A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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MagalhAes.Costa 04/05/2020

De quarentena, em plena pândemia de Covid 19, assistindo os procedimentos adotados pelos países e recomendados pelas organizações de saúde, fiquei me perguntando como em outros momentos da história, os povos se defendiam de epidemias, sem as informações, a capacidade de comunicação e sem o avanço científico que temos hoje. Fui à estante e encontrei “A Peste” do prêmio Nobel de literatura de 1957, Albert Camus. O livro foi um dos mais lidos no período pós segunda guerra mundial, já que há uma identidade entre Orã, a cidade argelina onde se passa a história, e a Paris sitiada pela ocupação nazista.
A peste é a bubônica também conhecida como peste negra. A história se inicia com a mortandade de ratos por todos os pontos da cidade. Isto é tratado pela população com um certo descaso, mas chama a atenção do Dr. Rieux, médico, personagem central do livro. Quando as pessoas começam a ter os sintomas da doença e a disseminação se acelera a cidade é isolada, o porto é fechado, ninguém entra e ninguém sai. Os cafés e restaurantes se esvaziam, mas não completamente. E é nesse cenário que vamos acompanhar os personagens na sua solidão, tristeza e no despojar das posturas confiantes rendidas pelo medo. Tal como nos nossos dias, as pessoas vão perdendo seus entes queridos, os hospitais vão ficando abarrotados, o cemitério não comporta mais funerais e os corpos começam a ser enterrados em valas comuns.
Dr. Rieux é um médico dedicado, discreto, que trabalha, além do consultório, no formato de médico de família visitando em casa alguns pacientes diariamente. Durante a epidemia, quase não dorme mas nunca deixa de atender a um doente. Merece também os aplausos para os profissionais de saúde, que hoje assistimos de nossas varandas. Os outros personagens o satelizam e são a expressão de todas as angustias e aflições antigas que se exacerbam ao tempo da peste.
A peste chega ao pico e começa a recrudescer quando para surpresa dos que cuidam, alguns pacientes, que estavam praticamente desenganados, começam a driblar a doença. Há sempre a surpresa de no final um dos heróis ser rendidos por ela. Os ratos, agora saudáveis, reaparecem.
Ao final, quando a cidade reabre, os encontros entre os que ficaram separados no período da epidemia contrastam com os que voltam e não encontram mais seus entes queridos levados pela peste.
A leitura foi adequada para o momento que estamos vivendo. Pude observar semelhanças de A Peste de Camus com a pandemia do Covid 19. Com todo o desenvolvimento tecnológico dos nossos tempos, o ser humano se comporta da mesma forma diante de fenômenos naturais dos quais não tem controle.
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Antonio Maluco 25/05/2020

Atualidade
O livro mostra histórias de uma pandemia mundial igual a que estamos vivendo
Renata 30/05/2020minha estante
Vc gostou? Fiquei curiosa devido a nossa situação atual


Antonio Maluco 11/06/2020minha estante
Gostei muito do livro em questão


Renata 11/06/2020minha estante
Assim que tiver oportunidade quero ler




Homerogoncalves 04/01/2021

Uma obra reflexiva
Apesar de trazer um assunto contemporâneo e por isso ter escolhido a leitura, o livro embrenha-se em diversos temas de relevância moral e existencial que trazem a tona mais do que uma simples luta pela vida, mas uma luta pelo sentido de uma vida no limite da miséria humana.

A conflagrada vida de personagens comuns, divididos pelas individualidade e a doação a causa enreda uma estória em drama.
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Toni 28/09/2020

Livro certo na hora errada
Creio que precisarei reler A Peste no futuro. Apesar de adorar a escrita de Camus, a leitura feita neste momento acabou ficando comprometida. Talvez devesse ter lido logo no começo da pandemia ou então bem mais para frente. De fato, foi o livro certo na hora errada.

