Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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Gabriel1994 01/10/2024

Madame Bovary é uma história sobre ilusão e expectativa. Emma, que cresceu lendo livros de romance e desejando viver um, acaba criando uma imagem ilusória de como deveria ser o amor; assim, ao cair na realidade e ver como é o casamento, afoga-se cada vez mais nesse desejo de viver um amor, mesmo que proibido.

A melhor parte do livro é a forma como Emma evolui (ou piora) ao longo da trama, criando em si um ciclo vicioso de ilusão e expectativa daquilo que pensava desejar. A maneira como Emma começa o livro como alguém inocente, afetuosa e com um enorme desejo contrasta com a pessoa que ela se torna, sendo alguém completamente diferente e digno de pena.

É um livro ótimo e viciante de se ler, mas também triste ao observar o que ela se tornou.
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Ma_ah 03/09/2023

A busca incessante pela felicidade
Madame Bovary é um marco na literatura do século XIX que narra a vida de Emma Bovary, uma mulher desencantada com a monotonia da vida rural na França do século XIX. Emma é uma sonhadora, uma romântica incorrigível, cujas expectativas de uma vida emocionante e luxuosa a levam a uma busca implacável pela paixão e pelo glamour.

Gustave Flaubert tece uma narrativa intricada, explorando as profundezas da psicologia humana. Sua prosa é uma mistura de precisão e poesia, capturando tanto a beleza quanto a decadência da vida de Emma. Os personagens secundários também são habilmente delineados, cada um representando aspectos diferentes da sociedade da época.

Madame Bovary é mais do que apenas a história de uma mulher infeliz; é uma crítica mordaz à classe média, ao materialismo e à hipocrisia da sociedade francesa do século XIX. Emma Bovary se torna um símbolo da insatisfação humana, e sua trágica jornada é um aviso atemporal sobre os perigos da busca desenfreada pelo idealismo.

Esta obra-prima literária continua a inspirar leitores e críticos, eu mesma já li duas vezes, pois levanta questões profundas sobre a natureza humana, a busca pela felicidade e os custos de nossas ilusões. Uma leitura essencial para aqueles que desejam explorar a complexidade das emoções humanas e as nuances da sociedade.
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Lilica Britto 11/08/2022

Final feliz?
Um livro com uma riqueza de detalhes. É possivel visualizar a paisagem, o cenário dos fatos, o que de certa forma é muito bom para quem gosta de ler e obter o que, diferentemente de um filme, é facil de ser percebido mas pouco romantismo. Bem, é um clássico que não se pode deixar de ler por ser também detalhado os sentimentos, angústias e anseios de Ema. Tantos personagens estiveram presentes com seus dilemas, dores e dúvidas que me parece que todos possuem um propósito fundamental de ensinar algo ao leitor. Todos pareceram protagonistas. Demorei pra ler pois achei uma leitura cansativa. Mas claro que isso pode não ser sentido por outro leitor. O saldo final foi que gostei. Recomendo.
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Geo 04/08/2024

Emma Bovary uma mulher normal
Oi, pessoas! Tudo bem?
Polêmico esse meu título hahaha ?
Quem é Emma Bovary? Uma mulher que lê diversos livros românticos, e sente desejo de amar intensamente, perdidamente, ardentemente, massssss ao casar-se encontra a frustração.
Quantas vezes nos iludimos como Emma, né mesmo? Nossa cultura repleta de ?felizes para sempre? por meio de desenhos animados, livros, comerciais e atualmente redes sociais. O importante é ser feliz pra sempre, mesmo que esse feliz não seja tão feliz.
O livro é vendido e panfletado por meio desa sinopse, que é verdadeira, mas não deixa de ser limitante. É um clássico, com uma leitura bem tranquila, acredito que livros clássicos valem a pena conhecer a história sempre há algo a acrescentar. Nesse caso, Flaubert quase foi preso por essa obra, curioso. Quais perigos de uma mulher com atitude, né? (mesmo que ficcionalmente).
No entanto, algo me fez refletir ao percurso dessa leitura. Foi a busca incessante de um par ideal ou vida ideal para Emma. Charlie não era um homem ruim, mas fugia do idealizado a Emma. Essa mulher, que também é mãe (ponto que vale ressaltar), como vive? Como vive essa solidão feminina? Essa busca pelo sentimento nunca sentido, ou que não existe? Que cultura colocamos nossas meninas?
Uma cultura para homens, uma mulher com atitude, que deseja algo, é estranho. O livro não romantiza casos extraconjugais, mas nos lembra que mulheres desejam (e muito). Mulheres estão vivas, e seguem vivendo. Aquelas mulheres idealizadas dos romances são bem falsas, Emma não é bem um exemplo, pois ao fim (SPOILER)
ela morre. Devido a tanta desilusões e frustrações, exemplo? Não. No entanto, um grande avanço na literatura. Vale a leitura demais! Leiam muito!!!!!!!
+uma resenha desorganizada ??
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Ashely 26/05/2022

