Mar morto

Mar morto Jorge Amado




Resenhas - Mar Morto


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Pam 17/01/2022

Bonito, mas cansativo?
O livro é bonito e diversas vezes me percebi encantada com elementos da cultura baiana, porém algo na escrita desse texto me cansou. Sabe quando alguém tá te contando uma história, mas ai ela fica repetindo várias vezes a mesma informação e nunca chega aos ?finalmentes? do conto? Então. Acredito que foi proposital esse tipo de escrita, por parte do autor, mas gosto de escritas mais fluídas.

Tirando essa questão, ainda valorizo a exposição da cultura marítima presente no cais, a religiosidade dos pescadores em relação à Iemanja.

Vale a leitura? Acho que vale. Para ler sem pressa, ler obrigação de ser uma leitura incrível.
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Rodolfo | @_rodolfo92 16/01/2022

É doce morrer no mar...
Publicado em 1936, o romance é carregado de um lirismo impressionante e retrata a trágica e fatalista luta diária por sobrevivência dos trabalhadores do cais de Salvador (Bahia), que viviam como prisioneiros de um destino, o qual demonstravam até uma certa paixão, traçado pelas gerações passadas. Mar Morto nos apresenta ótimos personagens além dos protagonistas Guma e Lívia, como a valente Rosa Palmeirão, o experiente velho Francisco (tio de Guma), o casal aventureiro formado por Mestre Manuel e Maria Clara, os queridíssimos Dr Rodrigo e a professora Dulce, entre outros. A mística em torno de Iemanjá, pela visão dos marítimos, é o centro do romance e, como de costume, Jorge Amado não poupa os detalhes e características culturais/regionais e o faz com muita riqueza.

Cada vez mais me encanto com a escrita de Jorge Amado. Mar Morto tem uma lírica muito boa e um tom poético incrível e serviu de inspiração para a clássica música de Dorival Caymmi "Como é doce morrer no mar".
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Bruna 09/01/2022

Jorge Amado e sua escrita incomum
Apesar de gostar do autor e ter adquirido vários livros dele, Mar Morto, minha terceira leitura de Jorge Amado, foi uma leitura muito arrastada no início. O Jorge Amado tem uma escrita muito particular, onde nos textos nós encontramos muitas repetições de acontecimentos (talvez propositais) que podem incomodar o leitor.
Tirando isso, a história é de uma delicadeza ímpar, onde do meio pro final, o leitor se encontra totalmente envolvido nas histórias e tragédias sucessivas.
Um livro romântico e triste, onde encontramos muitas referências à religião de matriz africana, o que é difícil encontrar em outros livros e a forma que ele põe esses detalhes no livro é maravilhosa.
Carol.Cuofano 09/01/2022minha estante
Acho esse livro de uma poeticidade arrebatadora. Sou apaixonada por ele.




Ester.Brito 07/01/2022

Mar Morto
O livro conta a história de guma, conta do seu nascimento, vida e a morte, junto dele temos Lívia que é o seu grande amor e nessa trama toda vemos como o personagem é construído ao longo do livro, ah momentos que vamos torcer por ele e outros que vamos sentir pena do que ele acaba fazendo com Lívia, seu final é algo que se você não perceber antes e isso é ótimo.
A leitura do livro não é tão complexa e vocês podem perceber que lá se fala muito da vida dos pescadores e de suas misérias, também se fala muito sobre os santos do candomblé, sobre a morte, amores e naufrágios
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Otávio - @vendavaldelivros 04/01/2022

“Porque ninguém pode nascer ou morar no mar sem o amar como amante ou amigo. Pode-se amar o oceano com amargura. Pode esse amor ser medo ou ódio. Mas é um amor que não se pode trair, que nunca o abandona.”

Iniciei a leitura de Mar Morto, em uma infeliz coincidência, antes da tragédia que assola o Estado da Bahia acontecer. Ainda que o livro tenha como foco o cais de Salvador e a relação de seus homens e mulheres com o mar, é doloroso imaginar que um estado tão importante, de gente trabalhadora e inventiva, um dos berços do povo brasileiro, esteja passando por dificuldades tão grandes.

Publicado em 1936 quando Jorge Amado tinha apenas 24 anos, Mar Morto é seu quinto romance e narra, dentre tantas histórias, a do marítimo Guma e sua relação com o mar, com Iemanjá, sua esposa Lívia e todo o povo que trabalha e depende do cais de Salvador. Órfão cedo de pai e sem contatos com a mãe, Guma cresce ajudando o tio Francisco nos saveiros e se destaca, tanto pela beleza quanto pela coragem e pelo talento.

Mar Morto é uma obra lírica, poética, que prenuncia a morte no mar desde o início, nas músicas, nas viúvas que choram os que ficaram com Iemanjá. Ainda que conte com os posicionamentos políticos do jovem Jorge Amado, algo frequente em suas obras, o livro tem isso apenas como um leve pano de fundo, que aparece em alguns poucos momentos. O restante da obra é poesia pura.

Mar Morto talvez tenha sido um dos livros mais belos que li esse ano, mesmo em um momento tão doloroso para a Bahia. Jorge Amado, assim como Caymmi, é um inventor da Bahia, como bem dito por João Ubaldo Ribeiro. A Bahia, o mar e Iemanjá, nas palavras do mestre extrapolam a ficção e se tornam sensíveis a quem lê. Sentimos o cheiro do mar e o vento que guia os saveiros, ouvimos os cantos e lamentos de seus trabalhadores que vão ao encontro de Iemanjá. Livro impressionante e encantador do começo ao fim, obra do inesquecível Jorge Amado.
Lucas2086 26/11/2023minha estante
Ótima resenha ! Vou ler




Matheus.Ferreira 02/01/2022

É doce morrer no mar.
Como eu amo o poder da identificação, como é bom se enxergar, o que me encantou nesse livro foi cada personagem parecer um vizinho da rua de cima, um conhecido da quebrada, o tiozinho ali do bar, como a gente precisa disso e não sabe. Depois que entrei na brisa de ler coisas próximas da minha realidade não consigo gostar de nada que comece num ensino médio americano clichê.
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Camila.Stephane 30/12/2021

Meu primeiro livro do Jorge Amado e não imaginava que ele escrevia assim tão diferente. Primeiramente gostei de todas as informações sobre o povo que mora nos portos e sobrevive do mar,sobre a religião e cultura deles. Mas oq mais me chamou a atenção foi a escrita do livro,parece rimada...cantada...tenho a sensacao de ler a letra de uma musica bela e triste....gostei
Carolina.Gomes 30/12/2021minha estante
O meu primeiro foi Capitães da areia. Acho q vc vai gostar.


Camila.Stephane 01/01/2022minha estante
Será o próximo




Carol.Caetano 28/12/2021

Confesso que demorei pra engatar, a escrita de Jorge Amado ainda me soa diferente.. mas amei esse romance que mostra a Bahia dos marítimos de 1936, Iemanjá adorada e celebrada e o amor que muitas vezes era o que sustentava as famílias pobres do sul da Bahia.
Recomendo!
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Rafael 26/12/2021

"Mas destino é coisa que não se muda."
É um imenso prazer, para mim, ler as histórias contadas por Jorge Amado. Nesse livro, Mar morto, o escritor baiano aborda a sofrida vida dos homens que ganham a vida com o mar, e de suas famílias, que vivem em constante temor com o destino que quase sempre se concretiza àqueles que se aventuram pelas águas de Janaína. É demasiadamente prazeroso acompanhar as aventuras na beira do cais do Recôncavo Baiano, as tristezas e alegrias dos marítimos, suas histórias, canções e as celebrações religiosas e culturais que permeiam o livro. Nessa segunda leitura de Jorge Amado, já posso dizer que me tornei um admirador. Sua facilidade com as palavras, os personagens incríveis, e a crítica social que está entranhada em suas obras são alguns dos pontos positivos de seus livros. Como não se encantar com as personagens femininas, passando pelo zelo e o amor de Lívia, a sensualidade e a malícia de Esmeralda e a força e a valentia de Rosa Palmeirão. Para não me estender muito, cabe a mim indicar essa leitura. Uma viagem à Salvador do início do século XX. Certamente um dos grandes clássicos da literatura brasileira.
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Julia Rodrigues 13/12/2021

Li há três meses atrás, mas só consegui escrever a resenha hoje, por este motivo será sucinta.

Passados os três meses, o que mais guardei da leitura comigo é a proximidade que os personagens têm com a morte. Para a maioria deles, a passagem deste plano para o sobrenatural é algo comum e, por mais que a respeitem e haja certo mistério, lidam com ela como lidam com outros movimentos do dia-a-dia. É possível observar isso a partir do contraste de percepção que a personagem Lívia tem sobre a morte e como ela a teme.

A obra não se tornou uma das minhas favoritas, mas é boa.
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Flávinha 28/11/2021

Você já foi a Bahia?
O livro é escrito de forma quase poética, relata o cais da Bahia, Salvador, as histórias dos pescadores, tendo Guma como personagem central, e os mitos de Iemanjá, a rainha do mar que encanta e é reverenciada pelos pescadores, Janaina como também é conhecido sucinta inúmeras prosas.
É uma "leitura" fluída, gostosa de ouvir, para quem não conhece Salvador, como eu, com certeza vai ficar morrendo de vontade de conhecer.
Esse foi meu primeiro contato com áudio book. ouvi no youtuber, e a experiência foi bem prazerosa, recomendo!
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literagabis 25/11/2021

mar morto cor de chumbo
aqui é narrada a história de amor entre lívia e guma, uma das histórias da beira do cais da Bahia. lívia é mulher da terra e teme pela vida do seu homem, guma. dono do valente, ele sabe que um marítimo deve ser livre, sem esposa nem filhos, pois um dia há de desaparecer em seu saveiro ? o destino certeiro dos marítimos ? e deixar a família na miséria. mas nada freia uma história de amor no mar.

na beira do cais da bahia vivem os velhos marinheiros, os mestres de saveiros, os canoeiros, os malandros tatuados, as mulheres do mar. homens que tocam violão, harmônica, batem batuque e cantam. é o presente deles para dona janaína. há quem saia para o mundo, como rosa palmeirão ? "de navalha na saia, punhal no peito" ?, mas sempre acabam voltando.

o livro já começa anunciando a tragédia. o destino das mulheres do cais é ver, pela última vez, seu homem partir e ser levado por iemanjá para as terras do sem-fim durante uma tempestade. e lívia sabe que um dia será ela chorando por guma. é destino (e até desejo) dos marinheiros serem levados por iemanjá para viajar pelos oceanos. é quando o mar fica sem ondas, pesado. mar morto cor de chumbo.

o toque mágico é a homenagem de jorge amado à iemanjá. mãe d?água, dona do cais, dos saveiros, de todos os marinheiros. dona das águas, do mar, dos oceanos. sereia dos cinco nomes ? iemanjá, dona janaína, inaê , princesa de aiocá, dona maria. que todo ano, na sua festa, recebe cantos, presentes e pedidos. nas noites de lua cheia, ela vem observar e estende seus cabelos prateados sobre as ondas.

o mar não é mero pano de fundo, mas sim o personagem principal. do mar vem a música, o amor, a morte. ora sereno, ora furioso, ele é a estrada, é o caminho, é doce amigo, é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem. ?mar morto?, um dos livros mais lindos que já li, é um mergulho na prosa calorosa de jorge amado.
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Amanda 07/11/2021

É doce morrer no mar... | instagram: @paginasclassicas
minha admiração por Jorge Amado já era grande desde que o conheci através de Capitães da Areia e aumentou quando li Gabriela, cravo e canela. agora, com Mar Morto, o escritor baiano se consagrou como um dos meus favoritos da vida.

nesse livro, acompanhamos a vida no cais de Salvador e de toda uma comunidade que tem o mar como fonte de vida, de esperança, mas também de medo.

uma das principais vozes da trama é Lívia, esposa de Guma, que implora todos os dias para que o mar traga seu marido de volta vivo. Guma é o marinheiro mais corajoso do cais, que tem nas águas toda a sua força e a sua história.

logo no início da obra nos deparamos com a trágica morte de dois marinheiros durante uma tempestade, e compreendemos que ser filho do mar é uma benção ao mesmo tempo em que é uma maldição, e que, no mar, o amanhã é tão incerto quanto as ondas que chegam à areia.

diante de tanta intensidade, pensamos que permanecer em terra firme com certeza seria uma opção mais segura... mas seria mesmo uma vida mais feliz?

a cada página lida, o Mar e Iemanjá ganham dimensões impressionantes, e é impossível não se sentir atraído por essas entidades tão poderosas e mágicas. para nós e para todos no cais, o medo e o instinto de sobrevivência passam a conviver lado a lado com o respeito por essas forças.

mais uma vez, Jorge Amado demonstra sua incrível capacidade de, apenas com palavras, gerar em nós um sentimento de pertencimento a um grupo de pessoas aparentemente comuns. em Salvador, choramos com as tragédias e compreendemos que o sentido de nossa existência são as relações que estabelecemos com quem amamos.

não sei qual será a próxima obra do autor que lerei, mas tenho certeza que suas palavras vão continuar a me levar a lugares e pessoas que irão me marcar por um longo tempo.

site: instagram.com/paginasclassicas
João Narciso 12/11/2021minha estante
?




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Lila 22/10/2021

Encantador
Encantador, poético e muito triste. Não foi meu primeiro contato com Jorge Amado, mas sem dúvida foi o que mais destruiu meu coração ?
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