A Rebelião das Massas

A Rebelião das Massas José Ortega y Gasset




Resenhas - A rebelião das massas


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Leitora 09/10/2024

Analise errone ado fenômeno
Ao contrario do que falam, o Ortega não era um filosofo. Ele fazia algo que é bem comum atualmente; falar coisas que outros já falaram, com muita pose e fazendo-se passar como original.

No livro Reflexões da Revolução da França Eduard Burke faz uma critica ao um fato de pessoas sem nenhuma formação, senso de responsabilidade, comprometimento com o bem comum, e que não valorizavam toda a história de construção da sociedade, estavam ocupando cargo de poder. Como essas pessoas não tinham compromisso com nada além do seus próprios interesses, elas só usavam o seu "poder" para beneficio próprio sem se importar com os impactos que isso teria na sociedade como o todo. E que isso levaria a França a ruína. Ou seja, as massas estão no poder e só queria sugar.
É essa ideia que o Ortega está tentando vender como se fosse dele e ainda por cima de forma equivocada.

Assim como os calvinistas divide o mundo entre eleitos e não eleitos, o Ortega divide o mundo entre intelectuais e não intelectuais. Isso para o Ortega está divido de forma completamente determinista. Você já nasce determinado para ser um intelectual ou não intelectual. O não intelectual é quem ele chama de massa. E o mundo sempre foi movido pelos intelectuais e para ele deve continuar assim, mas agora está sendo movido pela massa. Essa massa, ganhou voz está ditando as regras do jogo. E ai ele desenvolve a critica baseada nisso. Também vai chamar essa massa de "senhorito satisfeito", pq como o Burke falou elas não valorizam tudo que foi construído.

Minha critica e pq a analise dele é errônea:
1° ele divide a sociedade em castas. Intelectuais e não intelectuais, coisa que Burke não tinha feito. Burke estava falando sobre responsabilidade e preparação que aquelas pessoas não tinham tido para ocupar aqueles postos.
2° nunca houve e nunca vai haver "revolucion de las massas". As massas não estão no poder. Até pq, uma das caracteristicas das massas é não ter iniciativa própria. As massas para se mover, tem que ser sempre instigada. As massas não estão ditando nada, até pq ela não promovem nada novo. As massas por si mesmo são bem conservadoras.
O que está acontecendo é que com a democratização da manifestação da opinião publica, nós temos essa tola ideia de voz das massas. Mas a opinião das massas está sendo sempre controlada por intelectuais, são eles que ditam o que as massas vão falar. As massas adotam as opinião desses intelectuais, a medida que essas opinião os agrada ( as massas sempre aceita ou rejeita, mas não analisa de fato as ideias) ou que eles vão receber algum beneficio por isso. E ganha a ideia que conseguir mais adeptos, tendo assim, essa falsa impressão que essas ideias vem das massas. A falsa impressão que essas ideias são orgânicas, quando na verdade não são. Sabe esses militantes de redes sociais e essas celebridades que estão falando de política, etc? eles estão, fazendo isso pq estão ganhando algum beneficio próprio, nem que esse beneficio seja ficar popular na internet. Isso é muito mais próximo do que o Burke falou; elas não se importam com o bem comum da sociedade e não tem nenhum senso de responsabilidade ou valorização pelo que faz a sociedade de fato. Elas querem a "like", patrocionicio, atenção, ficar famoso, etc. São como pessoas que vendem voto em troca de algum beneficio próprio. Mas não são elas que produzem essas ideias. Elas só estão repetindo. Repetindo ideias dos intelectuais, que também poderíamos chamar de ideologos.
O maior exemplo disso foi a polêmica envolvendo perfis de fofoca no final de 2023. Ficou claro que esses perfis de fofoca e celebridade é comandado por pessoas que não aparecem, ligados a política para engenharia social. E esse ponto. Estamos fazendo engenharia social, isso não seria possível se as massas tivesse poder ou autonomia.
Não há uma revolução das massas. Há uma falsa impressão de que as massas tem poder.
Outro exemplo que eu poderia dá desse fenômeno, é essa guerra cultural que está havendo.

