Resenhas - Éramos Seis

Aline Donatoni 04/04/2021

A referência do título é sensacional
É um livro simples mas carregado de sentimento, apaixonante. Conta a luta de dona Lola para criar seus 4 filhos, sempre os colocando em primeiro lugar, fazendo de tudo para educa-los e viverem da melhor forma possível. É o retrato de muitas histórias reais, com o sofrimento, carinho e dedicação de dona Lola, a personalidade e destinos completamente diferentes dos filhos apesar de receberem a mesma criação, o abandono e indiferença na velhice, é aquele ditado uma mãe cuida de 10 filhos, mas 10 filhos não cuidam de uma mãe...emocionante e me fez chorar no final

Debora 08/12/2009

História de uma família pobre em que todos vão morrendo, tanto burning out quanto fading away. É necessário estar num estado de ânimo muito alto, pois é deprimente e desesperador.

Sira Borges 12/08/2023

Éramos Seis
Li esse livro na época em que morei na casa de meus avós. Acho que devo ter lido em um dia, no máximo dois. A história de dona Lola me tocou tanto na época!! Pq eu fui uma criança que era fã da Maria José Dupré. Li todos os cachorrinhos Samba, a Ilha Perdida, a Mina de ouro, a Montanha Encantada (Meu favorito!)... então esse livro foi meio que um rito de passagem da infância pra adolescência. Chorei tanto no final... e toda vez que eu como uma goiabada cascão me lembro de Dona lola.

Daniel.Malaquias 02/06/2020

Éramos seis comoventes histórias
Não conhecia nada sobre o livro, tinha assistido apenas a novela, anos atrás no SBT e não sabia que a história fora baseada nesse romance de Maria José Dupré. Acompanhar a incrível, comovente e por vezes tocante história de Eleonora, ou Dona Lola como é mais conhecida, de seu marido e de seus quatros filhos foi um prazer indescritível nesses dias de confinamento social. Ao final do livro você entenderá e saberá o porquê do título ser escrito no plural de um verbo no passado. A emoção de cada página é única, singular e com certeza vai encantar e emocionar os leitores que se debruçarem sobre suas páginas.

@aangeladani 17/10/2021

Foi uma releitura.? Mais uma vez.?
Lembro tão bem da primeira vez que li esse livro... Estava na escola, peguei emprestado na biblioteca. E lembro ainda que foi naquela versão de capa amarela; tão icônica!?
?
Depois dessa vez, li outras vezes mais... ?E sempre vale MUITO a pena.?
??
...ahh que saudosismo bom!???
??
?Adoro essa história!??

Esse livro é um daqueles que a gente vira a última página e percebe um sorriso de satisfação nos lábios...??
Tão gostoso de ser lido!?
?
Uma narrativa simples, mas que me envolve TANTO...? ?
E sempre que eu leio, tenho a sensação que as coisas mais banais e os momentos corriqueiros da nossa vida ficam com uma aura avivada, especial e agradável...? ?
?
Enfim, foi mais uma ótima releitura!??? ?
Realmente, esse sempre vale MUITO a pena ler, porque me traz aquele tipo de saudosismo que é tão bom...? ?

Leiliane R. Falcão 21/09/2024

Um dos livros mais bonitos da nossa literatura
Ouvi a vida toda um ditado que diz que ser mãe é padecer no paraíso. Eu que não tenho filhos, nunca pude entender com profundidade o que significa isso, mas lendo a história da Dona Lola e de sua família, ficou mais fácil entender exatamente o que essa frase significa.

Acho que é inútil comentar o enredo, já que a história é muito popular, não só por fazer parte da Coleção Vaga-lume, mas também por conta das suas adaptações pra TV. Prefiro aqui comentar sobre a montanha russa de sentimentos que este livro me proporcionou.

