O Aleph

O Aleph Jorge Luis Borges




Resenhas - O Aleph


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Leila P. Torres 17/02/2009

Não sei pq não gostei do estilo de Borges... adorei sua biografia, mas quando fui atrás de um livro dele, O Aleph... não gostei... quem sabe um dia eu volte atrás e dê mais uma chance a mim mesma de conhecer este escritor.
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Janus 22/02/2009

Não é um dos melhores dele, mais nessa obra, você encontra muito misticismo e digo que terás de ter um raciocionio lógico centrado para entender alguns contos.
É um livro rico, tanto em misticismo, como geografico. Podendo ser contemplado lugares maravilhosos do Brasil nele, como Os Pampas.
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zaca 04/03/2009

Junto com Ficções, é considerado pelo próprio autor um resumo de sua obra. Destaco dois contos: A Escrita do Deus, no qual um sacerdote preso encontra nas listras de um jaguar a união com a divindade e com o universo; e o conto que dá nome ao livro, no qual um homem encontra, no porão de uma casa, o Aleph,um ponto de onde se observam todos os pontos do universo, nas palavras do narrador: " vi a circulação do meu sangue escuro, vi a engrenagem do amor e a transformação da morte, vi o Aleph de todos os pontos, vi no Aleph a Terra, e na Terra outra vez o Aleph e no Aleph a Terra, vi meu rosto e minhas vísceras, vi teu rosto e senti vertigem e chorei, porque meus olhos tinham visto aquele objeto secreto e conjectural cujo nome os homens usurpam mas que nenhum homem contemplou: o inconcebível universo."
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musa 29/04/2009

excelente leitura em matéria de contos.!!!!!!
li os dois livros de Borges enão consigo imagina-lós separados. o nível de excelência atingido são bons de mais .são os melhores livros de contos escritos .sem comentários.
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Sudan 10/05/2009

O Aleph
Coletânea de contos do mais radical transformador da literatura em língua espanhola do século XX, que aqui reformula todo um gênero literário (o fantástico) e dilui as fronteiras entre crítica e criação, filosofia e literatura, história e ficção. Nova edição, revista.
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Nádia C. 12/12/2011minha estante
Não o acho o mais radical, prefiro Cortázar, muito mais.




nanda 09/07/2009

jorge luis borges
uma propriedade patenteada, singular, terminante, irrevogável é borges.
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Biu.V 24/09/2009

Borges escreveu, conscientemente, para a eternidade, para o infinito. Não existe palavras para descrever o prazer de ler os contos, todos sem exerções me deixou num estado de ânimo que ao final de cada a vontade era dar um tempo, o suficiente para degustar uma garrafa de um bom vinho e digerir cada palavra escrita, deixar o próximo conto para o dia seguinte ou gritar Gooooll! Deixando os outros acharem que sou um louco. Acho que este livro vai ser o meu "Zahir". Fantástico!
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Sérgio 20/04/2013

Fantástico Borges
Título original: El Aleph
Gênero: Contos / Realismo Fantástico
Ano de lançamento: 1949
Ano desta edição: 2008
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 160
Idioma: Português (tradução de Davi Arrigucci Jr.)

Citação: "Era muito religioso; acreditava ter com o Senhor um pacto secreto, que o eximia de agir bem, a troco de orações e devoções."

Jorge Luis Borges é um dos maiores nomes da literatura mundial. E não há nada mais que precise ser dito sobre ele.

"O Aleph" é uma das obras essenciais para quem quer conhecer este expoente do realismo fantástico, junto com outros escritores de língua espanhola, como Julio Cortázar e Gabriel García Márquez. E em praticamente todos os contos de "O Aleph" este é o aspecto mais marcante: a inserção de um elemento fantástico de uma maneira que a história não se torne absurda, de maneira tênue em que o sentimento de estranhamento por aquele novo elemento quase não existe. O fantástico se torna aceitável na escrita de Borges.

