazeres grosseiros; chega ao estágio animal em seus vícios, e tudo isso em virtude da mentira contínua a si mesmo e aos outros. Quem mente a si mesmo pode ser o primeiro a ser ofendido." (P. 59)

"Só depois de amar a vida podemos compreender o sentido da vida." (P. 256)

"[... ] para almas inexperientes, a face do homem é um obstáculo para o amor." (P. 263)

"Basta um só dia para o homem conhecer toda a felicidade." (P. 320)

"[...] o amor é um metre; mas é preciso saber conquistá-lo, pois dificilmente ele é conquistado, à custa de grandes esforços; é preciso amar, de fato, não por um momento, mas até o fim. Qualquer um é capaz de amar ao acaso." (P. 353)

"Só direi uma coisa: seu coração não hesitava nem um instante." (P. 456)
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Marcus 31/01/2019

Profundo no humano
Um livro que consegue chegar fundo no que é mais humano. Espero ansioso a releitura dessa obra daqui a alguns anos.
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Ariele.Chagas 06/01/2019

Os irmãos karámazov
?Enfadonho, odioso e desconexo? foi como me descreveram este livro. Decidi dar crédito à obra e enfrentar as qse mil páginas, afinal era Dostoiévski ??. Não me arrependo. Senti ódio por Fiódor, me apaixonei por Aliocha e tive pena de Dimitri, ou seja, VALEU A PENA! De que serve um livro que não lhe provoca emoções? Dostoiévski não decepciona, mas se for ler, recomendo que comece por Crime e Castigo.
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Lismar 07/12/2018

Obra-Prima.
Terminei de ler esta que é considerada a Obra-Prima de Dostoiévski e TB da literatura universal: Os Irmãos Karamazov. E faz jus a todo elogio e prestígio que conquistou ao longo dos anos. É uma leitura robusta, detalhista, visceral que demanda bastante atenção do leitor para absorver tanta informação, tanto que demorei 3 meses para finalizá-lo. Posso dizer que é a obra mais complexa que li, sendo, na minha opinião, impossível de classificá-la em um gênero específico, pois há romance,drama, suspense investigativo, psicologia, filosofia.
O russo consegue abordar toda essa gama de característica sem ao menos se atropelar ou perder o controle da obra, como facilmente acontece em autores mais limitados.
Sem falar que é o livro que deu a vida a célebre frase "Se Deus não existe, tudo é permitido", bradada aos 4 ventos de forma bastante equivocada, e deslocada de seu significado original, tanto que o autor responsável pelo sua origem na ficção, Ivan Karamazov, um ateu, fica furioso em como distorcem sua teoria, distorção essa que passou dos livros para a realidade. Como diria certo personagem do livro:" É uma filosofia complexa demais para sua capacidade intelectual".
Por falar em Ivan, a meu ver, foi o responsável pelas melhores partes desse Magnus Opus. Seu debate com Aliocha é para ser lido diversas vezes, e seu conto "O Grande Inquisidor" é atual como nunca.
Apesar de Aliocha ser nomeado o herói dessa aventura ao longo da escrita, nada me tira a virtuosidade de seu Irmão ateu após ter prestigiado seu conteúdo. Personagem responsável tanto por um ato condenável quanto pelo sacrifício. Senda esta uma das características mais pungentes dos personagens do escritor russo: a tridimensionalidade psicológica dos integrantes de seus romances, sempre fugindo do maniqueísmo fácil que transbordam em muitos romances contemporâneos.
Por fim, um grande livro que, tal qual uma troica furiosa, vai atropelando, ruindo e destruindo nosso senso comum sobre religiosidade, comportamento humano e comodismo literário sem piedade.
A edição da editora 34 é soberba, com uma leitura bastante fluida e notas nos rodapés para situar o leitor a referências e momentos históricos que influenciaram certas passagens no livro. Em seu posfácio, há a informação que essa edição é a mais completa da obra já publicada em terras tupiniquins, que as demais sofreram cortes decorridos do governo stalinista, e que nesta, essas informações foram recuperadas em um estudo sobre os manuscritos do autor. Não li as edições anteriores das outras editoras para verificar a autenticidade do texto, mas futuramente, quem sabe?!
Enfim, uma edição caprichada, digna dessa obra prima da literatura universal.O russo consegue abordar toda essa gama de característica sem ao menos se atropelar ou perder o controle da obra, como facilmente acontece em autores mais limitados.
Sem falar que é o livro que deu a vida a célebre frase "Se Deus não existe, tudo é permitido", bradada aos 4 ventos de forma bastante equivocada, e deslocada de seu significado original, tanto que o autor responsável pelo sua origem na ficção, Ivan Karamazov, um ateu, fica furioso em como distorcem sua teoria, distorção essa que passou dos livros para a realidade. Como diria certo personagem do livro:" É uma filosofia complexa demais para a capacidade intelectual de xxxxxx".
Por falar em Ivan, a meu ver, foi o responsável pelas melhores partes desse Magnus Opus. Seu debate com Aliocha é para ser lido diversas vezes, e seu conto "O Grande Inquisidor" é atual como nunca.
Apesar de Aliocha ser nomeado o herói dessa aventura invariavelmente ao longo da escrita, nada me tira a virtuosidade de seu Irmão ateu após ter prestigiado seu conteúdo. Personagem responsável tanto um ato condenável como pelo sacrifício no fim do livro.
Por fim, um grande livro que, tal qual uma troica furiosa, vai atropelando, ruindo e destruindo nosso senso comum sobre religiosidade, comportamento humano e comodismo literário sem piedade.
A edição da editora 34 é soberba, com uma leitura bastante fluida e notas nos rodapés para situar o leitor a referências e momentos históricos que influenciaram certas passagens no livro. Em seu posfácio, há a informação que essa edição é a mais completa da obra já publicada em terras tupiniquins, que as demais sofreram cortes decorridos do governo stalinista, e que nesta, essas informações foram recuperadas em um estudo sobre os manuscritos do autor. Não li as edições anteriores das outras editoras para verificar a autenticidade do texto, mas futuramente, quem sabe?!
Enfim, uma edição caprichada, digna dessa obra prima da literatura universal.
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Lorena.Mireia 24/08/2018