Sem dúvida, a personagem que eu mais me conectei foi a Dona Lola. Enquanto lia sobre os sacrifícios que ela ia fazendo em benefício da família, foi impossível não me lembrar da minha mãe, avó e tias. Quantos sacrifícios silenciosos não são feitos diariamente para criar um ser humano? Me tocou particularmente a parte onde ela dá o dinheiro que estava guardando para arrumar os dentes e entrega para o seu filho mais rebelde. Filho esse que certamente não merecia os sacrifícios feitos pela mãe, mas ainda assim ela fazia de bom grado.

O final do livro acabou comigo. Ainda fiquei pensando como pode uma mãe ter quatro filhos, fazer tudo por eles e ainda assim ter uma velhice tão triste e solitária.

Que este livro, além de fornecer entretenimento, possa também nos fazer refletir sobre a forma como nos fazemos presentes na vida dos nossos entes queridos, especialmente na velhice.

Gabi 10/06/2015

Meu coração está partido. Não está partido por a história não valer a pena de ser lida e vivida e por meu tempo ter sido gasto ao lê-la. Meu coração está partido, sim, por a história ser tão envolvente que lhe segura de tal forma e lhe leva para dentro sem nem mesmo você dar a permissão. D. Lola, Júlio, Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel -além de tantos outros- são personagens marcantes, de qualidades expressantes e defeitos que lhe levam à loucura, à raiva, ao delírio. Penso se em algum lugar, em algum momento houve uma D. Lola por aí. Uma mulher forte, guerreira, trabalhadora, tão amiga e tão companheira em que só queria o bem-estar de seus filhos, só os queria por perto. Não sei se houve ou não, mas a minha vontade era de conhecê-la e abraçá-la, dizer que queria ser sua amiga e lhe ajudar em momentos tão difíceis -coisa que D. Genu estava lá para fazer. Foi um livro maravilhoso e agora, depois de 10 minutos que terminei de ler o último parágrafo, ainda sinto o calafrio pelo meu corpo, a saudade em meu coração, a dor da perda e da solidão, a dor de não ter o que antes tinha nas mãos. Esses são meus sentimentos. Esse é o livro. Vale a pena ler!

U.F. 24601 12/03/2011

Tristeza não tem fim. Felicidade sim.
A história é narrada em forma de lembranças, em que a personagem/narradora, descreve sobre sua vida e de sua família. As inúmeras vicissitudes da vida vão moldando a histórias e o caráter de seus filhos, mesmo sendo criados juntos, são muito diferentes.

O que a história retrata é o que acontece ainda hoje, pais sem autoridade diante dos filhos, que fazem o que quer, ou seja, os pais de uma maneira ou de outra sempre acabam cedendo, até chegar um ponto intolerável, turbulento de aflição, tormento, noites sem dormir, família se desmoronando, em que os pais na velhice são jogados em asilos, sendo que os filhos nunca ajudaram em nada, nunca chegaram perto do fogão.

Saber ser feliz mesmo vivendo nas dificuldades, dar valor aos estudos, é o mínimo que podemos tirar desta grande obra. Também é citado sobre a Revolução de 32, que houve muita morte, o povo paulista não aceitando um governo sem constituição, terrível parte da história de São Paulo, pouco lembrado hoje, sendo que muitos paulistas nem sabem o porquê do feriado 9 de julho.

