Macunaíma, o herói sem nenhum caráter

Macunaíma, o herói sem nenhum caráter Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


950 encontrados | exibindo 361 a 376
25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31 |


ViniBarcellos 12/11/2022

Multiverso da Loucura
23.10 - 10.11
?? | **Macunaíma, o herói sem caráter** - Mario de Andrade
? 342/342
? nota: 4.5/5 ? ? ? ? e ?
- Estou tendo crise de riso no supermercado kkkkk. 100or
- Imagino a o furdúncio que esse livro deve ter causado no meio literário e em que as inflências parnasianas ainda davam o ar da graça
- Me senti vendo episódios do antigo pica-pau. Tudo aqui paradoxal, ao mesmo tempo que é nonsense tem uma lógica por trás
- Como disse o Professor Frederico Coelho, a ideia é conceber um Brasil homogêneo, nem que pra isso tenha que se desrespeitar a geografia, desregionalizar e dar um nó tempo, espaço, línguas e lendas
- é um livro pra quebrar paradigmas, inovar e repensar o Brasil e o brasileiro. Contudo, também é problemático sobretudo por reforçar estereótipos sobre os povos autóctones (aí vc errou feio Mario de Andrade)
- também tem uma crítica à retificação das pessoas (Karl Marx) quando elas são transformadas/transformam-se em objetos: máquina-telefone, máquina-revólver, etc
comentários(0)comente



PorAm 10/11/2022

Não sei nem o que falar
Eu não sei nem o que falar desse livro porque eu nem entendi.
Eu tenho um sério problema com livros clássicos e esse aqui foi difícil demais.
Achei a história bem confusa, toda vez que eu lia me dava sono e eu terminei o livro e não sei explicar ele.
comentários(0)comente



João Vitor Schulte 08/11/2022

Aí que preguiça?
Uma obra atemporal, que trata de questões bem brasileiras, como a pluralidade cultural única de um povo tão misturado, com tantas características que no fim é definido sem caráter, uma vez que é impossível defini-lo.
comentários(0)comente



thaisraiz 30/10/2022

Ai que preguiça
Em respeito ao grande herói sem caráter, protagonista dessa obra me recuso a escrever uma resenha grande pois se o homem tem preguiça, não quero fazer feio.
Esse livro é bem chatinho de ler, não dá pra negar. Todavia é muito interessante notar como Macunaíma se trata de um herói sem caráter, exatamente porque é detentor de todos os caráteres do Brasil. É interessante ler essa rapsódia e ver como Mario de Andrade conta a história dos irmãos e das coisas através do folclore e das lendas do país.
comentários(0)comente



Gois 30/10/2022

Sincretismo e Brasilidade
No ano da comemoração dos 100 anos da semana de arte moderna tomei coragem de ler esse livro. Dica de ouro: leiam especificamente a edição da antofagica, essa da foto. Tem muitas explicações e notas essenciais pra entender tudo. A base da história é bem simples, no entanto, fala de uma cosmologia, natureza e história tão alheias a nossa habitual que causa certo espanto. Mas o momento em que você entende que o livro é mais um grande deboche do que algo que se leva a sério, que ele se cumpre a resgatar lendas do Brasil (inclusive da minha linda região Nordeste) e simplesmente passa a curtir as lendas usadas, o sincretismo e a brasilidade... o livro emociona e diverte. Não é um livro fácil, mas me surpreendeu positivamente, melhor que imaginava
comentários(0)comente



