Resenhas - As Vinhas da Ira

InfinitaTBR- Jana 17/02/2023

Perfeito!
SIMPLESMENTE ESPETACULAR. Não consigo pensar em outra definição para AS VINHAS DA IRA de John Steinbeck.

O livro conta a história de Tom Joad, um ex-presidiário, e a busca pela sobrevivência de sua família após serem obrigados a sair de suas terras e partir numa viagem de caminhão de Oklahoma à Califórnia em busca de trabalho, praticamente sem recursos.

Uma família esmagada pela máquina capitalista na década de 1930, sujeita à todo tipo de humilhação e perseguição, mas que ainda assim encontrou apoio e amizade em outras famílias que compartilhavam as mesmas tristes condições.

Uma crítica, uma denúncia, uma mensagem de resistência.

Geniane 16/01/2023

As vinhas da ira
O livro é um soco no estomago, uma desumanização do ser humano, um constante perder de esperanças. Ao ler a gente se sente impotente, sente a ira e a injustiça, sente pena e revolta.
Ao mesmo tempo, a história é intercalada com descrições poéticas dos cenários pelos quais a história se passa, permitindo nos imergir na história e no ambiente. O livro nos trás com maestria a maldade versus a bondade do homem, e faz uma alusão dessas qualidades a poder, dinheiro e pobreza. Acompanhar a família Joad, suas tramas e suas histórias nos ensina sobre a realidade cruel do mundo e do capitalismo.

Clarissa 06/01/2023

Mais uma das obras impecáveis desse autor
Todos os livros de John Steinbeck causam uma impressão incrível de realismo e de que aqueles indivíduos existem no nosso mundo. Ao terminar de ler, fico meses - talvez anos - com saudade dos personagens e querendo saber mais sobre o seu destino. Algumas cenas estão cravadas na minha memória como se tivessem se passado ao meu lado; a cena final de 'As vinhas da Ira' é uma delas. Enfim, um clássico que coroa Steinbeck como um dos maiores escritores de todos os tempos.

Julielen.Nasciment 14/12/2022

Uma história sobre luta, privações, sonhos e esperança.
Leitura difícil, dolorosa em alguns momentos, com personagens forte.
O contexto histórico nos faz refletir sobre sobrevivência e em como a evolução da sociedade, com a introdução de maquinário, atingiu diretamente famílias que, sem nenhum apoio do governo, do Estado, precisaram migrar atrás de novas oportunidades para conseguir ganhar o mínimo para viver.
Saí da zona de conforto ao ler este livro e me emocionei em muitos momentos.

Isabela.Pery 04/11/2022

Se esse livro não te deixar com raiva do sistema capitalista não sei o que vai, sinceramente. Triste demais.

Alessandro117 21/06/2022

A iria incontida.
A realidade abrasadora que vejo nesse livro reflete diretamente a história da minha terra nordestina. Que paralelos podemos fazer entre esses refugiados? Uns pelos bancos e outros pela seca, todos com a sana pelo trabalho ou por um pedaço de terra.

Troia 22/02/2022

A leitura flui bem, principalmente depois de conhecer e se apegar aos personagens e suas histórias de vida. História pesada, mas realista.

princess_cordelia 10/02/2022

Um retrato de dor e miséria
As vinhas da ira é uma obra muito enriquecedora, que traz grandes reflexões sobre a Grande Depressão.

A Califórnia significava o grande recomeço para todas essas famílias, mas ao chegarem lá se depararam com a fome, a falta de trabalho, a grande concentração de terras nas mãos dos ricos que maltratavam, pagavam mixarias pelos trabalhos. Podemos acompanhar como essas pessoas eram tratadas, como animais, sempre pelas estradas, sempre sendo expulsos e agredidos. O autor consegue narrar de forma bem detalhada e tocante os caminhos e as dificuldades que as famílias, inclusive os Joads, passaram trabalhando apenas por um prato por de comida.

A narrativa é muito fluída, que te prende e te envolve com todos os personagens. Aqui faço um destaque para a mãe, o núcleo dessa família, que assume o papel de líder. Acompanhamos essa luta da personagem para manter a família unida e com coragem para sempre seguir em frente sem desistir.

Uma excelente obra, sem sombra de dúvidas. Com um final tocante e triste. Gostaria de uma continuação, pois acompanharia essa família por muito tempo se pudesse.

"É assim que a mulher encara a vida. A gente não morre, a gente continua...".

Isa409 01/02/2022

O livro é ótimo, revoltante do início ao fim. É surreal pensar que tantas pessoas passaram pela fome, pobreza e tiveram que abandonar suas casas a procura de trabalho, sem auxílio nenhum. Retrata muito bem como a pobreza é negligenciada, vista com uma "doença", é como diz a senhora Joad "Todo dia aprendo alguma coisa. Se alguém está em dificuldades, preocupado, na miséria, deve procurar sua própria gente. Só ela é que pode ajudar". Infelizmente essa realidade ainda é extremamente atual. Não dei 5 estrelas porque fiquei perdida com o final, até agora não entendi se é isso mesmo, ou se o livro tem alguma continuação.

Lebbs 20/12/2021

Tô sem palavras então isso aqui é mais um desabafo
As Vinhas da Ira é um livro que descobri por meio de um outro livro, que se chama Sobre a Escrita e foi escrito pelo deus Stephen King.

