Os irmãos Karamázov

Os irmãos Karamázov Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Irmãos Karamázov


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Yagaum 10/08/2023

Valeu a pena ter lido até o fim
Eu demorei muito para me acostumar com a escrita e para "entrar" de fato na história, me envolver com ela, mas quando isso aconteceu foi uma experiência única, mais ou menos apartir da metade do livro. Fiquei meio perdido sobre o que seria a história, porém acho que faz parte de um bom calhamaço ter todo um contexto antes de partir pro principal.

O livro inteiro me trouxe vários momentos de reflexão e me vejo voltando várias vezes para pensar nele. A parte que conta a história de Dmitri foi a mais interessante para mim, sem contar os capítulos do Inquisidor e da conversa de Ivan com o diabo. O final foi realizado com chave de ouro, muito emocionante. Foi um dos poucos livros que me emocionou de verdade.

Com certeza pretendo ler mais do autor e recomendo muito a leitura deste clássico.
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Joy 10/08/2023

Uma leitura sensacional. Levei algum tempo para conseguir concluir tudo, mas a escrita de Dostoievski nesse livro é concisa, clara e envolvente.
Considerando a extensão do livro, algumas cenas tornam-se cansativas mas não são de forma alguma entediantes.
O desenvolvimento das personagens e a maneira que o autor se desdobra na análise da sociedade e dos sentimentos são muito interessantes.
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nat 08/08/2023

Não me agradou...
Acho que é importante pontuar dois detalhes sobre minha experiência pessoal com esse mangá antes de ir para a resenha propriamente dita:

Em primeiro lugar, não terminei de lê-lo, então minha opinião deve ser levada com a devida desconfiança (apesar de que, correndo o risco de ser presunçosa, creio que os problemas que tive com a obra não teriam como ser resolvidos mais para frente de qualquer jeito). Em segundo lugar, venho falar desse mangá como uma adaptação, não como um trabalho individual.

Seguindo para a resenha. Como alguém que leu (e amou!) o romance original, esse mangá deixa bastante a desejar. Ao sair dele, a impressão que me ficou é que, no processo (necessário!) de resumir a história para caber em um único volume de mangá, a adaptação acabou abrindo mão de praticamente tudo que fazia a obra original ser icônica e cativante. O enredo do livro de Dostoiévski é, na verdade, bastante simples e direto. O que torna o livro complexo (e longo) são os momentos em que "nada" acontece; mas são nesses momentos em que podemos conhecer os personagens, são nesses momentos em que eles se tornam pessoas complexas e tridimensionais, e não simples atores na peça de um autor. São nesses momentos em que acontecem as reflexões profundas pelas quais Dostoiévski é tão conhecido. São esses os momentos que roubaram meu coração.

Essa é uma história que precisa de espaço para respirar, e o formato dessa adaptação não permite isso. Como alguém que gosta muito de desenhar e de apreciar os desenhos de outros artistas, eu adoraria ver mais adaptações de Os Irmãos Karamázov que levassem essa família para o mundo dos quadrinhos/mangás. Mas pediria que essas adaptações, por favor, não tivessem pressa. Deixe a história respirar.

No mais, quanto ao mangá em si: é possível que alguém que nunca tenha lido a obra original não tenha nenhum desses problemas (apesar de que sinto que ela ainda sairá da história insatisfeita, já que essa versão resumida, na minha humilde opinião, não tem muito a oferecer). Se quiser simplesmente saber o que acontece no livro, um resumo pode lhe auxiliar nisso. Se quiser se apaixonar por esses três irmãos e a família maluca deles, eu recomendo plenamente a obra original.
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Leonardy.Negrini 30/07/2023

