Resenhas - Macunaíma

Rubens.Ricardo 12/04/2022

Chato demais
Livro curto mais demorei muito, pelo fato da linguagem ser muito antiga e o livro ser muito chato, finalizado com desprazer.

Wolsey 11/04/2022

Difícil de ler, mas merece reverência pela sua importância.
Confesso que só consegui entender o que li porque há pouco concluí a biografia do autor. Ainda assim espero ter entendido.
Se fosse lê-lo sem as referências prévias não teria conseguido chegar à metade. Certamente teria largado antes do fim.
O livro nem é grande, mas a leitura é
extremamente difícil pelo linguajar regional, sem pontuação, muitas vezes, e com grafia própria de algumas palavras, em choque com a forma tradicional da escrita.
Mas é justamente aí que reside a preciosidade da obra. Essa era a intenção do autor, pois se trata de uma crítica explícita ao conservadorismo que, ao formatar as artes nos ditames europeus da época, tiravam, na opinião do autor, a personalidade da expressão genuinamente brasileira.
Mário de Andrade é indiscutivelmente um gênio inquieto, com um olhar crítico sobre a brasilidade, sem pudores acerca da "alma brasileira", que lhe custou a antipatia de muitos companheiros de movimento.
Mas se o leitor busca uma leitura por entretenimento, simplesmente, eu alerto: nem comece.

Maria.Faulhaber 08/04/2022

Envelheceu como leite
Socorro história confusa, várias problemáticas que c certeza seria motivo de cancelamento do seu Mário de Andrade, pegador de casada(pasmem, talaricando o próprio irmão) e muita preguiça.Muito bem seu Mário humanizou os brasileiros que tavam sendo representados como heróis durante o naturalismo?transformando a gente em vagabund@

Ps: quem discorda, discorda aí de longe por favor ?

Aline 04/04/2022

CÔMICO, MODERNO E FABULOSO!
Sem espaço e tempo definido, Macunaíma traz uma apresentação metafórica do Brasil: suas origens, seus mitos, seu povo, sua língua, ao mesmo tempo que também faz crítica ao consumo internacional de cultura, a gramática normativa e a falta de caráter (identidade) do povo brasileiro.
Pra entender Macunaíma, precisa entender o contexto que foi escrito, pois embora seja pequeno, sua linguagem não é tão simples para hoje, mesmo assim, livro clássico, engraçado e importante para nossa história!

Aninha2044 04/04/2022

ai que preguiça
antes de começar gostaria de declarar minha raiva, metade dessa [*****] de resenha tava pronta e eu perdi, te odeio skoob

agora, sobre o livro, hoje eu vou terminar a apresentação sobre ele (que me consumiu duas aulas, porque eu sou aluna exemplar e só tiro nota 10), então finalmente finalizado

gostei de ler? não
mas vou sentir falta de passar raiva tentando entender oq o desgraçado do Mário de Andrade quis escrever

Escrita 0,5/1 ? eu entendi que você tava querendo construir a identidade brasileira e imagino q tenha sudo super jovial na época, mas eu NÃO CONSIGO ENTENDER O QUE ESTÁ ESCRITO SUDVWIDBIWHWIDJ
Formato do livro 0/1 ? a maioria dos capítulos acontecia muita coisa
Personagens 0,5/1 ? ele desenvolve bem o macunaíma, mas é só ele também né, Jiguê, Maanape e o Piaimã esquecidos no churrasco
Enredo 1/1 ? isso eu não tenho como negar, o enredo foi sim revolucionário pra época, todas as coisas se encaixam, tudo faz sentido (no mundo de macunaíma, claro)
Fator específico (seja lá qual seja o gênero do livro) 1/1 ? queria ser inovador? foi. Queria construir a identidade brasileira? construiu. Não sei exatamente qual o gênero desse livro, mas eu sei que ele conseguiu cumprir de tão abrangente que foi

Felps 02/04/2022

Puro Suco de Brasil
9 anos atrás, eu tentei ler esse livro e foi um loucura, não entendi nada e acabei abandonando, mas agora eu estava preparado pra essa leitura. Macunaíma parece um enorme sonho; momentos bem surreais, uma narrativa bem animada, engraçada e cheia de referências a cultura popular (quase sempre desconhecida de muita gente). Eu achei uma leitura divertida, mesmo que tenha algumas coisas que não envelheceram muito bem, mas, no geral, eu recomendaria que todo brasileiro lesse esse livro uma vez na vida!

