Memórias do subsolo

Memórias do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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Brenda 29/12/2022

Xôxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente.
Esse livro começa com várias reflexões interessantes sobre a natureza humana e, por vezes, você vai se pegar concordando com o Narrador/personagem principal. Contudo, toda o teatro da racionalidade e erudição se descortina quando, na segunda parte do livro, o mesmo compartilha memórias de sua vida. Que ser humano repugnante, detestável e completamente maluco. E, ao fim da leitura, Dostoievski arrasta o leitor para essa mesma sensação de completa insanidade. Gostei demais, recomendo.
monaiza 02/01/2023minha estante
dostozin é brabo




Fabiola Hessel 05/06/2021

O subsolo, a escuridão de cada um
Que livro potente, incômodo e angustiante, pra mim tem todos os elementos de Crime e castigo, mas de forma mais sintetizada e menos prolixa. O que ao meu ver torna o livro ainda mais intenso.

Sempre me impressiono com a capacidade que Dostoiévski tem de me envolver nos sentimentos e emoções dos personagens, as palavras se tornam uma ponte, que me leva diretamente ao coração angustiado deles, para mim é essa a mágica de ler Dostô.

As memórias do subsolo na verdade são uma tentativa do narrador de justificar a si mesmo e convencer o leitor de que o homem do seu tempo está fadado ao fracasso, existe um tom de desilusão com a humanidade e com o uso exacerbado da razão.
Ele acredita que a racionalização, a ciência e o conhecimento estão ditando o modo de viver das pessoas, que tentam suprimir seus instintos, vontades e sensações.

Para demonstrar toda essa descrença com o mundo e as pessoas o narrador, nada confiável por sinal, usa anedotas de sua vida, "causos" que ilustram a sociedade, como ele reagia a ela e o quanto isso o afastava dela, gerando aquele homem humilhado e ofendido tão comum às obras do Dostoiévski.

O narrador na posição de humilhado e ofendido, acaba agindo assim, humilhando, ofendendo e tiranizando quem pode, me causando uma aversão à ele e ao mesmo tempo fiquei compadecida pela situação, já que ele foi uma vítima, tanto das circunstâncias, como de si, principalmente de si e das suas escolhas.

Mesmo sendo uma releitura para mim foi mais intenso e impactante que a primeira leitura, acho que por ter mais contato com a obra do Dostoiévski (tenho lido a obra dele em ordem cronológica nos últimos anos) e maturidade para reconhecer as nuances.
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Rogerio.Flores 01/01/2023

Subterrâneo
Uma obra mais curta, mas que, ainda assim, traz os excertos de genialidade de Dostoievski. Escrito em primeira pessoa, na forma de memórias, como dialogando com uma plateia ou com alguém, o célebre autor russo apresenta um relato psicológico profundo e denso, analisando uma alma desgostosa da vida e de si mesmo. Um drama cheio de reverses, um diálogo com si próprio, intenso e desconcertante, de forma a despertar emoções graves e drásticas no leitor. Aos amantes da literatura histórica e das tramas psicológicas mais um presente de Dostoiévski. Mesmo não sendo sua melhor obra, importante na sua carreira autoral.
Muito boa leitura.
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Jardim de histórias 31/12/2022

Um talento cruel
Considerada pela crítica, não só um ataque a filosofia do egoísmo racional ou o racionalismo, como também uma crítica pungente ao intelectual e escritor Nikolai Gavrilovitch Tchernichevski e no efeito causado pelas obras do autor.
Um apontamento a consciência que Dostoievski tinha das profundezas irracionais da alma humana, que consideram esse livro, especialmente, como precursor do existencialismo. Memórias de subsolo, é filosófico, denso e visceral. Escrito em um período conhecido pelos fãs de Dostoievski como pós-Siberiano onde ele se encontrava em plena maturidade literária. Repleta de angústia, masoquismo e culpa, muita culpa. Aliás, a culpa tanto nas notas em que o narrador expressa suas impressões, como também o momento em que vivia Dostoievski, com a enfermidade e morte de sua esposa (Maria Dmitrievna). Um verdadeiro extravasamento do eu, autorizado pela real deliberação, mesmo que o pensamento que te aposse seja efêmero, porém, contundente. Normalmente, Fiodor abre a janela que nos permite acessar a alma de seus icônicos personagens, desta vez, é a alma do autor que está acessível e permeando com propriedades nossas percepções.

