Resenhas - Angústia

Lari 17/03/2020

Condizente com o título...
Tal qual o faz com Vidas Secas, Graciliano casa a narrativa perfeitamente à redação. Servente aos que apreciaram o primeiro!

alemesquitaneto 13/03/2020

Na escrita primorosa de Graciliano Ramos, a história te prende do começo ao fim e te deixa angustiado, de fato, fazendo jus ao título.

lucvsgp 05/03/2020

O livro é compromissado com si mesmo
Graciliano leva muito a sério a ideia de angustiar o leitor durante o desenvolvimento do personagem. Luis da Silva é um homem extremamente amargurado e é possível perceber que o mundo ao seu redor é muito próximo de uma extensão da realidade em que ele vive dentro de si mesmo.
O clima do livro é sujo, ansiogênico e amplamente angustiante, Luis faz um belíssimo trabalho em tentar convencer o leitor de suas motivações e tem relações extremamente conflitantes com o que faz x com o que pensa sobre o que fez.
É um livro sobre um homem sufocado pela própria história e existência que não se deixa sentir nada além de pequenos suspiros durante a imersão em angústia durante toda a obra.

Júlia Tamborin 26/02/2020

Leitura um pouco arrastada, mas no geral um bom livro. Linguagem fácil e história interessante.

Bia Onofre 12/02/2020

Enlouquecedor
A loucura vivida pelo personagem principal é mais do que angustiante, é totalmente enlouquecedora. Não via a hora de acabar o livro pq me senti pesada, sufocada, perdida. Definitivamente não é um texto escrito por qualquer um. Pode não ser unânime como Vidas Secas e São Bernardo, mas é uma narrativa brilhante. Só que cuidado: ela pode ser confusa, cansativa e angustiante. Não tenho dúvidas de que era isso mesmo que Graciliano esperava do leitor...

Dani 16/01/2020

Obra circular. Um livro fantástico. Seu título faz muito jus ao que encontramos na narrativa em formato de monólogo interior. Ao lermos imergimos no psicológico do personagem.

LER ETERNO PRAZER 30/12/2019

Angústia - Graciliano Ramos
Obra publicada em 1936, segundo livro que li do autor e foi uma grata surpresa e satisfação ao finalizá-lo.Angustia pode, para alguns leitores, ser um livro de difícil leitura devido ao grande fluxo de consciência, a forma como Graciliano traça toda a tragetoria de Luiz da Silva, nosso protagonista, ora acompanhamos o presente, hora estamos em suas lembranças,isso torna o enredo um pouco trucado e é preciso muita atenção, mas a medida que vc vai adentrando na história vc vai sendo obsorvido por todo o universo de narrado por Luiz.A livro tem narração em primeira pessoa e a médida que viramos as páginas vem vivenciando e acompanhando todas as lembranças do nosso personagem narrador. A estrutura desordenada do texto narrativo escrito em primeira pessoa descreve a mente perturbada do narrador e personagem Luís da Silva. Utilizando o recurso do monólogo interior, Graciliano Ramos faz ajustes ao ponto de vista do seu narrador que conjuga o uso da memória e pela imaginação.O livro penetra no estado psicológico do narrador-personagem visto como um homem complexo e atormentado que vira refém do ciúme e do ressentimento até que comete um ato impensado. Luís ao saber que Marina, sua amada, havia sido seduzida por Julião e abandonada grávida e que o meliante já estava com outra mulher, começa a imaginar uma vingaca e a realiza estrangulando Julião com uma corda; em seguida, o pendura num galho de árvore para representar um suicídio.A partir daí nosso personagem/narrador passará a viver em sobressaltos na eminesia de ser preso e condenado. Leitura excelente para finalizar o ano.Não me perderei a mais detalhes para não tirar o prazer dos meus amados leitores que com certeza irão adorar essa obra. Simplismente ótima, odorei a leitura, demorou um pouquinho para engrenar mas depois foi um prazer enorme!!

Maju Deolindo 10/10/2019

Angústia
Meu primeiro contato com a livro cíclico. Eu tinha terminado de ler e não havia entendido nada, ficou uma coisa "aberta", então fui assistir umas críticas para vê se tinha alguma explicação. Aí eu entendi que eu deveria reler os primeiros capítulos para o final fazer sentido, q loucura.
Em fim, foi o meu terceiro contato com esse autor e foi a leitura que eu encontrei mais dificuldade de me conectar com a história. Acredito que isso tenha acontecido porque temos a história contada em primeira pessoa por um cara muito arrogante. Mas depois de alguns capítulos a trama entra em um momento em que é impossível parar antes de saber qual o final.

