A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Karina252 28/02/2022

Simplesmente perplexa
De fato, esse livro é muito atual, principalmente porque vivemos uma pandemia e algumas guerras.
Com uma narrativa profundamente angustiante, é incrível como o autor narra os acontecimentos na cidade de Or?. Salvo alguns poucos momentos que os personagens encontram algum alívio, a cidade é tomada de aflição, medo e desesperança.
Recomendo muito essa leitura, ela nos faz refletir sobre nossas atitudes e sentimentos, além de ser uma história que continua viva.
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Demes0 24/02/2022

Eis mais outra leitura em 2021: A Peste, de Albert Camus.

Como pode ter observado, Camus tornou-se uma figura cativa em minhas recentes leituras. Primeiro, pela qualidade de suas obras ao mesmo tempo simples e metafórica que nos faz refletir sobre diversos assuntos e bem atuais! Talvez, por entre tantas qualidades, ele foi laureado com o nobel da literatura.

Pois bem! O romance A peste apresenta um cenário de uma cidade, Orã, na Argelia, Terra Natal do autor, que é acometida por uma epidemia (tão atualíssimo em) causada por ratos, a peste. É um cenário de horror: as mortes vão se multiplicando exponencialmente e é preciso que autoridades sanitárias e públicas tomem atitudes severas para combater, inibir e erradicar essa doenca. Onde será que estou vendo esse cenário…

Bem, pesquisei depois que a peste do livro foi inspirada na epidemia da cólera ocorrida na mesma cidade, no século 19. Porém, a metáfora da peste, no ämbito do livro, se refere a guerra, a invasão dos nazistas às cidades ocorrida bem proxima da publicaçao da obra! Os ratos, nesse caso, vestem farda, usam armas mas dizimam da mesma forma! Genial, esse Camus em!?

Não vou citar detalhes da narrativa para provocar os que aqui veem, leiam a obra!

Não obstante, quem quiser dialogar sobre a obra, exponha aí nos comentários sem hesitar.
#camus #leitura #livro #literatura
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Fla 24/02/2022

A Peste
Camus retrata uma epidemia na cidade de Orã na Argélia. Narrado pelo médico Rieux que trata desde os primeiros infectados até personagens próximos, o livro nos faz refletir sobre as relações humanas e é possível fazer várias comparações com a atual epidemia de coronavírus.
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Lari 22/02/2022

Tão atual e necessário
Li que a intenção de Camus com esse livro, publicado em 1947, era com a peste fazer uma metáfora com o nazismo. Sim, consigo entender crítica as opressões, mas fico mais impressionada com um livro de mais de 70 anos conseguiu prever o caos do COVID e as medidas públicas restritivas em decorrência da pandemia. O livro, em forma de relato, é minucioso quanto às medidas drásticas tomadas e os impactos nas pessoas. Achei sensacional, arrependi de não ter lido antes (fiquei levemente paranóica no início da pandemia), mas feliz de ter lido. Está entre minhas leituras favoritas de 2022 já
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Kenia 06/02/2022

"Houve no mundo igual número de pestes e de guerras. E contudo, as pestes, assim como as guerras, encontram sempre as pessoas igualmente desprevenidas."

Em "A Peste" de Albert Camus, primeiro os ratos começam a morrer em Oran, Argélia. Os ratos mortos estão por toda parte, nas ruas, nos degraus das portas, nos porões. Depois os ratos param de morrer, e todos suspiram de alívio, alívio esse que não perdura muito já que algumas pessoas começam a morrer de maneira semelhante.

As pessoas da cidade ficam confusas no início quanto ao que está acontecendo, mas só se incomodam com a sujeira e pedem imediatamente que as autoridades façam algo a respeito. Porém, quando as pessoas começam a morrer, o governo adota uma atitude de "esperar para ver" ao invés de alarmar o público. O Dr. Rieux, nosso protagonista, pede que medidas imediatas sejam tomadas, solicitando uma vacina, pois teme que a doença possa matar metade da cidade. Sua principal preocupação é salvar o maior número de vidas possível.

"Havia os sentimentos comuns, como a separação ou o medo, mas continuavam a colocar em primeiro plano as preocupações pessoais. Ninguém aceitara ainda verdadeiramente a doença."

Isto mostra o poder da indiferença e da negação presentes na cidade, a praga metafórica do romance. Somente quando as coisas tomam maiores proporções e os cidadãos se tornam prisioneiros da peste sob quarentena total, é que eles percebem quão pouca prioridade deram às coisas que mais lhes importavam, sugerindo que é questionável se eles eram realmente "livres" antes da peste.

