Introdução à Hermenêutica Reformada

Introdução à Hermenêutica Reformada Paulo Anglada




Resenhas - Introdução à Hermenêutica Reformada


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Lucas 12/11/2021

Introdução à Hermenêutica Reformada - RESENHA
Paulo Anglada, saudoso teólogo reformado, nos apresenta uma das melhores introduções à hermenêutica que temos em Português e, sem dúvida, a melhor feita por um brasileiro (e há introduções de sobra!)

Anglada escreve muito bem, com muita clareza e deixa sempre o texto muito agradável. Isso conta muito para a fluência da leitura.

O texto é profundo, sai completamente do básico e explora informações importantes que circundam todas as discussões trazidas nos tópicos escolhidos. Ele tem na manga todos os panos de fundo e tudo que parece ser relevante.

O livro está dividido em 6 capítulos. No primeiro, são tratadas as questões mais fundamentais da hermenêutica, como problemas iniciais, homilética, delimitação textual e terminologia, e forma de apresentação. No capítulo 2, ele trata das correntes de interpretação, dividindo o assunto pelas correntes: subjetivista, racionalista e reformada - sendo que em cada um dos tópicos são listadas e explicadas suas variações, pressupostos e implicações.

Apesar do assunto ser, em tese, óbvio (ou básico), visto que se espera que sejam tratados os tópicos que aparecem, a maneira como eles são tratados e os insights são revigorantes para esse tipo de estudo.

No capítulo 3, são explanadas as pressuposições teológicas: teontologia, antropologia, cristologia, pneumatologia e bibliologia.

Há muitíssimos tópicos corriqueiros que todo teólogo já cansou de ver. O diferencial é a organização interna dos temas e a concisão, que foi feita usando o que há de melhor nas argumentações específicas.

O destaque no capítulo 4 está no princípio da analogia da fé (a meu ver), mas o tópico sobre o princípio cristológico e tipologia estão realmente muito bons. O restante do capítulo, para mim, tem uma "barriga" e perdeu o ritmo, talvez pelos tópicos cansativos dos quais o autor não teve como escapar.

No capítulo 5, o fôlego retorna, com os métodos linguísticos: análise de discurso e sintática, gramatical, léxica e morfológica. Os assuntos são "puxados", mesmo. Mas você irá se impressionar com a fluidez.

O último capítulo é uma conclusão de poucas páginas, que compensa a leitura. E a partir daí, vem uma sequência de 10 longos apêndices que, de fato, não são pra qualquer um!

site: https://editoramentecrista.com/introducao-a-hermeneutica-reformada-resenha/
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Rodrigo 23/04/2016

Em meio a esse grande universo que é o da literatura teológica, o Rev. Paulo Anglada tem ganhado notoriedade no cenário teológico brasileiro, principalmente na ala reformada. Seus livros são sempre redigidos com clareza e com riqueza de detalhes dentro do escopo que o autor propõe abordar.

Em Introdução à Hermenêutica Reformada, Anglada introduz o leitor a uma das áreas que está diretamente e na sua praticidade mais ligada ao cristão comum, que é o da Interpretação das Escrituras. Todo leitor é um intérprete e diante do caráter divino-humano das Escrituras é necessário que todo cristão esteja bem orientado para que o mesmo possa obter uma correta compreensão de sua mensagem.

O livro é dividido em 6 capítulos. O autor depois de uma breve introdução no primeiro capítulo traz as principais correntes de interpretação bíblica, seus desenvolvimentos históricos, seus princípios e suas práticas no segundo capítulo. Após a apresentação das 3 principais correntes de interpretação bíblica: Subjetivista, Reformada e Racionalista, o autor demonstra que a Corrente Reformada é a que mais faz jus ao caráter divino-humano das Escrituras tendo o seu fundamento no próprio ensino bíblico acerca da natureza das Escrituras e na prática apostólica (pág. 60). A partir daí o autor desenvolve as demais partes partindo dos princípios adotados pelos reformadores e puritanos desenvolvidos pela ala protestante-conservadora chamado o Método Gramático-Histórico. No capítulo 3 ele trata das pressuposições teológicas desse método. O capítulo 4 trata dos princípios gerais do método como: Analogia da Fé (tendo como destaque o papel importante da Teologia Sistemática e da Teologia Bíblica para o exegeta em sua tarefa), Princípio Cristológico, Tipologia, Princípios de Interpretação Contextual e etc. No quinto capítulo o autor expõe o Método Linguístico tendo como desdobramento a Análise Literária, Análise de Discurso e Sintática, Análise Gramatical, Análise Léxica e Análise Morfológica. O livro termina com a conclusão no capítulo 6 e ainda conta com 10 Apêndices no final para ajudar ao leitor na análise gramatical do texto grego do Novo Testamento.

O livro apesar de pequeno (430 págs.) e ser uma obra de introdução aos estudos na área de hermenêutica e exegese traz uma riqueza de detalhes com sua vasta pesquisa dialogando com os principais autores e obras na área abordada, tudo isso documentado através das diversas notas bibliográficas ao longo da obra. O leitor pouco familiarizado com essa área pode se sentir assustado com as muitas escolas de interpretação, os seus princípios, suas metodologias, as terminologias e mais variados personagens que compõe essa abrangente aérea que é a Hermenêutica. Todas as heresias nascem da má interpretação e conseqüente compreensão errônea do texto das Escrituras e por isso precisamos ser norteados por princípios bíblicos e sadios para obter a verdadeira compreensão da Palavra Divina.
Que o Senhor use este livro para lhe auxiliar nesta tarefa!
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