Luciana 28/08/2019

Sonho ou realidade?
Mestre Graça tem uma escrita genial que nos permite adentrar os pensamentos do personagem principal. As angústias do personagens tornam-se suas! Perde-se a noção da realidade numa dialética fantástica entre objetividade e subjetividade! Vale cada palavra!

Michele 26/08/2019

Dói
Como disse Vinicius de Moraes: "a morte é a angústia de quem vive, e a solidão é fim de quem ama".
Livro doloroso, angustiante e necessário para relembrar que existe mais do que um sonho, um desejo. Schopenhauer ficaria orgulhoso deste grande escritor que é Graciliano Ramos.

Aurea31 21/08/2019

Passando para registrar a finalização da leitura de Angústia, de Graciliano Ramos, um dos livros indicados para o processo seletivo da Fuvest 2020 que aborda, principalmente, de forma metafórica vários cenários da crise social, política e existencial pelas quais o país passava à época da publicação deste livro durante a Era Vargas, quando Graciliano foi preso. Sempre contemporânea, a literatura de Graciliano vem nos remeter por meio de Angústia às mazelas decorrentes do crash da Bolsa de Valores de Nova York que desestabilizou financeiramente muitas famílias ricas no Brasil, como a do personagem principal da obra, que mora em Maceió: Luís da Silva. Também se pode fazer uma analogia quanto ao comportamento da paquera de Luís da Silva, sua vizinha Marina, que apesar de noivar com o funcionário público se deixa seduzir por um herdeiro de loja de tecidos rico conhecido por desvirginar muitas moças inocentes pela cidade, Julião Tavares, com o comportamento das pessoas ambiciosas e ignorantes de sua própria situação no Brasil atual, que voluntariamente apoiam desgovernos e acabam estuprados, engravidados e abandonados com as devidas consequências e miséria por sua própria cegueira e ambição, como acontece com a personagem fútil e interesseira Marina, trocando o pobre Luís por Julião que lhe abandona. Ao final também percebemos a angústia e revolta que consomem o personagem Luís ao matar enforcado Julião Tavares, pelos danos que lhe causou roubando Marina e lhe proporcionando dívidas com os gastos do noivado que não vingou. Este último fato da obra pode ser comparado ao sentimento de impotência e a própria angústia e sede de justiça que nós brasileiros hoje sentimos ao observar todos os danos causados todos os dias mais às nossas próprias riquezas, fruto das irresponsabilidade e ignorância de muitos incompetentes ao eleger o atual líder da nação, como vimos ontem o escândalo que se firmou na mídia acerca do desmatamento da Amazônia que surtiu consequências ao clima de uma grande metrópole como São Paulo, porque afinal enquanto afetava somente o norte do país não era assunto para as manchetes de jornal, demonstrando a hipocrisia da sociedade brasileira, de todos nós no geral. Enfim, pretendo realizar mais algumas reflexões acerca desta obra riquíssima posteriormente em vídeo no youtube para auxiliar vestibulandos da Fuvest. Fiquem com a reflexão e se você for vestibulando Fuvest escute o podcast Marca-texto no Spotify sobre todas as obras do vestibular. Bons estudos, galera!

Evellyn.Souza 15/08/2019

Literalmente: angústia !


Que final...

Vanu 28/07/2019

Graciliano Ramos acertando de novo...
Publicado em 1936, segunda fase do nosso Modernismo (ou seja, crítica social, retratos do nosso povo...).
O livro é contado em primeira pessoa, pelo Luís da Silva e esse livro vai trazer memórias da infância do Luís com cenas do seu presente em forma de fluxo de consciência.
Luís veio de uma família com posses, tinha uma vida relativamente confortável vivendo com o pai e o avô em uma fazenda. Quando seu pai morre, o protagonista resolve ganhar o mundo e vai viver em Maceió, tornando-se funcionário público em um jornal do governo.
Luís vive em uma pensão, de frente a essa pensão vive a família de Marina, ele fica encantado com a moça, muito nova, muito bonita, com suas unhas pintadas... eles resolvem se casar!
Luís entrega a Marina todo o seu (pouco) dinheiro para que esta monte um enxoval, Marina que não tem nenhum juízo gasta todo o dinheiro em compras supérfluas.
Próximo ao fim do livro, quando já estamos nos habituando ao ritmo descontínuo da narrativa, Luís vai fazer algo que mudará o rumo da história, temos que nos acostumar com um fluxo ainda mais inconstante de narração dos fatos e as ultimas páginas do livro passam realmente a sensação de Angustia do titulo.