É nesse momento que o romance lida especificamente com o impacto emocional e psicológico que a peste tem sobre os cidadãos. Muitas pessoas na cidade ficam inquietas, outras recorrem à festas sem hora para acabar, e muitos caem em profundas depressões.

Acompanhamos especificamente um grupo de homens unidos para derrotar a peste assim como afastá-la de si mesmos. Há o melancólico Cottard; o escriturário perfeccionista Joseph Grand; o juiz Othon; o padre Paneloux que critica ferozmente a negligência do povo de Oran e adapta seu sermão para ajudá-los a encontrar a paz; o jornalista Rambert que estava só de passagem pela cidade e acaba sendo encurralado pela peste; o Dr. Rieux, o médico que busca tratar o máximo de pessoas enquanto sua esposa está doente em um sanatório fora da cidade, e Jean Tarrou, um ex-combatente republicano espanhol que sai de casa por abominar a pena de morte e que cria uma força voluntária para derrotar a peste.

A Peste lida especificamente com um surto de doença em uma pequena cidade - e não uma pandemia global. Camus inclui algumas informações médicas sobre a peste: seus sintomas e propagação. Mas o livro é mais sobre como os personagens reagem sob imenso estresse. Ele mostra que somos, em sua maioria, impotentes contra a força bruta da natureza. Alguns dos personagens falam de Deus e da religião, mas a maioria deles tenta buscar sua própria determinação para lidar com os terrores da doença.

"O mal que existe no mundo provém quase sempre da ignorância, e a boa vontade, se não for esclarecida, pode causar tantos danos quanto a maldade. Os homens são mais bons do que maus, e na verdade a questão não é essa. Mas ignoram mais ou menos, e é isso que se chama virtude ou vício, sendo o vício mais desesperado o da ignorância, que julga saber tudo e se autoriza, então, a matar."

Em quase toda a história, foi assustador ler e perceber que o que eles passaram em Oran é bem semelhante ao que estamos passando desde 2020. Quer se trate de desinformação, exagero, estocar e acumular coisas, exploração, etc. É... infelizmente o ser humano nunca muda. Outra coisa é que o tema morte nunca é fácil, nem mesmo para um médico que podemos erroneamente presumir estar mais do que acostumado a isso. E que, quando tudo mais falha, há sempre uma força maior a quem todos nós podemos recorrer.

Bom, se você está à procura de um livro feliz, infelizmente não é este. É sombrio, desanimador, e pode colocá-lo em uma crise existencial. Caso decida embarcar nessa leitura, esteja alertado. Os personagens de Camus tentam dar sentido a suas vidas miseráveis, mas sua resistência contra a peste é um tentativa inútil. Só que embora seja um romance sombrio, A Peste também é estranhamente edificante assim como os romances existenciais podem ser. Nada importa depois da morte, mas isso não significa que a vida não possa ter sentido, um sentido ganho através do amor e da bondade de uns para com os outros.

"O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada, E saiba, também, que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz."
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gabrieldcolleta 31/01/2022

'A Peste' é o terceiro romance de Albert Camus que eu li e ainda assim o autor conseguiu me surpreender.
O livro narra os acontecimentos da pacata cidade de Orã, onde a vida é simples e regrada e nada acontece, até ser atingida por uma epidemia de peste bubônica que começa a dizimar sua população. A extensão e a profundidade da narrativa superam 'O Estrangeiro' e 'A Queda', na minha opinião. A evolução da doença é acompanhada desde seus antecedentes e a forma como os eventos são descritos é muito rica e detalhada, na mudança do comportamento da cidade e no sentimento de impotência e desespero coletivo. O desenvolvimento dos personagens é impecável e é possível perceber sua evolução do começo ao fim, há também várias reflexões interessantes a respeito de solidariedade e fé e em momento algum a história parece ficar maçante ou confusa.

'"Os flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós."

O livro é uma espécie de metáfora para a ocupação dos nazistas da França, que como a peste levantaram seus ratos para morrerem por ela e espalharem a sua doença. Em Orã, há aqueles que se aproveitam da escassez para ganho próprio, há a mudança súbita da rotina, há histeria e negligência e também medo e isolamento. Todas essas características podem ser notadas na atualidade, com a pandemia de Covid, acaba sendo impossível não comparar, essas semelhanças só tornaram a leitura desse clássico ainda mais interessante e relevante na atualidade.
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Anderson 29/01/2022