Não é apenas sobre a família Karamázov... É muito mais!
Primeiramente, sinto-me satisfeita por ter lido um dos maiores clássicos da literatura universal. Talvez a obra-prima do autor, embora haja muitas divergências entre os críticos literários, pois muitos consideram Crime e Castigo a sua grande obra. Na opinião de uma simples leitora que teve o prazer de ler ambas as obras, consecutivamente, Os irmãos Karamázov é infinitamente superior.

É uma obra completa. Discorre sobre vários temas: Família, religião, amizade, pobreza, amor, ciúmes, ética, moral, injustiça e até mesmo questões sobre a Área do Direito.

O enredo da trama gira em torno da família Karamázov. O patriarca, Fiódor Pávlovich, é um sujeito libertino, insensato e desprezível, que só visa dinheiro, bebidas e prazeres carnais, e chega ao cúmulo de negligenciar a criação dos seus próprios filhos, fato este que vai lhe custar um preço muito alto. Ele possui três filhos legítimos e, supostamente, um bastardo. Mítia, o mais velho, herdou o hedonismo do seu progenitor, embora seja mais digno e sensato que este. Ivan, o segundo, é um sujeito cético e intelectual que escreveu o poema que consiste no capítulo mais famoso do livro: O Grande Inquisidor. Aliocha, o caçula, é religioso, amoroso e amado por todos que o rodeiam, inclusive, também é o predileto do misterioso narrador. Smerdiakov, o suposto filho bastardo, é astuto, frio, calculista e dissimulado, que cresceu como um reles empregado na casa de sua provável família biológica.

Eis o retrato de uma família desestruturada, desde a sua raiz, e que vai culminar em uma tragédia sem precedentes, que irá abalar a nação russa, e simultaneamente, vai impelir as pessoas a reverem seus conceitos sobre família.

Embora a efervescência da trama se concentre nas relações familiares e suas consequências devastadoras, esta colossal obra traz personagens e histórias secundárias interantíssimas, que também nos proporcionam boas lições e reflexões.

Dado o exposto, reitero que é uma obra magnífica. Se está na sua lista, não hesite em adquiri-la. Dostoiévski faz jus à fama de escritor extraordinário.
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Morsesrom 06/05/2018

Esta obra prima gira em torno dos três irmãos Karamazov e como foram criados por uma pai alcoólatra e nada presente. O autor nos mostra a personalidade de cada personagem, de uma maneira profunda, fazendo amar ou odiar. Cada momento digno de uma novela somos envolvidos na trama e Dostoiévski fala sobre filosofia e como era a vida russa sem ser chato ou cansativo. Vale a pena
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Isa 04/04/2018