Para mim, foi como se estivesse lendo mais um noticiário sobre o coronavírus - sem as burradas do governo, é claro. Cada vez que o narrador descrevia a doença e sua mazelas tinha vontade de abandonar o livro.

Claro que isso foi comigo. Talvez você, colega leitor, não esteja tão estafado como eu e possa apreciar melhor esta leitura. Nunca se sabe...



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Juscelino L 25/09/2020

Se 2020 fosse um livr... pera
Não é por menos que temos notícias que A Peste é um dos livros mais lidos nessa pandemia. O tema central ja nos remete ao que estamos vivendo na pandemia coronavírus 2020, mas quando você vai lendo as semelhanças aparecem mais, as experiências vividas e as atitudes tomadas pelos cidadãos da cidade de Oran se misturam com o que vivemos agora e não deixa de ser triste perceber essas coisas.

Uma parte interessante da minha leitura foi quando apareceu aqui em casa um rato (pela primeira vez que nós notamos) e aí neste momento eu achei que as semelhanças com o livro foram longe demais rsrs, já não bastasse vivermos essa pandemia.
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Yuri.Selaro 24/07/2022

Belíssimo Livro
Impossível não relacionar o enredo do livro ao período da pandemia. Ler tudo isso depois de ter (sobre)vivido o ápice de mortes me fez reviver alguns sentimentos desagradáveis, acho que principalmente por serem sentimentos recentes e amplamente compartilhados, como o medo de perder as pessoas que ama, e a desesperança, após tantos meses de reclusão, da situação ser resolvida de alguma forma.

O final traz um misto de tristeza e alegria que poucas vezes tive a honra de saborear em livros. Realmente uma leitura muito boa, e como foi o meu caso, funciona muito bem como porta de entrada para o Camus.
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Rodrigo 20/03/2021

A Peste
Resolvi ler o romance dado a situação de pandemia em que nos encontramos.

Alguns trechos da história possuem alguma semelhança com o que está acontecendo no país. A desorganização das autoridades e a capacidade de não querer enxergar lá no início da pandemia o que nos aguardava no futuro.
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Ana Aymoré 20/07/2020

A peste que mata e o viver empestado
O que pode a ficção nos ensinar sobre a vida? Transitando, há um bom tempo, entre as veredas da literatura e da história, por gosto e por ofício, muitas vezes voltei a essa questão, seja para ensinar, seja para aprender sempre um pouco mais. E a cada dia mais me convenço que a evasão da realidade empírica, que é o primeiro movimento proporcionado pela leitura de uma obra literária, é, ou deveria ser, completado pelo movimento de retorno à essa mesma dimensão da nossa experiência, do vivido e do testemunhado. Mas retornamos ao nosso destino, como os heróis dos contos de fada, munidos de um talismã ou uma bússola: a literatura, que talvez não tenha o poder de transformar diretamente o mundo, tem, em contrapartida, o poder de nos transformar.
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Mesmo instintivamente sabemos disso, e por isso temos a necessidade vital das histórias inventadas. Desde que a covid19 deixou de ser o eco distante de um flagelo exótico, e passou a pautar nosso cotidiano, o interesse por livros que tratam, de forma mais ou menos realista, das epidemias e suas consequências para nós como indivíduos e como corpo coletivo, dispararam. Entre eles, é claro, A peste de Camus, publicada originalmente em 1947, teve uma ascensão imediata ao primeiro lugar - curiosamente, seguido de um romance fundamentalmente alegórico, que é o Ensaio sobre a cegueira, de Saramago.
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Acontece que, como em todo grande título da literatura, o romance de Camus nos fala sobre o flagelo que se espalha sobre uma comunidade e sobre suas consequências mais diretas, todas elas percebidas diretamente por nós hoje - a dor, o luto, o medo, o sentimento de exílio, a sensação de aprisionamento, a espera incessante, o desamparo, a perda da noção de tempo, a saudade de pessoas e lugares, a crise econômica, as conversas de estátuas dos rostos mascarados - mas também, ao fazer a crônica de uma peste fictícia, nos provê de outras formas de significação sobre o que é viver (na acepção de Tarrou, uma das mais belas personagens do romance) "empestado", e sobre como escaparmos às pestes mais duradouras e contínuas, que matam o nosso espírito: "Pouco a pouco o doutor se dissolvia no grande corpo uivante, ia percebendo que aquele grito, pelo menos em parte, era também dele. Todos haviam padecido juntos, na carne, e na alma, férias difíceis, exílio sem remédio e uma sede nunca satisfeita. Entre pilhas de mortos, campainhas de ambulâncias, avisos do que se convencionou chamar destino, marchas aflitas e enormes revoltas nos corações, um grande rumor persistia em correr e alertar aqueles seres atônitos, dizendo-lhes que era preciso achar a verdadeira pátria."
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Lucas1659 23/05/2022

