O Bizantino

O Bizantino Miguel M. Abrahão




Resenhas - O Bizantino


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Guida 22/05/2011

Obra rara
Li essa obra no ano passado e confesso que fiquei boquiaberta com a descrição perfeita de personagens, fatos e épocas que marcaram a história do Império Bizantino no século V. Já li em artigo que, particularmente, o próprio autor não gosta muito do caráter contemplativo do personagem Teia, mas é exatamente nele que reside a força dessa história épica que ele magistralmente criou. Apenas um defeito: não há reedição no mercado há exatamente 27 anos. Só consegui ler porque encontrei um exemplar na biblioteca da Universidade em que leciono. Onde estão os editores desse país que não reeditam um clássico como esse? Fiz algumas leituras de trechos da obra para meus alunos esta semana e eles ficaram encantados com o romance e com a sutileza da escrita. Para quem achar um exemplar, recomendo de olhos fechados.
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Cacá 30/04/2012

Finalmente, um clássico eterno da lígua neolatina!
Depois de tantos meses buscando por este livro, finalmente o encontrei. E O LI! Li, não... DEVOREI! Miguel M. Abrahão foi capaz de me fazer ficar por oito horas seguidas grudada às páginas deste fenomenal romance histórico, esgotado desde 1984. Naturalmente por estar trabalhando em uma tese sobre influências literárias na obra deste autor, eu teria que manter uma postura neutra em relação a O Bizantino. Mas o li com um entusiasmo tão edificante, não só pela linguagem e técnica histórica perfeita que ele traz a cada página, como também pelas frases absurdamente bem elaboradas e tocantes. Posso afirmar que, em se tratando de estilo literário, O Bizantino supera qualquer obra escrita neste país. Exagero? Não! Sou bastante comedida quando se trata de fazer análise crítica de uma obra (minha especialidade são línguas e autores neolatinos!) literária. O único senão a ela é a edição antiga, não revista e com ortografia desatualizada. Também lamento o autor, um ermitão incomunicável (ele não dá entrevistas e não responde e-mails) não trabalhar pela reedição desta obra incomparável no gênero histórico e humano. Em um artigo sobre este romance li que ele não gosta do caráter contemplativo do personagem Teia Flavius Diocleciano e que o credita como um "livro de sua juventude". De minha parte, torço para que ele escreva mais e mais livros com o mesmo entusiasmo de juventude que ele escreveu O Bizantino. Trata-se de um clássico eterno! Agora facilmente encontrado em e-book. Somente em inglês pelo link abaixo.

site: https://www.kobo.com/us/en/ebook/the-byzantine-a-novel?fbclid=IwAR2zavbAxXgPl4mQB-B_8giM9Ss132RwIWEX-qL5JlfiLIrSvMEna9bzFa0
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De 23/05/2011

Existe!
Meu, até que enfim apareceu aqui no Skoob pelo menos a capa desse livro. Já acreditava que ele nem existia mais. E pela sinopse deve ser mais um livro de Miguel M. Abrahão que eu vou me amarrar.
drinha 02/09/2016minha estante
E aí Dé, já achou algum exemplar? Eu comprei o meu cara... Troco depois.




Ana Machado 10/07/2011

Como escritora acredito que esta obra rara mostra o talento do autor Miguel M. Abrahão em todos os âmbitos: do domínio histórico a técnica literária. Um texto que absorve o leitor já nas primeiras páginas. Não vejo, na atualidade, nos autores brasileiros que se presumam contadores de histórias, alguém com tanta sensibilidade para nos traduzir, numa linguagem acessível, momentos da História Universal ou mesmo brasileira com tanta propriedade como ele. Estou devorando agora sua obra infantil, que é a minha especialidade enquanto escritora, e o tenho achado adorável na maneira de escrever e se dirigir para crianças. Merece os trabalhos científicos que tem sido elaborados em cima de sua obras atualmente.
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Caldeira Brant 12/11/2016