Karina.Maman 30/03/2022

Surpreendente!
Finalmente um clássico nacional que me prendeu e me divertiu demais!
Macunaíma é uma figura e tanto, e acompanhar a sua jornada é uma super aventura!
Livro abarrotado de referências do nosso linguajar popular e do nosso folclore... Macunaíma é uma crítica social que chega a doer na alma, mas a maneira como esse livro é escrito é insuperável!
Clássico a temporal com toda certeza!

Oliveira208 29/03/2022

"Brasileiro não tem caráter"
O melho do livro é o prefácio, no qual Mário de Andrade explica sua motivação para escrever esse livro. Não leria de novo.

Samu in Oz 26/03/2022

Ai, que preguiça
Macunaíma não é minha obra favorita entre o catalogo de clássicos brasileiros, mesmo reconhecendo o peso cultural que possui. Não consegui me conectar ao protagonista ? e muito menos consentir com muito de seus feitos ao decorrer da obra ?, não senti carisma emanar dele ou dos outros personagens e, por conta dos verbetes e vocabulário diversificado, a leitura se torna um pouco difícil. Tive o prazer em ter uma edição com notas de rodapé que ?traduziam? alguns termos, mas ainda assim, não é um livro fácil de ser lido.

jessylins 23/03/2022

Macunaíma
Nossa que livro chato nonsense não acabava nunca foi a pá de cal que faltava pra eu deixar de lado o modernismo.

Usagi a coelha 21/03/2022

Absurdamente engraçado.
Esse livro é uma comédia a parte. Muitas pessoas acham que livros clássicos da literatura brasileira são chatos, mas, Macunaíma prova o contrário. A estória é divertida e engraçada, existem diversos momentos cômicos que chegam a beirar o "no sense". Acredito que a única dificuldade que o leitor irá encontrar nesse livro é a escrita, que está repleta de palavras indígenas e gírias da época, que se você não tiver um conhecimento a parte, você não entende. Então é bom ler enquanto busca o significado do que está sendo dito.

Aninha 20/03/2022

Um herói feito para representar o povo
A história de Macunaíma é bem interessante de ser interpretada... eu por exemplo fiz a leitura em grupo com colegas da turma e minha professora de literatura; mesmo após o fim do livro, já no debate com a turma pude ver outros pontos de vista sobre as mesmas partes do livro.

