Carla.Floores 21/11/2023
A história de todos nós.
Um psicólogo em ênfase em TPN vai se fartar de material aqui.
Começa em meados de 1862 com Cyrus Trask e termina em 1918 com Caleb Trask.
Começa com Samuel Hamilton, avô de John Steinbeck e toda sua prole, ou quase toda. Eu queria muito saber mais sobre a vida de Steinbeck e acho muito bem que daria um belo filme. Principalmente a parte que a gente não vê nas obras dele, apesar de tudo.
A história de uma família nunca é de uma família só, sendo a união de duas pessoas, duas famílias.
Mas aqui, foi um encontro casual de duas famílias, que pode ser simbolizado pelas ondas na água ao cair de uma pedra.
Lee é mesmo imortal. Assim como Samuel.
Cathy é um prato cheio de Narcisismo. A melhor descrição e interpretação que se poderia ter de um narcisista é ela. Será que é real?! Ou foi uma criação de Steinbeck.
Fiquei bastante interessada em saber qual a relação de Steinbeck com Ernest, seu pai, apesar de que pela forma como ele se refere a ele na narrativa não há muito o que descobrir, eu só queria saber o por quê.
Samuel é um cara excepcional, assim como Lee.
Muito sobre a guerra, os preços, os trâmites políticos e culturais da época é mencionado e nos transporta pra lá.
A dureza da vida, bem como a ganância são marca registrada de Steinbeck. E bebida, muita bebida, como amortecedor das cargas da vida, como celebração e relaxamento, como inspiração.
Essa, é a história de todos nós.
O desejo inato de amar e sermos amados, de sermos nutridos, compreendidos. O abandono, a rejeição, a frustração, competição, inveja, ciúme, raiva, A CULPA, como fatos inexoráveis da existência.
O bem e o mau. E o "poderás", vulgo livre-arbítrio.
Como uns são amados tão facilmente e outros, por mais que mereçam e se esforcem, não o são.
Uma história que é sobre todos nunca morre.