As Grandes Desgraças são monótonas
Comecei a ler esse livro bem no final de 2019. Em meados de 2020, ainda sem conseguir tocar muito nele, pois o semestre na faculdade pesava em cada passo, em cada palavra que eu tinha que escolher consumir. A pandemia e o tempo sobrou, mas só retomei e finalizei a leitura dessa peça em 2021. E só agora em 2022 venho prestar o que achei. Esse livro foi viceral em como é atual.

"(...) as grandes desgraças são monótonas. Nas lembranças dos sobreviventes, os dias terríveis da peste não surgem como chamas cruéis, e sim como um interminável tropel que tudo esmaga à sua passagem" — umas das inúmeras citações que descrevem o arrebatador e agonizante eterno-momento qual foi viver a nossa peste.

"Assim, a doença, que aparentemente tinha forçado os habitantes à solidariedade de sitiados, quebrava ao mesmo tempo as associações tradicionais e devolvia o indivíduo à sua solidão. Isto causava tumultos" — cenário recorrente nas épocas mais criticas em que festas clandestinas cantavam soltas.

Por fim, um discurso que sempre detestei e ouvi com certo desprezo era o de que a pandemia veio para nos unir e fazer crescer. E é claro que esse livro tem uma citação sobre isso, a peste "pode servir para engrandecer alguns. No entanto, quando se vê a miséria e a dor que ela traz, é preciso ser louco, ou cego ou covarde para se resignar à peste".
Menino Aquário 23/05/2022minha estante
Quero muito ler esse




Ana 20/07/2020

Pandemia e peste
Nada como ler este livro no meio de uma pandemia global. Camus sempre excelente.
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César Ricardo Meneghin 21/10/2021

Intrigante...
Tenho certeza que Camus, fez uma viagem no tempo até 2020. E depois voltou e escreveu este livro.
Os paralelos são vários. E não podemos deixar de ver o lado mais profundo.
O ser humano, é sua incapacidade de aprender e entender a vida.
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Eduardo 06/08/2020

A crônica da ternura e da morte: da vida
Pensar em uma avaliação para esse livro foi bem conflituoso. Por um lado, 3,5 parecia pouco para a importância dessa obra, e, por outro, 4 parecia muito para a experiência que tive com a leitura. Então que esteja escrito que esse livro tem duas notas em minha cabeça.
As partes que tive mais prazer de ler foram as diversas passagens mais descritivas dos sentimentos e comportamentos dos cidadãos da cidade argelina Oran. Diante da praga epidêmica, os espíritos dançam no teatro das emoções, da nostalgia ao temor, da solidariedade ao desespero.
Os paralelos com a conjuntura que vivemos são inúmeros, ao ponto de ter me pegado refletindo sobre uma ordem maior que roteiriza e orquestra esse teatro.
Mas, ao mesmo tempo, fiquei entediado e não encontrava momentos adequados pra pausar a leitura, parando no meio do capítulo várias vezes.
No mais, achei um livro muito bom. Fico feliz de ter tido a oportunidade de tê-lo conhecido por agora.
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Cris SP 19/06/2024

19.06.2024
Livro denso em tudo, que nos faz lembrar muito da pandemia. Reflexões são necessárias com o desenrolar da história, principalmente sobre o ser humano e o mundo em que vivemos. Sentimentos afloram, é inevitável.
CPF1964 19/06/2024minha estante
Já que você não me encontrou no lago vou tentar pelo menos fugir da Peste.....


Cris SP 20/06/2024minha estante
só vc....kkk


CPF1964 20/06/2024minha estante
??




Diego Vertu @outro_livro_lido 27/09/2022

2020 é você?
Ao tropeçar num rato morto, o doutor Rioux nao imagina que uma epidemia de peste chegará na cidade argelina de Orã. A doença se espalha rapidamente levando os cidadãos à quarentena e dizimando a vida de várias pessoas.
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O livro é um romance filosófico, passado nos anos 40, o autor se inspirou em pestes que atingiram a cidade de Orã em na idade média e no século XIX. A condição humana vai sendo descrita de maneira genial mostrando a luta do ser humano contra um perigo "invisivel". A novela traz também como a medicina, a política, a imprensa e a religião discutem a temática e que ações tomam para combater à epidemia. A leitura me fez passar o ano de 2020/2021 na cabeça, vários acontecimentos, mortes, quarentena o sofrimento humano diante do flagelo e como as pessoas reagiam a tal peste. É uma leitura pesada e filosófica mas muito importante para compreendermos a realidade mundial atual.
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Aline BS 19/08/2020

SE CUIDEM! USEM MÁSCARAS! LAVEM AS MÃOS!
A cidade de Oran (Orã) é acometida por uma epidemia. O livro narra esse ataque tardio da Peste Negra (Peste Bubônica) mostrando cada passo. Tudo começa com os ratos aparecendo mortos pelas ruas. Depois os doentes surgindo aos poucos até os números ficarem alarmantes e a doença descoberta. O isolamento da cidade, a dor do distanciamento e saudade dos que ficaram longe, as medidas para controle, a intransigência religiosa afirmando que Deus protegeria os merecedores, a dor e suplicios da morte, as tentativas de cura, a espera, a negação, etc.
Um livro perfeito pra ser lido no momento atual. Algumas partes me fizeram me indignar em como puderam lidar melhor no livro do que o que estão fazendo hoje em alguns aspectos. Tem partes muito fortes como o sofrimento de um menino prestes a morrer.
O livro traça um paralelo (apenas na intenção do autor, não é algo tão perceptível) com a peste e a ocupação nazista da França na 2a Guerra Mundial.
Eu não considerei o livro interessante em todas as partes, justo por conter metáforas, talvez não muito bem colocadas ao meu ver, varias partes destoam e se tornem quase sem sentido para a trama.
SE CUIDEM! USEM MÁSCARAS! LAVEM AS MÃOS!

Citações:
"Os flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós."

"Os doentes morriam longe da família e tinham sido proibidos os velórios rituais..."

"Os caixões escassearam, faltou pano para as mortalhas e lugar nos cemitérios"

"Muitos dos enfermeiros e coveiros... morreram de peste. Nem para os trabalhos especializados nem para os que se chamavam trabalhos grosseiros a mão de obra era suficiente."

"Basta dizer que sou como todos. Mas há pessoas que não sabem ou que se sentem bem nesse estado e pessoas que o sabem e que gostariam de sair dele. Por mim, sempre quis sair dele"

"Os meses que acabavam de passar, ainda que aumentassem o desejo de libertação, ensinaram-lhe a prudência e os habituaram a contarem cada vez menos com um fim próximo da epidemia."

"O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos moveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. E sabia, também que viria talvez o dia em que, para a desgraça e ensinamentos do homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz".
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