Selma 19/03/2022

Magnífica obra representante da 1° fase do modernismo
"Macunaíma" foi escrita por Mário de Andrade em uma semana, quando tirou férias e foi para a chácara do seu tio Pio. Deitado numa rede, ele escreveu toda a história, na típica característica de seu próprio personagem, com muita preguiça.
Publicado em 1928, "Macunaíma" representa, em sua essência, a miscigenação do povo brasileiro, pois ele era um índio da tribo dos tapanhumas, que nasceu preto retinto feito o medo da noite, mas se transformou num branco louro de olhos azuis após atravessar um lago mágico.
Apesar de o autor ter escrito esse livro maravilhoso, que foi sua obra mais consagrada, a personagem Macunaíma não surgiu da sua cabeça não, mas sim foi fruto de suas pesquisas sobre o folclore. Mário o descobriu num livro do alemão Koch-Grünberg pesquisador da cultura indígena e a personagem nos é apresentado como ?o herói sem caráter?, podendo este até ser um subtítulo para o livro, pois ele realmente se apresenta em muitos momentos como maldoso, é uma pessoa preguiçosa, desonesta, capaz de tudo para conseguir o que lhe convém e muito, mais muito malicioso.
Dentro da narrativa, expressões como ?Ai que preguiça!? e ?Vamos brincar.? são usadas incansavelmente por ele para comprovar seu caráter, que aliás, é considerado bem típico do caráter do brasileiro, sendo que tais características que vai aparecer em muitas obras de escritores consagrados da atualidade, como de João Grilo, no ?Auto da Compadecida? e de Joaquim Simão, na ?Farsa da Boa Preguiça?, ambas de Ariano Suassuna. Vemos também na voz de Joaquim Simão, que ?os maiores vícios do homem são versos, preguiça e mulher?. Fica aí mais essas duas ótimas dicas de boa leitura também.
Porém, quando Mário de Andrade se refere à falta de caráter do povo brasileiro, ele vai além do caráter moral, pois para ele somos um povo que se deixa influenciar facilmente pela cultura estrangeira que refletem na nossa língua, nossos costumes, pois, a seu ver, somos um povo que não valoriza a própria história e consciência tradicional, portanto ele nos apresenta essa obra onde reúne as tradições orais e culturais do nosso país. Agora vou apresentar pra vocês um resumo do livro:
Macunaíma nasce numa tribo indígena e cresce menino levado que ao aprontar com seus irmãos, sua mãe o castiga levando ele para o deserto. Lá o Curupira, seu avô, o amaldiçoa fazendo com que ele se torne um adulto, mas com cabeça de criança. Macunaíma retorna para sua aldeia e quando sua mãe morre um dia após seu retorno, ele e seus irmãos: Maanape (que é o chefe espiritual da aldeia) e Jiguê (guerreiro e caçador) saem pela mata afora. Nessas andanças pela floresta Amazônica, Macunaíma conhece Ci (também conhecida como Mãe do mato) que se torna sua companheira, porém ela morre e vira uma estrela e Macunaíma sofre a perda da companheira que lhe deixa um muiraquitã de lembrança, mas ele o perde na praia do rio quando subia no bacupari ao fugir da cabeça da mãe d`água e sai a procura da pedra preciosa. Por chorar tanto, Negrinho do Pastoreio penalizado, pede ao Uirapuru que cante para Macunaíma dizendo o que aconteceu com o muiraquitã e ele descobre que a pedra foi achada por Venceslau Pietro Pietra (gigante Piaimã, o comedor de gente) que enriquece com o achado do Talismã e foi viver em uma fazenda em São Paulo. A partir daí, Macunaíma viaja com seus irmãos pelos quatro cantos do Brasil em busca de encontrar Venceslau Pietro Pietra para recuperar seu talismã, aprontando todas pelo caminho e se aventurando no meio da modernização da cidade grande.
"Macunaíma" nada mais é que uma rapsódia construída a partir do entrelaçamento de muitas lendas e mitos indígenas e considerado pelo próprio autor uma antologia do folclore brasileiro, com citações de provérbios, crendices e superstições, parlendas, cantigas entre outras formas da manifestação oral popular, resultado de muita pesquisa do autor, escrita numa linguagem simples, cômica e bem brasileira.
Confesso que só tive a curiosidade de ler "Macunaíma" após ter lido "O Mário que não era de Andrade: O menino da cidade lambida pelo Igarapé Tietê?, de Luciana Sandroni. E essa é mais uma das minhas indicações literárias, pois Sandroni tem um jeitinho todo especial de apresentar para jovens leitores a biografia de escritores consagrados. Nesse livro em especial, além dela apresentar a biografia de Mário de Andrade, ela também conta sobre o livro Macunaíma de uma forma que desperta o interesse das crianças. E é lógico que adorei e quis ler o original. Quando li, com certeza me apaixonei pelo estilo do autor, com uma escrita moderna, quebrando paradigmas, encantando com sua literatura fantástica e de vanguarda, que melhor sintetiza a proposta do Movimento da Antropofagia, criado por Oswald de Andrade no ano de 1928, com o objetivo de igualar a cultura brasileira às demais. Uma obra cheia de ambiguidades, metáforas e críticas à um sistema burguês, ditador, em que modelos estrangeiros eram imitados e a principal cidade econômica do país: São Paulo, estava passando por um grande período de urbanização e desenvolvimento industrial e comercial.
Algo que me chamou atenção quando li Macunaíma, além do que já citei relacionado ao folclore, foi o uso de muitas enumerações, que, apesar de trazer várias palavras pouco usadas do vocabulário indígena, como nome de aves, danças, árvores, peixes etc., sempre termina com uma definição generalizada sobre o que está sendo enumerado, facilitando assim o entendimento sem precisar sair pesquisando o significado de cada palavra, o que dá ritmo e dinamismo à leitura.
O tempo dentro da narrativa se mostra atemporal, possibilitando que o protagonista se desloque de uma época para outra sem comprometimento dos fatos. Já o espaço é mágico, fazendo com que Macunaíma esteja em diversos lugares em curto espaço de tempo e ele acaba se deslocando por todo o território sul-americano como num passe de mágica, ora atrás, ora fugindo de Venceslau Pietro Pietra. E durante toda essa trajetória, vamos nos deliciando com a flora, fauna, tradições, falares, comidas e hábitos de cada canto em que Macunaíma passa.
Por sua grandiosidade, esta obra está sempre inclusa na lista dos principais vestibulares do nosso país, então recomendo a vocês que não fiquem de fora e leiam também.

