Memórias do subsolo

Memórias do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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Max 19/07/2023

Puro suco...
Aqui o personagem trata diretamente com o leitor, narrando sobre decisões tristes e questionáveis, tomadas ao longo de sua vida. As consequências disso tudo é um ser angustiado, perdido em si mesmo.
Ao final o personagem questiona:
"O que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado?"
Puro suco de Dostoievski! ?
Recomendo, óbvio!
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FlavioHenrique23 10/02/2024

"Memórias do Subsolo" merece sem dúvida uma avaliação de 5 estrelas. A obra de Dostoiévski é uma jornada literária única, que mergulha nas profundezas da psique humana de uma maneira visceral e provocativa. Com sua narrativa envolvente e suas reflexões filosóficas penetrantes, o livro desafia os leitores a refletirem sobre questões existenciais e sociais de forma inigualável. Uma leitura essencial para aqueles que buscam explorar as complexidades da condição humana.
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Dani.Odete 24/02/2024

Dostoiévski ?
Admito que não sei como começar essa resenha,a cabeça fervilha de idéias e descobertas quando Fiodor Dostoiévski coloca qualquer palavra no papel. O livro é uma descoberta tão grande da obscura mente humana,sobre ser julgado,sobre ser livre,livre a ponto de escolher ser infeliz,estar a parte,no subsolo da sociedade. Se colocar em um lugar irreal perante todos e ter certeza somente das suas verdades como se fossem as únicas. Nunca conseguirei colocar em palavras como me sinto perante a obra desse autor.
Fabio 25/02/2024minha estante
Impactante, né, Dani?
Adorei a resenha!!!


Dani.Odete 26/02/2024minha estante
Fábio,esse livro não me sai da cabeça, Dostoiévski é genial!!!


Fabio 28/02/2024minha estante
Eu li ele há anos, e reli há alguns meses,e vira e mexe, eu lembro do subsolo




Carla2362 22/07/2024

O livro é bem curto, mas nem de longe de fácil leitura. O narrador traz um caráter filosófico que demanda que a atenção seja redobrada para que seja possível a compreensão da reflexão proposta por ele. O livro, narrado em primeira pessoa, expõe as reflexões de um homem sobre os demais e sobre a sociedade tendo a si próprio como espelho. Ele analisa todos a sua volta considerando os seus paradoxais sentimentos de superioridade e auto desprezo. Ele mesmo denomina suas memórias como um paradoxo e acho que é a palavra que mais define a filosofia do narrador..
Cassiano59 22/07/2024minha estante
Você acabou de falar sobre o livro que tô querendo comprar.
Atualmente tô lendo os irmãos Karamazov do mesmo autor e tá sendo uma das melhores leituras que já fiz.




Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Discurso Eslavófilo
Ao lado de "Madame Bovary", de Gustav Flaubert, e do pouco conhecido "O Sobrinho de Rameau", de Diderot", o livro "Diário do Subsolo", de Dostóievski, disputa o privilégio de já apontar para o Modernismo na literatura. Entretanto, discussões a parte, é indiscutível sua influência na obra de Nietzsche e nas teorias de Freud assim como em "Metamorfose", de Kafka, e "O Complexo de Portnoy", de Philip Roth. Nem mesmo o cinema passou ileso, o que seria de "Táxi Driver", de Scorsese, e de boa parte dos filmes de Woody Allen sem ele.

Escrito em 1863 e publicada no ano seguinte, sua narrativa pode ser encarada como um aquecimento para "Crime e Castigo" que veio a seguir. Aliás, ambos enredos compartilham um protagonista solitário, irrequieto e irritado numa São Petersburgo cruel e sórdida. No entanto, "Diário do Subsolo" possui um tom menos tolerante, talvez reflexo de um momento especialmente conturbado na vida de Dostóievski, logo após seu retorno do exílio e à beira da morte da esposa.

Seu herói ou anti-herói é um burocrata sem expressão que encerrou sua carreira ao herdar uma pequena herança com a qual sobrevive. Quarentão, ele vive às turras com um servo e durante seu relato dirige-se a uma plateia imaginária a quem trata ora de você ora de "senhoras e senhores". Durante cento e tantas páginas, ele vocifera suas ideias reacionárias e antipatias num discurso eslavófilo que alterna entre vaidade e vergonha em busca da auto-afirmação e do reconhecimento social. Enfim, ele condena o capitalismo industrial, a racionalidade científica e qualquer tipo de modelo matemático que preveja o comportamento humano.

Dividido em duas partes, na última, ele descreve cenas de sua vida que considera perfeitas para exemplificar seu fracasso. Revelando inveja, uma infância e adolescência problemática, ele aborda o emprego que deixou para trás, revisita velhos amigos e envolve-se com uma prostituta, deixando claro ao leitor que que é ele o único responsável pelo inferno em que vive, aprisionado pelo seu próprio caráter. O crítico norte americano David Denby, chega compará-lo a um Hamlet rancoroso, capaz de destruir a si mesmo e o mundo à sua volta na defesa de suas convicções.

Porém, para finalizar, escolho Sartre que defende a ideia de que todas as filosofias materialistas apresentam erroneamente o homem como um objeto, uma pedra. "O homem do subsolo comprova que o ser humano é insondável, incognoscível. Dada a oportunidade, ele pode negar que dois e dois são quatro, pois o simples direito de negar o óbvio pode ser mais importante do que o benefício de reconhecê-lo."
Vinicius.Carrera 19/01/2019minha estante
Excelente resenha! Amei o livro, li ha uma semana e ainda estou digerindo


Leila de Carvalho e Gonçalves 26/01/2019minha estante
Grata, abraços!




vinirc 07/04/2023

Das Profundezas do Subsolo.
Livro curto mas de grande conteúdo. Na obra Dostoiévski nos da uma grande contextualização do cenário europeu, principalmente russo, do século XIX; por vezes criticando, por outras aprovando.

O foco da narrativa é a personagem principal, também narrador, um homem amargurado que se encontra isolado do convívio social. Primeiro podemos ler a respeito de sua visão de mundo e opiniões e depois vemos anedotas sobre sua vida, episódios que o fizeram ter certeza que seu lugar era o subsolo, longe de todos.

O homem do subsolo potencializa todos os sentimentos e atitudes negativos; ele remói situações do passado e se acha superior a tudo e a todos e onde isso o levou? Ao esquecimento e solidão do subsolo. Talvez todos tenhamos um pouquinho do homem do subsolo dentro de nós, será que o traremos a tona ou o deixaremos nas profundezas do subsolo?

A leitura foi ótima, é um pouco difícil acompanhar o desagradável protagonista mas vale a pena rsrsrs. Um ponto alto do livro é toda a narrativa que envolve a prostituta.
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Carol M. 24/10/2019

Resenha criada por @estantedossonhos_ (meu ig literário)
Como você se descreveria, se pudesse?

Um personagem fictício, que descreve perfeitamente características ainda presentes nos dias de hoje. A hipocrisia, a angústia e a solidão plena acabam virando um caminho sem volta para aqueles que se destroem para obter um caráter falso, uma consciência fingida só para se impor á sociedade e adquirir certa admiração de todos.
No caso do nosso personagem, ele dizia não se identificar com a sociedade em que vivia, e que o falso moralismo o enojava.
Você pode não perceber, ou até mesmo não admitir, mas é impossível não se identificar com algo que o personagem do subsolo fez ou disse. A autenticidade é algo desprezado pela sociedade - não generalizada -
Quanto mais fantoches, melhor, não? Ter sua própria opinião é algo visto como absurdo e de muito julgamento. Já houve um tempo no qual falar o que se pensava era motivo de depravação, e até mesmo punição.
Já pensou se esse tempo voltasse? Se a liberdade de expressão fosse deixada de lado? Algum dia na sua vida você já deve ter passado por momento parecido, ou talvez ainda vá passar.
Mas a pergunta que fica: Qual tipo de ser humano você é?
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gcaldas2 28/07/2024

Interessante
Um homem revoltado, irado, sarcástico, com ótimos diálogos e maneira bem peculiar de enxergar o mundo. Por algumas vezes concordei e muito com seus pensamentos, por outras, nem tanto.
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Lanazz 07/06/2024

Meu primeiro livro do Dostoiévski
Iniciei as obras de Dostoiévski por memórias do Subsolo por indicação de um amigo, por ser considerado um de seus livros mais ?tranquilos? de se ler e entender.

O livro é dividido em duas partes, uma no qual o personagem (esse que não tem nome revelado) começa a percorrer sobre seus pensamentos a respeito de vários assuntos, é que marca sua personalidade aspira, confusa e principalmente revoltosa com tudo e todos. A palavra ?ignomínia? é muitas vezes repetidas no livro, é de fato é uma boa definição da vida e circunstâncias que o personagem vive, considerando-se o mais vil dos homens, não por necessariamente considera-se pior que os outros de fato, mas pelo simples fato de possuir consciência disso.

Frequentemente afirmando-se como homem culto é inteligente, de certo modo superior aos outros nesse quesito, faz desse argumento muitas vezes como refúgio de suas inseguranças e adversidades.