Smerdyakov ele diria, mas morreu ..
Bom, este é o Segundo Livro de Dostoiévski (1821-1881) este ano. Relido "Crime e Castigo", resolvi então me direcionar aos "Irmãos Karamazov". Não é tarefa fácil deparar-se com um escritor desta envergadura.
A escolha dessa obra não foi aleatória, tanto Jean-Paul Sartre (1905-1980) como Sigmund Freud (1856-1939) disseram considerar este livro uma obra prima a ser lida.
Freud terá um campo interessantíssimo de discussão no relacionamento dos irmãos com o Pai, assim como a disputa pela mesma mulher e depois desejo, ameaça e morte simbólica e concreta do Pai.
Sartre teve, em toda a obra, discussões sobre o posicionamento do homem frente ao Divino e como deveria se portar diante de um Deus que se não existe, precisaria ser inventado, como está descrito na obra. Discussão fértil sobre projeto de vida e responsabilidade.
Este último romance de Dostoiévski, publicado em 1879, logo após a morte de um filho, é obra de dificílima leitura. Apenas os leitores mais persistentes permanecerão em mais de 1000 páginas para saber o que o libertino Dimitri, o niilista Ivan e o sublime quase monge russo Aliocha (mesmo nome do filho morto do autor) farão de suas vidas, nas confluências com outros personagens fantásticos como Gruchenka, Ilucha, Catalina, Fedor (O Pai) e Smerdyakov.
Gostaria de fazer uma recomendação desta obra, mas confesso que foi a obra mais desgastante até eu li até hoje e não tem nada a ver com o tamanho. Então fica aí a dica. Não me arrependo, mas fica aí um gostinho amargo. Kkkkkkkk.
#lerévida #leitura #fiódordostoiévski #osirmaoskaramazov #número16doano
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Agda.Marielly 30/07/2023

Os ricos e suas misérias
Minha opinião pessoal imediata sobre esse livro.

Eu acho que "pegaram leve" com Dmitia, ele é o absurdo em pessoa, mas todos são muito polidos na hora de formar uma opinião a respeito dele e até mesmo o autor.
Percebi que estes males de pensamentos, comportamentos, síndromes, essa psique humana maluca e frenética foi destinada as pessoas ricas. Os ricos é quem podem pensar e tem a oportunidade até de sofrer e escolher serem consumidos por seus sofrimentos, falo em um comparativo entre o pai e o serviçal da casa, com também entre Dmitia e o um de seus "irmãos".
Nas personagens femininas são acometidas de loucura por amor, mas como na época a única coisa que era estimulado nas mulheres era a construção de relacionamentos amorosos duradouros, eu "arquivei a ideia de machismo".
Os ricos e suas misérias que só não posso considerar minhas misérias também, pq o dinheiro que nos separa reserva melhores tratamento e medições de palavras, coisas que nunca aconteceria se fosse eu.
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Dazai.Bruder 26/07/2023

Eu amo esse escritor...
"Amo, ele me dizia, a humanidade; mas, para minha surpresa, quanto mais amo a humanidade em geral, menos amo as pessoas em particular, como indivíduos."
"Quanto mais detesto as pessoas em particular, mais ardo de amor pela humanidade em geral."
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Linhares 25/07/2023

Que livro fantástico, na minha opinião muito superior ao "Crime e castigo". Dostoievski sabe criar personagens muito realistas e com muitas camadas.

A tradução da Martin Claret (que não é diretamente do russo), ficou ótima, texto muito fluido sem perder algumas características do idioma original.

Sem dúvida nenhuma, um dos melhores livros que já li.
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thami 24/07/2023

Livro muito denso mas riquíssimo. Dostoiévski nunca decepciona, comecei quase sem expectativas e foi uma leitura maravilhosa devido a quantidade de reflexões filosóficas. Pretendo ler novamente numa nova tradução, bem mais nova q a minha de 1971 skskkskskd

ps: apesar de ter adorado muito, crime e castigo ainda é o meu favorito
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Isabella.Arrais 23/07/2023

