Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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henglerdny 05/10/2022

interessante e intrigante
essa leitura me surpreendeu muito, porque não foi um livro que eu realmente quisesse ler (já que é um livro de vestibular, etc) mas quando iniciei a leitura e me engatei no ritmo dela, não me arrependo de ter lido

o Luís da Silva vai contar a história dele pela perspectiva dos seus pensamentos, então nós leitores estamos vendo tudo acontecer através do que ele pensa, o que ele sente, o que ele lembra, e isso é muito interessante porque você começa a entender os traumas do passado que ele sofreu pra ele ter tido aquele fim e as consequências que o levou a fazer coisas horríveis

é interessante ver no ponto de vista psicológico, o quanto o passado e as memórias ruins afetam quem somos e o quanto isso pode mudar o nosso futuro e o de outras pessoas também, além do livro mostrar como o nordeste está sofrendo com a seca e a angústia é exatamente por isso, não somente pela seca e fome que eles sofrem, mas a angústia da alma que o Luís sente

recomendo muito!
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Davi Teixeira 04/10/2022

Angustiantemente perfeito
Muito interessante a forma como o início do livro e o fim estão ligados, quase que como um loop. Eu senti a angustia de Luís a medida que eu ia avançando na história. A forma como Graciliano escreve me prendeu do início ao fim, era como se eu estivesse preso na cabeça do Luís. Uma coisa de louco.
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Cami 02/10/2022

li por obrigação (obrigada vestibulares), mas acabei gostando muito do livro! no começo foi difícil de engatar na leitura por ter uma narração cíclica. mas depois a história começou a ficar interessante e os acontecimentos também. eu amei que tem muuuuito plot twist na história.
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alice2639 01/10/2022

Ar, mar, rima, arma, ira, amar.
Que livro maravilhoso, angustiante e obscuro. Graciliano Ramos consegue me surpreender mais uma vez.

Escrito após o golpe de 1930, Graciliano foi preso acusado de subversão e associação ao comunismo pelo regime autoritário de Getúlio Vargas.

O Neorrealismo, seguda geração do Modernismo, foi marcado por posicionamentos contra o regime político e pelo regionalismo, com literaturas que focavam no interesse do povo e na defesa dos oprimidos.

Luís da Silva, protagonista e narrador da história, é um funcionário público herdeiro de uma classe social falida. Vivendo em condição financeira miserável, tem uma visão sórdida e conclusões amargas sobre tudo. Morando em Maceió, é jornalista e escritor nas horas vagas, apaixonado pela sua vizinha Marina. Com o desenrolar da narrativa, o personagem mergulha em uma série de pensamentos negativos, principalmente sobre Julião Tavares.
Seu ódio por Julião ocorre desde o momento em que se viram até o final da história, por motivos de extremo ciúmes e obsessão.

A maneira como o autor desenvolve o livro é absurdamente incrível, em diversos momentos eu estava roendo as unhas e respirando pesado. Ficar imerso dentro dos pensamentos de Luís ? que chegavam a ser totalmente absurdos ? deixa o leitor abismado, de maneira que o nome do livro faz sentido para ele.

Leitura obrigatória da prova da fuvest que valeu a pena cada capítulo, Graciliano de fato foi um gênio da literatura brasileira.
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Cah 29/09/2022

Bom!
Acredito que seja um livro que precisamos nos adentrar nos sentimentos do personagem, nas suas raivas e inquietações, para sentir e compreender junto a ele o que acontece na narrativa.

Com certeza o final foi a melhor parte de todo o livro, toda a tortura psicológica, a angústia, que ele sofre, é de tirar o fôlego.
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Joaopdotta 29/09/2022

É inovador e revolucionário? não! -Isabela Boscov
O livro é bom mas a história se torna meio batida. O final foi muito bom msm assim. Minha principal crítica eh a falta de uma exploração mais emocional no último principal acontecimento.
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Nayanne12 26/09/2022

enrolei pra terminar mas terminei
Confesso que fiquei um pouco ansiosa com a chuva de pensamentos acumulados pelo protagonista. Mas conforme a história vai passando você entende o que está se passando na cabeça do dele e percebe que um momento de decepção se transformou num gatilho que desencadeou todas as emoções que ele estava acumulando. Até que curti a história apesar de ter enrolado para terminar.
Tay Sayuri 13/10/2022minha estante
Só 3 estrelinhas nayanne??