Tudo que estamos passando, não é frito das massas e sim dos intelectuais. O que o Ortega não gostou é que esses intelectuais que estão movendo a massas são da esquerda, enquanto ele queria que a "direção" estivesse na mão de um intelectual que pensasse como ele. Boa parte do livro é ele dizendo a direção tinha que ser da Espanha, etc kkk

Não recomendo. Acho muito mais proveitoso o livro do Eduard Burke.
Cuidado com essa coisa de ficar ovacionando um escritor ele está do "nosso lado".
Minha analise do Ortega não é baseada somente nesse livro, li outras obras dele e posso dizer que o Ortega não é diferente dos filósofos de palco que se tornaram tão popular atualmente.

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Giulian.Mendes 19/12/2023

Da Europa de 1930 para o mundo atual.
Me encontro ainda antes do meio do livro e até aqui me sinto maravilhosamente espantado, e ainda tentando entender: como esse tal homem massa se dirige ao povo europeu de 1930? Tenho lido com uma calma e atenção redobrada para conseguir acompanha o fluxo de informações transmitida pelo autor, que por muitas vezes, é de difícil absorção, mas quando entramos em sintonia com sua linha de raciocínio se torna impossível deixar esse livro de lado ou intercalar com outra leitura. Absorver toda informação presente na obra se torna nosso objetivo.
O mais difícil dessa leitura é, após "abrir a caixa de pandora", reconhecer que, pelo menos eu (e acredito que muitos leitores também que tenha ou esteja lendo) fizermos parte dessa massa em alguma parte de nossa vida. E é libertador ter ciência dessa triste condição humana, que hoje, muito mais que em 1930, vem se tornando uma massa a nível global, que vem destruindo culturas, assolando a moral, limitando o intelecto do ser humano e transformando qualquer sonho de uma sociedade justa e prospera em uma mera utopia.
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Mariana_Dalmaso 09/12/2023

Tão atual?
Quem é o tal Homem Massa? É aquele que ?ACHA? que tem todos os direitos e nenhum dever, é o cidadão que não tem interesse pelo conhecimento. É aquele que impõe opiniões e vulgaridades ao seu redor, tenta eliminar tudo o que não esteja de acordo com ele, com tendência a resolução de conflitos através do uso da violência. Não é o sem estudo, mas o sem noção mesmo? Na época em que o livro foi escrito, este tipo de homem estava tomando seu espaço na Europa, e Ortega y Gasset aborda as consequências que isso traria para a civilização ocidental a partir do século XVIII. Quase 100 anos depois, o livro talvez seja mais bem entendido pelo leitor atual, em um mundo que foi tomado pelo homem massa e cujos fatos do dia a dia refletem sua influência incontestável - mais do que na época em que foi escrito. Você conhece um homem massa, eu conheço? São os que se apegam a ignorância, a falta de questionamento, a falta de conhecimento humano e ainda acha que estão certos,e mais: impõe sua opinião na base da violência física ou psicológica?
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Leo 29/09/2023

Rebelião das massas
Gostei muito do livro e apesar de ter sido escrito há um século, vejo muito do que o autor descreve nas pessoas e sociedade atuais.
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Ruan Ricardo Bernardo Teodoro 07/07/2023

Neste ensaio, o filósofo José Ortega y Gasset discorre sobre a formação moderna do império político das massas. Nesse sentido, conta o autor que houve um grande aumento da população europeia até o século XX, bem como o aperfeiçoamento da democracia nos diversos territórios do Velho Continente.

Essas mudanças acarretaram a majoração do "homem-massa", isto é, como define o espanhol, o homem médio, que se satisfaz em ser aquilo que já é. Desse modo, com o advento do homem-massa, as minorias dirigentes que até então conduziam a Europa - a nobreza e os soberanos, abandonaram seus postos a fim de que fossem ocupados pelas massas.