João 29/10/2022

Pouca saúde, muita saúva
Macunaíma é uma obra literária que traz consigo uma quebra de paradigmas e de valorização da cultura brasileira,inclusive relacionando-se com a semana de arte moderna, através da figura de Mário de Andrade.
A obra traz vários mitos, folclore, linguagem coloquial, o cenário social/econômico da época e um herói que simplesmente não é um herói.
Demorei um pouco para começar a entender sua linguagem, mas uma vez que adquiri o ritmo, desfrutei da leitura.
comentários(0)comente



witchduda 28/10/2022

Uma loucura
Não esperava essas viagens, muito bom pra conhecer um clássico de uma forma tão ricamente ilustrada. Macunaíma é um anti-herói brasileiro, com elementos da cultura e das lendas do Brasil com uma leitura rápida porém complexa.
comentários(0)comente



canário branco 26/10/2022

Sobre minha experiência com o livro.
A história que o quadrinho relata em si, é legal, porém, entretanto, achei a leitura extremamente cansativa, confusa e foi uma experiência ruim, pelo menos para mim, conheci pessoas que gostaram.
comentários(0)comente



Stella F.. 26/10/2022

Conhecendo um pouquinho mais do nosso Brasil
Macunaíma, o herói sem nenhum caráter - Mário de Andrade - Editora Itatiaia - 1983

Mário de Andrade fez parte do movimento da semana de 1922 e tentou criar através de sua escrita uma identidade nacional, um Brasil como uma unidade.

Macunaíma foi lançado em 1928, foi escrito em 6 dias depois de uma pesquisa desde o início da década de 20 baseada principalmente no livro Do Roraima ao Orinoco, do alemão Kock-Grunberg, que possui diversos mitos de tribos indígenas da Região Norte do Brasil. Foi muito criticado por pessoas dizendo que ele havia copiado o conteúdo do livro alemão, e ele mesmo dizia que havia se baseado sim no livro, mas dado características próprias ao herói, uma mistura das raças indígena, branca e preta, usando dos seus recursos de narrativa muito criativa, diferenciada, irônica e muitas vezes críticas sociais, a políticos, ao jeitinho brasileiro.

A orelha da minha edição, escrita por João Etienne Filho, vai nos falar: “E o herói sem nenhum caráter passou a viver vida própria, enquanto o livro, escrito por puro prazer, “por brincadeira”, numas férias de Araraquara, de um jato, se tornou uma das mais importantes obras escritas em toda a nossa história literária. Mas as curiosidades em torno dele não desapareceram, antes aumentaram. Disseram que tudo era inspirado no livro do sábio naturalista germânico, Kock-Grunberg, Vom Roraima zum Orinoco. E era, embora não todo, pulou logo na arena Mário de Andrade proclamando-o, em carta a Raimundo Moraes: Copiei, sim, meu querido defensor. O que me espanta, e acho sublime de bondade, é dos maldizentes se esquecerem de tudo quanto sabem, restringindo a minha cópia a Kock-Grunberg, quando copiei todos. E até o sr., na cena da Boiúna. Confesso que copiei, copiei às vezes textualmente. Quer saber mesmo? Não só copiei os etnógrafos e os textos ameríndios, mas ainda, na Carta pras Icamiabas, pus frases inteiras de Rui Barbosa, de Mário Barreto, dos cronistas portugueses coloniais.”

Macunaíma, da tribo Tapanhumas, nasce às margens do Uraricoera, feio e preto, mas ao longo da história torna-se branco e louro. Mas muitas outras transformações ocorrem até virar uma estrela ao final e todos que ele conhece, de alguma maneira ou de outra, viram estrelas, lendas, e um ponto importante, é que muitos animais e plantas antes eram humanos. Macunaíma tem dois irmãos: Manaape, que ele chama de feiticeiro e Jiguê, que ele chama de bobo. Ao nascer, ele fica muito tempo sem falar, depois vai dizer que não falava porque ninguém perguntava nada. Era preguiçoso, e sempre pensava em passar a perna nos outros, deixar que os outros trabalhassem. E gostava de mentir, e dizia que não queria, mas quando via, já estava mentindo. E estava sempre sendo malvado com seus irmãos. Ao longo da narrativa vamos conhecer vários motes dele, tais como Ai, que preguiça! Porém, jacaré acreditou? Nem o herói. Pouca Saúde e muita Saúva, são os males do Brasil. E não podemos deixar de ressaltar, que ele gostava muito de brincar, roubava sempre às mulheres dos irmãos.