Maravilhoso!
Q-LIVRO-INCRÍVEL É difícil falar em poucas palavras de algo tão maravilhoso. Esse é um daqueles livros q suscita tantas reflexões, pois fala sobre família, paternidade, religião, loucura, posicionamentos políticos, questões q envolvem o universo do Direito etc. Além de tudo isso, o livro dialoga fortemente c/ a Psicanálise - ñ é à toa q o próprio Freud fala em um de seus textos q esse é um dos romances mais grandiosos já escritos, ao lado de "Hamlet" e "Édipo Rei". Aqui temos a estória da família Karamázov, composta pelo pai (Fiódor) e seus 3 (ou melhor, 4) filhos: Dimitri, Ivan, Aliocha e Smierdakóv. Somos apresentados ao pai, um homem horrível, fanfarrão, devasso, q nunca fez questão de cuidar dos filhos. Dimitri - filho mais velho - é o q a priori lembra mais o pai, gasta todo o seu dinheiro c/ farras e mulheres. Mas ao contrário do pai, tem seus momentos de bondade. Ivan é o mais intelectual, estudioso, buscou se sustentar através de seu próprio trabalho, de modo a ñ precisar depender do pai. É declaradamente ateu e é dele q saem algumas das ideias + interessantes do livro. Aliocha é o + religioso e bondoso, quer entrar p/ o mosteiro e é uma figura mediadora ao longo do livro. Smierdiakóv, filho bastardo, havido de uma mendiga q perambulava pelas ruas da cidade, é o enjeitado. Ñ é reconhecido, ñ possui o Karamázov em seu nome, trabalha como um empregado na casa do pai. Em um dado, ocorrerá um crime envolvendo o pai e um dos irmãos será visto como o principal suspeito. Mas esse é só um dos pontos do livro. É a partir do Ivan q a ideia mais lembrada, qndo se fala em Os Irmãos Karamázov, vai se constituindo, se repetindo na fala (e atos) dos outros personagens. "Se Deus ñ existe, tudo é permitido". Enfim, mais um livro maravilhoso de Dostoiévski, c/ personagens complexos e de uma profundidade tamanha. É como se o autor desvendasse de fato questões q mais lá na frente o Freud vai trazer em todo o seu trabalho. A Lei, a interdição do incesto, a culpa. Que-livro-senhores! O tipo de livro q vc precisa ler em algum momento da sua vida.
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Lennon.Lima 02/04/2018

Último livro do grande escritor russo Fiódor M. Dostoievski, Os Irmãos Karamázov é considerada a obra prima do autor e recebeu de Sigmund Freud elogio de deixar qualquer escritor nas alturas, tal o gabarito do enunciador: “O maior romance já escrito”.

O enredo se debruça sobre o relacionamento conturbado e complexo entre os membros da família Karamazov em uma cidade hipotética da Rússia do século XIX, narrada sobre o ponto de vista de um narrador anônimo que afirma ter acompanhado o terrível crime que envolveu a família e que repercutiu em todo o país cerca de 3 décadas atrás.

O patriarca da família, Fiódor Pavlovitch Karamázov, é um notório devasso que ascendeu socialmente graças ao dote de suas mulheres, que vieram falecer sem envolvimento direto deste, e vive uma vida de excessos sustentada por negociatas.

Péssimo pai, relegou a criação de seus filhos a parentes, criados e comunidade monastérica e ainda cuidou de subtrair soma considerável da herança de um dos seus filhos, fruto do primeiro casamento.

A prole desenvolveu-se com personalidades distintas:

O caçula, Alexi (ou Aliocha) Karamazov, desde cedo revela um lado místico mais aflorado, passando a viver como noviço em um mosteiro aos cuidados do Starietz Zósima. Sem dúvida o mais honrado de todo o clã Karamázov.

O do meio, Ivan Fiodorovitch Karamázov, se tornou um fino intelectual manipulador atormentado pelos dilemas de sua erudição que suprime as convenções tradicionais de moralidade por meio de convicções ateias.

E o mais velho, Dmitri Fiodorovitch Karamázov, é o de personalidade mais parecida com a do pai, excessivo, ciumento, inseguro, paranoico, emocionalmente instável, mas ao contrário do genitor, consegue preservar parcela mínima de honradez em suas atitudes.

