Léo 26/01/2021
"Eu não sou um homem, sou dinamite"
Assim defini-se o escritor de Zaratustra, o anunciante da morte de Deus - enfim, o filósofo da Transvaloração de todos os valores.
Nietzsche, sem sombra de dúvidas, é um pensador que merece um certo destaque na tradição filosófica por propor algo totalmente inovador: virar todos os valores do ocidente de ponta cabeça. E este livro marca, simbolicamente, uma datação importante, já que foi inscrito antes da obra que seria lançada para balar o ocidente, a chamada vontade de potência, a qual não chegou a ser lançada pelo filósofo, pois - pouco depois deste livro - o filósofo perdeu totalmente a sanidade.
A obra, em si, pode ser entendida como uma espécie de autobiografia crítica de grande profundida, tendo em vista que o filósofo aborda - sem nenhum pudor - quem ele é, como sua doença interferiu na sua filosofia, o que é o amor fati e, principalmente, o que representa cada uma de suas obras no seu pensamento.
O anticristão, o dionisíaco, despede-se da humanidade, da vida sã, mostrando seu ideal explosivo, afinal não estamos falando de um homem...