Nayanne12 22/10/2022minha estante
eu gosteu tay, mas acho q 3 estrelinhas ta bom kkskskj


Nayanne12 22/10/2022minha estante
Eu gostei tay mas acho q 3 estrelinhas ta bom ksjksjskj




cella 25/09/2022

Leitura infinita
Depois de dois meses lendo, finalmente terminei Angústia.
De modo geral, o livro é bem denso, eu comecei a ficar agoniada de tantos pensamentos acumulados do protagonista.
Porém, ao decorrer do livro, você vai entendendo o que se passa na cabeça do protagonista, e percebe que a decepção amorosa foi só o estopim para desencadear todas as emoções que ele tinha guardado para si esse tempo todo.
Eu gostei do livro, apesar de ser uma leitura massante.
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Evelyn.Rosa 25/09/2022

Estranho mas muito bom
Antes de Angústia eu só havia lido Vidas Secas de Graciliano Ramos e posso dizer que, sem dúvida, são experiências muito distintas.
Angústia conta a história de Luis da Silva, narrador/personagem sertanejo que deixa o campo para viver na cidade. A história se passa em Natal, onde Luis tem um cargo público e nas horas vagas escreve para um jornal.
Ele se apaixona pela vizinha Marina porém o romance não vinga, e a partir daí a narrativa se constrói em cima do ciúme, loucura e autopunição de Luis.
O autor usa a repetição como recurso narrativo de forma que o leitor possa perceber o estado de confusão e ansiedade em que se encontra a cabeça de Luis. Ler o livro é sem dúvida uma experiência angustiante.
Existe algo muito forte de Bentinho (Dom Casmurro) em Luis. Mas este, diferente daquele, é um narrador confiável mesmo que a ordem narrativa seja confusa.
Eu estava receosa de ler angústia, mas me surpreendi positivamente. É sem dúvida uma outra face de Graciliano que não conhecia e que adorei conhecer, é uma leitura que eu recomendaria.
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Ana Paula Del Rey 18/09/2022

MEUD EUS GRACILIANO ÍCONE
O que falar sobre esse livro, meu Deus.
Para as resenhas falando que não acontece nada o livro todo, MENTIRA! Acontece tudo! A forma que o escritor transita entre presente passado e um futuro alucinado pelo protagonista é genial, ao longo do livro observamos a perda de memória a sanidade do mesmo se descolando da sua alma. Essencial, obrigada FUVEST por me incentivar e influenciar a ler essa obra prima, tudo se encaixa, desde o começo o escritor narra o final, e por falar no final, que final! Simplesmente angustiante as últimas páginas, o fato de não ter capítulos ajuda o leitor a entrar na mente perturbada e sem fio condutor de Luís. Eu amei esse livro, me fez perceber como as pequenas coisas podem virar uma bola de neve gigante, o coração partido foi apenas um gatilho para toda dor que ele guardava, triste, forte e emocionante. Leiam angústia
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brisadeoutono 15/09/2022

Minhas marcações
Certos lugares que me davam prazer tornaram-se odiosos. Passo diante de uma livraria, olho com desgosto as vitrinas, tenho a impressão de que se acham ali pessoas exibindo títulos e preços nos rostos, vendendo-se. É uma espécie de prostituição.

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É verdade que tenho o cigarro e tenho o álcool, mas quando bebo demais ou fumo demais, a minha tristeza cresce. Tristeza e raiva.

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Meu pai cochilava, encostado ao balcão. Na saleta da nossa casa, por detrás da bodega, eu recordava as lições, entorpecido. [...] Havia um grande silêncio, um silêncio incômodo. Às vezes punha-me a tossir, para me convencer de que não tinha ficado surdo. Era como se a gente houvesse deixado a terra. De repente surgiam vozes estranhas. Que eram? Ainda hoje não sei. Vozes que iam crescendo, monótonas, e me causavam medo. Um alarido, um queixume, clamor sempre no mesmo tom. As ruas enchiam-se, a saleta enchia-se ? e eu tinha a impressão de que o brado lastimoso saía das paredes, saía dos móveis. Fechava os ouvidos para não perceber aquilo: as vozes continuavam, cada vez mais fortes. Que seriam? [...] A verdade é que muitas vezes perguntei a mim mesmo se realmente ouvia aquele barulho grande, diferente dos outros barulhos. Perguntei naquele tempo ou perguntei depois? Não sei. Tenho me esforçado por tornar-me criança ? e em consequência misturo coisas atuais a coisas antigas.

