Flatland

Flatland Edwin A. Abbott




Resenhas - Flatland


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Lisandra.Maria 23/07/2023

As someone who likes maths, I think it's a great book. It explains a lot about Flatland before the actual novel begins, which I think is a good thing to do when talking about the 2d world and what aspects of it are important to the story. The novel itself is just a novel. I think the good thing about the book is the mathematics. I recommend reading it if you want to understand a bit about dimensions, because sometimes we are inclined to think about the 4d a bit like the flatlanders think about us in the 3d.
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nenos 25/06/2023

Upward, not Northward
Would it be amusing for one being to contemplate more than our usual three dimensions reality conjecture? Confined to a limited dimension, Abbott invite us to stretch our imagination in a multidimensional romance, when suddenly a visitor from the third dimension manifests itself in the two dimensional world, the Flatland.
If somehow we could behold the fourth dimension and expand our scope of reality, the inferred conjecture when in comparison that we so vainly try to synthesize and always end up with analogies could reveal itself poor, shadowy and not solid at all. Many eyes would indicate incredulity, calling it madness, hell, tricks by enchanters, when it’s just knowledge.
To paint a picture of a lesser dimension it’s quite easy when you live in a higher one, but when you invert the papers, it is by no means a simple matter. We can only speculate a direction in which we cannot look and even granting the facts, each individual explain them in different ways.
Hungry for empirical truths, the facts not yet discovered before us could be beneficial to our understanding. In a not so distant future, the exponencial terminal points conceit should not limit or spread fear in our miserable race. It should bring enlightenment and a greater hunger, a rebel spirit for the objective truth.

Link for the highlights: https://drive.google.com/file/d/1neFdhrTSzMknCQut7LlDxRxcz2YgCWlF/view?usp=sharing
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André 08/04/2022

Um romance *realmente* de muitas dimensões
Um romance muito 'marketado' a estudantes de física e matemática pela maneira inteligente como faz uso da imaginação geométrica e pelos "saltos" de perspectiva, sendo especialmente influente entre aqueles de temperamento mais especulativo, querendo imaginar quartas dimensões e coisas que o valham, Flatland esconde pretensões muito mais ambiciosas superadas essas expectativas iniciais.
Revolução, reacionarismo, religião, preconceito social/racial são abordados com humor absolutamente sutil entre muitas *dimensões* de ironia, expressando particularmente um desprezo cínico pela forte hierarquia social britânica (que ainda hoje tem o seu poder naquela sociedade). Um livro impressionante para a época e a sociedade que foi escrito, por um homem sem dúvida singular e em conflito com seu meio e provavelmente consigo mesmo, e um "unsung classic" da literatura social britânica, que de bônus inspira há mais de um século brisas motivadoras para estudantes de geometria.
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Bruno 16/03/2014

Flatland, de Edwin A. Abbott, é um livro esquisito. Quando eu li a sua sinopse pela primeira vez, já imaginava algo que parecia criativo, simplesmente pela sua proposta pouco ortodoxa. O seu protagonista vive em uma terra plana, de duas dimensões, com todas as consequências que isso acarreta. Ele é um quadrado, e na primeira parte do livro nos explica as dinâmicas físicas e sociais de sua terra.

Como, por exemplo, há um sistema quase estamental onde polígonos com mais lados são considerados mais inteligentes e, portanto, mais importantes; como sobre os triângulos isósceles são usados como operários e soldados, pelo seu ângulo pequeno que permite uma ponta mais, bem, pontiaguda. Quanto maior o seu ângulo, maior o seu cérebro. E, como você não pode ver nada além de uma linha a sua frente (afinal, eles não se podem ver como polígonos em suas áreas pois isso implicaria a existência de uma terceira dimensão), eles só podem supor através de algumas artes como cálculo, ou o vulgar “toque”, para sentir as arestas e vértices de outro polígono e, através do cálculo do ângulo, presumir o seu número de lados e portanto a sua posição na escala social.