O fio condutor da narrativa será a paixão dele por Ci, a Mãe do Mato, que dará a ele, como lembrança, um amuleto chamado muiraquitã. O herói vai perdê-lo e sai em busca do amuleto. Descobre que foi pego por um gigante, Piaimã ou Venceslau Pietro Pietra, um capitalista, e chega à São Paulo para tentar reavê-lo. Mas Macunaíma vai viajar pelo país todo. Não existirá para ele uma barreira geográfica, ele sairá de São Paulo, e em uma corrida, fugindo do gigante, chegará logo em um extremo ou outro do Brasil. Depois de muitas viagens e muitas travessuras, Macunaíma volto à sua terra, e lá acaba morrendo, não sem antes contar toda a sua história a um papagaio, que fica como herdeiro de toda a trajetória do herói sem nenhum caráter, que “é a metáfora de um povo em formação, sem “nenhum caráter.” (pg. 138)

“Terminada a função a companheira de Macunaíma toda enfeitada ainda, tirou do colar uma muiraquitã famosa, deu-a pro companheiro e subiu pro céu por um cipó. É lá que Ci vive agora nos trinques passeando, liberta das formigas, toda enfeitada ainda, toda enfeitada de luz, virada numa estrela. É a Beta de Centauro.” (pg. 22)

E vamos conhecendo o Brasil através das lendas e do folclore, algumas já conhecidas e outras nem tanto. E Mário de Andrade vai usar uma linguagem singular, criando palavras, usando parágrafos para discriminar muitos animais do mesmo tipo, sem vírgulas, além da delícia dos ditados, muito populares, que reconhecemos ao longo da leitura. É um livro engraçado, de aprendizado, mas também de crítica. Além da crítica do Homem x Máquinas, a minha preferida.

“Macunaíma passou então uma semana sem comer nem brincar só maquinando nas brigas sem vitória dos filhos da mandioca com a Máquina. A Máquina era que matava os homens porém os homens é que mandavam na Máquina.. Constatou pasmo que os filhos da mandioca eram donos sem mistério e sem força da máquina sem mistério sem querer sem fastio, incapaz de explicar as infelicidades por si. Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço de um arranha-céu com os manos, Macunaíma concluiu: - Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nessa luta. Há empate.” (pg. 32)

Também vai criticar as macumbas falsas, e no capítulo IX, que vai ser escrito em linguagem formal, vai aludir ao fato da linguagem escrita e falada serem tão discrepantes, dificultando o entendimento.

“Enfim, senhoras Amazonas, heis de saber ainda que a estes progressos e luzida civilização, hão elevado esta grande cidade os seus maiores, também chamados de políticos. Com este apelativo se designa uma raça refinadíssima de doutores, tão desconhecidos de vós, que os diríeis monstros. Monstros são na verdade mas na grandiosidade incomparável da audácia, da sapiência, da honestidade e da moral; embora algo com os homens se pareçam, originam-se eles dos reais uirauaçus e muito pouco têm de humanos. Obedecem todos a um imperador, chamado Papai Grande na gíria familiar, e que demora na oceânica cidade do Rio de Janeiro - a mais bela do mundo, na opinião de todos os estrangeiros, e que por meus olhos verifiquei.” (pg. 67)

Não posso dizer que seja um livro fácil de ler. Há que se ter disposição e cabeça aberta, porque o primeiro entrave pode ser o vocabulário, muitas vezes rebuscado, e outras bastante simples. Tive que recorrer muitas vezes ao dicionário, e optei ao final fazer um contraponto entre o livro físico e o digital.
Mas gostei bastante de conhecer essa obra clássica que estava adiando há bastante tempo a leitura.