Análise Literária
O livro não gera uma identificação pessoal com a protagonista (na minha perspectiva particular). Entretanto nos faz repensar no comportamento obtido pela mesma e tentar ver seu ponto de vista.
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Fernando 25/02/2023


Flaubert despersonaliza sua poética, mas como toda poesia é infinita, tudo não passa de um truque linguístico, em que ele mostra o que é certo, sendo direto e expõe o que não é correto, o que é antinatural e isso está na própria sobriedade do seu texto.
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Ariela 05/04/2021

Te faz sentir tudo o que os personagens sentem
Esse é um daqueles livros que te faz sentir tudo o que os personagens sentiram e traz sentimentos antagônicos com relação a eles.
O enredo é ótimo e a narrativa te prende do começo ao fim, com inúmeras reviravoltas e situações inesperadas. É impossível não sentir toda a tristeza e frustração de Emma, pena do marido e angústia perante todos os acontecimentos. Além disso, a complexidade dos personagens nos fazem questionar constantemente até que ponto seus pensamentos e atitudes são corretos ou não.
Apesar do livro ser razoavelmente longo e muito descritivo, achei a leitura fluída e terminava cada capítulo curiosa para ler o próximo.
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Nayara602 06/12/2020

Que obra, senhores!
Madame Bovary foi, para mim, um delicioso desafio. A história dessa mulher sonhadora e extremamente romântica (o que pode irritar bastantes às vezes) que Emma se torna ao longo dos anos é fenomenal. Casada com Charles Bovary, um homem desprendido, sem ambição na vida e que a envergonhava, Emma encontra no adultério a solução de seus problemas.

Flaubert nos guia nesta trama com uma cronologia perfeita e natural. Seus típicos monólogos eloquentes, aliterações e elipses nos levam pela história. O aspecto descritivo evidencia ao leitor as mudanças de humor dos personagens e deixa suas características explícitas. Pode ser meio difícil pegar o jeito ou manter na cabeça tantos detalhes, mas vamos nos acostumando no decorrer do livro.

No começo, o peso da melancolia de Emma é claro no ritmo de leitura e isso muda drasticamente depois que ela se deixa levar pelo adultério. Mas não pense que isso é bom: sua personalidade vai se corrompendo ao longo de seus romances, tornando-a insensível, unilateral e dissimulada.

Outra virada que me atingiu de surpresa foi quando nossa Madame Bovary reencontrou no adultério toda a insipidez de seu casamento. Sua angústia, frustração e raiva são traduzidas na musicalidade da narrativa, que se torna mais curta, explosiva e menos descritiva, deixando a sensação de estarmos “cegos de raiva”.

O manto fúnebre que cobre o final da narrativa aflorou pensamentos na minha cabeça sobre a consequência da vida e da morte e como uma única pessoa podre pode contaminar todo o resto por um boooom tempo.

Esta foi uma oportunidade de leitura que me fascinou e somou muitas coisas.

site: https://www.instagram.com/p/CESU44Oj01F/
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Lua 07/06/2020

Minha análise cristã sobre a obra
- Não era feliz, nem nunca o fora. Donde provinha então aquela deficiência da vida, aquela instantânea decomposição de todas as coisas a que se agarrasse?

