A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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jonatas.brito 20/06/2018

Mais uma obra prima de Camus
Na pequena e pacata cidade de Orã, na Argélia, um inesperado surto de ratos começa a preocupar os moradores, em especial o nosso protagonista, o médico Albert Rieux. Após insistência do médico e estando diante de uma epidemia, o prefeito reconhece o estado de Peste e decide fechar as fronteiras da cidade, isolando seus moradores.
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Neste ambiente claustrofóbico criado pelo escritor argelino Albert Camus em 1947, o leitor acompanhará o desespero dos moradores acometidos pela praga, a angústia daqueles que foram separados de seus parentes, a luta de Rieux em cuidar dos pacientes e o caos generalizado instalado na cidade.
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"A Peste" é um romance ao mesmo tempo delicado e incômodo. Delicado ao expor a vulnerabilidade do ser humano e sua incapacidade de agir diante de algo que está além de suas forças; incômodo pela capacidade de chocar o leitor ao narrar, de forma crua e direta, as mazelas de uma sociedade egocêntrica e gananciosa, mas que precisou unir forças para lutar contra a moléstia.
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Camus nos apresenta uma gama de personagens bem definidos e desenvolvidos, dando-nos a possibilidade de conhecê-los em seu íntimo: suas dores, seus medos, suas crises existenciais, além de levantar questões filosóficas bastantes pertinentes.
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Com o decorrer da leitura, notei que o desfecho tornou-se o menos importante para mim, pois o que Camus quis (e conseguiu) me ensinar estava na evolução do ser de cada personagem; em como podemos nos tornar solidários e autruístas diante de um cenário caótico. "A Peste" é um livro que fala sobre separação, perdas e angústia. Mas que nos deixa uma lição de esperança e recomeço. Leitura super recomendada.
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spoiler visualizar
Pat 16/05/2018minha estante
sua resenha revela na primeira frase algo que o autor so revela aos leitores nas paginas finais do livro. fiquei decepcionada por ter estragado surpresa quando li esse spoiler. ?


mardem michael 18/05/2018minha estante
Não tinha me dado conta disso. Obrigado pela contribuição. Ainda assim não considero que isso vá estragar sua experiência de leitura.




Julio.Argibay 16/02/2018

Camus
Conheci este livro quando li o Extrageiro escrito pelo mesmo autor, Albert Camus. Como o próprio título nos leva a crer, Camus escreve sobre uma epidemia q assola uma cidade argelina, na África, uma espécie de protetorado frances. A descrição do lugar eh muito boa, você se sente naquele lugar realmente, sob o calor e a poeira. Os personagens são bem interessantes e a estória eh boa, bem dramática, conforme o contexto exige.
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Nasa 25/01/2018

A Peste -Albert Camus
O livro “A Peste” foi publicado em 1947, três anos após o fim da segunda Guerra Mundial. Esse livro rendeu ao autor o Nobel de Literatura em 1957.
Estava lendo clássicos da literatura quando esbarrei com Albert Camus, a ficha dele apontava para grandes obras, mas isso nem sempre quer dizer que vai agradar ao leitor. Principalmente os de nossa época tão acostumados a livros mais fáceis de ler e entender. No entanto, o livro está acessível para todos os tempos e me arrisco em afirmar, para qualquer leitor.
A narrativa é fluida e prende o leitor pela expectativa criada em torno dos eventos que começam a se desenrolar na pequena cidade argelina de Oran, que começa a ser invadida por ratos. Pior agonizantes, à medida que os ratos aparecem pilhas deles se acumulam pela cidade. Enquanto lia ficava me perguntando quem seria o paciente Zero.
Logo os habitantes começaram a adoecer, o diagnóstico, peste negra. As autoridades como de costume não acreditam e quando resolvem agir a situação já está fora de controle. A cidade é fechada, ninguém entra ou sai.
Nesse ponto o livro se torna uma pintura real da humanidade em situações como essa. Enquanto lia me peguei diversas vezes refletindo sobre nossa pobreza espiritual, a fragilidade do núcleo social em que vivemos, a morte e a vida lutando numa guerra sem vencedores. O texto de Camus é extremamente bem trabalhado, não existe excesso ou falta. Cada frase e palavra foi escrita no tempo certo, na hora exata.
Isso dá ao leitor a sensação de quase vê os eventos em sua mente, tamanha a força da construção do texto. Eu virei fã do autor e já li outros livros dele que pretendo resenhar para o canal.
Ele, como outros autores da época sabia exatamente como retratar o mundo, suas misérias e belezas. A filosofia do texto está presente nas frases do médico, que acompanhamos durante toda a narrativa.
“Visto que a ordem do mundo é regulada pela morte, talvez valha mais para Deus que não acreditemos n`Ele e que lutemos com todas as nossa forças contra a morte, sem erguer os olhos para o céu, onde Ele se cala.”
Houve momentos que chorei, talvez estivesse emotiva, mas a força do texto é real. Pois falar de mortandade e interrogar a Deus nos cala e pode até enlouquecer com reflexões que não chegaram a uma resposta definitiva.
Um texto rico, puro, cru que o faz pensar sobre amor, humanidade, suicídio, justiça, religião, em si mesmo.
Não é um livro para balançar sua fé seja em que for, mas vai fazê-lo pensar e talvez acreditar ainda mais em seu Deus.
Minha nota? Cinco beijos mordidos, mais bem poderiam ser dez.



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Suka - Pensamentos & Opiniões 28/12/2017

Ler A Peste é se deparar com mais uma narrativa filosófica e reflexiva proposta por Camus. A história desse livro se passará em Orã, uma cidade como outra qualquer, que segue sua rotina sem surpresas até que um dia, o Dr. Bernard Rieux, irá perceber que estão aparecendo muitos ratos, mortos ou vivos, e paralelo a isso pessoas estão adoecendo e tornando a cidade um caos, uma doença até então desconhecida que trará mortes e tristezas. A Peste Bubônica.
Refletiremos sobre medo, dor, morte, compaixão, solidariedade, questões de ordem existencial.
Esse livro foi interpretado por críticos como uma alegoria ao nazismo. E perceberemos durante a leitura referências a ditadura.
Um romance de cunho político com uma escrita leve, sarcástica e envolvente.

site: http://www.suka-p.blogspot.com.br
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Luiza.Thereza 19/12/2017

A Peste
Uma frase atribuída ao escritor Franz Kafka diz que precisamos (ou queremos) "de um livro que nos afetem como um desastre". Ao terminar A Peste lembrei-me imediatamente dessa frase.

Escrito em 1947, A Peste é ambientado em uma fictícia cidade francesa, pequena e isolada na costa argelina que, em abril de um certo ano, viu-se cenário de estranhos eventos: primeiro, começaram a surgir ratos mortos. Primeiro aos poucos, depois aos montes e, por fim, aos milhares (para se ter uma ideia, oito mil ratos mortos foram recolhidos somente no dia vinte e oito de Abril).

Até então, não se falava outra coisa além da indignação da população, exigindo que a prefeitura tomasse as medidas necessárias para limpar a cidade de tais cadáveres.

Só que a coisa não parou por aí, pois, lá meados de Maio, a doença que dizimou os ratos da cidade passou a assolar os serem humanos. A Peste estava instaurada.

A narração é feita em forma de cronica feita por um narrador que se utiliza de relatos e de documentos sobre a peste que assolou Orã. Ora acompanhando o médico que tomou a frente na organização das ações para se lidar com a doença, e ora acompanhando alguns personagens que se situavam em torno deste, A Peste é, mais uma vez se utilizando de Kafka, um machado usado para abrir um mar congelado.

O livro é seco, desprovido quase totalmente de momentos que nos aliviam dos efeitos da peste, e, mesmo assim, esses "bons momentos" não nos aliviam por completo. Eu não pude deixar de associá-lo também ao livro A Revolução de Atlas. Apesar de A Peste não ter tanto conteúdo politico, esses dois livros me pareceram dissecar a condição humana, contestando valores vigentes e desafiando o status quo.

Em uma das orelhas do livro está escrito que este é um "romance de resistência em todos os sentidos da palavra". Quando se chega ao final dessa obra, tem-se a impressão de que nada do que se definiu anteriormente como resistência chega próximo ao que se descobre ao final dA Peste.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2017/12/a-peste-albert-camus.html
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Luciane.Gunji 10/12/2017

Camus revolucionou a literatura de sua geração de forma dolorosa, cruel e realista. Digo isso porque vemos nitidamente como o ser humano se transforma perante uma situação de emergência. Assim que a epidemia acaba, porque sim, ela tem um fim, e o que vemos é a restituição da bondade das pessoas, como se uma doença tivesse que existir para que as atitudes de indiferença deixassem de existir.

Talvez seja por isso que considerem A Peste um elogio à vida e também um conglomerado de críticas aos mais diversos problemas sociais, desde o nazismo, o regime totalitário e a liberdade de imprensa, imposta nitidamente ao personagem Tarrou, citado muitas vezes por ter a infelicidade de estar em Orã na hora errada e no lugar errado.

Outros personagens também contribuem para a fluidez da obra, juntamente com o médico narrador. Unidos, eles compartilham seus medos e angústias, sem deixar de acreditar que, assim como as guerras da época, a peste teria um final feliz. A falta de religião em A Peste é o que dá um sabor especial para tudo isso, pois faz com que cada leitor encontre a sua forma de explicar a importância e insignificância da morte.

Enquanto muitos leitores entenderão o fim de suas vidas como uma forma de recomeçar, outros entendem a morte como um horror que determina o fim da existência. É neste exato momento que proponho a seguinte reflexão: quantas vidas são necessárias para que nós, seres terrestres, aprendamos que somos apenas poeira estelar?


site: http://www.pitacosculturais.com.br/2017/12/05/a-peste-camus-albert/
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Andrade 05/09/2017

MEU PRIMEIRO CONTATO COM CAMUS!
Meu primeiro contato com Camus não tem como descrever o quão gratificante foi ter a oportunidade de ler uma de suas grandes obras. Se você for parar pra analisar o livro fala sobre o pós-segunda guerra mundial. No começo do livro o narrador descreve Oran como uma cidade feia,devastada e solitária. “A Peste” nada mais é do que o nazismo, que destruiu várias famílias, que separou os maridos das mulheres, assim como fez com Olga Prestes, que aqui não vale a pena citar, enfim foi um verdadeiro caos. Querendo ou não, Camus traz no seu livro a religião, que muitos só procuram deus ou busca a fé quando se depara com uma situação desconfortável para o mesmo. O personagem principal do livro, o Dr Bernard Rieux tem alguns traços da personalidade do Camus. Até que ponto o próprio escritor não quis narrar alguns fatos que ele viveu na temida guerra?

O livro de certa forma causa um certo desconforto ao leitor, todavia você quer saber o que aconteceu com os personagens, o fim de cada um deles, enfim mesmo sendo uma narração triste é um deleite você poder acompanhar passo a passo como foi essa época. Tive um certo espanto ao fim do livro, fiquei analisando: todos nós perdemos pessoas que amamos!

Citações:

“Na minha idade, já não se teme muita coisa.”

“Havia sempre uma hora do dia e da noite em que o homem era covarde e que ele só tinha medo dessa hora.”

“São os melhores que partem.”
Adriana do O 09/09/2017minha estante
Foi meu primeiro contato com Camus, e é incrível. Quero ler tudo desse autor.




Codinome 25/06/2017

Um pouco sobre "A Peste"
Livro para confirmar a real qualidade de Albert Camus como um grande escritor, esse Nobel da literatura agora universaliza as ideias tratadas em "O Estrangeiro" com temas como a própria ideia de estrangeiro e os absurdos da vida. Aqui são colocadas as misérias da peste bubônica que destroça a cidade de Oran. Um dos romances mais tristes que já li.
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Marcos 16/09/2016

Não é um dos livros mais fáceis para se ler. Nesse livro mostra os homens além da doença, com seus conflitos e interesses, seus sofrimentos. A peste é só um pano de fundo!
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Luiz 09/04/2016

Uma metáfora sobre homens em tempos sombrios.
"O mal que existe no mundo provém quase sempre da ignorância, e a boa vontade, se não for esclarecida, pode causar tantos danos quanto a maldade"
(...)
"O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido"
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Caio380 29/02/2016

A esperança na morte feliz
Acabei de fazer a releitura do livro e confesso que foi difícil termina-la. “A peste” foi o primeiro livro que li do Camus. Na primeira vez que o livro chegou até mim fiz uma leitura rápida e superficial. Só consegui chegar a essa conclusão após terminar a segunda leitura que acabou sendo extremamente prazerosa e desafiadora. Ocorreu algo especial: dessa vez foi o livro que me leu. Quem já passou por isso pode compreender como isso é mágico, ter a oportunidade de ser lido pelo livro e vice-versa.
Acredito que o momento que passo na minha vida contribui para isso fosse possível. Um momento de questionamentos e incertezas em relação futuro tal como os habitantes da cidade de Orã contaminada por uma epidemia que faz com sejam isolados do mundo, e passam a confrontar o anjo da peste que abençoa com a mão direita e amaldiçoa com a mão esquerda fazendo aumentar o número de mortos semana após semana de contaminação. Colocando a cidade num estado de urgência.
“A Peste” é um livro que fala de uma sociedade que vai aos poucos perdendo a sua humanidade já que durante o momento de isolamento, ela passa a ter a sua história suspensa temporariamente, e sem história as pessoas também deixam de construir e compartilhar memórias e o mais difícil acontece, elas deixam de amar. Uma vez que a esperança de viver está ameaçada pelo flagelo da peste. Por outro lado, essa desgraça narrada por Camus é um convite a autoanalise da sua existência, obrigando você a olhar internamente, o colocando diante da sua própria “peste”. Isso é uma experiência prazerosamente lamentável porque você terá que lutar contra seus demônios. E não necessariamente você tem a obrigação de vencê-los. Albert Camus ensina que antes disso é preciso compreendê-los. E compreender de forma alguma é aceitar. É preciso vencer a peste? Sem dúvida! Mas a peste tem cura? Acredito que não.
Antes de ser uma praga, a peste é um estado de espírito que circula pela história. Ela vem e vai embora. Volta para aterrorizar e para não deixar as pessoas esqueceram a sua humanidade, isto é, a sua capacidade de amar e ter esperança de que a morte pode ser feliz.
Luis 15/05/2017minha estante
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Adriana do O 09/09/2017minha estante
Eu preciso fazer uma releitura urgente dessa obra. Quando li, vi apensas uma historia de uma cidade e nada mais. Não conseguir vê a dimensão de tudo. Muito boa a sua resenha. Relerei em breve!




Marco 04/12/2015

adorei, uma leitura bem reflexiva. agora quero ler o estrangeiro
Ana 24/12/2015minha estante
O Estrangeiro é um ótimo livro, foi o primeiro livro que li do Camus.




Mariele 18/10/2015

Literatura e História
Recomendo a leitura, pois além de uma escrita descritiva riquíssima em detalhes, o livro é uma aula de história sobre esse problema de saúde pública que tanto estrago causou na Europa. A leitura é densa e os detalhes enriquessem o imaginário do leitor.
Ana 03/11/2015minha estante
quero muiiiiiitttto ler este!




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