A cidade ilhada

A cidade ilhada Milton Hatoum




Resenhas - A Cidade Ilhada


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ThelioFarias 13/05/2017

Contos maravilhosos
O talento de Milton Hatoum, manauara talentoso, que escreve com a experiência de quem conhece os detalhes e as minúcias da Amazônia, dos segredos do Rio Negro, da vida da floresta. Excelente livro de contos!
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Renan 21/06/2012

Viajar
Gostei mais de 'Dois irmãos', mas este também é bom.
4 estrelas por em alguns momentos ter a sensação de repetição.
Porém, uma viagem a Manaus por meio das letras, sentindo o calor do lugar, viajando pelos rios, e principalmente conhecendo seu povo, é muito interessante. As histórias têm o estilo Hatoum, que me agrada muito.
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Adauto Villela 11/01/2012

Algumas impressões
Os dois contos são os melhores, valem muito a pena ler. Os outros são talvez um tanto monótonos, no sentido de manterem o mesmo tom o tempo todo, inclusive quando comparados uns com os outros.
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Julia G 07/11/2011

A Cidade Ilhada - Milton Hatoum
Publicado originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

Já há algum tempo que li Dois Irmãos, de Milton Hatoum, e simplesmente adorei. Considerando que era uma leitura obrigatória para vestibular, na época, imaginei que iria gostar ainda mais quando pudesse ler por opção. Acabei não buscando algo do autor por algum tempo, mas agora que tinha um livro de contos dele em mãos, tentei mergulhar na leitura de forma imparcial. E me surpreendi.

É impossível não se deixar envolver pelas palavras do autor. Carregadas de sentimentos reais, por vezes sombrios ou puros, fazem de contos simples uma obra para reler durante a vida. São textos originais, surpreendentes, que vão desde a loucura de Bárbara no Inverno à doçura de Um Oriental na Vastidão.

Não sei quanto disso é verdade, mas ouvi dizerem uma vez que Hatoum, considerado escritor contemporâneo, questionou o motivo de não ser considerado realista: "Porque não nasci no século XIX?". Encontros na Península, por exemplo, cita idéias de Machado de Assis, que, de acordo com o conto só falava de "loucos e adúlteros". E não falta disso em A cidade Ilhada: Bárbara no Inverno, já citado, O Adeus do Comandante, A Casa Ilhada, A ninfa do teatro Amazonas, o próprio Encontros na Península, entre outros, tratam de ao menos uma dessas características.

E de todos os contos, apenas dois não se passam ou citam Manaus. Como o próprio Hatoum cita, "para onde eu vou, Manaus me persegue" (pág. 26). É interessante ver como o autor mescla ficção e realidade. Fica quase impossível definir, em vários textos, quanto dos fatos narrados são ou não acontecimentos reais. Os próprios personagens, por vezes, aparecem em mais de um conto, como tia Mira e tio Ranulfo, que podem ser vistos também em seu romance Cinzas do Norte, de 2005; Lyris, personagem de Uma estrangeira na nossa rua, recebe uma dedicatória em Manaus, Bombaim, Palo Alto. E quanto do livro são fatos que ocorreram com Milton? Impossível saber.

A linguagem do autor é totalmente usual, o que facilita a leitura e a compreensão, e é por vezes carregada de uma ironia subentendida. Subentendida, por sinal, talvez seja exatamente a palavra para descrever esse livro. Nada é entregue de bandeja, como degustar um belo prato de olhos fechados. Sentir, perceber e imaginar.

Como já citei aqui no blog antes, me rendi aos contos. E os "finais" de Hatoum, abruptos, nos permitem visualizar uma continuação da forma que quisermos, ou odiar o autor por não nos contar. Mergulhei de cabeça em cada conto e queria mais, sempre mais... e havia nada além de questionamentos. Como a vida, que não sabemos como será e se realmente haverá um fim para determinados momentos. Isso não torna o livro ruim, entretanto. Foi exatamente essa antítese entre desejar e não receber que me fez gostar de cada vírgula dessa obra.
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Silvio 23/03/2011

Hatoum domína a narrativa curta e mantém a mesma elegância de estilo de seus romances. Também mostra que aprendeu a lição do mestre Guimarães Rosa: dar um final surpreendente às histórias para torná-las inesquecíveis para o leitor.
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@adilsonteclado 26/08/2010

Este livro, "A cidade ilhada" é composto de 14 contos vividos ou simplesmente criados por Milton Hatoum; descendente de libaneses, Hatoum - em quase todos esses contos - cita sua cidade natal, Manaus, daí o título do livro que também poderia ser "Manaus, a cidade ilhada." Esse foi o primeiro escrito em contos e reúne fatos que aconteceram ou foram criados e agora aprimorados para essa edição; seis desses são novos dos quais destaco dois, "Bárbara no inverno" e "Encontros na península". O primeiro é sobre amigos brasileiros, exilados na França enquanto dominava a ditadura no Brasil, protagonizado por um casal de namorados, Bárbara e Lázaro, mas que acaba em tragédia no Rio de Janeiro. No segundo, o autor narra em primeira e terceira pessoa a história de uma ricaça viúva espanhola que quer ler as obras de Machado de Assis e o contrata para ser seu professor de português alegando que só aprendendo o português brasileiro entenderá o homem como amante, pois já lera algumas obras machadianas e ainda não o encontrou. (AA)
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meandros 02/10/2011minha estante
Curiosamente, os dois contos citados são os únicos que não mencionam de algum modo Manaus. "Bárbara..." também ficou entre os meus preferidos.




Eliana 07/03/2010

Pessoalmente, o que mais me chama a atenção na leitura é a identificação nortista que faço com os senários descritos por Hatoum. Com contos obiviamente inspirados em fragmentos de memóriria do autor e seu contato com diversas culturas (inglesa, indiana, japonesa, etc) Hatoum leva suas personagens a 'viajarem o mundo', porém tudo acontece na quente Manaus, ladeada pelo caudaloso rio Amazonas, mas também por pequenos igarapés e ilhas. Afinal tudo começa e termina na ilhada cidade e no universo literário de Hatoum.
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Evelyn 22/09/2009

Dica: o livro "A Cidade Ilhada" do escritor amazonense Milton Hatoum conta várias historias interessantes, quase todas são rodadas na cidade de Manaus ou no interior do amazonas.

Contos breves, porém com finais surpreendentes.
Entre tantos, ressalto:

“Um oriental na vastidão” “Dois poetas da província” “O adeus do comandante”

Com toda nitidez dos contos, o autor consegue inserir-nos no cotidiano de Manaus e arredores.



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dialves 17/05/2009

"Tu és muito jovem para decifrar certos olhares. Le regard, Albain... O olhar é tudo. Tens que aprender a olhar..."

"Escritores e marinheiros estão quase sempre longe de seu lugar, cada um a seu modo."

"O tempo borra certas lembranças e pode mitigar o ódio, o ciúme, talvez a esperança."

"E os mapas, como tu sabes, fascinam as crianças, são desenhos miteriosos que as convidam a fazer viagens imaginárias. Os périplos da minha infância, irreais como os sonhos, começaram nos limites do quarto fechado, à espera do sono, não longe do mar e das falésias da Bretanha."

"A imaginação se nutre de coisas distantes no espaço e no tempo, mas a linguagem encontra-se no tempo, afirmou, como se falasse para si mesmo."

"... escrevi que ele não sabe ler, porque já havia lhe dito qe não sabe amar."

"E o que fazia na vida? Leio, ele disse."

"... poderia ter sido a decisão de uma vida, mas doi uma fantasia de minutos."

"O coração humano é mesmo uma caixa de mistérios."
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Adriana Andion 12/05/2009

varias historias... muito bom!
Neste livro o escritor amazonense Milton Hatoum publica várias historias interessantes, quase todas sao rodadas na cidade de manaus ou no interior do amazonas.
Este livro é otimo, so nao é perfeito devido algumas historias serem um pouco interessantes, mas que nao tiram o brilho desta mais nova obra de Milton.
vale a pena ler.. adoro todas as obras deste escritor. Ele te prende na leitura do inicio ao fim.
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Janus 10/04/2009

Contos extremament regionais.
Na verdade, são antologias que Hatoum ecreveu, desde antes de seu sucesso mundial.
A região amazonense, como em todos os livros do mesmo autor, é fortemente detalhada com misticismo, costumes regionais e uma população simples que está sendo transformada pelo imenso marketing da Floretsa Amazônica.
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