Uma verdadeira obra Dostoievskiana!
eu, eu mesma e os livros 01/01/2023minha estante
Realmente, cruel é uma boa palavra para esse livro. Comecei julgando o autor e suas memórias, principalmente aquelas com a prostituta, mas ao final fui eu quem tomei um belo tapa na cara com as palavras do autor.


Jardim de histórias 01/01/2023minha estante
Tive essa percepção inicial também! Dostoievski sendo Dostoievski, e nós, recebendo esses presentes que só engrandece nossa estrutura literária. Obrigado pelo comentário, que só demonstra o quanto nós, apreciadores de uma boa leitura somos sensíveis e nos conectamos com o autor.




Daniel.Cunha 09/06/2021

Releitura
Li novamente esse clássico, não tive a mesma experiência da primeira leitura mas ainda é impressionante como Dostoiévski sabe unir suas palavras à alma do personagem...
Desta vez que li, acabei ficando mais apegado com a redenção do que na última leitura... fiquei impressionado com a visão do personagem sobre suas próprias relações pessoais e como ele sempre se perde nos seus receios, e quando não se perde extravasa de modo a atribuir certa culpa a todos e a ele mesmo.
Também acho válido falar sobre como o personagem nos dá um ar de perturbação mental em toda a leitura, que nos envolve demais com a individualidade do personagem e de, talvez, um momento de crise que pode ser visto em nossas vidas.
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Shalomita 23/03/2024

Preciso reler, com urgência
Tá, a primeira vez foi só um teste, quando eu digerir eu vou reler e mergulhar mais profundo em cada umas das memórias desse louco. De antemão, a vida não pode ser "um mero trabalho", nosso ordinário jamais pode se resumir a um cumprimento de metas vazias. É preciso haver sentido. Não ser como uma "nota de piano" que só obedece a loucuras dos instintos primitivos. Ter coragem de viver com um "ser prático", unido com a razão de um "ser pensante". Assim, não teremos essa súbita necessidade de fugir, de se esconder na tranquilidade de um subsolo que criamos em nossas próprias mentes medrosas e covardes.

Fiodor, você não escreveu, você vomitou tudo que se passa na mente louca de alguém comum.
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boralermeupovo 08/09/2022

forte mores...
deus n botou sol na russia nem deu autoestima e afeto pra ele pq se nao ele seria indestrutivel se fosse inteligente E bem da cabeça
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Rafael 05/11/2020

"Mas o homem é tão apaixonado por sistemas e pela dedução abstrata que está prestes a deformar a verdade de propósito, sem ver nem ouvir nada, só para justificar sua lógica".

Um livro complexo, difícil, filosófico, e por tanto, cheio de profundas reflexões.

Certamente, em um momento futuro vou precisar lê-lo com mais calma, para melhor compreensão de todos os conceitos embutidos e um maior entendimento do contexto histórico em que se passa.

O personagem principal, sem nome definido, é digno de pena, isolado, rejeitado e humilhado, se refugia no subsolo para viver suas dores e remoer suas mágoas.

A primeira parte do livro concentra-se nas suas reflexões acerca da vida. A segunda funciona como um exemplo prático de acontecimentos que o levam as reflexões dispostas na primeira parte. Fica mais interessante com a introdução da personagem Lisa.

Não é uma leitura fácil, mas na minha opinião é necessária. Dostoiévski merece ser lido e relido.

O que pode colaborar muito com a leitura são os conteúdos disponíveis na internet que analisam essa obra e nos ajudam a clarear algumas ideias ali colocadas.
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Eliza.Beth 19/02/2023

Bem mais ou menos
Gosto muito do Dostoiévski, mas não gostei desse livro. Não é ruim nem chato de ler, mas também não achei q teve grandes coisas.
Eu catalogaria esse livro mais próximo de A Senhoria do que perto dos seus magníficos Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov.