Eu não consegui ler Madame Bovary sem minhas lentes do cristianismo. (Afinal, ninguém consegue se despir de suas convicções ao julgar algo, né?). Para mim, Emma Bovary é o protótipo de uma pessoa sem o verdadeiro contentamento que só Cristo pode dar. E não falo de uma vida sem problemas ou dificuldades, mas de uma alegria genuína que brota de corações que sabem que estão onde devem estar e que devem lutar para serem melhores a cada dia, entendendo que não é algo externo (bens, status social ou um casamento cheio de paixão) que nos preencherá e deixará num estado de êxtase perene.

Quando eu queria julgá-la, me lembrava que eu seria exatamente igual se não tivesse a Cristo. É claro que estamos falando de uma época em que a mulher não tinha a liberdade que hoje temos, mas, mesmo assim, se a questão histórica fosse o único motivo para todas as angústias vividas pela personagem, não teríamos mulheres insatisfeitas e vazias nos dias de hoje.

O que confirma essa minha tese (que, na verdade, não é minha, pois quem criou o ser humano com esse desejo voraz de ser feliz, que só pode ser satisfeito em fontes divinas foi o próprio Deus), é que, mesmo após o primeiro amante deixá-la (pessoa a quem ela tinha devotado todo seu amor e sem a qual ela achava que jamais conseguiria viver), ela, na verdade, conseguiu viver bem satisfeita e cheia de amor nos braços de outro, claro que só até se enfadar da nova rotina.

Na minha humilde opinião, ela não morreria sem qualquer um dos amantes, pois seu amor e vaidade eram direcionados a ela própria. Por isso, ela perdeu tanto tempo correndo atrás do amor imperfeito, sendo que o Amor, jamais a decepcionaria.

Essa foi uma breve e modesta análise cristã do comportamento de Emma Bovary. Daria pra falar e pensar muito mais coisas sobre ela ou sobre os demais personagens, que também são bastante interessantes.

O que eu mais gosto na literatura é isso. Quantas reflexões! Aposto que Gustave de Flaubert nem imaginaria que, após todo esse tempo, sua obra estaria rendendo tanta discussão. Talvez ele nem tivesse a pretensão de suscitar essas questões por meio da escrita de Madame Bovary, mas, de todo modo, ele, como criatura de Deus, transpôs para sua obra algo ontologicamente constituinte de cada ser formado pelo Criador de tudo que existe.
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Simone 10/01/2022

Um clássico, não se pode negar a escrita perfeita de Flaubert, e sua crítica ao Romantismo e ao Clérigo.

Mas achei o livro chatíssimo, uma leitura com muitos detalhes e diálogos que para mim não fizeram diferença nenhuma ao longo da história.
Não consegui me conectar com nenhum personagem.
Entendo o valor e o peso desta obra, mas não consegui em nenhum momento sentir empatia por Emma, uma personagem tão fútil, mimada, egocêntrica e inconsequente, tão sonhadora que chega a beirar a loucura, eu a achei insuportável. Acho que nunca me senti assim com uma personagem principal.

Ela vivia em seus sonhos, e não encarava a realidade de fato.
Charles seu esposo, é um pobre coitado, sem um pingo de personalidade, que amava sua esposa e fazia tudo por ela, satisfazendo todos os seus caprichos e totalmente manipulável.
Simplesmente Emma criou um mundo perfeito em sua cabeça e queria tornar aquilo realidade, esquecendo muitas vezes do que é real de verdade.
Enfim precisei de grande esforço para terminar a leitura, mas até entendo que o livro porque o livro se tornou bastante polêmico na época, mas particularmente não me conectei com a leitura.
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tete 06/06/2024

Emma Bovary andou p Lana Del Rey correr
Quando um homem se ?apaixona? por uma mulher (que ele nem conhece direito) e então a pede em casamento e ela aceita (porque não podia dar outra resposta) e logo depois se apaixona loucamente por um outro homem. Ele vira amante dela (óbvio).
Tem uma parte que diz: ?Não importa! Ela não estava feliz, nunca estivera. De onde vinha aquela insuficiência da vida, aquele apodrecimento instantâneo das coisas sobre as quais se apoiava??
É LÓGICO QUE ELA VAI SER INFELIZ!!!! Foi obrigada a casar com um homem que não ama, tem que conviver com ele todos os dias e aguentar a tortura que é esse casamento e ainda, quando ama alguém de verdade, é obrigada a esconder.

