Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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Nat 04/01/2022

^^ Pilha de Leitura ^^
Classicão de peso. Consigo entender porque foi tão polêmico na época do lançamento. Porém, para hoje em dia, é um enredo comum. Muito bem escrito, mas com personagens um tanto rasos. Além do livro falar muito mais do marido do que de fato da Emma. Ainda assim, vale a pena a leitura.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Dri 31/08/2020

Odiei esse livro do começo ao fim, leitura pesada, o autor se demorava demais a detalhes sem importância até o final do livro.
Claro que levo em consideração a época em que foi escrito e sei como os deleites de Ema devem ter sido chocantes na época.
Mas eu sinceramente esperava mais.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 28/12/2020

Considerado o romance dos romances, esta clássica obra, datada de 1857, é uma ferrenha crítica ao Romantismo, ainda tão fortemente vigente na época.

Primando por captar a realidade nua e crua, Flaubert nos apresenta Emma, uma mulher de família abastada, que cresceu lendo histórias românticas, idealizando uma felicidade fantasiosa. Ela, contudo, casa-se com Charles Bovary, um médico provinciano, medíocre, bem distante de tudo aquilo que um dia ela sonhara. A rotina conjugal a martiriza e ela mergulha numa vida de luxúria e vaidade para tentar suprir os desejos ardentes de sua alma.

Entendo o valor e o peso desta obra, entretanto, é impossível ter empatia por uma personagem tão fútil, frívola, egocêntrica e inconsequente. O seu lado passional descomedido e essa busca incessante por uma realidade que não existe me irritou profundamente. Não tenho paciência com quem projeta a própria felicidade em outrem ou em sonhos inalcançáveis. Mas uma coisa é certa: Emma é a anti-heroína com falhas em demasia que nasceu para escandalizar, para chocar e para incomodar.

Eis, portanto, um livro que me deixou com sentimentos ambíguos: gostei da qualidade da escrita, das descrições primorosas, mas detestei a personagem e seus conflitos indefensáveis.

Ademais, a exemplo de Emma Bovary (e de pessoas como ela), fica claro: a estupidez humana não tem limites.
Flávia 28/12/2020minha estante
amei sua resenha. me deu até uma visão diferente da obra (acho que dei nota mínima). realmente não dá pra negar a impecabilidade da escrita. mas... que ranço de ema! tb tive ranço do tom moralista.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 28/12/2020minha estante
Olha, me deu uma raiva dela. Dizem que ela era livre, pra mim ela precisava era de ajuda psicológica, isso sim. Mas mesmo assim, não posso desconsiderar o valor da obra. A Emma é insuportável, mas gostei da narrativa em si.


Flávia 28/12/2020minha estante
emma livre? zulivre!


Gustavo.Romero 29/12/2020minha estante
Pra mim a Emma é a própria encarnação do que Flaubert imaginava sobre o Romantismo. Compôs uma personagem e uma obra num nível absurdo de excelência pra dizer... nada. Ou seja, o Romantismo atingira um nível cuja precisão construtiva deixou de lado o seu próprio propósito de existir. Observe-se que o Flaubert não sofreu por acaso pra compor o texto: ele fez se impôs a tarefa de escrever um livro, do ponto de vista temático e estilístico, impecavelmente romântico no firme propósito de destituir a legitimidade artística e estética romântica (!!!) Graças à "sujidade " de seus próprios pressupostos. Parece que ele fez descer ao solo as "angelicais" figuras do amor romântico.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 29/12/2020minha estante
Sim, foi esse mesmo o objetivo dele e não a toa o livro é um clássico supremo até hoje. Veio para irritar, intrigar, incomodar e derrubar os paradigmas sociais e literários da época.


Flávia 29/12/2020minha estante
?vejo pra irritar? kkkkk
eu sei que não era a intenção, mas morri. pq irritação foi o que mais senti.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 29/12/2020minha estante
Te entendo perfeitamente, Flávia. Era cada virada de olho que eu dava. Kkkkk


Flávia 30/12/2020minha estante
imagino rsrs. uma ?personagem forte?, ?de espírito livre?, que me fez revirar os olhos mais que a regan em o exorcista é scarlet o?hara. mas, diferente de madame, e o vento levou me é um dos livros da vida.




igsuehtam 31/03/2021

Uma fatalidade
Muitas pessoas conhecem esse livro. Pra mim ele era só um livro sobre uma mulher que trai o marido, um pouco parecido e vindo bem antes de Dom Casmurro.

O de Machado de Assis é muito melhor. Ainda mais com o mistério de que Capitu traiu ou não o marido.

Em Madame Bovary, a gente já ver que Emma se sente meio solitária, agoniada com a rotina, com as mesmas coisas do dia dia. Ela dó queria um pouco de diversão. Mas quando conseguiu isso lhe custou muito, foi se afundando cada vez mais, até não ter controle da situação.

Não consegui ter raiva dela, já que é a única que faz raiva e muita merda. Também não senti um pingo de empatia, a mulher é chata demais, mas pelo menos dá pra entender o ser estresse.

Apesar de tudo que acontece, nos parágrafos finais, só tive pena da menina filha deles. A que mais sofreu entre isso tudo. Ainda mais por causa das safadezas da mãe. O cara não merecia isso e muito menos a filha.
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Mi 05/04/2021

Difícil mas incrível
Por ser um livro antigo, tem uma leitura mais demorada. Mas ele é incrível pois é cheio de detalhes da época. Muito enriquecedor.

Emma é incrivelmente incompreendida em seu casamento frustrado. Charles, seu marido, absurdamente apaixonado pela mulher a qual não suporta viver ao seu lado. Mesmo após casar-se, mudar-se, tornar-se mãe, Emma continua infeliz e busca em amantes o refúgio de uma vida monótona. Infelizmente, o destino fez com que Emma fosse eternamente insatisfeita, houveram inúmeras ocorrências que levaram-na a mais profunda tristeza e ódio por aquela vida.

A história toda é muito moderna mas o final, principalmente pela época em que foi escrito, é muito surpreendente. Recomendo!
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/07/2018

Obra-Prima
Comecei a ler "Madame Bovary" na adolescência, mas abandonei pelo meio. Depois de anos, reencontrei o livro coberto de pó num canto da estante e decidi dar uma outra chance para Flaubert.

Mais experiente, sua releitura foi uma grata surpresa, aliás, decisiva para minha formação como leitora. Emma Bovary é a síntese da anti-heroína, como comprova sua tortuosa caminhada. A princípio, ela não passa de uma jovem romântica e sonhadora que deposita suas esperanças num casamento que não a satisfaz, dando lugar à mulher adúltera que sucumbe a falsidade moral da burguesia francesa e, desesperada, não suporta conviver com as próprias angústias.

Polêmico, desde seu lançamento, em 1857, no formato de folhetim para a revista "Revue Paris", o romance começa e termina com Charles Bovary, marido de Emma, que desempenha um importante papel para a compreensão do enredo, cujo cenário retrata a França Provinciana, estruturada sob normas rígidas de comportamento que não ofereciam saída para quem não se subjugasse a elas. É por isso que Otto Maria Carpeaux, em seu ensaio sobre a obra, observa: "a verdadeira personagem central desse romance é a Estupidez humana".

Considerado indecente e corruptor na época, mesmo seu autor tendo sido absolvido pela Justiça da acusação de ofensa à moral e religião, esse mesmo procedimento não foi adotado pelos puritanos de plantão que não perdoaram o tratamento "cru" que o livro deu ao tema do adultério, um desrespeito ao clero e à sociedade.

Inclusive, na abertura da última parte, está uma das cenas de sexo mais famosas da literatura onde Emma realiza suas fantasias com um amante. O local é uma carruagem "mais fechada do que um túmulo e balançando como um navio?. Curiosamente, o máximo de nudez que Flaubert exibe, é uma mão sem luva que atira uma carta de recusa para fora do veículo...

Finalmente, recomendo a análise crítica realizada por Vladimir Nabokov em "Lições de Literatura". Acurada, lança um instigante olhar sobre o livro.
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Heidi Gisele Borges 10/08/2021

Gostei muito dessa história, porque fala do erro, a crítica a uma sociedade, as mentiras e o que causam... Flaubert foi acusado de "ultrajar a moral pública e a religião", e olha que o editor da época chegou a cortar as cenas consideradas mais "explícitas". O livro que temos não tem nada explícito, é tudo velado, apenas sabemos que ela traiu o marido, que ficou no quarto fechado com o amante... E hoje os livros de qualidade zero sobre traição, sem nenhum contexto, pululam por aí...

Henry James disse que Flaubert conseguiu a proeza de escrever um romance com personagens medíocres. Ele se referia aos personagens comuns, "sem heroísmo romântico".

O final me pegou. Foi uma ótima leitura.
..
Instagram: @becodonunca

site: becodonunca.com.br
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Day 17/12/2021

Das minhas leituras mais difíceis, o que mais valeu a pena
A minha experiência de leitura com Madame Bovary foi algo bem parecido com o que aconteceu com Duna: difícil e demorada, só me conquistou depois que eu terminei. Depois que dei alguns bons passos pra trás e olhei a história de longe.

E talvez sejam muitas vezes assim a sensação de se ler livros grandiosos.

Olhando agora, embora enquanto lia eu já tenha achado alguns trechos geniais, penso que o livro como um todo é mais brilhante do que eu possa tentar explicar (e é por isso que, no momento em que escrevo essa resenha, estou postergando uma análise de cinco páginas sobre Madame Bovary pra faculdade).

Acontece que Flaubert colocou no mundo um exemplo de trabalho e dedicação à escrita que é incansável pra muitos; um exemplo de personagem tão profunda que, apesar de todos as características e atitudes por vezes questionáveis, é impossível odiar. E ainda fez com que sua obra fosse inspiração pra muitos outros escritores famosos e reverberasse até os dias atuais. Em cada pessoa que a lê e ainda se identifica com Emma Bovary de alguma forma.

Eu me identifiquei (não com todas as partes - ainda bem-, mas que ela tenha tantas camadas só faz com que o livro seja ainda ainda mais incrível). Madame Bovary, afinal, não fala sobre adultério e, sim, sobre a busca por uma vida que valha a pena, que tenha sentido. Madame Bovary fala sobre todos nós.

Não dá para ignorar uma só frase ou descrição, porque tudo, absolutamente tudo, contribui para a construção geral do que o autor quer dizer com a obra - não é à toa que ele levou cinco anos para finalizar, reescrevendo algumas páginas mais de dez vezes.

Minhas partes favoritas foram o baile de Vaubyessard, os comícios agrícolas e a MARAVILHOSA cena da carruagem. Fora o final, que não posso citar direito para não dar spoiler.

Queria ser uma escritora tão brilhante quanto Flaubert.

O que mais posso dizer? Apenas leiam esse livro. Vale muito a pena.
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Vanessa Santos 02/10/2023

Homem no corpo de uma mulher!
Final surpreendente, realista. O autor caprichou; clássico 5/5 estrelas. Descreveu a sociedade, o ambiente, é como se tivéssemos dentro do ambiente, no meio dos personagens. Coloca um problema emblemático " o adultério" e ainda muda vertente, nesse caso fica a mulher cometendo o que de costume é visto no sexo masculino. Descreve uma certa compulsão por compra. A busca da felicidade nunca encontrada. Usa personagem que se mostra ter boa articulação política, tem personagem canalha, tem os apagados e Tudo mais, o livro vai a mais do que o filme! AMEI!!!
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Ariane.Goncalves 21/02/2023

Demorou pra engatar
Para a época, deve ter sido um romance escandaloso! Mas para os dias de hoje, achei uma personagem extremamente chata hehe a leitura começa a fluir a partir da metade do livro, mas a linguagem é complexa e ultra descritiva. Fico feliz por ter lido mas com certeza não leria de novo.
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Pamela.Cristina 07/09/2023