Fantástico
O primeiro volume da obra é realmente muito bom.
A história fala principalmente sobre Fiódor Karamázov e seus filhos, Dmitri, Ivan e Alieksiêi. Os conflitos existentes na família a partir desse pai tão (nem sei descrever o que esse pai é) com os seus filhos e em como essa relação teve certa influência para com eles.
Os personagens são muito bem trabalhados, os diálogos extremamente bem construídos e densos. Aliócha está nesse volume como se fosse o herói, porém eu gostei bastante da complexidade do personagem Ivan, segundo filho de Fiódor, ele aparece bem mais a partir das páginas 320, por aí, e realmente seu diálogo com Aliócha na taverna é muito bom! Os outros personagens também não deixam a desejar, as situações que Dostoi
évski traz no livro, como a criança colegial por exemplo e a opressão sofrida pelo povo russo na época czarista são bem trabalhados e trazidos na obra.
Não se sinta intimidado pelo volume de páginas porque a maneira que é escrito prende a atenção e você termina rápido.
Ansiosa para começar o segundo volume.
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menina caterpillar 23/07/2023

Os irmaos karamazov
Eu gosto do dostoievski pq ele so escrevia sobre homens sendo pateticos alucinando se humilhando tendo ataque de nervos querendo morrer e pra mim isso q é literatura: o sofrimento no mais alto grau
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glucaxs 21/07/2023

Deus POR QUE o dostoievski teve que ir antes de fazer a continuação ?? nunca mais serei feliz em toda minha vida
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agapetae 17/07/2023

6
O que muitos não entendem é que a figura do delirante tem um simbolismo superior. Está nela atrelada todos os segredos da psique humana. Aos russos medievais, eslavos e ortodoxos, o louco é santo e febril: ?holy fool?. Esse é aquele entregue à religiosidade de tamanha forma que, em um ato de sacrifício, prefere ser incompreensível. Um vidente cego e mudo. Não se responsabiliza pelos seus atos. Mendigo e fora de si, vaga por aí, sem se importar com como os outros o vê. Prefere a santidade. Se não for possível tê-la, então o nada. Faz uma escolha, e ela é resoluta: ou o pão de Deus, ou a fome.
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Ana 15/07/2023

"Quem não deseja a morte do seu pai?"
Publicado em 1880 pelo escritor Russo Fiódor Dostoiévski, esse é considerado um dos maiores clássicos da literatura Russa e ocidental. É o último livro do autor e ele tinha planejado escrever outros contando a saga dessa família, mas infelizmente não teve tempo, falecendo alguns meses depois. Isso é importante de se ter em mente já que o livro deixa algumas pontas soltas. Aqui temos uma família totalmente disfuncional. Um pai, Fiódor Pavilovitch Karamázov, um senhor bufão, desagradável, desrespeitoso, mulherengo, egoísta e hedonista ao extremo. A sua única preocupação é satisfazer suas vontades mundanas e vis. Acaba se casando duas vezes e é um péssimo marido para ambas. Contribuindo inclusive para a morte de uma delas. Junta dinheiro a partir do dote delas e de negócios escusos. Tem 3 filhos. Dmitri, da primeira esposa, Ivan e Aliosha, da segunda. Não se importa com eles que são criados separados por servos e parentes distantes. Tem um outro personagem, Smerdiakov que dizem ser filho bastardo de Fiódor com uma mulher com comprometimento cognitivo. A história gira em torno de um embate entre Fiódor e Dmitri. Dmitri acredita ter direito a uma herança que pertencia a sua mãe, além disso acontece uma situação constrangedora que é eles se apaixonarem pela mesma mulher, que tem má fama na cidade e gosta de manipular os outros.
A narrativa é muito atrativa e mesmo quando estamos acompanhando as personagens secundárias, a construção delas é tão crível, bem construída e complexa que não fica entendiante. A sensação que dá é que algo muito ruim vai acontecer a qualquer momento.
Aborda questões filosóficas, psicológicas, éticas, morais, entre outras. Envolve a crença ou não em Deus e as consequências disso. "Se Deus não existe, então tudo é permitido." Ivan não chega a falar exatamente isso, mas várias vezes fala quase isso. Defende um ponto de vista ateu, pois enxerga um mundo cruel onde pessoas inocentes sempre sofrem. Dimitri é o mais parecido com o pai, só com um pouco mais de consciência moral, Ivan é o intelectual e com aspirações revolucionárias, Aliosha é gentil, compreensivo e tem uma aura quase santa. A leitura foi uma jornada incrível, envolvente e reflexiva. Eu amei e com certeza lerei outras vezes.
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