Jess.Carmo 28/03/2021
Individualização pós-revolução
A obra tenta fazer uma história não-linear de como a organização social foi se dividindo aos poucos entre o público e o privado após a Revolução Francesa. O espírito público da revolução tornou-se cada vez mais presente na vida privada dos cidadãos franceses, o que abriu caminho para o movimento romântico do fechamento indivíduo sobre si mesmo, da valorização do espaço doméstico e da família burguesa.
A divisão entre o espaço público e privado fora fundamental para o movimento revolucionário. Para eles, o particular não deveriam prejudicar o interesse geral da nação, portanto, deveria ser restringido ao espaço privado da família. O espaço público é o espaço imperativo de posicionamento político. Não se posicionar era equivalente a ser conspiratório e sidicioso à Revolução.
O livro traz curiosidades acerca de como autores como Marx, Hegel e Kant se posicionaram em relação à Revolução. Entretanto, trata-se de uma história das práticas e percepções de determinada época, não de uma história do pensamento filosófico da revolução francesa. Movimentos não organizados que precederam o feminismo e o marxismo também são pontuados ao longo da obra.
site: https://www.instagram.com/carmojess/