Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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Jonathas dos Santos Benvindo 13/02/2022

Chocado com os últimos eventos! A leitura teve seus altos e baixos pois para mim a escrita é bastante diferente do romantismo a que estava acostumado. Essa obra inaugural do realismo me fez reler várias vezes o mesmo trecho para entender o que tinha de fato acontecido. Quando entendi, cheguei a conclusão que não gostei muito da Emma Bovary, e fiquei meio chateado pelo Charles Bovary? Mas é uma narrativa muito interessante.
Kássio Meniglim 13/02/2022minha estante
Difícil ver por aqui bons clássicos sendo lidos. Só vejo contemporâneos (nada contra). Flaubert é excelente escritor! Gosto muito de sua escrita.


Jonathas dos Santos Benvindo 13/02/2022minha estante
Estou tentando ler os principais da história da literatura ocidental




Bea 12/02/2022

Muito boa, mas preciso reler
Pretendo reler, mas lembro bem que gostei bastante da leitura e que achei ela incrível, mas sinto que necessito ler novamente, agora com um olhar mais maduro e com mais calma, para assim poder definitivamente falar com mais certeza sobre a obra, pois ela é um pouco complexa e, para a época, escandalosa.
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freitas.freire 08/02/2022

????
mais infeliz que a emma só eu lendo esse livro jesus que leitura sofrida não desce de jeito nenhum
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underlou 04/02/2022

A leitura do clássico "Madame Bovary" se prova mesmo indispensável, ainda que o livro apresente alguns obstáculos para a leitor. De início, não é uma leitura fácil, há vários truncamentos da narrativa, a qual se prolonga de forma arrastada até pelo menos a segunda parte (a história se divide em três partes), sem que nenhum acontecimento em particular aconteça. Nesse sentido, somos colocados no mesmo lugar da personagem título, a qual "no fundo da alma, entretanto, [...] esperava um acontecimento"; o autor parece, a todo instante, preocupar-se tão somente em descrever com precisão exatamente tudo.

Essa descrição precisa, a propósito, é ao mesmo tempo um ponto negativo e positivo do livro. O enredo se torna extremamente enfadonho nas páginas inicias, mas conforme a leitura engrena, esses pormenores aos quais o autor se atém se tornam mais justificáveis: adentramos de vez na história com uma noção cada vez mais bem enraizada sobre os personagens - o desejo irreparável de Emma e a bondade sem fim de Charles, por exemplo. Outro ponto que se torna uma chave para a compreensão do todo da obra é, por assim dizer, uma aparente busca incessante do autor por descrições vigorosas que versam sobre conhecimentos gerais, abrangendo arte, ciência e religião.

Quanto às escolhas da personagem central, não me precipito em atribuir um juízo de valor, como geralmente vejo alguns leitores fazer, penso apenas que o próprio autor se encarregou de fazer as devidas ponderações sobre os comportamentos de cada personagem. No caso de Emma, "a mediocridade doméstica" a fazia entregar-se ao domínio do que ainda hoje é considerado socialmente imoral - e isso, numa camada superficial, me basta entender, sob risco de procurar por explicações estapafúrdias para além do texto.

Finalmente, temos um final arrebatador (a descrição, aliás, do desfecho da Madame Bovary é uma das mais bárbaras que já li - e, a despeito do contexto histórico exterior ao livro, só posso imaginar mesmo quão polêmica foi à época do lançamento a coragem de Flaubert em retratar tamanho realismo) com um Charles, resignado e complacente, a repetir para si que tudo não passou de culpa da fatalidade!
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Ale 01/02/2022

Madame Bovary
Li em dois dias,apesar de ter uma gramática um pouco complicada a história é boa demais
Emma é relatada como uma mulher real,que erra,se arrepende dos seus erros e as vezes os comete de novo.
No mais a leitura flui bem,os personagens ao redor da protagonista não são aprofundados mas mesmo com as poucas menções a eles do autor da pra ter uma opinião sobre cada um
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Bruna 31/01/2022

Um clássico é sempre um clássico. Madame bovary é um romance de época muito gostosinho de ler, que te coloca naquele cenário de uma forma fantástica.
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Lari Blanco 30/01/2022

Fofocas & escândalos vintage

Não é das leituras mais fáceis, mas tá longe de ser difícil também.

Ler o livro com a cabeça na época que foi publicado (1850s) é ainda melhor, imagina só o escândalo que foi.
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Lilian.Araujo 29/01/2022

? ATENÇÃO! Se o objetivo é incentivar a leitura de QUALIDADE, esse livro DEVE fazer parte da sua lista. É um clássico, a obra inaugural do realismo na França e no mundo.
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O realismo é o movimento literário que substituiu o romantismo. Este era marcado por uma idealização do amor e da figura feminina. A mulher era vista como um ser puro, ingênuo, recatado, um verdadeiro bibelô. O realismo quebra esse padrão e passa a trazer para o centro das abordagens das obras literárias uma concepção mais objetiva (e não idealizada) da vida e seus inúmeros problemas sociais. A linguagem, no realismo, é descritiva e detalhada, e a gente percebe que isso é feito com uma técnica minuciosa em ?Madame Bovary?.
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É um movimento marcado também pela crítica aos valores da burguesia. Há, ainda, um aprofundamento psicológico das personagens, e isso percebemos claramente na nossa protagonista, a mulher mais escandalosa da literatura: a Sra. Emma Bovary! ?
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A obra é a história de Emma, uma mulher como qualquer outra do século XIX, criada para o casamento. Mas Flaubert decide retirá-la do padrão criado pelo romantismo ao redor da mulher e dá a ela sentimentos humanos, medos, anseios, dúvidas e desejos. Emma se cansa do casamento, por se sentir infeliz, e, então, passa a cometer adultério, por não saber viver a vida sem os arroubos da paixão romântica. Por perseguir essa trajetória, ela envereda por um caminho cheio de frivolidades, que leva à sua decadência. A crítica diz que o autor deu a Emma características psicológicas da virilidade masculina, o que é fantástico de perceber ao longo da leitura.
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Flaubert e a revista que publicou ?Madame Bovary? foram processados, acusados de ferir a moral religiosa e os bons costumes. Foram absolvidos, no entanto, e a obra passou a ser sucesso de vendas, porque todo mundo queria saber o que tinha de tão censurável num livro!
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Até hoje ainda se discute se o sucesso de ?Madame Bovary? se deve ao fato de ter sido uma obra censurada ou se realmente é uma obra-prima da literatura. O consenso é de que se trata de um verdadeiro tesouro literário. Eu concordo! ??
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Paulinha 26/01/2022

