Cinti 17/07/2016Sem pé nem cabeça, mas divertido!Lembro na época de colégio que tive que ler o livro Macunaíma e lembro perfeitamente de odiar o livro porque não tinha conseguido entender patavinas! Hoje eu entendo porque. Pra um adolescente é um livro difícil se o mesmo não tiver pelo menos um mínimo conhecimento de cultura indígena. O que me dificultou a vida naquela época foram as diversas palavras e expressões indígenas que não tinham sentido para mim.
Hoje, lendo essa versão em quadrinhos e tendo um cabedal maior de cultura do mundo consegui entender a apreciar essa obra, ajudada pelas ilustrações estranhas e engraçadas. Creio que agora estou pronta para um releitura da obra original.
Macunaíma nasceu num tribo indígena da Amazônia, foi um moleque peralta, preguiçoso e explorador da boa vontade alheia, mas ao mesmo tempo era ingênuo, apesar de esperto. Se colocou em diversas situações estranhas, meio mitos, meio lenda, mas não podia ver mulher que ia logo "brincar"! Só sai da floresta para ir a São Paulo em busca da muiraquitã perdida, presente de Ci, seu grande amor. Lá na cidade grande encontra personagem também pertencentes ao imaginário mitológico dos índios, apanha bastante, inclusive vira literalmente picadinho e é trazido de volta pelo mano Manaape. Tem um passagem rápida pelo Rio de Janeiro, para onde vai, para participar de um ritual de Macumba contra seu inimigo roubador de Muiraquitãs.
Em sua aventura é acompanhado pelos dois irmãos Jiguê, guerreiro forte e Manaape velho feiticeiro, ambos servem para tirar Macunaíma das piores enrascadas e para aconselha-lo.
Um livro bem maluco, mas muito engraçado e as vezes um pouco indignante, pois Macunaíma não é um poço de equidade.