No entanto, essa alteração do poder político não veio sem consequências. Uma vez que o homem médio não se esforça para ir além do que já é, o seu domínio político também tornou a política "medíocre".

Sendo "medíocre", o homem não possui aspirações elevadas e nem objetivos definidos a alcançar. Nesse diapasão, dentro da teoria da razão vital de Ortega, a vida é um conjunto de circunstâncias que se encontra no mundo, isto é, uma miríade de possibilidades as quais o ser humano deve optar para viver.

Logo, define o filósofo que a modernidade "tem mais vida que a vida" de outros tempos - pois tem mais possibilidades, mas não sabe o que realizar com elas. Consequentemente, o homem-massa não tem passado e se sente como um infante na perspectiva histórica, e tampouco possui futuro, pois sente que já atingiu a apoteose dos tempos. Vive, portanto, em um perpétuo presentismo, à deriva, sem saber para onde ir.

Sem estender o assunto, esse ensaio oferece muitos pontos para reflexão, trazendo à mente qual o papel da política e, principalmente, a natureza e a existência do indivíduo.
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Gabrielli 29/06/2023

Altas expectativas...
Esperava um pouco mais da escrita do autor, mas isso porque fui com altas expectativas. O ponto de vista apresentado é pertinente, emvora o tom meio "elitista" do autor incomode um pouco.
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Titi 25/06/2023

Uma análise sociológica das massas
Ortega y gasset, neste livro, busca realizar uma análise sociológica das massas, mas não sob um viés quantitativo, antes o faz classificando as massas de modo qualitativo, isto foi o que mais se surpreendera, porque ele escapa do paradoxo de sorites que seria uma possível critica ao seus argumentos. Em geral é um livro bom, mas deixou muito a desejar.
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Elton.Oliveira 21/06/2023

Não me despertou o interesse
Aos que tão bem avaliaram esse livro, me perdoem o comentário... Não gostei !!!

Um livro curto mas com um conteúdo denso e filosófico sobre a teoria das massas .... Como elas se formaram e suas aspirações. Motivos e porquês delas se unirem nos grandes aglomerados sociais.

Achei muito massante a forma e exposição dos argumentos. Por diversas vezes me perdia do conteúdo... Até já esqueci rapidamente de algumas explicações.....

Me sinto aliviado de ter terminado pq infelizmente não consigo abandonar um livro que escolho ? !

É isso ...
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Rafael.Tomioka 20/06/2023

Intragável o homem-massa
Vale ressaltar a todos que pretendam ler que este livro não se trata de um livro de política - na verdade, justamente o oposto como ressalta o autor e também o Julian Marias em seu prefácio. Dito isso, é uma grande obra escrita de maneira esplêndida por Ortega y Gasset que se faz de extrema importância para se entender certos tipos de comportamentos com a tal da "ascenção das massas", tomando espaços e cargos importantes, antes dominados por uma "minoria".
Assim, o que se tem é o chamado "homem-massa": o indivíduo esvaziado de sua própria história, aquele que não se dedica a nada, e mesmo assim sustenta todo tipo de convicção nas mais variadas áreas do conhecimento: ele quer direitos antes de deveres e quer falar quando teria mais o que ouvir.
O livro, antes de tudo, é um livro de filosofia que desenvolve o conceito de homem-massa, expondo toda uma reflexão acerca das circunstâncias da vida, sendo que esta é essencialmente escolha - escolher algo para direcionar sua vida dentre tantas possibilidades.

Simplesmente um dos melhores livros que já li. Mesmo escrevendo isso depois de ter lido há um tempo, posso dizer que é uma leitura marcante.
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allanzanetti 05/05/2023

O império da mediocridade
O homem-massa tem um poder absurdo nas mãos, mas não sabe o que fazer com ele. Reclama direitos e ignora deveres. Desprezando o refinamento cultural, quer continuar vulgar. O indivíduo comum é a massa. Esse livro é brilhante.
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Like a Sir 20/04/2023

Punhetação mental
Esse livro é bom só até a metade.