Une vie c’est pas assez
Mon Dieu! Santo Onofre! Esta frase que dei por título é deveras apropriada e perfeita para minha impertinente resenha que será exposta aqui. Pois se não fosse pela imensa caridade e paciência de meu “bon ami” Louis Carrieur, jamais poderia ter lido esta obra, O Bizantino. Generoso, Monsieur Carrieur, pacientemente, o digitalizou, em Paris, a partir de um original antigo e único por lá, autografado pelo autor, que ele encontrou em prestigiosa biblioteca parisiense. Para começar, devo ressaltar, ao observar a resenha sobre o livro inserida aqui, neste clube de leitores, que ela está muito aquém da originalidade e grandiloquência que permeia o romance de Miguel M. Abrahão. Obra esta, humildemente eu devo confessar, que me dá muito orgulho por ser conterrânea deste enigmático e recluso autor.
Uma aula de História? É pouco para definir O Bizantino! Um delírio? Seria piegas e frugal se eu definisse o romance assim! Uma fabulosa e saborosa aventura pela mágica Bizâncio e pelo decadente Império Romano do Ocidente do século VI, de Justiniano e Teodora, por um lado, de São Bento de Nursia aos papas, pelo outro...? Não! Isso também não faria jus ao O Bizantino. Em verdade, trata-se de uma obra que trás para qualquer tipo de leitor um grande e complicado mistério, envolvente e cativante, escrito de uma maneira arrebatadora. Ao mesmo tempo, é um tratado sobre a Teoria Gnóstica e povoado de Aeons, temperados pelo Mito de Sofia e com acordes sobre a chamada “Luz Verdadeira”. “Uma batalha do bem contra o mal, ou uma batalha daquele, que, por ignorância, imagina ser o mal”... Não quero fazer um Spoiler! Também não diria que se trata de um romance apenas diletante! É muito mais! É pura filosofia mesclada ao entretenimento mais alucinante que se pode obter com uma leitura!
Deveras, já havia lido outras obras de Miguel M. Abrahão (a quem chamei por aqui de o nosso Umberto Eco brasileiro). Mas esta... Esta obra me deixou estupefata ao ponto de me fazer pensar sobre ela o tempo todo desde que fechei o visor do meu tablet após a última página. E ainda, nestes últimos dias, retomo a leitura. Volto a ler e reler, ler e reler, ler e reler, mesmo com essa claridade abrasadora da tela do tablet, que “modernosos” dizem ser o futuro do livro (infelizmente só pude ler este romance em anexo PDF). E a cada releitura, uma descoberta nova! Desperto intelectualmente, atenta e embevecida, para frases espirituosas e para a desconstrução de pensamentos arraigados em nossa cultura ocidental. Na verdade, verdade verdadeira, afirmo que O Bizantino é um livro que deveria ser leitura obrigatória em todas as Universidades deste meu Brasil pouco varonil. Afinal, Universidades por aqui, dizem os mais ingênuos, “trabalham frementes com o pensar, exercitando sinapses”... Não é?
E o que dizer das nuances psicológicas e da construção da psique de Teia e seus coadjuvantes? Como doutora em Psicologia nunca me deparei com uma obra que fosse, ao mesmo tempo, tão acadêmica e tão imprescindível. Excetuando-se nossos autores clássicos, por certo...
Hoje, por sinal, pululam autores! A mídia nos apresenta um novo a cada hora, saudando-os como gênios, visionários, renovadores da essência literária primordial... Mas este Miguel M. Abrahão é um dos poucos no cenário literário brasileiro que poderia ser descrito por todos esses adjetivos. Confesso que esta é a quarta obra dele que li. Com dificuldades, por certo. Dificuldades comuns de encontrar no mercado obras disponíveis do Abrahão; é a reclamação generalizada quando se referem a esse autor. Por sinal, onde estão as editoras deste país? Porque, santo Onofre, não republicam os romances deste autor? Porque nos obrigar a ler O Bizantino sem atualização gramatical e por meio de cópias? Absurdo dos absurdos! Mas, diz o ditado, “não se deve dar pérolas a porcos”. Creio que os editores “brasiltupiniquins”, assim o pensam quando estão por editar para nós. Como se diz aqui em BH, “mete porcaria que a porcada regurgita” La vèrité nous rend libres! E verdade seja dita: O mercado editorial por nossas terras está precaríssimo, não há dúvidas! No caso de O Bizantino, se não fosse por uma biblioteca francesa e pela bondade de um cortês amigo, eu jamais poderia ter lido esta obra-prima: uma produção de nível excepcional e, quiçá, arguciosa. Um romance que faz uma fusão perfeita da história, filosofia, misticismo, regado por elementos comuns aos clássicos policiais noir. Concluindo, não sou exagerada quando comparo o romance de Abrahão ao de Eco, principalmente ao O Nome da Rosa. Ler O Bizantino, un livre qui vous rend heureux., gera o mesmo prazer que tive ao ler e reler o romance do saudoso italiano mestre.

Marquito 12/11/2016minha estante
Caramba. Senhora Caldeira Brant, tem como a senhora mandar esse livro para mim? Sou Gnóstico e estou afinzão dele.


Rafinha 12/11/2016minha estante
Também quero. Procuro por esse romance a mais de cinco anos.


Leo 20/12/2016minha estante
Eu ainda não consegui encontrar esse livro. Triste país este nosso onde nem políticos nem os livros que queremos nós podemos ter.


Cacá 19/05/2023minha estante
Pessoal, o livro agora pode ser encontrado em E-BOOK no site da Kobo. Só que em inglês! Segue o link: https://www.kobo.com/us/en/ebook/the-byzantine-a-novel?fbclid=IwAR2zavbAxXgPl4mQB-B_8giM9Ss132RwIWEX-qL5JlfiLIrSvMEna9bzFa0




Marquito 18/08/2024

Livro de fôlego
Após anos, com edições esgotadas no Brasil, finalmente consegui ler este livro. Li em versão inglesa pela Kobo por um preço bem salgado. Mais valeu cada dólar. Achei a obra-prima do século dentro de seu gênero literário. Não entendo porque esse autor não é mais publicado ou republicado no Brasil. Agora temos que encontrar seus romances apenas em outras línguas? Também, pergunto. Não há mais obras novas dele por qual razão? Ele é que não escreve mais ou as editoras brasileiras é que não querem publicá-lo? Acredito que a primeira hipótese não é a mais viável. Sei que ele escreve pois vi um vídeo do Tom Cavalcanti lendo algo dele. Com esse, acho que já li tudo do Miguel, menos sua obra teatral, que é um gênero que não tenho interesse.

site: https://www.kobo.com/us/en/ebook/the-byzantine-a-novel...
Marquito 18/08/2024minha estante
O site é do livro em e-book, versão para o inglês.


Ed 18/08/2024minha estante
Bom saber que tem versão em inglês. Acho que agora vou conseguir ler esse romance. Obrigado por postar.




Leo 19/06/2011

Alô mercado editorial de país tupiniquim
Esse, pelos comentários, nem adianta procurar, né?
JuRs 04/05/2013minha estante
Pois é, Leo. Eu também estou procurando por um exemplar desse livro e não há meios de encontrá-lo em lugar algum. E olha que já consultei on-line todos os Sebos que pude consultar.




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