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Se Marina voltasse... Por que não? A água lava tudo, as feridas cicatrizam. Não valia a pena pensar no outro. Julião Tavares era um caminho errado. Tantos caminhos errados na vida! Quem sabe lá escolher com segurança os atalhos menos perigosos? A gente vai, vem, faz curvas e zigue-zagues, e dá topadas de arrancar as unhas. A água lava tudo, as feridas mais graves cicatrizam. Lembrava-me de uma queda antiga que me tinha jogado à cama quinze dias. O cavalo se havia empinado, eu caíra nas pedras do Ipanema, rachara a cabeça, esfolara a coxa. Por que era que uma ferida devia ser vergonhosa e outra não?

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Há nas minhas recordações estranhos hiatos. Fixaram-se coisas insignificantes. Depois um esquecimento quase completo. As minhas ações surgem baralhadas e esmorecidas, como se fossem de outra pessoa. Penso nelas com indiferença. Certos atos aparecem inexplicáveis. Até as feições das pessoas e os lugares por onde transitei perdem a nitidez.

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Como certos acontecimentos insignificantes tomam vulto, perturbam a gente! Vamos andando sem nada ver, o mundo é empastado e nevoento. Súbito uma coisa entre mil nos desperta a atenção e nos acompanha. Não sei se com os outros se dá o mesmo. Comigo é assim. Caminho como um cego, não poderia dizer por que me desvio para aqui e para ali. Frequentemente não me desvio ? e são choques que me deixam atordoado: o pau do andaime derruba-me o chapéu, faz-me um calombo na testa; a calçada foge-me dos pés como se se tivesse encolhido de chofre; o automóvel para bruscamente a alguns centímetros de mim, com um barulho de ferragem, um raspar violento de borracha na pedra e um berro do chauffeur. Entro na realidade cheio de vergonha, prometo corrigir-me. ? "Perdão! Perdão!" digo às pessoas que me abalroam porque não me afastei do caminho. As pessoas vão para os seus negócios, nem se voltam, e eu me considero um sujejto mal-educado. Tenho a impressão de que estou cercado de inimigos, e como caminho devagar, noto que outros têm demasiada pressa em pisar-me os pés e bater-me nos calcanhares. Quanto mais me vejo rodeado mais me isolo e entristeço. Quero recolher-me, afastar-me daqueles estranhos que não compreendo, ouvir o Currupaco, ler e escrever. A multidão é hostil e terrível.

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O isolamento em companhia de uma pessoa era mais opressivo que a solidão completa.
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SóFis 13/09/2022

cê tá maluco...
Que escrita sensacional, simplesmente magnífica, não consigo nem descrever. Personagem principal consegue ser um pirado e 🤬 #$%!& do começo ao fim e o autor não sentiu a necessidade de criar um mocinho para ser protagonista do livro como a maioria faz e isso da o charme ao livro (mesmo que eu tenha uma opinião negativa sobre o Luís da Silva).
Fazia tempo que eu não lia um romance psicológico tão bem escrito e desenvolvido, fantástico.
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Left 11/09/2022

Círculos
Bom, gostei bastante da leitura apesar da agonia intensa retratada através dos capítulos. É cansativo no começo mas depois a leitura fluiu e até despertou-me interesse na vida das personagens.
Algo que me chamou a atenção foi o romance circular, a história não caminha, mas dá voltas e mais voltas na cabeça perturbada do personagem principal, Luís da Silva, inclusive me agradou bastante ler as análises psíquicas deste beirando a loucura.
Por fim, outro ponto que achei bom foi a retratação da falta de liberdade de expressão no governo varguista e todo o contexto histórico por trás da obra. Além disso, também há o contraste entre o novo e o velho decadente, ou seja, a queda dos poderes oligárquicos e a ascensão da nova classe, representada por Julião Tavares.

É isso, adorei no fim das contas, principalmente a parte rotativa do livro, e apesar das grandes reflexões sobre a futilidade humana, acho que estava esperando mais acontecimentos.
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anna 05/09/2022

quem ficou angustiada foi eu
jurooo que ruim, eu respeito muito os clássicos e sei que são importantes mas assim, qual o critério exato? não acontece nada nesse livro, é uma monotomia que chega dói. te amo professor rodrigo por falar de livros clássicos (no caso desse ele fez parecer mil vezes mais interessante do que é)
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