# Musicas citada no livro:

Berceuse de Jocelin
http://youtu.be/t9OtygrCN04

Sussuarana
http://youtu.be/F8iaXnzGIbk

Porteira Velha
http://youtu.be/gsHBiT1wXXA

Doce Mistério da Vida
http://youtu.be/nRluIjmt8-I

Quiero Verte Una Vez Más
http://youtu.be/ufYMGoXh_N4

Casinha Pequenina
http://youtu.be/bzx_nZKrFTU

Bruno Leandro 14/07/2011

O título explica a história...
Qualquer um deve ter pelo menos assistido à novela "Éramos Seis", adaptada pelo SBT à telinha, quando criança. É uma história de luta, de uma vida difícil de uma família que começa pequena, com D. Lola e seu marido e fica cada vez maior, quando nascem os quatro filhos do casal. Com a morte do marido, a vida fica difícil para D. Lola e, com o passar do tempo, muitos eventos vão ocorrendo em sua família, explicando o título de ÉRAMOS Seis.
Uma história emocionante, de uma mulher guerreira e que tenta manter a família unida a todo custo, "Éramos Seis" marcou época e foi tão importante que muitas obras derivadas foram feitas dela.
Na verdade, não sei se consideraria o livro infanto-juvenil. As situações que acontecem me fazem colocá-lo como um livro adulto, apesar de fazer parte da ótima série Vagalume.
Um livro sem igual, que precisa ser lido por qualquer pessoa, independente da idade.

Marcola. 09/05/2015

Conhecendo Dona Lola e sua família
Sempre ouvi falar muito bem do livro, que ele era emocionante, a novela baseada na obra passou quando eu era criança e a única coisa que me lembrava é que muita gente via. Isso aliado ao fato do livro pertencer a coleção Vagalume que fez parte da minha infância e adolescência me fizerem buscar conhecer a obra de Maria José Durre.

O livro é narrado por Dona Lola que conta a sua sofrida história junto ao marido e os 4 filhos. São grandes os problemas enfrentados pelos seis, mas depois de um tempo de leitura achei tudo meio repetitivo. Mesmo narrando a infância e adolescência de quatro crianças nunca cheguei e relembrar a minha.

Claro que o livro não é ruim, os debates entre Carlos e Alfredo e suas ideologias eram interessantes e cheios de conteúdo. Dona Genu, era uma personagem que eu nem gostava muito mais que tinha muita coisa interessante a dizer. Os acontecimentos da época também eram inseridos na história e aumentam a sua importância.

No fim o livro melhora muito, e a visão da família desfeita após um tempo onde cada membro era um ser importante e tinha seu papel é triste e melancólico. Infelizmente não ao ponto de me emocionar.

Ana 19/03/2021

Me tocou de um jeito...
Éramos Seis é um livro relativamente simples, não há ocorrências extraordinárias nem muito fantasiosas, e é incrível justamente por isso.

Pode ser que o que se obtenha dessa leitura seja precisamente subjetivo, mas fato é que o leitor acaba se inserindo no cenário e na vida daquelas personagens de uma forma surpreendente. Você ou se identifica em muitas das situações ou relaciona-as com histórias muito comuns, porque são reais e o livro as apresenta de forma muitíssimo real também, te passando sentimentos tão genuínos que acabam penetrando.

Claudia Canazart 07/03/2020

Viver dói.
Para mim esse livro é perfeito. Nada inventado, são as mazelas da vida nua e crua.
Dói a alma, pois a cada página nos lembramos de alguém ou de nosso próprio passado. A autora não floreou, ao contrário ela escancarou a dor de viver.
E quem relata a história ser a mãe, a matriarca, torna as sensações ainda mais reais e intensas.
Gostei demais dessa releitura.

Tatá 25/06/2021

Um dos livros mais lindos que já li
Triste e maravilhoso ao mesmo tempo.

"Que saudades eu tenho do tempo em que eles eram pequenos, eram tão meus"

" Fiquei pensando em como é misteriosa a natureza humana; quando pensamos que conhecemos a alma dos nossos filhos, suas vontades, seus gostos, suas reações, suas debilidades, vemos que estamos longe da verdade; não conhecemos nada, estamos diante do inexplicável. Mesmo sondando com tato e cautela, deparamos sempre o desconhecido e ficamos surpreendidos diante do inesperado."

" Para que tanto trabalho, tanto esforço, tanta luta neste mundo, se o fim de todos é o mesmo: ficar deitado entre quatro tábuas, no escuro e com uma porção de terra por cima?"

"Não pude deixar de agradecer ao céu o ter-me dado um filho assim e no íntimo, achava que não merecia tanto; e o céu me deu razão, porque um dia me tirou."