Dramático
O autor tem uma escrita impecável, ao meu ver, e é de uma honestidade ímpar ao descrever as ações dos personagens. Ele deixa aberto a múltiplas interpretações todas as faces da protagonista: ora uma dama requintada, ora uma adúltera sem coração, ora amorosa com a filha, de forma que nunca se tem certeza se é possível gostar ou não dela. Um clássico que faz jus a sua história.
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Leandro257 25/01/2022

Instigante, envolvente e surpreendente
Com essas três palavras eh poderia definir Madame Bovary. Esse foi meu primeiro contato, inclusive, com a literatura francesa, e já comecei com tudo. Madame Bovary é um livro muito bem construído, lapidado, e, como disse Otto Maria Carpeaux no prefácio dessa minha edição (Obs.: Não li na edição que indiquei aqui no skoob): "Madame Bovary é, simplesmente, uma obra de arte".

Falando um pouco da minha experiência: demorei para engatar na história. O começo é lento, as coisas vão sendo construídas muito bem, só que aos poucos. Entrei de cabeça mesmo na metade do romance. O final é triste e trágico, o que, de acordo com Carpeaux, lembra os finais trágicos das tragédias gregas.

Quanto à escrita, não tem nada de dificultoso ou erudito.

Por fim, apesar de eu não ter adorado (afinal, literatura não é unanimidade), gostei bastante e recomendo muito a quem ainda não leu. E só reforçando, diferente do que se estampa em algumas edições por aí, essa não é, definitivamente, uma história de amor.
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Livia 24/01/2022

Emma
Por ser um clássico, tem linguagem um tanto complexa, porém, entendível... Apesar de não conseguir criar um vínculo com nenhuma das personagens, confesso que fiquei com pena de Emma, por acreditar que o casamento lhe traria alguma realização. Consegui entender suas frustrações, seus anseios, seus sonhos não realizados e fiquei triste por quem ela acabou se tornando. Foi um livro que me fez refletir sobre várias questões como a instituição do casamento, o poder da igreja, o adultério, o machismo e a depressão...
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talita.vanessa. 23/01/2022

Será que dá pra separar a obra do autor?
Sinceramente, não sei o que pensar.
Há alguns dias atrás estava convicta de que tinha amado e até favoritei o livro (dei 5 estrelas) pelo meu entendimento o livro era incrível, a interpretação que eu fiz me fez amar esse livro, eu vi uma mulher que perdeu a mãe muito cedo, cresceu confinada num convento, não sabia nada sobre a vida, fora ensinada que o casamento a salvaria de algo que ela nem sabia o que era, mostrara ser uma mulher fútil e egoísta e que não conseguia olhar a beleza da vida comum, eu apliquei essa minha interpretação para todas as pessoas, mas essa não era a intenção do autor e descobri da melhor forma possível, lendo o processo que ele recebera.
Para ele(e para a maioria dos homens) essa fraqueza do adultério é aplicada somente para as mulheres e que esse pecado leva a morte(de fato leva, concordo) e que a mulher tem que se contentar com o que ela tem, mas e os homens? Eles vivem livremente suas vidas, traem suas esposas(porque pelo que sei os cabarés não serviam só para os homens solteiros) eles também deviam se contentar com o que tem não é? Mas isso não é mostrado no livro e ter a informação de que Gustave Flaubert era machista me faz questionar se gosto ou não do livro.
Leonardo.H.Lopes 01/05/2022minha estante
E será que dá para analisar a obra fora do contexto em que se passa a narrativa? A narrativa se passa no Século XIX em que os valores da sociedade francesa eram outros, o modo de viver, os "costumes de província", como é o subtítulo deste livro. Outrossim, a opinião do autor sobre a obra, uma vez publicada, é mais uma entre todas as possibilidades de interpretações que surgirão, já teorizava Roland Barthes em "A Morte do Autor", nos anos 60. As pessoas tem que esquecer "o que autor quis dizer" e deixar o texto falar por si próprio, atrelado à bagagem de quem está lendo/interpretando (reconheço que é uma tarefa para poucos).
Por fim, o fato de o Gustave Flaubert ser ou não machista é algo questionável, afinal o que é ser machista nos anos de mil oitocentos e bolinha? Dá para aplicar os valores de hoje, dentro de uma análise racional, na análise de um comportamento de 200 anos atrás? Obs.: "Emma Bovary sou eu", disse ele no banco dos réus.




Paulo.Diniz 22/01/2022

Gostei bastante da história
Sendo um clássico da Literatura francesa e mundial, o livro tem uma história bastante cativante que me intrigou a saber o desfecho. Achei a leitura um pouco complicada com várias referências a história francesa, mas não impedia o entendimento do enredo.
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Tainá Bernard 22/01/2022

É uma boa história sobre personagens detestáveis. Impressionante como nenhum tem carisma ou boas características.
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