Depois o autor vai entrando em assuntos tipo "BLÁ, 🤬 #$%!& ", sobre a Europa, sobre nações, sobre masculinidade...

Cara, sinceramente não sei quem se interessa por esses assuntos.

Fora que mesmo a primeira metade (que é boa), pode ser resumida em uma simples ideia, que é o seguinte: as pessoas estão ficando rasas.

E o autor não se conforme com isso.

Mas sempre foi assim. Quem vive no presente, tende a ver uma "degradação" das coisas. Mas essa degradação é apenas uma modificação da realidade, que parece ser uma degradação - mas não é.

As coisas, com o tempo, apenas parecem ficar mais simples. É só isso. Não precisava de um livro inteiro pra dizer isso.
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tati.oliveira.58 06/04/2023

Atual
Embora escrito em 1930, esse ensaio traz temas que parecem terem sido escritos ontem. Fala sobre a decadência moral do ocidente, em especial na Europa. Não é um livro político, mas sim, filosófico. O autor traz temas super atuais sobre como a liberdade dos jovens os deixa fracos e sem rumo, fala sobre a relação de homens e mulheres e sua falta de gentilezas e cortejos, discursa sobre a massa ter perdido a noção de religião e de conhecimento, não conhecendo sua própria cultura, não honrando as bases de suas origens cristãs. Também discursa sobre a Europa se unir e virar uma grande nação.
Achei bem interessante e sua atualidade me deixou espantada. Recomendo.
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Romeu Felix 22/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"A Rebelião das Massas" é uma obra do filósofo espanhol José Ortega y Gasset, publicada originalmente em 1929, que analisa a ascensão do que ele chama de "homem-massa" na sociedade do século XX e as consequências disso para a cultura e a política.

O livro é dividido em duas partes, "O Homem-massa" e "A Vida como Realidade Individual". Na primeira parte, o autor descreve o homem-massa como aquele que não tem consciência de sua individualidade e que busca a igualdade com todos os outros, criando uma uniformidade e uma mediocridade cultural. Ele afirma que o homem-massa é uma figura histórica nova, que surge com o avanço da democracia e a consequente igualdade social e política, e que essa figura é o grande perigo da modernidade.

Na segunda parte, Ortega y Gasset busca resgatar a importância da individualidade e da subjetividade na vida humana, afirmando que a vida deve ser compreendida como uma realidade individual e que cada indivíduo tem a responsabilidade de criar seu próprio destino. Ele critica a tendência moderna de buscar a felicidade imediata e o prazer superficial e defende a necessidade de lutar por uma vida autêntica e plena.

O autor faz diversas críticas à sociedade moderna, afirmando que ela é cada vez mais dominada pelo consumismo e pela busca pelo sucesso material, o que leva a uma falta de profundidade e sentido na vida das pessoas. Ele também critica a educação moderna, que segundo ele, busca apenas ensinar habilidades técnicas e não tem como objetivo a formação integral do indivíduo.

"A Rebelião das Massas" é uma obra fundamental para a compreensão da filosofia de Ortega y Gasset e da crítica que ele faz à modernidade. Seu pensamento influenciou diversas áreas do conhecimento, como a filosofia, a sociologia e a política, e suas ideias continuam sendo discutidas e debatidas até hoje.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Melissa.Micheletti 27/12/2022

Livro muito bom
Um livro muito necessário para entender como as massas pensam, agem e se formam.
O autor da vários chacoalhões na gente.
Odiei o prefácio, longo e chato. Passado essa parte já fica melhor.
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Ayla.Candido 27/08/2022

Um livro que eu não lerei novamente, e se recomendasse a leitura seria com ressalvas, pois a opinião que o autor tem sobre as mulheres e os homens ?efeminados? (usando a expressão que o autor utiliza), é preconceituosa, misógina e homofóbica. Fiquei indignada ao ler os últimos capítulos do livro.
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