Luana.Iannone 17/11/2022
pouca saúde e muita saúva, os males do brasil são
esse mês realizei um desejo da adolescência: comecei, continuei e terminei macunaíma. desde a escola ouvi que era um livro difícil (e de fato, é) mas me interessei pela falta de caráter do herói. sempre gostei de histórias que não romantizavam o protagonista (não que desgoste destas, mas)
a linguagem é mesmo um desafio - nada que boas notas de rodapé não resolvam (obrigada, antofágica!).
se você abandonar o apego ao tradicional, encontrará nesse romance de Mário de Andrade uma aventura fantástica (no sentido de fantasiosa e também no sentido de incrível).
vi algumas pessoas dizendo que a história não é linear, eu discordo. existe - simplificando muito aqui, só pra destacar o eixo principal - um começo (paixão, muiraquitã), meio (perda do amuleto) e fim (batalha contra o gigante venceslau pietro pietra) e no meio disso tudo, aventuras, lendas indígenas, macunaíma se transformando, viajando por aí - tudo isso de um jeito não convencional, pois aqui, como disse antes, impera a fantasia.
esse livro é simplesmente genial, só lendo mesmo pra entender.
e um plus: hoje, enquanto lia, descobri que existe uma tartaruga na Amazônia que se chama matamatá e é muito feia. pesquisa aí e me fala se não é feia, tadinha.