Jimmy Corrigan: The Smartest Kid on Earth

Jimmy Corrigan: The Smartest Kid on Earth Chris Ware




Resenhas - Jimmy Corrigan


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Thais.Carvalhal 02/09/2023

Confuso, mas...
Achei o quadrinho extremamente confuso. A ordem dos quadros, o rumo da história. A dinâmica entre passado, presente, gerações diferentes, real e imaginação. Tudo muito confuso. Mas mesmo assim depois da metade do quadrinho você embala na leitura e ela flui. Adorei a estética.
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jackguedes 03/01/2011

Jimmy Corrigan, o menino mais esperto do mundo – Chris Ware
Quem acompanha o mercado de histórias em quadrinhos recebeu com grande entusiasmo o anúncio feito pela Companhia das Letras – pouco após a criação do selo Quadrinhos na Cia – de que Jimmy Corrigan ganharia uma edição nacional. Afinal, essa é uma das mais celebradas obras do gênero nas últimas décadas – há quem arrisque dizer de todos os tempos – graças à grande inventividade do criador, Chris Ware.

Para se falar de Jimmy Corrigan, é preciso avaliar a obra por dois ângulos: o primeiro, o da história e roteiro e o segundo, da arte gráfica. Ok, é assim que analisamos todos os gibis, mas Jimmy Corrigan tem tanta novidade que fica difícil assimilar tudo numa primeira leitura. Minha sugestão: comece com um overview pelas páginas apenas para apreciar a arte minimalista de Ware.

Ao comprar os direitos para lançar a HQ no Brasil, a editora concordou com diversas exigências do autor para manter a arte da obra original, incluindo a capa e as informações contidas nela. Lançado em volume único, como o autor exigiu, Jimmy Corrigan ganhou uma edição caprichada, após passar por alguns momentos críticos pouco antes do lançamento.

Quanto ao enredo, também há muito que se falar: Jimmy Corrigan é um jovem adulto com um emprego enfadonho onde sequer é notado, cuja vida social se resume a conversas por telefone com a mãe. Sua rotina muda quando, pouco antes do Dia de Ação de Graças, recebe uma carta do pai, até então desconhecido, e parte em viagem para conhecê-lo. O que se segue são vários incidentes no mínimo frustrantes e embaraçosos. Em determinado trecho, Jimmy deixa de ser o protagonista e dá lugar a seu avô, esse o melhor momento do livro.

Mais: http://jackguedes.wordpress.com/
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Menezes 16/02/2010

O Ulisses dos quadrinhos, e a compração não é presunçosa!
Jimmy Corrigan é um homem de 37 anos, castrado emocionalmente, inseguro de tudo, vive encolhido em si mesmo e telefona para mãe todo o dia. Um belo dia ele recebe uma carta de uma pessoa que alega ser seu pai e o convida para passar as festas de final de ano com ele, para eles finalemnte se conhecerem. Jimmy vai e descobre um pessoa da qual ele não tem nada em comum e esse encontro relativamente curto vai ser o primeiro e o único, conforme a capa nos informa. Essa é a história do quadrinho em seus termos gerais, contudo sua constituição é a mais complexa possível, elaborada a enésima potencia nessa obra que é considerada o Ulisses do quadrinho.

O que pode afastar um leitor mais acostumado com o selo DC/Marvel de agilidade de histórias mensais, mas deve agradar o nosso público adulto de graphic Novels. Jimmy é um quadrinho para poucos, a realidade se confunde com o sonho, a imaginação se sobrepõem por vezes e você não distingue o que é realidade e o que é a cabeça do protagonista. Há explicações técnicas e maquetes para serem “feitas” pela e a história também abrange boa parte da vida de Jimmy avó no começo do século, e do Jimmy pai em seus anos de juventude. Há algumas observações sociológicas a cultura americana e uma grande análise do preconceito racial dentro da estrutura da obra. Ainda sobre a estrutura é um eterno vai e volta ao passado que ainda fragmenta a narrativa.

A primeira barreira a ser transporta é um prólogo como bula d remédio que ensina como ler o livro que tem em mãos. Escrito como se fosse uma bula de remédio, prepare-se para ficar uma boa meia-hora om as vistas juntas para entrar na narrativa levemente engraçada de F.C. Ware, que contém algumas críticas deliciosas a imagem dos quadrinhos atuais e que encontra sua força não no tom cômico das atitudes dos Jimmy's, um patetismo que leva a uma profunda melancolia deste indivíduos fechados em si mesmo.

Sobre estes indivíduos é que se centra a totalidade da obra, uma vez que a multiplicidade de Jimmy's torna o título ambíguo. O jimmy atual não é retratado com um menino, apesar de se tornar claro que ele é aquele adulto que regrede a infância com muita facilidade. Ele simplesmente ignora todas as barreiras da vida adulta, a emancipação e falta de interesse em relacionamentos são os mais gritantes, assim com sua carência paterna que o força a ir em encontro ao seu pai biológico. O outro Jimmy, que é seu avó natural também, tem boa parte da história para ele e sua similaridade com o protagonista não é mera coincidência, as carências afetivas amorosas, a insegurança perpetua e o relacionamento conturbado com o pai são o drama do Jimmy de 1900, um espelho da situação atual, que demonstra que os males de uma família são eternos;

Por fim, sobretudo, Jimmy Corrigan é um livro sobre os relacionamentos humanos. O detalhismo de sentimentos e ações é incrível, o desenho que se centra só nos protagonistas é belíssimo, uma explosão de cor que torna os temas ainda mais pesados pela simplicidade dos traços, mas a parte imaginativa de sonhos e reflexões, tornam o livro um objeto de estudo da psicanálise e suas interpretações são diversas. Um livro sobretudo fascinante e uma história fantástica.

http:\\metempsicose-metempsicose.blogspot.com
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