Uma leitura intensa, o livro conta a história de um homem chamado Charles, que a vida toma foi monopolizado por sua mãe, desde a infância sua mãe fazia todas as escolhas por ele, apesar de ter as melhores intenções o impediu de "ser", ser independente e se conhecer, escolheu sua profissão e esposa.
Com a morte da primeira esposa ele se interessa por Emma e se apaixona perdidamente e pela primeira vez fez uma escolha se casou porém se perdeu nela, abriu mão de si mesmo e deu a ela todo o poder sobre ele, lugar esse anteriormente ocupado pela mãe.
Emma uma jovem muito bem educada em uma escola católica, órfã de mãe encontrou na fé o consolo que precisava, ao ser pedida em casamento pelo Sr. Charles bovary viu a oportunidade de realizar todas as suas fantasias românticas, ser dona de seu lar na cidade, e fugir da vida no campo, tinha simpatia por ele e acreditava que podia vir a ama-lo.
Foi difícil quando todas sua espectativas foram frustradas, após a empolgação inicial, deu de cara com a realidade do cotidiano de esposa e dona de casa.
O amor não surgiu como ela esperava,e a distância entre eles só fez aumentar, pra ele, ela era tudo, significava sua própria felicidade, mas o amor dele não foi suficiente pra os dois.
Ela queria se aventurar pelo mundo, com luxo, paixões e uma realidade diferente da sua...
E foi com as paixões que ela se perdeu, se apaixonou, amou, chorou, sofreu, enlouqueceu, tornou a se apaixonar, e se perdeu novamente, nem mesmo o amor de sua filha foi capaz de trazer-lhe felicidade.
Sua vida tinha tudo pra dar certo, mas ela não conseguiu ter satisfação, ela queria mais, queria tudo, queria o que não podia ter, queria ser livre, queria viver a sua própria maneira e satisfazer todos seus desejos.
Dizem que ninguém morre de amor, será?
Leiam para descobrir
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Nayara602 06/12/2020

Que obra, senhores!
Madame Bovary foi, para mim, um delicioso desafio. A história dessa mulher sonhadora e extremamente romântica (o que pode irritar bastantes às vezes) que Emma se torna ao longo dos anos é fenomenal. Casada com Charles Bovary, um homem desprendido, sem ambição na vida e que a envergonhava, Emma encontra no adultério a solução de seus problemas.

Flaubert nos guia nesta trama com uma cronologia perfeita e natural. Seus típicos monólogos eloquentes, aliterações e elipses nos levam pela história. O aspecto descritivo evidencia ao leitor as mudanças de humor dos personagens e deixa suas características explícitas. Pode ser meio difícil pegar o jeito ou manter na cabeça tantos detalhes, mas vamos nos acostumando no decorrer do livro.

No começo, o peso da melancolia de Emma é claro no ritmo de leitura e isso muda drasticamente depois que ela se deixa levar pelo adultério. Mas não pense que isso é bom: sua personalidade vai se corrompendo ao longo de seus romances, tornando-a insensível, unilateral e dissimulada.

Outra virada que me atingiu de surpresa foi quando nossa Madame Bovary reencontrou no adultério toda a insipidez de seu casamento. Sua angústia, frustração e raiva são traduzidas na musicalidade da narrativa, que se torna mais curta, explosiva e menos descritiva, deixando a sensação de estarmos “cegos de raiva”.

O manto fúnebre que cobre o final da narrativa aflorou pensamentos na minha cabeça sobre a consequência da vida e da morte e como uma única pessoa podre pode contaminar todo o resto por um boooom tempo.

Esta foi uma oportunidade de leitura que me fascinou e somou muitas coisas.

site: https://www.instagram.com/p/CESU44Oj01F/
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Ariela 05/04/2021

Te faz sentir tudo o que os personagens sentem
Esse é um daqueles livros que te faz sentir tudo o que os personagens sentiram e traz sentimentos antagônicos com relação a eles.
O enredo é ótimo e a narrativa te prende do começo ao fim, com inúmeras reviravoltas e situações inesperadas. É impossível não sentir toda a tristeza e frustração de Emma, pena do marido e angústia perante todos os acontecimentos. Além disso, a complexidade dos personagens nos fazem questionar constantemente até que ponto seus pensamentos e atitudes são corretos ou não.
Apesar do livro ser razoavelmente longo e muito descritivo, achei a leitura fluída e terminava cada capítulo curiosa para ler o próximo.
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