Macunaíma (eBook)

Macunaíma (eBook) Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


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Erica 01/01/2022

A aventura de Macunaíma e seus irmãos percorrendo o Brasil (e até países vizinhos) atrás da muiraquitã passa por muitas lendas indígenas de verdade e outras inventadas (criaram até o jogo de truco!) e diálogos hilários.
Fico imaginando alguém lendo isso em 1928... como deveria achar realmente moderno!

#100anossemanadeartemoderna
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Camille 31/12/2021

Um clássico tem seus motivos de ser
Macunaíma é o tipo de livro que eu agradeço por não ter lido na época do colégio. Conforme passava suas páginas e me deparava com uma escrita única, comecei a perceber que você precisa de alguma bagagem para conseguir acompanhá-lo, bagagem de Brasil.

Acompanhar as aventuras do herói sem caráter é viajar pela história e território do nosso país, com um grande tempero dos estados do Norte: se você não conhece absolutamente nada sobre eles e não conseguiria listar dez árvores e animais típicos da Amazônia, nem alguns folclores, provavelmente vai ficar perdido em Macunaíma.

Mas independente do vocabulário e neologismos, ele não é um livro pra se ler ao lado de um dicionário. Os significados pouco importam quando você entende o contexto - sabe aquilo que todos os professores de línguas falam? Então - e embarca na história.

Recomendo para todos os brasileiros, mas fazendo os adendos acima. Bagagem é fundamental para que essa leitura seja fluida e faça sentido.
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Paloma Knittel 31/12/2021

"Ai, que preguiça!"
A escolha do tema, a riqueza de detalhes e a qualidade da pesquisa fazem de Macunaíma uma verdadeira tese de doutorado. Mário de Andrade merece louvores por esse trabalho que enaltece o Brasil e suas brasilidades. 

Quanto à experiência de leitura, não foi das melhores. Com linguagem difícil devido a utilização de palavras de origem tupi, gírias e palavras há muito em desuso, fica difícil achar um trecho onde se compreenda 100% do conteúdo. Porém, ao se abandonar a vontade de procurar todos os significados e focando no contexto, a leitura evolui de forma mais fluida e agradável.

Os trechos onde são descritas as origens das lendas e os diversos ditados populares são repletos de humor e ironia e são um ponto forte do livro.

Recomendo esse livro por ser um clássico e pela sua importância na literatura nacional, não tanto pela leitura em si.
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Nilton 31/12/2021

Herói
Fechando o ano e abrindo as comemorações dos 100 anos da Semana de Arte Moderna.

"...a velha Vei, a Sol, relampeava nas gotinhas de chuva debulhando luz feito milho."

"A filha expulsa corre no céu, batendo perna de déu em déu. É um cometa."

Mário é um gênio.
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Amanda.Moura-@vidadebookstan 31/12/2021

Não gostei
Sinceramente, esperava mais. A leitura não fluiu como esperava, apesar da história ser repleta de ação. Em alguns momentos, senti a necessidade de pesquisar algumas coisas, como as lendas que são citadas. Entendo a importância dele para a literatura brasileira, mas não chegou perto de tornar-se o meu clássico favorito.
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dani 29/12/2021

"Ai! que preguiça!..."
Cuidado! Este livro contém altíssimas doses de sarcasmo e humor ácido. Mário de Andrade não poupou esforços para criar um herói às avessas que esteja à altura do povo brasileiro.

O autor modernista revisita e reinventa lendas populares e passagens históricas. Não vou negar que fracassei em compreender a maioria das referências usadas. Em boa parte do livro, senti que perdi a piada.

Se um dia eu decidir revisitar esta obra, vou precisar de uma boa edição comentada para desvendar todas as referências. Mas só de pensar em reler esta obra, já me sinto como Macunaíma: "Ai! que preguiça!..."
Joao 29/12/2021minha estante
Essa foi uma das obras que me venceu hehehe. Mas ainda voltarei a ela.
Já "Amar, verbo intransitivo", eu adoro.


dani 29/12/2021minha estante
João, não sei se vou ter ânimo para uma releitura ?
Vou dar uma olhada nesse outro livro do Mário, quero conhecer mais a obra dele.


Ferferferfer 29/12/2021minha estante
Tenho essa mesma impressão. Ainda não o li, mas sinto que vou precisar de uma edição com referências.


dani 29/12/2021minha estante
Fernanda, me recomendaram a edição da Ubu. Além de ser bonita, parece bem completa mesmo.


Joao 30/12/2021minha estante
Dani, eu fraquejei com Macunaíma e foi ler esse outro meio que sem ânimo e me surpreendi bastante. Recomendo também os volumes de contos. Gostei dele como contista.