Ao final resolvi assistir ao filme, que foi lançado em 1969, e nunca tinha assistido, somente conhecia algumas cenas. Tinha um certo preconceito. E assisti na época certa, e logo após a leitura. Se não fosse isso, talvez não entendesse nada. Acharia com certeza, sem pé, nem cabeça. Achei bastante fiel ao livro, e foi um prazer rever Grande Otelo, Dina Sfat e Paulo José em cenas impagáveis.

comentários(0)comente



soaresrai 23/10/2022

O que dizer sobre esse clássico? Uma história muito boa e que retoma muito dos mitos e lendas indígenas. Eu adorei
comentários(0)comente



Mayara 21/10/2022

Um dos piores clássicos que já li (e não foram poucos)
Acho que o maior problema dessa obra, é que ela não funciona fora do contexto em que foi escrito, durante a primeira geração do modernismo. Em primeiro lugar, não existe gramática nesse livro, por mais que o movimento buscasse liberdade de escrita, também era preciso lembrar que alguém iria ler e precisar entender o que está escrito. E segundo, se por um lado é interessante e bastante positivo que o autor tenha incorporado o folclore e palavras de dialetos indígenas, é um despropósito o quanto ele usa isso na trama, ao ponto de ficar confuso e alguns trechos serem absolutamente incompreensíveis mesmo com pesquisas para os significados das palavras (aqui também vale uma crítica a essa edição em si, que não se preocupou em adicionar notas para as palavras provindas de outros dialetos ou as que caíram em desuso atualmente). Além disso, por mais que a obra também traga um certo surrealismo, é bastante irritante como várias coisas fantásticas acontecem sem nenhuma explicação ou qualquer regra minimamente lógica (principalmente nas tramas paralelas, que para mim não agregam muito na história).
Por último, mas não menos importante, eu estou até agora tentando entender porque chamam o Macunaíma de herói, nada do que ele faz justifica isso, ele não pode nem mesmo ser "o herói sem nenhum caráter", porque ele não faz absolutamente nada de heroico a história inteira, ele só é mau-caráter, um pilantra sem vergonha com todas as letras.
Eu tenho interesse em conhecer outros livros do autor para tirar essa primeira má impressão, mas por enquanto, a escrita dele não me atrai.
comentários(0)comente



francisco 18/10/2022

O herói que cuuurte uma brincadeira
Macunaíma me arrancou muitas risadas mas também desgastou o tico de neurônios que ainda me restavam. Uma leitura repleta de analogias que me deixavam alheio à leitura ? precisava retornar as páginas para sondar a minha compreensão ao capítulo. Tirando sua linguagem única, a qual Mario de Andrade escolheu a informal, trazendo gafes e ironias do português ? "pra mim fazer" ? o livro me fez refletir sobre uma parte brasileira que nem havia parado para tal. Se posso dar essa classificação para o livro é para toda a graça de macunaíma e o quanto me identifiquei com ele. Malandro raiz esse. "Jacaré viu? Nem eu!".
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Mafeh 15/10/2022

Nossa, passei muita raiva no começo desse livro, acho que por causa dos muitos termos diferentes, ou nomes de espécies nativas, as aventuras fantasiosas e até o jeito de escrever. A partir de um certo ponto, quando comecei a entender melhor a dinâmica do rolê, a obra do Mário de Andrade ganhou meu coração, pq em paralelo tava estudando a semana de 22, e o modernismo e tudo fez muuito sentido. Sofri pra ler o capítulo da "Carta pras Icamiabas", reli várias vezes e novamente passei raiva, mas tudo dentro dos conformes kkkk. Acho que uma das coisas mais marcantes é o tal do jeitinho brasileiro, a maneira de pensar em sempre tirar vantagem das situações e sair ganhando, baita crítica.
Acho que só por ter me tirado da zona de conforto já valeu a leitura, mas além disso também contribuiu pra construir uma análise mais crítica pra aquilo que a gente lê.
"Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são"
comentários(0)comente



jackgirl 13/10/2022

Brasil!
Sem sombra de dúvidas a minha leitura mais difícil de todos os tempos. Não tenho costume de ler livros clássicos da literatura brasileira, mas encarei esse como um desafio que eu cruelmente consegui terminar. Macunaíma é extremamente difícil de ler e eu consegui. Considero uma vitória.
comentários(0)comente



950 encontrados | exibindo 361 a 376
25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR