Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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david andriotto 13/03/2024

Foi preciso, no entanto, separar-se!
Que prazer é redescobrir um grande clássico universal. Gustave Flaubert e sua Emma Bovary com certeza serão titulares em minhas lembranças literárias durante um bom tempo. Um brinde à editora Antofágica, que nos brinda com mais um acerto! É uma leitura deliciosa, que adentra o cerne sentimental de personagens interessantes, nos faz personas desta história - cuja função é a de cúmplice e, depois, de julgamento. Aqui, essas funções se misturam.

A grande realidade de Emma nos é entregue logo na página 64:
"Antes de se casar, ela acreditava ter amor; mas, como a felicidade que deveria ter resultado daquele amor não viera, ela deveria ter-se enganado, refletiu, Emma buscava descobrir o que significavam de verdade, na vida, as palavras felicidade, paixão e embriaguez, que lhe tinham parecido tão bonita nos livros."

Emma é, em grande verdade, um fruto muito corajoso de seu tempo. Uma menina do campo, negada aos menores prazeres da vida, legada aos sonhos de romances seculares, onde seria salva por um verdadeiro amor e, portanto, livre. O grande entrave, no entanto, é que em oito páginas posteriores ela revela que aquilo que vivia enquanto Madame não era a felicidade com que havia sonhado.

É duro admitir que seu filho é feio. Emma toma para si esta responsabilidade. Ela não se limita a ser quem deseja. Isso já é revolucionário o suficiente. É o que pensa essa jovem mulher, que é uma burguesa horrível. As boas próximas centenas de páginas é a narração de suas aventuras desprovidas de precaução para ter a vida sonhada a partir dos livros.

Não vejo Charles Bovary como um vilão. Longe disso, ele é até mesmo um bom esposo. Ele não atinge as expectativas de sua donzela, isso é certo. Não há muitos recursos sociais para os dois entrarem em comum consenso. Charles sempre foi limitado, mas sempre adorável em seu lar com seus pares.

O final desta obra é de embasbacar.
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Isabella1982 11/03/2024

Burguesinhaaaa ??
497 páginas de uma escrita viva a tal ponto de nos sentirmos dentro da mente de Emma, sondando a confusão dos seus pensamentos, o transtorno dos órgãos do seu corpo e toda a sua agonia visceral!
Floubert nos faz antipáticos a Emma com maestria! O enredo do livro é genial do começo ao fim!!!! E quem melhor para falar da burguesia, do que um burguês.
O recorte social que o autor trás, as ironias, as críticas à religião, a sociedade, ao casamento, aos ideias... tudo nos é lançado a face vezes com desdém, outras vezes com seriedade.
Emma provoca até em quem está lendo, diversas emoções distintas e duais.
Ao ler o livro, logo compreendemos do porque de Floubert ter sido processado para que o livro fosse impedido de ser publicado. É um verdadeiro sacrilégio a moral oitocentista.
Emma passou a vida buscando por tudo o que não tinha, ao fim da história o que ela obteve?
O autor afirmou que ele era a própria Madame Bovary, o que explica muita coisa.
Vale muito a leitura.
O estilo de Floubert é soberbo.
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Marina Rosa 10/03/2024

A perfeição é uma ilusão - obra prima ??????????
Madame Bovary e? o romance de 1856 do escritor france?s Gustave Flaubert. A personagem principal Emma Bovary vive ale?m de suas possibilidades para escapar das banalidades e do vazio da vida provincial.

Emma e? uma linda garota da fazenda, que foi criada em um convento e sempre sonhou com a felicidade da vida conjugal. No entanto, quando se casa com o confia?vel, Charles Bovary, ela fica desiludida.

Madame Bovary desce rapidamente da ?fase de lua de mel? para a percepc?a?o da enormidade de seu erro em se casar com Charles. Toda a sua vida, todos aqueles livros que parecem ter sido a u?nica fonte de sua sabedoria a ensinaram que qualquer homem que valha a pena, deve possuir delicadeza, arte, glamour e paixa?o. Ele deveria recitar poemas, cantar mu?sicas, falar com as estrelas e a lua. Ele na?o deve ser algue?m que na?o entende as qualidades mais finas da existe?ncia humana. Mas Charles? A ause?ncia destes sa?o enta?o suas falhas, e ta?o monstruosas para ela que toda a sua bondade e? esquecida.

O te?dio de Emma com a vida continua crescendo, e para combate?-lo, ela faz escolhas. As escolhas de fazer compras excessivamente, muito ale?m de seus meios e de encontrar amantes. Emma fica cada vez mais perturbada. Ela e? amaldic?oada por nunca ter pessoas ou coisas que pode amar para sempre? Por que ela e? a ?escolhida? para sofrer tanto?

?O amor, ela pensou, deve vir de repente, com grandes exploso?es e rela?mpagos, ? um furaca?o dos ce?us, que cai sobre a vida, a revoluciona, enrai?za a vontade como uma folha e varre todo o corac?a?o para o abismo?. ? Flaubert, Madame Bovary.

Acho que uma das intenc?o?es de Gustave de escrever esta histo?ria era contar como as pessoas que parecem bem podem na?o estar, era, de fato, desmascarar a fala?cia da perfeic?a?o exterior.

Em suma, ?Madame Bovary? e? uma obra-prima da literatura que nos convida a refletir sobre a natureza humana, a busca pela felicidade e o papel das apare?ncias na sociedade. Atrave?s da histo?ria de Emma, Flaubert nos mostra que a perfeic?a?o e? uma ilusa?o e que a verdade reside na complexa teia de emoc?o?es, desejos e contradic?o?es que definem cada indivi?duo.
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Fernanda.Caputo 08/03/2024

Uma história sobre o tédio
Uma das minhas impressões sobre o livro é de que, muito mais do que falar sobre as traições de Emma, ele fala sobre as consequências do tédio.
Emma Bovary é bela, faz um casamento com um homem que a ama e que faz tudo por ela. Mas não é bastante. Ela não tem uma ocupação. A filha é feia, entregue a uma ama. Tenta tapeçaria, italiano, leituras e religião, nada preenche seus vazios. Tenta um amante, outro, e nada. O vazio persiste.
Diferente de muita gente, eu achei o final coerente com Emma.
A primeira metade do livro li, de forma arrastada pela edição do Clube de Literatura Classica (que preservou bem alguns dos preciosismos do original). A segunda metade li pela edição da Antofágica e achei muito mais fluida.
Gostei do livro, mas não amei. Não é um livro que eu leria novamente.
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CoIorado 07/03/2024

"Desejava ao mesmo tempo morrer e habitar Paris"
Sublime. Como pode alguém construir tão bem uma personagem? Que caráter. É difícil conceber uma Madame Bovary na vida real, só consigo imaginá-la como algo fictício. Sui generis ao ponto de precisarem inventar um termo para descrevê-la melhor. "Bovarismo"... E isso demonstra o quão à frente do tempo essa obra estava e ainda está. Enfim, ótimo do início ao fim

"Não amava o mar senão por causa de suas tempestades, e a verdura somente quando estava espalhada entre as ruínas. Precisava ser capaz de tirar das coisas uma espécie de proveito pessoal; e rejeitava como inútil tudo o que não contribuísse para a consumação imediata de seu coração, sendo de temperamento mais sentimental do que artista, buscando emoções e não paisagens"
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gi 06/03/2024

Acho muito interessante ler clássicos, principalmente esse, que inspirou tanto o movimento do realismo. é possível conhecer um pouco das tradições de outros países e épocas.
minha consideração final é que madame bovary era sapatão
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Bdoida 06/03/2024

Uau , uma maravilhosa experiência literária
Sem dúvida um dos melhores clássicos que já tive o prazer de ler , uma história que cativa e comove o leitor, primeiro você entende Emma mas depois você compreende que ela é insaciável, não se contenta com nada e despreza oque tem , trazendo assim um ar de reflexão para trama .
Os personagens são todos bem desenvolvidos e com características bem marcantes, você se sentirá inserido dentro do livro , sendo direcionado não a entender que existe um lado bom e ruim , mas sim que as decisões que ocorrem podem ser boas ou não.
O ambiente que o autor promove é de puro privilégio e de que não damos valor ao que merece , se encaixando na corrente bovarista da vida .
Não esquecerei nem tão cedo essa história de ? amor , tragédia e caos ?, e por favor não se tornem Emma?s da vida
Se tornou um dos meus livros favoritos !
tw.ale 12/06/2024minha estante
MW EMPRESTA ESSE PFV




Ca 03/03/2024

Ri tanto quando o Rodolphe passou na frente da casa da Emma, então ela percebeu que foi enganada e caiu dura no chão kkkkkkkk
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Rickey de Souza 03/03/2024

É aquele ditado...
Não sabia muito sobre a obra nem sobre o autor. Reconheço o valor literário do livro e riqueza vocabular de Flaubert mas, no fim das contas, achei o livro bastante chato. O uso de termos muito bonitos, extremamente precisos e adequados em cada frase parece não compensar uma narrativa pedestre. É aquele ditado...
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Claudinei43 01/03/2024

Um clássico com uma crítica pertinente sobre amor, fidelidade e a hipocrisia da sociedade e seus relacionamentos!
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Vanessa 01/03/2024

Um livro revolucionário pra época com um história muito boa mas como é muito detalhado acaba ficando monótona
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Gabi.Rodrigues 28/02/2024

Não esperava esse final
Escrita por Gustave Flaubert e publicada em 1857, ?Madame Bovary? é uma obra-prima da literatura realista que narra a vida de Emma Bovary, uma jovem mulher insatisfeita com sua vida provinciana e que busca escapar da monotonia por meio de fantasias românticas e extravagâncias.

Insatisfeita com o seu relacionamento com o médico Charles, Emma começa a se envolver em casos extraconjugais (que trazem mais problemas do que felicidade) para satisfazer suas fantasias românticas e poder realizar seu sonho de viver um conto de fadas como nos livros que ela lê.

A história se passa na França do século XIX e é dividida em três partes distintas, cada uma representando uma fase na vida de Emma.

Flaubert retrata a sociedade provinciana da França do século XIX e crítica as convenções sociais que reprimem as aspirações das mulheres. Emma Bovary é retratada como uma personagem complexa e profundamente insatisfeita, cujos desejos românticos a levam à ruína. A narrativa do autor é rica em detalhes e sua habilidade em retratar os pensamentos e emoções de seus personagens é realmente incomparável.

Minha nota se dá pelo fato de a história ser muito densa e cansativa, por ser bastante descritiva, além do fato de que não me apeguei aos personagens. Em alguns momentos me identifiquei com a Emma, porque o Charles realmente era um chato, entediante e sem graça. Mas a bichinha não se ajudava também, em muitos momentos achei ela egoísta e sem noção. O final, apesar de tudo, é bem triste e me fez ter empatia pelo que aconteceu.
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