Nati 30/12/2021minha estante
Anos atrás prometi para mim que voltaria a tentar ler esse livro, mas ainda estou com preguiça.




Victor.mcrv 29/12/2021

Divertido e complicado
O livro é bem divertido, as aventuras de Macunaíma não são politicamente corretas e isso que torna complicado, temos vários temas onde temos sátiras nas estrelinhas do texto mas também temos muito preconceito coisa que vem da época em que o livro foi escrito.
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Van.perr 27/12/2021

Livro péssimo. Muitas passagens são impossíveis de compreender, pois não existem no dicionário tais palavras.
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gustavo 18/12/2021

Ruim
Já li livro ruim, mas igual esse não tem... Muitas palavras difíceis que não tem nem no dicionário, a história é muito arrastada e o autor divaga demais.
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I. de Rohan @izabelderohan 14/12/2021

A história da ficção brasileira começa no romantismo, por volta de 1840, em um momento decisivo na história do país, em nosso primeiro momento moderno, sobretudo no Rio de Janeiro, cidade da monarquia portuguesa, que recebeu muitas novidades da Europa. O nosso romance é principalmente importado. Os romances vendidos eram importados, assim como o modelo. Claro que criamos nossa literatura, ela se desenvolveu, isto é, tivemos uma transgressão à norma, mas verdadeira transgressão ruidosa foi o movimento modernista.

O movimento modernista foi uma forma de provocar o estranhamento, o choque, um contraste ridículo com o folhetim, modelo tão usado anteriormente. Mário de Andrade imprimiu seu próprio livro e o entregou a críticos e pessoas da área. Não era para o grande público. A verdade é que Memórias Sentimentais de João Miramar e Macunaíma - clássicos do modernismo - não são simples, não são fáceis, não possuem frases compreensivas e quebram muitas regras dos cursos de escrita.

Macunaíma possui uma extensa pesquisa de vocabulário do Brasil – vocabulário de antes de ser o Brasil nomeado pelos portugueses – o que o faz ter dois extratos de leitura: uma que acompanha a narrativa, outra que é para o antropólogo, para o pesquisador.

Definido pelo autor como uma rapsódia e não um romance, o livro é chocante e incompreensível em muitas partes. Essa rapsódia é uma mistura de improviso, ritmos populares e oralidade e busca o choque e o estranhamento, está dentro daquela categoria de transgressão ruidosa, violenta, mencionada anteriormente. Tudo isso é planejado, naturalmente; não faz parte da proposta do modernismo ser entendido em sua totalidade, algo sobrenatural ao romantismo do folhetim.
Estes são mais pontos de transgressão de Macunaíma: seu inacabamento, a simulação do improviso, o anti-herói, que apresenta um fio condutor impuro, não confiável, e sua intertextualidade.
Esse incomodo de Macunaíma provoca o leitor, o seduz. Esse livro é excesso, veloz, corre, no tempo, no vocabulário, nos locais. Macunaíma tece um herói sem caráter no sentido de fora do padrão e também de formação, devido a pouca idade do Brasil.
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Juliana 11/12/2021

Herói brasileiro
Que história!
Macunaíma é um herói que às vezes é difícil até ter simpatia. Ainda assim gostei da leitura. O excesso de termos e vocábulos desconhecidos torna a leitura, vamos dizer, peculiar. Eu li em ebook e recomendo. Essa edição que achei no Kindle Unlimited é perfeita e traz todos os esclarecimentos para facilitar a experiência do livro.
Recomendo.
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Babi159 02/12/2021

“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente”
Macunaíma não é um dos livros mais agradáveis que já li na vida, mas é de longe o mais insano, e uma das minhas leituras mais nostálgicas, com imenso valor afetivo. Li o livro em questão no último ano do Ensino Médio, em 2012. Consegui o mesmo com a Carol, minha colega na época. Ela “alugou” o livro em uma biblioteca, e emprestou para o nosso grupinho de amigas para que todas conseguissem ler antes das avaliações, o que sempre ocorria com as leituras obrigatórias, tendo em vista que a biblioteca da escola não abarcava a quantidade de livros obrigatórios que meu professor solicitava, logo quem achasse ou comprasse um exemplar do livro escolhido para o mês, emprestava para sua respectiva panelinha ler em tempo recorde. Dessa forma, eu tinha um resto de sexta-feira e um final de semana para concluir a leitura, fazer anotações e afins, então tive que lê-lo rapidamente, e só quem já leu Macunaíma sabe o quanto é difícil fazer isso. Recordo que o li no transporte público, comendo cachorro quente no sábado à noite... Parecia que estava drogada fazendo a leitura tamanha as loucuras escritas por Mário de Andrade... A descrição da batata da perna em mil pedacinhos saltitantes, com vida própria, e o processo de branquitude de Macunaíma são impagáveis.

