Resenhas - RETRATO EM BRANCO E NEGRO

Letícia Maia 01/02/2021

Essencial.
Leitura essencial, principalmente para estudantes de comunicação. Lilia faz uma contextualização excelente do nascimento de São Paulo, do surgimento da imprensa e seus impactos quanto aos problemas raciais.

Basicamente, podemos perceber que o Brasil do século XX/XXI é o mesmo do século XIX. Entretanto, nesse livro temos a oportunidade de conhecer melhor a origem de falas e práticas racistas. Portanto, entendemos como não propaga-las. Além disso, é um livro muito bom para aprender mais sobre SP e sobre a imprensa, com suas opiniões, abordagens e silêncios.

Apesar de todo o contexto histórico que aborda, a escrita é fácil e torna a leitura fluída e interessante.

Ri :) 11/08/2020

Um apanhado das informações que a imprensa paulista do século XIX retratava de forma cruel sobre a pessoa negra. A maneira desumana que o povo preto era anunciado pela mídia da época, mostrando, desde então, seu poder de influência e convencimento sobre a sociedade. Um povo mostrado de maneira animalesca, vil, bandida, e sem caráter. Vendidos e tratados como sub-humanos. Os meios mudaram, mas as intenções continuam até hoje. :(

Wagner 09/11/2018

A REDEMPÇÃO...

(...) Até os folhetins pareciam vinculados à "causa", pois enquanto o Correio Paulistano abundavam os textos românticos e "melados", na Redempção optava-se por exemplo, por publicar em capítulos diários o conhecido romance norte-americano de Beecher Stone, A Cabana do Pai Thomás, que inclusive já havia sido encenada no Teatro Modelo de São Paulo (...)

in: SCHWARCZ, Lilia Moritz. Retratos e branco e negro. São Paulo: Cia das Letras, 1987. pg 90.

Geógrafo da Alma (Poeta) 16/06/2018

Leitura imperdível
Um relato histórico, antropológico da maneira de como o negro foi simbolizado no período próximo a abolição e depois de maneira mais recente após a abolição pelos jornais paulistas do final do século XIX e início do século XX. Leitura que desvenda de certa forma a natureza embrionária de mitos como a democracia racial e explicita a simbologia negativa atribuída ao negro, que persiste nos dias atuais e ajuda a explicar o racismo nefasto e nem tão velado assim no cotidiano da nossa sociedade.