Esmiuçando a personalidade e o cotidiano dos personagens e da cidade onde residem, a trama acaba centrando-se na rivalidade destrutiva de Fiódor e Dmitri quando ambos se enamoram da mesma mulher, Grushenka, de fama e caráter contestável, que se compraz em humilhar os homens com jogos manipuladores desde que se sentiu ultrajada por seu primeiro noivo na tenra juventude. A disputa ainda ganha um elemento incendiário pelo ressentimento antigo de Dmitri para com o pai pelo fato do dito cujo ter se apossado de parte de sua herança - e por teimar em não o restituir.

Se existe algo proibitivo de se afirmar sobre esse romance, é o de ser óbvio.


Inicia sugerindo que será um volume com narrador de personalidade marcante, expressando-se e interagindo com o leitor de forma muito particular, embora o faça no decorrer da estória, contudo logo adota um estilo impessoal como se fosse um narrador onisciente, quebrando o estilo em intervenções esporádicas ao longo das centenas de páginas do livro.

Em seguida, revela sua força avassaladora no campo psicológico dissecando nos mínimos detalhes, mas de modo a evitar que os relatos pormenorizados ficassem enfadonhos, o que se espera de um bom escritor, a persona dos principais personagens e até de alguns secundários, virtude que será mais detalhada adiante, e com isso pensa-se que será o tom que conduzirá a narrativa até o seu final. No entanto, apesar da impressão se revelar verdadeira, descobre-se que a obra não fica restrita a psicologismos. Logo envereda pelos campos da documentação histórica e da filosofia ao descrever, por exemplo, a rotina, os hábitos e as tradições da vida no mosteiro e o cerne da doutrina de uma das autoridades do recinto religioso, o Starietz Zósima.

Leia o restante da resenha no LINK:

site: https://cartolacultural.wordpress.com/2018/04/01/resenha-os-irmaos-karamazov
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Kleriston.Rodrigues 23/03/2018

Irmão Karamázov
Impressionante, intrigante e envolvente. Educativo, formativo e ajuda na reflexão existencial.
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Wags 18/02/2018

"Os outros têm seus Hamlets, mas entre nós, no momento, só existem Karamázovs".
Último romance do grande Dostoiévski e considerado por muitos o maior romance já erigido, esse calhamaço foi minha primeira batalha do ano. E hoje, pouco mais de um mês depois fecho a última página desse colosso entendendo porque Dostoiévski é uma das maiores figuras da literatura. Erigir um romance tão denso e cheio de detalhismo, simbolismo é uma mensagem tão atemporal, é único, é quase (ou é) sobrehumano, é só mostra o quanto o autor não decepciona em suas narrativas.
O tom quase novelesco envolto em questões humanas talvez seja o maior acerto aqui, pois fez que um livro desse tamanho não se tornasse maçante, apesar de algumas vezes eu querer esganar um certo Ivan. A saga de Aliocha e seu clã sensual, maldito, figura escancarada da Rússia por vezes parece despretensioso, mas não falha em entregar um conto sobre a decadência, o amadurecimento, a dúvida e é claro sobre a vida. Questões fundamentais, universais e que fazem esse grande romance, um cristal da literatura mundial. É indispensável.
Ziza 19/02/2018minha estante
Sou doida pra ler esse livro




Daniel 15/02/2018

Se Deus não existe, tudo é permitido?
Testamento literário de Dostoiévski, publicado pouco antes de sua morte em 1881, Os Irmãos Karamazov é uma das obras mais importantes da literatura mundial. A trágica história do conflito entres e os irmãos Dmitri, Ivan e Aliocha com seu cínico pai, o libertino Fiódor Pavlovich Karamazov, serve como pano de fundo para uma reflexão profunda acerca do ser humano e sua natureza.

O enredo repleto de escândalos, tensões e reviravoltas, fascina e ao mesmo tempo perturba o leitor. Amamos e odiamos os personagens na mesma intensidade, pois nos vemos refletidos em todas as suas ações, pensamentos e fraquezas.
Os personagens, extremamente complexos e bem trabalhados, possuem uma grandiosidade psicológica única, típica da obra do autor. Os três irmãos possuem, à primeira vista, personalidades conflitantes: Dmitri, o revoltado, Ivan, o intelectual e Aliocha, o religioso ingênuo. Todos procuram criar sua própria persona, sua própria máscara na tentativa de fugir da personalidade excêntrica do pai, embora no fundo possuam características semelhantes. As concepções existenciais formuladas na obra, dentre as quais a idéia de que, sem uma crença numa divindade ou esperança na vida após a morte, o indivíduo se veria livre para agir como bem entendesse (sem Deus, tudo é permitido), anteciparam as idéias do Existencialismo de Sartre e Camus em mais de sessenta anos. Outros grandes pensadores, como Nietzsche e Freud, também foram diretamente influenciados.