Um diálogo com nosso tempo
"A peste" é um diálogo com nossos dias. Para nós que estamos vivenciando a pandemia da Covid-19, o livro parece nos contar tudo que tem acontecido no momento. Não é dizer que por isso ele seja menos interessante ou menos impactante, pois a capacidade de Camus de nos instigar a reflexão faz com que, por meio do livro, pensemos e repensemos tudo o que está ocorrendo em meio a este caos.
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Henrieth Hasse 22/01/2022

Se algum dia alguém pensou que uma pandemia poderia nos tornar pessoas melhores, recomendo fortemente esse livro.
Incrível como somos óbvios.
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Heloisa.Sommacal 20/01/2022

Para tempos de pandemia!
Que livro necessário num momento como esse, é um retrato da resposta da sociedade a eventos catastróficos.
Leiam!
Daniela 03/02/2022minha estante
Já separa aí na minha pilhinha? não tenho pilhinha!? Pode começar uma, fazendo favorzinho! Hahahaha ?




Annali.Rocha 12/01/2022

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Paulo.Vitor 02/01/2022

Um livro quase que obrigatório durante a pandemia.
A toda página que eu terminava, vinha um breve questionamento acerca das semelhanças de uma historia fictícia escrita ao final dos anos 40 com a realidade atual e principalmente do Brasil.
Fico imaginando se alguém que leu este livro nos anos que precederam a pandemia se perguntavam se as atitudes dos governantes de Orã só eram estas pois se tratava de um romance filosófico fictício, e a pandemia veio, justamente na época que temos o pior governante a frente do nosso país, e as semelhanças de atitudes, priorizando a economia ao invés da população aconteceu, e não foi apenas uma vez.
Apesar das inúmeras semelhanças, o ponto principal do livro não era apenas e em sua maioria a crítica aos governos, mas a existência efêmera dos seres humanos e as sensações de uma cidade inteira (e praticamente viva) de acordo com uma pandemia que assolava apenas aquela cidade. Há também grande reflexão quanto a fé dos indivíduos, representado pelo padre Paneloux
"Quem podia afirmar que a eternidade de uma alegria podia compensar um instante de dor humana?"
"Deus concedia hoje, às suas criaturas a graça de coloca-los numa desgraça tal que lhes era necessário reencontrar e assumir a maior virtude, que é a do Tudo ou Nada"
A filosofia da morte é bem abordada aqui, junto com a luta pela vida dos enfermos.
Este foi meu quarto livro lido do Albert Camus e coloco ele como um dos mais fáceis de se ler, junto com O Estrangeiro. Li 1/3 a princípio e dei uma pausa, mesmo gostando muito. Após alguns meses retornei a leitura e comecei do 0, terminei em 4 dias, degustei cada página e refleti muito sobre cada uma também.
Há enormes semelhanças com o jogo Pathologic 2 e com certeza, os desenvolvedores do jogo tiveram este livro como maior inspiração.

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Elaine Messias 01/01/2022

Um retrato das reações humanas
Uma cidade isolada enquanto está contaminada pela peste. Pessoas morrendo. Indecisão das autoridades. Diferentes atitudes médicas. Humano, demasiado humano, assim como o que estamos vivendo atualmente.
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Sílvia 31/12/2021

Sem palavras para descrever essa maravilha
Já ouvi dizer que os grandes autores de todos os tempos às vezes são tidos como profetas, pois conseguem apreender as diversas nuances de seu próprio tempo e projetar possíveis resultados futuros. Foi o que Camus fez ao produzir esta obra. Tirando a parte tecnológica, parece que ele está falando dos nossos dias atuais de tão acurado que ele foi ao redigir o texto de A peste. O medo dos políticos em tomar medidas antipopulares, a hipocrisia religiosa, os médicos perdidos,a burocracia da máquina administrativa, a festa dos jornalistas, a dor de quem está sozinho ou separado dos familiares, a corrupção do comércio e da segurança pública, o eterno contrabando que o dinheiro proporciona a quem o tem. No texto, tudo começa com um rato morto, a peste está instalada numa pequena cidade marítima que fica de costas para o mar, só lendo para entender, as primeiras pessoas doentes, a suspeita que corre de boca em boca, as tentativas de fuga do estado de sítio. Uma leitura fascinante de tão atual
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Adriana1090 27/12/2021

A peste
"Na verdade, ao ouvir os gritos de alegria que vinham da cidade, Rieux lembrava-se de que essa alegria estava sempre ameaçada. Porque ele sabia o que essa multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. E sabia, também, que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz."
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Magasoares 20/12/2021

A Peste
Acho que li esse livro na hora errada. Como estou saturada de ouvir falar sobre o COVID19, não dá para avaliar direito se não gostei por isso, ou por a estória ser mesmo cansativa. Portanto não recomendo você ler, estando nós numa pandemia.
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