Andrade, por sinal, até o que recordo, escreveu o livro em apenas 6 dias, em uma viagem para lá de alucinógena pela Amazônia. Macunaíma, “o herói sem nenhum caráter”, é uma alegoria étnica brasileira. É interessante como Mário constrói seu personagem: uma criança negra, que nasce na mata de uma mãe indígena, e se torna branco e urbano magicamente, em uma clara alusão à miscigenação que nos constitui como povo. E não só características étnicas: Macunaíma é uma acentuada crítica às piores características nossas. Ele é feio, bonito, infantil, lascivo, desprovido de caráter, preguiçoso, malandro, desprezível e heroico.

Recordo que, antes da pandemia, vi no Facebook do meu ex-professor uma peça de teatro pra lá de bem feita de Macunaíma, realizada pelos seus atuais alunos. É emocionante ver que a gurizada ainda é tocada por essas joias da literatura nacional através de professores inspiradores que apostam em obras genuinamente brasileiras. Nostálgico!
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gabzsch 02/12/2021

Não era o que eu esperava, mas muito bom.
Macunaíma é um clássico brasileiro, e o meu segundo lido. É escrito com o português falado, não o escrito, como o próprio autor deixa claro. A história é bastante divertida, completamente nonsense. Sei que seria uma leitura muito mais complicada, mas esta edição tem várias notas de rodapé.
Acho que só não dou cinco estrelas pela falta de apego que senti com os personagens e a demora que levei para o terminar. Mas tirando isso, é um livro muito divertido.
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Vitória 30/11/2021

"Ai! Que preguiça!"
Essa frase repetida inúmeras vezes por Macunaíma ao longo da obra representa bem o que senti durante toda a leitura. Passei dois meses tentando terminar e ainda entrei numa ressaca literária gigante. Apesar de ser um clássico, não funcionou pra mim. A leitura é muito arrastada e não me prendeu em nenhum momento, apesar no pouco número de págins. Não fosse a importância pra literatura brasileira, teria abandonado logo.

~ Citações favoritas ~

No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. (Pág. 7)

A Máquina era que matava os homens porém os homens é que mandavam na Máquina... (Pág. 31)

De toda essa embrulhada o pensamento dele sacou bem clarinha uma luz: Os homens é que eram máquinas e as máquinas é que eram homens. (Pág. 32)

POUCA SAÚDE E MUITA SAÚVA, OS MALES DO BRASIL SÃO. (Pág. 65)
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Flávio 29/11/2021

Uma fantástica experiência literária
Macunaíma, O herói sem nenhum caráter. Acho muito importante e mais enriquecedora a leitura se lermos essa belíssima obra de Mário de Andrade - um poeta, romancista, musicólogo, historiador de arte, crítico, fotógrafo brasileiro e um dos fundadores do Modernismo no país. O Modernismo, que sucedeu o movimento Antropofágico, que juntos pesquisaram e resgataram a cultura brasileira, que se popularizou em 1940 com o movimento Tropicália, o livro foi escrito em 1926, logo após a “Semana da Arte Moderna”. Macunaíma, O herói sem nenhum caráter, era um personagem preguiço, mentiroso, vivia mexendo nas coisas das moças. Um herói que se opõe ao estilo romântico, mas que nos dá muito orgulho se sermos brasileiros, que não precisamos de nenhum estrangeirismo, precisamos apenas valorizarmos nossa história e cultura. Talvez, sem nenhum caráter, ou seja, um caráter (um ser) em formação. A criação de uma identidade, Macunaíma é o Brasil, o brasileiro, essa mistura do índio, escravo e o branco europeu. A leitura em si, no começo pode parecer um pouco difícil, uma escrita coloquial e carregada e termos indígenas, uma outra crítica feita por Mário de Andrade: da nossa língua, uma para falar, outra para escrever, mas não dificulta a compreensão. O texto me trouxe, além dessas, várias outras questões e foi muito gostoso de ler, apesar de não ser um texto realístico, me lembrou o fantástico, com uma explosão de criatividade. Obs.: Andrade morreu em 25 de fevereiro de 1945, aos 52 anos. Dadas as suas divergências com a ditadura varguista, não houve reação oficial significativa antes de sua morte. No entanto, a publicação de seus Poemas Completos, em 1955 (um ano após a morte de Vargas), marcou o início da canonização de Andrade como um dos heróis culturais do Brasil.
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