Apesar disso, nunca perco a vontade de ler tudo desse ator.
Michela Wakami 19/02/2023minha estante
Estou contigo, Eliza. Mas pretendo relê-lo, para ver se mudo de opinião kkkkk.


Eliza.Beth 22/02/2023minha estante
Eu tbm releria....mas bem no futuro kkkkk


Michela Wakami 22/02/2023minha estante
Kkkkkkkkk?


Alê | @alexandrejjr 01/04/2023minha estante
Acho que, da produção mais curta dele, esse é o melhor. Mas entendo que ele não esteja na prateleira das "obras-primas" para alguns leitores.


Eliza.Beth 01/04/2023minha estante
Alê, gostei muito mais de Noites Brancas.


Alê | @alexandrejjr 01/04/2023minha estante
Olha só! Que interessante! Não achasse romântico demais?


Eliza.Beth 01/04/2023minha estante
Achei hahahaha
Amores platônicos que surgem do nada. Mas lembro que o texto era menos confuso e a melancolia foi algo positivo.




Fernando1853 11/10/2024

Único
"Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio, e, em cada homem honesto, acumula-se um número bastante considerável de coisas no gênero."

Memórias do Subsolo é a obra mais indescritível que já li, indescritível em diversos sentidos. No livro, nos é apresentado um narrador anônimo que mostra sua visão verdadeira e sincera sobre tudo que é presente ao seu redor, e, justamente por esse motivo, percebemos o quão confusa e complexa é sua mente. Suas opiniões acerca da sociedade fazem com que percebemos que sua existência é inegavelmente mórbida, criada apenas para conceituar e distinguir o que é certo e errado para ele, o que é intelectual e ignorante para ele. Porém, ao longo da leitura, nos conectamos com o ponto de vista do narrador e notamos a presença de inúmeras situações descritas pelo mesmo em nossa realidade, fazendo com que compreendemos a concepção de forma inexpressiva.

Em suas últimas páginas, um curto romance é revelado. Dostoiévski demonstra o orgulho de si mesmo e sua batalha contra sua própria persona, confirmando e, ao mesmo tempo, negando sentimentos ali presentes que o autor descreve sentir. Esse caso acaba se tornando extremamente difícil e árduo para se enfrentar, nos mostrando exatamente como aquele indivíduo se acha tão desprezível ao ponto de se odiar e se amar simultaneamente.

Memórias do Subsolo é um livro que merece ser lido aproveitando cada pedaço, cada linha, cada palavra, e, se no final você não entendeu a mensagem transmitida, releia quantas vezes for necessário.
enzoprasel 11/10/2024minha estante
????




Paula1882 22/04/2023

Que protagonista incoerente, surtado, amargurado e babaca. Pior é se identificar com ele em alguns momentos.

O livro é interessante, mas achei cansativo em algumas partes.

"Vinha-me à mente: por que ninguém, além de mim, sente ser olhado com aversão?"
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Cristiane 28/04/2023

Memórias do Subsolo
Um narrador prá lá de amargo, mal humorado e reflexivo.
Ele tem birra de todo mundo.
O livro é pequeno, mas a gente tem vontade de esbofetear esse cara chato.
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@giumacc 21/06/2022

Se arrisquem!
As vezes não são os livros mais famosos de autor que são os melhores! Eu particularmente acho esse livro muito bom. Já li no kindle e em audiobook.
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Rafa 28/06/2024

O protagonista é um dos personagens mais chatos que ja li. Ele é a representação de um incel. O texto é denso e um pouco difícil de acompanhar na primeira metade, mas depois é só o personagem rabugento mesmo haha.
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Roberto.Vasconcelos 28/05/2022

Melhor definição do homem: bípede ingrato
Nossa que livro cansativo , muito pensamento reflexivo e filosófico sobre natureza humana mas o personagem é tão triste e irritante que deixa a leitura difícil.
Achei bem parecido com " o apanhador no campo de centeio" dois personagens que acreditam ser superiores mas só são tristes e com medo de serem rejeitados pelo mundo. Uma leitura que levanta questões interessantes mas que precisa de uma atenção absurda e disposição pra levar adiante.
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