L.Felipe 15/09/2021
RESENHA: O RETRATO DE DORIAN GRAY
E se quando você se olhasse no espelho, e ao invés de ver a sua imagem física, se deparasse com o reflexo da sua alma. Como ela seria?
É esse o tipo de encontro que o nosso protagonista Dorian Gray precisa enfrentar no romance “The Picture of Dorian Gray” escrito por Oscar Wilde. A cada pincelada, vamos compondo o retrato de nós mesmo e, para finalizar a obra, as vezes é adicionada uma moldura que talvez não somente molde, mas ressignifique o significado da obra de arte.
E quanto ao retrato final?? Com molduras podemos ter uma obra bela, mas talvez essas molduras mudem o significado. A questão é, uma obra de arte precisa ser bela ou significativa? Será que não importa quantas molduras sejam necessárias desde que o resultado final seja excepcionalmente belo?
A arte por ela mesma - é uma frase de destaque para representar o esteticismo da época Vitoriana, com seus valores morais e éticos moldando seus cidadãos, assim como, de volta para o Sr. Gray, que se vê influenciado por 2 amigos, um que diz que a vida é curta e a jovialidade deve ser vivida sem restrições ao prazer, enquanto o outro diz que as virtudes e os valores de uma pessoa são o que realmente importam.
Dorian, viveu em uma época que a sua beleza e sensualidade eram característica invejáveis, ainda assim, era necessário que os seus valores estéticos harmonizassem com os seus valores morais e éticos, suas molduras, eram a sociedade e seus dois amigos, porém, o retrato final era o reflexo de sua alma.
Não tão diferente da época de Gray, nossa sociedade contemporânea também impõem os seus valores, e talvez, tenhamos trocados as telas de pinturas pelas eletrônicas para representar a nossa alma, só que em nossa época, as molduras são digitais.
site: https://www.instagram.com/p/CT2ooyBrT2_/