Sua mente é um tornado de devaneios constantes, é isso marca a narrativa.

Já na segunda parte do livro, a escrita se torna um pouco mais fluida e linear. A partir do momento que o personagem (e também narrador) começa a contar sobre uma memória do passado, é assim entendemos um pouco mais sobre ele.

Alguns personagens secundários são apresentados, como por exemplo Ápolon (que por sinal me pareceu um alivio cômico), Simov e alguns outros.

Mas o personagem de maior destaque dentre os secundários com certeza é Liza, personagem que muda a trama é começamos até imaginar esperanças de um romance, mas que no final termina de forma não trágica, mas ríspida, agonizante como de fato é a visão de mundo de Dostoiévski nesse livro.

Eu gostei bastante do livro, recomendo que leiam.
Lanazz 07/06/2024minha estante
Obrigado pela recomendação, estarei colocando na minha lista.


janierisonsantos 07/06/2024minha estante
quero muito ler ele também


Wildsley.Mathias 07/06/2024minha estante
Eu comecei Dostoievski logo por aquele que talvez seja o mais denso - Os Irmãos Karamazov. Mas em suma, é um autor fácil de ler, sua escrita é simples, sucinta. Recentemente terminei Crime e Castigo, indico que seja seu próximo.


Lanazz 07/06/2024minha estante
Obrigado pela indicação, Will. Crime e Castigo sem dúvidas está na minha lista!




joao 08/05/2022

Dostoiévski e o Homem do Subsolo
"O que é melhor:
Uma felicidade barata
ou o sofrimento sublime?"


"Sou um homem doente... Sou um homem mau. Um homem desinteressante. Acho que sofro do fígado. Na verdade, eu não entendo absolutamente nada de minha doença e não sei exatamente do que sofro. Não me trato e jamais me tratei, embora respeite a medicina e os médicos"

A obra precursora do existencialismo, "Notas do Subsolo" de 1864, trata-se acima de tudo de uma confissão, a confissão de um homem extremamente autoconsciente, aflito e principalmente solitário, eis aqui a introdução do "Homem do Subsolo" de Dostoiévski.
O Homem do Subsolo não se contenta com o mundo, sua consciência não lhe permite isso, ele possui um complexo de inferioridade... ou o contrário, tal o paradoxismo presente no personagem. Percebemos também a profunda raiva e inveja que ele sente por todas as pessoas que não são tão "conscientes" quanto ele, muitas vezes enaltecendo a si mesmo e logo após criticando-se profundamente.

Essa foi o primeiro romance que leio de Dostoiévski, mas argumento que não se trata da primeira vez que vejo esse "Homem do Subsolo"; o autor retrata aqui de forma primorosa um aspecto sombrio e rancoroso de nossa psique, um aspecto que existe de fato dentro de cada um de nós.
Não me surpreende que chamem Dostoiévski de "Psicólogo", podemos até mesmo a influência dessa obra em filmes como "Táxi Driver" de Martin Scorsese ou no livro "A Metamorfose" de Franz Kafka.


Espero ser capaz de escrever uma análise adequada para essa obra algum dia, mas acredito se tratar de uma produção literária essencial para qualquer um que se encontre na mesma posição deste "Homem do Subsolo", em essência, todos os leitores.

Nota: Foi um quê complicado de achar uma pontuação cabível aqui, acho que o Skoob devia se adequar a um sistema de 10/10 ao invés de 5/5, 4.5 nesse livro parece redundante.
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melmelmelmel 10/09/2022

Inicialmente, me pareceu que a leitura seria completamente entediante, já que nas primeiras páginas o homem do subsolo acaba por apontar diversos questionamentos e debater consigo mesmo; a parte das memórias me deixou muito intrigada, eu não conseguia enxergar muito bem a relação que os questionamentos apontados por ele tinham com as memórias da sua vida.

As memórias do homem do subsolo são sobre suas relações humanas, o período que passou na escola com seus colegas e sobre o encontro com uma jovem mulher; essas memórias demonstram que o protagonista acaba por se ver como superior aos outros, de forma intelectual, mas quando se trata de relações humanas ele acaba sentindo muita inveja da forma como os outros são. O homem não consegue se ver no "mundo real" é como se ele estivesse preso em um subsolo, sem nunca ter saído, sem saber qual rumo tomar, como lidar com as pessoas ao seu redor, como fazer amigos, quem amar ou odiar.
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Sidney.Prando 14/02/2022