Não é tão complicado quanto eu acabo fazendo parecer — o Quadrado, que narra a história e explica o seu mundo em primeira pessoa, tem uma voz incrivelmente didática que explica tudo de forma a qualquer um de nós, seres tridimensionais da “Spaceland”, entenda com facilidade.

É nessa explicação de seu mundo que Flatland apresenta o seu valor como sátira social. Presumidamente uma sátira política-social da Inglaterra Vitoriana, onde e quando foi escrito, o livro apresenta através dos relacionamentos entre polígonos antropomorfizados uma dinâmica social excludente, classista e chauvinista. Em um primeiro momento, é de estranhar como o Quadrado conta tão tranquilamente a respeito de um mundo que pareceria para qualquer um lendo agora um tanto quanto distópico; como ele defende veementemente, como se fosse a coisa mais natural do mundo, assuntos como a eugenia de triângulos isósceles, o isolamento do que chama de “o sexo frágil”, e a adoração inequívoca que tem para com o pensamento racional dos Círculos (polígonos tão importantes e com tantos lados que mal parecem ter lados mais, o que os aproxima de uma circunferência).

Eventualmente, o Quadrado sonha (e é aí que começa a segunda parte, os acontecimentos propriamente ditos) com uma outra terra, chamada Lineland. Lá, os habitantes são pontos e segmentos que se movem no comprimento de uma imensa linha, sem noção alguma do que é largura ou altura — uma terra em uma dimensão. Depois de tentar explicar ao Monarca de Lineland a natureza das duas dimensões, vê-se após acordar na situação oposta: um ser misterioso, que se chama “Esfera”, tenta lhe explicar a natureza de uma mística terceira dimensão. Assim como o monarca de Lineland é condescendente para com ele, julgando-o insano, o Quadrado assim trata o poliedro que, para convencê-lo manda-o à terceira dimensão, onde ele tem a epifania que mudará a sua vida.

Os acontecimentos em si não são grande coisa — creio eu que a natureza da ambientação, da narração e dos temas abordados acabam se destacando mais do que o que efetivamente acontece na história. Flatland acaba sendo uma história sobre não manter a sua cabeça fechada às novas possibilidades, como os membros de Lineland e Flatland, incapazes de compreender a natureza de uma dimensão acima da sua, acabam sendo para com aqueles que tentam lhe mostrar o que é supostamente a verdade.

A sociedade chauvinista de Flatland, como me referi mais cedo, é presumidamente um modo de satirizar e provocar a sociedade do tempo da Inglaterra. Como desconhecedor, de fato, de como era a sociedade vitoriana, não posso fazer um julgamento de quão bem ela foi representada. Mas percebe-se que, por baixo das camadas (ou, digamos, da camada) quase caricata da sociedade de Flatland, alguma alegoria foi encaixada, e não completamente sutil. Temos um pouco de história quando o Quadrado explica a natureza da Revolução Cromática e como a cor foi banida, após desafiar a estabilidade social de Flatland e prejudicar o poder soberano dos Círculos; e também é difícil ignorar a situação feminina nesta sociedade na qual, por serem linhas, são tratadas como o mais inferior dos seres; e, pelo mesmo motivo, são ao mesmo tempo as mais fisicamente perigosas.

O livro é curto, com pouco mais de oitenta páginas, e por isso não há tanto espaço para extrapolar as memórias do Quadrado — mas, ao mesmo tempo, o livro tem o tamanho bem apropriado. Ao final da história, sentimos que, se estendesse um pouco mais, talvez ficasse cansativo. E, até para aqueles que não se dão bem com a matemática, não deixem os nomes, polígonos e geometria darem medo. Não é nada complicado.

site: http://adlectorem.wordpress.com/2014/03/16/flatland/
Leo Naterra 24/08/2017minha estante
Gostei bastante de sua resenha!


Gislayllson.Dias 08/01/2020minha estante
Parabéns pela resenha! Gostei bastante de tua análise. Com certeza este é um livro que pretendo ler em breve.




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