O memorável capítulo o "Grande Inquisidor", sob a voz do personagem Ivan, reflete acerca da enorme angústia existencial que persegue o ser humano desde os primórdios; a liberdade e seus limites, o papel da religião e a própria maldade humana.
Uma obra-prima fascinante e envolvente, capaz de levar o leitor à mais completa catarse.
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Gabê 22/01/2018

A maldição Karamázov e a segunda metade do século XIX
Um dos melhores livros que já li!
Extremamente ambicioso, este grandioso romance dá conta do que se propõe. Nele estão contidas muitas questões importantíssimas para a cultura ocidental na segunda metade do século XIX: as questões sociais, religiosas (existência ou não de deus e sua participação na sociedade), morais, a psicologia, a jurisprudência, a própria arte, o fim da servidão, a situação da aristocracia numa Rússia às beiras do século XX, etc. Todos esses temas são abordados na obra de maneira bastante orgânica por seus personagens. E que personagens! Através de seus personagens o autor consegue sintetizar de maneira brilhante muitos tipos presentes na sociedade em que viveu. Os maiores exemplos são os irmãos que dão nome ao livro: Mítia, Ivan e Aliócha; e ainda podemos adicionar o filho bastardo Smierdiakóv. O primeiro é impetuoso, apaixonado, depravado, sincero, arruaceiro, é emoção. O segundo é brilhante, inteligente, culto, bem articulado, comedido, é razão pura. Já o terceiro é o articulador, o que ama a todos, respeitoso, atencioso, é ele quem faz praticamente todas as mediações no livro. E o filho bastardo é quase um duplo de Ivan, inteligente, calculista, engenhoso e até maquiavélico, é, entretanto, covarde, invejoso, rancoroso e orgulhoso. Por terem esse sangue karamazoviano correndo nas veias, todos eles são levados a exageros, ou pelo menos tentados a eles como é o caso de Aliócha. Os desfechos desses personagens estão relacionados justamente a esse exagero de suas características. Não escrevo mais para não dar spoiler.
Um prato cheio para quem (como eu) gosta de livros com plano de fundo histórico. A trama é incrível e os debates trazidos à tona através dela são muito bons.
Recomendo muitíssimo este livro! Literatura fundamental e sem sombra de dúvida um clássico que merece essa alcunha.
Khadija.Slemen 28/02/2018minha estante
amo essa obra, mudou tudo! tantas e tantas questões que nos atravessam...sou suspeita apaixonada por Dostói




Gabê 22/01/2018

A maldição Karamázov e a segunda metade do século XIX
Um dos melhores livros que já li!
Extremamente ambicioso, este grandioso romance dá conta do que se propõe. Nele estão contidas muitas questões importantíssimas para a cultura ocidental na segunda metade do século XIX: as questões sociais, religiosas (existência ou não de deus e sua participação na sociedade), morais, a psicologia, a jurisprudência, a própria arte, o fim da servidão, a situação da aristocracia numa Rússia às beiras do século XX, etc. Todos esses temas são abordados na obra de maneira bastante orgânica por seus personagens. E que personagens! Através de seus personagens o autor consegue sintetizar de maneira brilhante muitos tipos presentes na sociedade em que viveu. Os maiores exemplos são os irmãos que dão nome ao livro: Mítia, Ivan e Aliócha; e ainda podemos adicionar o filho bastardo Smierdiakóv. O primeiro é impetuoso, apaixonado, depravado, sincero, arruaceiro, é emoção. O segundo é brilhante, inteligente, culto, bem articulado, comedido, é razão pura. Já o terceiro é o articulador, o que ama a todos, respeitoso, atencioso, é ele quem faz praticamente todas as mediações no livro. E o filho bastardo é quase um duplo de Ivan, inteligente, calculista, engenhoso e até maquiavélico, é, entretanto, covarde, invejoso, rancoroso e orgulhoso. Por terem esse sangue karamazoviano correndo nas veias, todos eles são levados a exageros, ou pelo menos tentados a eles como é o caso de Aliócha. Os desfechos desses personagens estão relacionados justamente a esse exagero de suas características. Não escrevo mais para não dar spoiler.
Um prato cheio para quem (como eu) gosta de livros com plano de fundo histórico. A trama é incrível e os debates trazidos à tona através dela são muito bons.
Recomendo muitíssimo este livro! Literatura fundamental e sem sombra de dúvida um clássico que merece essa alcunha.
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