"Quanto mais velha eu ia ficando, mais forte me sentia contra as vicissitudes e as tormentas à minha volta; com o tempo, vamos aprendendo melhor os conflitos da vida; a própria vida vai nos ensinando a viver melhor, a compreender melhor e a sentir melhor. É a sabedoria da idade.
"

"? Mamãe, ela é meio comunista. Esta sempre reclamando que no mundo uns têm muito e outros não têm nada. Isso é desaforo! Ninguém tem culpa disso, não é mamãe? Parece que está sempre com raiva"

"?Nunca disse aos meus filhos para serem honestos. Sabe por quê? Porque sempre pensei que a gente já nascesse honesta e isso não se ensinasse. Imagine dizer a eles todos os dias: Não roube, não mate. Você acha que isso se ensina? É o mesmo que dizer: a boca é para falar, os olhos são para olhar. Isso se ensina, Clotilde? Diga se isso se ensina. Ensina-se a ser bom, ser correto, cumprir as obrigações, ser limpo, fazer o bem, não maltratar ninguém, obedecer aos mais velhos, respeitar os superiores. Mas não roubar, não matar, eu nunca ensinei; será que errei e devia ter ensinado também isso? Pensei que a gente da nossa raça já nascesse sabendo. Vai ver que errei.
"

"Mas afinal, pensando bem, qual a mãe que criou o filho para si? As mães criam os filhos para o mundo e os filhos só são delas enquanto pequenos. "

"Mãe quer dizer sacrifício,"

"Vergonha? Ué, vergonha por quê? Nada disso, D. Lola. Se fosse na polícia, eu dizia o que tinha de dizer e acabou-se. E pra que serve ser amigo? Amigo é pras horas alegres? Horas de festa? Hora de comer e beber? Não. Amigo é ali no duro nas horas de aperto é que se conhece o amigo. Ou então não é amigo, é uma besta."

"Mesmo minha vida, se fosse uma coisa que se pudesse dividir, estaria dividida em quatro pedaços, assim como meu coração. Como podia deixar de pensar em Alfredo, se era um dos meus quatro pedaços?
"

"Olhei tristemente pensando: ?Quem havia de dizer! Somos apenas três, e Éramos Seis!?
"

" O ideal podia arrastar o homem grande para longe de mim porque o pequenino ficaria sempre, nunca me abandonaria."

"Só os que não têm fé é que se lamentam pelos que dormem."

Aline Mari 19/09/2019

Um livro sensível e comovente
Éramos seis: o livro que conseguiu me fazer chorar rios. Outros livros já me emocionaram, porém este foi com força. Uma narrativa simples, que não tem nada de simplória, que trata do cotidiano de uma família brasileira como tantas outras sob a perspectiva da matriarca D. Lola, uma mãe de 4 filhos que mal dorme e trabalha muito para garantir o sustento de todos em detrimento de suas próprias necessidades. A gente se sente dentro de sua casa, convivendo com seus filhos e marido em uma estreita intimidade. Difícil citar algum personagem que não seja cativante neste livro. Todos tão diferentes e igualmente interessantes. Enfim, daria mais estrelas se pudesse. Todo adulto deveria ler este livro. É sensacional.

Noemy 17/08/2022

Um dos meus livros brasileiros preferidos: QUERO reler???
Este livro é um dos livros mais incríveis, mais bem feitos e um dos mais devastador que eu já li da literatura brasileira.
Sim provavelmente irei ler para ter o meu coração novamente despedaçado....
É aquele tipo de livro que compensa você sofrer, você lê e você ter aquela memória remoendo por dentro do seu cérebro...
Eu tenho um apego emocional com este livro pois foi um dos primeiros contatos que eu tive com esse tipo de leitura que é um romance parecido com tragédia.
Eu só recomendo a todos e espero que o Brasil inteiro Leia esse livro.