Tudo o que a diva queria era ser um personagem de um romance mas só foi uma diva depressiva!!
Rodrigo1001 01/07/2024minha estante
Lana Del Rey??? Kkkkkkkk que comparação exótica!




Daniel-Ef2:8 22/07/2024

Muita coisa a se pensar?
Apesar de ser um clássico, Madame Bovary é um romance um tanto quanto desafiador. A história começa meio lenta e no desenrolar que você vai se conectando aos poucos com o enredo e os personagens!! A escrita de Flaubert é suave e simples até, o que me chamou a atenção foi o final da história com o fim trágico de Madame Bovary! Não vi muito sentido do autor continuar com a história após seu fim trágico, queria que Charles soubesse o que sua esposa fazia por trás de suas costas, apesar de ele levantar uma suspeita no final, para ele, ela era ?santa?!! Triste demais o final foi o que se sucedeu com a filha deles, meio que ficou desamparada e sem saber ao certo o que aconteceu com a família!! Tentei não dar spoiler da história, é um livro que vale a pena reler com o tempo, mas já adianto que é uma leitura para ser saboreada aos poucos!!
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Gabi 07/12/2021

Pobre Berthe
No começo não entendi o pq começaram contando a história do Charlie se a Madame Bovary roubou a cena de tudo mas no final tudo fez sentido.
A Emma é uma personagem complexa, sempre descrevo ela como uma personagem inteligente demais para estar casada naquela época, ela queria viver aventuras, na real ela queria viver e não ficar vegetando em casa com filhos então como posso culpar essa mulher? Algumas vezes odiei o que ela estava fazendo, achava injusto com o Charlie mas também a vida não era justa para as mulheres daquela época.
No final fiquei com pena da Berthe.
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Nominável 30/10/2024

Esse entra pro meu top de melhores leituras da vida
Disseram que Flaubert levou cinco anos para concluir, ao final do livro o advogado dele, em sua defesa no tribunal, menciona que levara 3 anos, seja como for, este é um livro muito bem escrito e que prende o leitor do começo ao fim.
Não tem nada de prolixo em Flaubert, cada frase e cada descrição sua é um mergulho na psiquê da personagem, se ele falha em algo, é em ser perfeccionista, tal como um Virgílio do seu tempo.
Eu achei a escrita sublime, nunca um livro me fez querer anotar tantas frases quanto este. Quando narra uma cena, o nível de profundidade de detalhes é tanto que você quase sente as gotas d'água da chuva na folhagem ou a lama nas botas enquanto passeiam por um jardim enlameado.
Quanto à condição da Madame Bovary, que de início eu brinquei que ela era Boderline, bem, como uma amiga disse: "Emma tem o hiperfoco em alguns sonhos, e tem traços realmente", daria pra citar momentos dela solteira que ela "picava os dedos [com agulha] para levá-la à boca para chupá-los", ou quando ela ao ver León, ficou tão emocionada que "mordeu os lábios e um fluxo de sangue correu-lhe sob a pele e tornou-a rósea desde a raiz dos cabelos até a beira da gola." Enfim, o vazio existencial estava nela, a busca por uma pessoa favorita, a impulsividade que a levara ao sexo extraconjugal, transtorno de humor que apesar de não ter ficado tão óbvio na escrita, estava ali nela o tempo todo pra baixo, com picos de euforia mas que rapidamente voltava a mudar, sempre sendo escrava das emoções a ponto de pouco se preocupar com a questão maternal, isso sem falar na tentativa de suicídio que culminou no que culminou.
Pode nem ser nada disso, mas Flaubert desenhou uma história magnífica e que minha única revolta foi com Charles, talvez ter um pouco de ciúme seja bom, né?
Do que aprendi com Viktor Frankl de que ter um cônjuge e filhos ajuda a "manter a pessoa aqui" talvez tenha que levar em conta que alguns sofrimentos, para algumas pessoas são tão profundos que às vezes não dá. Enfim... não é um livro sobre uma mulher imoral, é um livro sobre uma mulher com alguma doença na alma.
Nominável 30/10/2024minha estante
Estava lendo com a companhia do meu buddy de leitura Leandro. Eu concluí. ele vai postergar um pouco, o livro não tava caindo bem pra ele.




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