“O homem, às vezes, ama terrivelmente o sofrimento, ama-o até a paixão, isso é um fato”
📕Fiódor Dostoievski é um dos mais renomados escritores russos, sendo considerado por muitos um clássico, e não é à toa. Sua literatura ronda os abismos da mente humana, seus demônios e subsolos. Assim, sua escrita é carregada de diversas passagens de uma realidade crua, ríspida e que alicerçada junta a identidade de seus personagens, soa ao leitor como socos no estômago.
O protagonista desse livro, o “homem do subsolo” (assim chamado por não ter seu nome revelado), é um misantropo por excelência, despreza todo o tipo de interação social e ao mesmo tempo, muitas vezes se vê submisso a essas, ora por necessidade de reafirmar seu ego, ora por interesse econômico.
Em sequência, acompanhamos seu comportamento turbulento e dualístico quando o mesmo vê se inerente as interações que tanto despreza, seja elas no ambiente de trabalho, com seus “amigos”, criado ou com Liza, uma prostituta que o deixa terrivelmente confuso.

🙋‍♂️Para mim, a obra é um convite que o autor faz ao leitor para entrar em convergência consigo mesmo, por meio desse personagem que em muito nos retrata intimamente.
A estranheza é um dos principais sentimentos que tive ao ler essa obra. Estranheza essa que nos é passada pelas contáveis relações que o “homem do subsolo” nos conta ao resgatar suas memórias, todas elas carregadas de pesadas reflexões e identificações. Passagens como a do restaurante, quando o personagem se convida a um jantar com “colegas” que o mesmo despreza e sabe que é de igual desprezado, causa o desconforto do qual falo. Como pode ele, sabendo que odeia os que estarão no jantar e que é de igual odiado, se convida de bom grato? Não seria lógico apenas não ir ao jantar? Mas não para por aí. Os acontecimentos que se passaram naquela noite, dentro outros, nos leva a refletir sobre a sua natureza tão controvérsia e de certa forma, odiosa.
Dentre as suas reflexões que perpetuam o início do livro, estão questões como “homem x vingança”; o prazer que é originado de saber que é medíocre; a “logística” que certos autores usam para explicar a natureza humana; o homem bárbaro e outras. Um livro que analisa psicologicamente o homem quanto homem, sem filtros, sem idealismo, apenas o real, o bruto, a verdade.

site: https://www.instagram.com/p/CTPuVYxldbW/?utm_source=ig_web_copy_link
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José 31/12/2021

A dor de dente do ser humano
Assim como, em minha opinião, todos os outros trabalhos de Dostoiévski, esta é mais uma obra prima da literatura. A complexidade do personagem, os altíssimos teores psicólogos e filosóficos, neste, não são somente expostos para o leitor, mas também compreendem o cerne de todo o sofrimento do personagem. A demasiada consciência, que o atormenta a todo instante. E para ele, qualquer tentativa de agir ou pensar de forma diferente seria o maior atestado de covardia e de sua podridão. Até mesmo poder compreender seu sofrimento é uma grande questão filosófica. Dostoiévski não é somente um grande escritor, mas o caráter de seus livros exprimem uma indescritível magnificência presente no intelecto humano. Não obstante, foi venerado por Nietzsche, Freud e tantos outros, além de servir de inspiração para Kafka, Machado de Assis e muitos mais.
Um de seus melhores romances, "Memórias do Subsolo", contém uma profunda reflexão da posição humana no mundo. De caráter existencialista, seu conteúdo se da a partir das entrelinhas, pois é dissipado pelo sofrimento daquele que compreende tudo. Em contraste sua incapacidade releva à própria incompreensão, como se a existência humana se resumisse à um paradoxo hipócrita.
É sua sujeira, sua podridão, suas más características que fazem deste, não só um anti-herói, mas também, descrevem um personagem irreal, que, de modo algum, deve ser idealizado.
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Manu5 25/07/2022

Uma obra prima
A primeira parte desse livro é uma obra prima, nem tem palavras pra descrever, mais a segunda parte já não gostei tanto, nem parece o mesmo autor do começo do livro, achei bem estranho, as 5 estrelas e favorito é só pra primeira parte, achei a escrita, os pensamentos, tudo muito genial.
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Fer Paimel 15/09/2020

Complexo
Esse livro me proporcionou várias reflexões. É dividido em duas partes e eu, particularmente, gostei mais da primeira (mais reflexões). A segunda parte tem muitas digressões e é difícil compreender o personagem principal.
Ele é um anti-herói, cheio de contradições e pensamentos absurdos, que beiram à comédia.
Gostei do livro porque o personagem me causou desconforto com seus pensamentos ofensivos e surreais e sua falta de habilidades sociais. É um livro que, apesar de curto, se mostra como uma leitura bem densa. Recomendo!
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