João Marcos 19/03/2022

A Jornada do Herói
A verdade é que já demorei demais para escrever essa resenha. Mas o tempo fez bem à impressão que o livro deixou. A realidade é que gostei bastante de Macunaíma e senti validada toda a importância dada ao livro.

Macunaíma é considerado um dos romances mais importantes do modernismo brasileiro, principalmente da primeira fase. São nítidas muitas características desse movimento presentes na construção feita pelo autor. Mário de Andrade embasa a história no cotidiano e na cultura brasileira vistos de uma forma crítica e muitas vezes tratados com sarcasmo e ironia.

Inclusive, os momentos em que o enredo inclui características do nosso folclore, tema que muito me interessa, são dos que mais gosto. Outro ponto alto são trechos em que o romance se propõe a explicar o surgimento de costumes ou dizeres tipicamente brasileiro (como um simples "paca tatu, cotia não"), como se o livro tivesse também o papel de compilar tais costumes, relatar sobre tradições orais e vincular suas origens com a história do protagonista. A obra é considerada uma rapsódia por essas características e pelo tom épico que pode adquirir a jornada do protagonista.

Sobre a jornada de Macunaíma, observando seus pontos principais, realmente a considero épica: o protagonista sofre com uma perda; parte em uma busca da muiraquitã tentando recuperar ao menos a lembrança deixada pela perda que sofreu; enfrenta um rival que parece invencível; é vencido; se prepara; vence; recupera seu objetivo - a muiraquitã. Até que Macunaíma a perde em definitivo e, percebendo que também havia perdido tudo que tinha durante essa jornada, não vê mais sentido em permanecer na terra. Quando penso nessa parte do enredo, acho uma jornada bem construída para o herói que Mário de Andrade propõe, ainda que um herói sem caráter algum. O autor preenche essa jornada com tantos outros trechos críticos, sarcásticos, irônicos, próximos do realismo fantástico, fechando o enredo do romance.

Quanto à leitura da obra, não achei uma leitura difícil. Demorei para finalizar mais por culpa minha do que do livro em si. Há sim diversas palavras no texto que não são usais mas no contexto em que são utilizadas acredito que a compreensão não seja prejudicada. Muitos capítulos são consideravelmente independentes, o que acho que também facilita a leitura. Ainda, é claro que o livro foi publicado em 1928, então o vocabulário pode se distanciar do atual, além de que a forma para tratar de determinados assuntos, como violência e machismo, pode incomodar.

Por fim, acho não só que a leitura vale a pena como a releitura também. Quem não gostou do livro no primeiro contato por precisar ler para o vestibular ou algo assim, deveria dar uma segunda chance. Dessa vez, fazendo o pacto com o autor de que a obra não se propõe ao realismo da verossimilhança e se permitindo levar pelo fantástico que pode estar ali presente.

Aline221 15/03/2022

Macunaíma
Vou ignorar o contexto da obra, a sua crítica à sociedade brasileira.
Não gostei do "herói" que de herói não tem nada a não ser uma lábia do carambola (tá bom, ironicamente, Macunaíma é o brasileiro kkkk)
A história é muito boa, mas sinceramente, podia reduzir o número de palavras desnecessárias jorradas em vários dos parágrafos. Tipo, ao invés de dizer "e veio uma bicharada", não, diz um por um bicho que apareceu. Ao invés de "muitas frutas" vai descrevendo todas as 7583863... Nessas horas eu fazia leitura dinâmica mesmo!
Bem, um clássico BR vencido, encarado.
Ah a sensação é de que a história está correndo e todo mundo correndo rs