O primeiro conto, "O Imortal", traduz bem isso, ao apresentar o encontro do protagonista, um general romano, que parte em busca da Cidade dos Imortais. Tais imortais, ele vem a descobrir mais tarde, incluem em suas fileiras ninguém menos que Homero, escritor da Ilíada e da Odisseia; a imortalidade física representada no conto acaba se revelando uma homenagem aos clássicos literários, e à literatura em si. Aliás, cabe aqui um adendo: literatura, filosofia, mitologia e história são elementos referenciados o tempo todo por Borges, tornando a leitura da obra difícil para quem não tenha o mínimo de conhecimento nessas áreas, e, mesmo com o mínimo, a sensação de "estar perdendo algo" é constante durante a leitura. É uma leitura difícil, mas não impossível. É um livro para ser relido a cada dez anos, para apreciação de suas múltiplas camadas com o conhecimento acumulado.

Temas como a perda da memória e de identidade são comuns em seus contos: em "A Busca de Averróis", um árabe tenta traduzir a "Poética" de Aristóteles, e na impossibilidade de encontrar termos semelhantes a tragédia e comédia em sua cultura, simplesmente deixa de existir; em "Aben Hakam, o bokari, morto em seu labirinto" uma morte inexplicável esconde uma trama de roubo de identidade; em "O Imortal", o protagonista se confunde com os fatos que ele próprio acabou de narrar; em "A Outra Morte", Pedro Damián, que morreu velho em uma cidade, é lembrado como o covarde que fugiu de batalhas por uma pessoa, ou pelo corajoso soldado que se sacrificou valorosamente enquanto jovem por outra (enquanto a primeira parece ter suas lembranças alteradas repentinamente). Além disso, há a exploração da figura do duplo: em inúmeros contos temos personagens que, de alguma maneira, se espelham em outros, sejam personagens parecidos ou diametralmente opostos. Em "O Imortal", há o protagonista e Homero; em "O Morto", Benjamin Otálora e o homem que ele deseja substituir, o chefe de seu bando, Azevedo Bandeira (este conto, por sinal, um espetáculo de concisão: sete páginas que poderiam facilmente se tornar um romance); em "Os Teólogos", um intelectual sempre à sombra de seu rival, em duelos de retórica, também abordando aqui a questão da identidade; em "História do Guerreiro e da Cativa", há três personagens relacionados: o guerreiro de um antigo poema, e a mulher inglesa do presente do escritor que abandonaram seus povos e foram assimilados por novas culturas, e essa mesma mulher e a avó de Borges, que se sente completamente excluída numa terra estrangeira; em "A Casa de Astérion", o duplo aparece até mesmo na forma de um amigo imaginário (este conto, por sinal, um dos mais interessantes, com suas referências ao mito de Teseu e Ariadne); até mesmo em "O Zahir" ele consegue inserir a temática do duplo ao falar de uma obssessão por uma moeda; e "O Aleph" em si, a letra hebraica, representa "um homem que aponta para o céu e para a terra, indicando que o mundo inferior é o espelho e o mapa do superior"; e a lista prossegue.

Borges também abre espaços para contos com personagens da América do Sul, como "O Morto" e "Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829-1874)", em que um soldado se junta a um desertor, Martín Fierro (citado novamente em "A Outra Morte"), e que vem a ser um poema épico, pináculo da literatura argentina, sobre um gaúcho dos pampas que deserta e passa a combater milícias em seu país. Outra referência literária, desta vez bastante ligada à identidade argentina.

O livro conclui com o conto que dá nome ao livro, fechando um ciclo e fazendo, novamente, uma homenagem à literatura: o Aleph do livro é uma espécie de ponto no espaço, "onde estão, sem se confundirem, todos os lugares do planeta, vistos de todos os ângulos". Este Aleph, descoberto por um rival de Borges (personagem deste, e de outros contos, e neste com seu duplo!) em seu porão, seria a fonte para sua inspiração literária. Um conceito bastante complexo, para o qual Borges deu a seguinte explicação: "O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço". Se esse ponto, ao invés de Aleph, fosse chamado Borges, poderia ser bastante apropriado.


P.S.: Agradeço imensamente aos membros do Clube de Leitura da Companhia das Letras, cujas opiniões durante o debate sobre o livro foram descaradamente usadas nesta resenha. No próximo encontro, "As Virgens Suicidas"!

Resenha originalmente publicada em: http://catharsistogo.blogspot.com.br/2013/03/o-aleph-jorge-luis-borges.html
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Cintia 20/10/2014

Uma série de contos misturando ora ficção científica com história, ora contos baseados em trechos da bíblia e fantasia, ora mitologia.
Nunca tinha lido nada desse tipo. Gostei.
Ficção científica e mitologia foram meus preferidos.
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Júlio 23/02/2015

Esse livro foi meu primeiro contato com a obra de Borges, e por si já foi o suficiente para coloca-lo entre meu escritores favoritos. Desde Kafka que eu não tinha lido tantos contos geniais em um só livro.

É incrível como a escrita acompanha as idéias temáticas fantásticas/mágicas apresentadas nos contos. Borges emprega uma técnica de descrever seus personagens e situações de forma que parte da trama se desenvolve na reflexão do leitor e não no texto, como nos contos A Casa de Astérion, O Zahir e no conto título. O conteúdo das narrativas e relatos são muitas vezes complexos e requerem uma certa bagagem do leitor, isso é mais do que uma forma de adicionar profundidade à narrativa, é uma das ferramentas que o autor utiliza para que o ar de realidade do conto se torne mais espesso.

Temas como labirintos (explorados de forma incansável em toda obra de Borges), xadrez, espelhos, imortalidade e tigres estão presentes, presentes de forma tão constante que a obra se torna ligada de forma a montar um universo que difere de qualquer outra coletânea ou coleção de contos que eu já pude ter a oportunidade de conferir.

É uma obra fundamental, não só para os interessados em contos ou literatura sul-americana, mas para qualquer leitor que queira verificar até onde o alcance criativo de um escritor pode chegar.
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adjalina.menezes 01/03/2016

Não era o que eu esperava. O texto é bom, mas a minha leitura não fluiu bem. Talvez só não esteja preparada para apreciá-lo devidamente
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Ana Ruppenthal 16/05/2017

Erudito, inteligente, mas não foi o melhor
Amo a literatura argentina, e a literatura hispânica em geral, em especial a literatura hispano-americana, por isso sabia que podia esperar de Jorge Luis Borges algo genial. E de fato: O autor demonstra muita, mas muita erudição, desses que ficam lendo teologia medieval, que estudam história de algum povo esquecido de um canto desconhecido do mundo, que estuda linguística, grego e latim, e por aí vai. E por outro lado, em vários dos contos desse livro ele demonstra aquela genialidade literária que a gente sabe que só um genuíno artista das palavras detém. Só assim para alguém escrever um intrigante conto do ponto de vista do Minotauro de Creta. Mas infelizmente essa obra deixou muito a desejar. Em muitos contos parece que o autor escreveu aleatoriamente, sem vontade, parece que ele pegou um rascunho e publicou. O primeiro conto, "El inmoral", bem como vários outros, dão a impressão de que o autor não terminou de escrever, que alguém o interrompeu abruptamente e o conto foi publicado assim mesmo. Outros, como "História del guerrero y de la cautiva" não tem qualquer lógica ou coerência. E na maioria dos outros (fora aqueles contos de velho-oeste argentino como "El muerto"), ele satura de erudição, tanto que torna a leitura muito fastidiosa e entediante. Não demonstra um planejamento da escrita, cujos personagens e metáforas são bons, mas muito mal explorados. Parece que ele se forçou a escrever e jogou no papel tudo que veio em mente. Foi o primeiro livro que li do autor e a impressão que fica é que tem que ter muita persistência para encarar as suas páginas. Minha esperança é que essa obra seja apenas uma desconexa das suas obras centrais, e que as obras primas do tão aclamado Borges me façam rever esse conceito. Ou não
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joaovictor 16/11/2024

Precisarei reler em alguns anos
Livro muito foda,pena que meu cerebro de chimpanzé não consegui compreender.
Esse é um dos melhores livro ja escritos mas eu não entendi quase nada.
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Kalleb Olson 15/11/2017

Simplesmente, Borges.
Quem melhor que Borges pra transcrever as ideias da reflexão universal? Ele identifica tais concepções em seu vasto acervo de leitura e acaba por criar contos incríveis de um mesmo tema. Cada livro uma surpresa e uma introspecção deliciosa. Obrigado, Borges.
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