O King fala muito bem sobre esse livro. Tem inveja da capacidade que Steinbeck teve de criar um livro potente e lindo. Muito bem escrito e muito denso. Camadas e camadas de acontecimentos que nos envolvem de uma forma... quase mágica. Você fica enfeitiçado, como espectador, pelas tragédias dos Joad.

Ma Joad, Pa Joad, Tom Joad, Al Joad, Uncle John Joad. Também Ruthie, Winfield e Rosasharn. Nunca esquecerei vocês.

Sinto que algo muito profundo, profundo mesmo, mudou no meu coração, após a última cena do romance.

Estou chocado.

E impressionado com o poder da literatura.

Rutinha100czs 10/12/2021

Boa leitura. Percebi umas pitadas de coletivismo, mas acredito que isso foi por conta da situação vivenciada pelos personagens e pelo momento histórico retratado.

Cris Moraes 26/11/2021

Uma leitura necessária.
"As Vinhas da Ira" é um romance publicado em 1939, pelo escritor norte-americano John Steinbeck, ganhador do Nobel de literatura em 1962. Pesquisando algumas coisas sobre esse livro, fiquei sabendo que sua publicação foi marcada por intensos movimentos de censura, tanto pelos críticos literários da época, quanto pela população norte-americana, especificamente a elite latifundiária e bancária dos EUA. A história do êxodo forçado de inúmeras famílias de meeiros, em plena crise econômica dos anos 20 e 30 nos EUA, rumo a gloriosa terra dos anjos, se tornou um enredo atemporal e a narrativa primorosa de John Steinbeck fez do livro um clássico. A jornada dos personagens durante toda a travessia é algo que incomoda, seja pela angústia, pela falta total de esperança, pelas dificuldades enfrentadas. Ou pelo reconhecimento total de que os tantos problemas retratados em uma história da década de 30 são os mesmos que ainda enfrentamos nos anos do século 21.
Não é uma narrativa fácil, seja pelo assunto tratado no enredo, seja pela linguagem mais densa, seja pelo tamanho do livro... Mas, certamente é aquele tipo de história que vale à pena a gente pegar em algum momento da vida e ir fazendo a leitura com o compromisso de "ler até terminar", sem se preocupar com o "quando terminar" e correr o risco de a leitura ficar apenas na superfície dos fatos. Vale muito conseguir realizar uma leitura mais aprofundada, pois temos bastante a aprender diante da marginalização humana e das incontáveis desigualdades sociais que ainda persistem até hoje.

Laís 23/07/2021

O livro retrata a expulsão de meeiros de suas terras na região do Oklaroma. Os moradores precisam se deslocar para o oeste do país para trabalha na colheita de frutas e algodão e frutas, principalmente na Califórnia.
O autor desenvolve detalhadamente a história dos personagens, das paisagens, dos sofrimentos físicos e psicológicos. Faz analogia ao descaso das autoridades do governo e policias a situação dos migrantes. O livro foi escrito (1939) no período entre guerras, pós-Revolução Russa, nesse contexto nos Estados Unidos qualquer reação contra governo, e forma de organização dos operários eram tratados como organizações comunistas e chamados de vermelhos.
O foco do livro é contar a emigração da família dos Joads até a chegada ao oeste. A família era composta pela mãe (não cita nome no livro), o pai que se chama Tommy, o filho mais velho que também chamava Tommy, mas comumente chamado de Tom, Al filho que gostava de trabalhar em oficinas e foi essencial na compra do caminhão que levou a família para Califórnia, e nos consertos pelo caminho; Rosasarah que estava grávida de Connie, as crianças Ruthie e Winfield, e o avó e avô Joad, juntou-se a família o ex-pregador de nome Casy.
Durante o trajeto os avós falecem, Connie foge, Noah abandona a família. Passam várias dificuldades para administrar o dinheiro para consertar o carro, alimentar, comprar gasolina. Passam por vários acampamentos onde várias famílias estavam indo e vindo atrás de trabalho. Vale salientar a experiência do acampamento do governo onde as autoridades não podiam invadir sem mandato judicial, as pessoas se organizavam para lavar as roupas, alimentar, fazer as limpezas, havia agua encanada e quente e privadas, que a maioria conheceu quando esteve no acampamento.
A vida na Califórnia tanto nos campos de frutas como na colheita de algodão foi muito difícil para todas as famílias, que trabalhavam em regime de servidão ganhavam centavos por dia e trocavam esse dinheiro por comida.

Lorena 01/08/2020

Uma jornada
Ouvi falar desse livro na canal da Ju Cirqueira e fiquei curiosa.

O livro conta a história da família Joad, na década de 1930, saindo de Oklahoma fugindo da seca e indo para a California em busca de trabalho. A família via muitos panfletos na região, sobre a colheita de frutos no oeste e sobre a necessidade de trabalhadores.
A família era numerosa: o pai, a mãe, Tom (o protagonista, recém saído da cadeia), os avós, Noah, Rosa (grávida), Connie, Ruthie, Winfield, Al e Casy - além de um cachorro da família. Todos em cima de um caminhão velho, por 3000km.

Tudo na jornada da familia é só desgraça: uma coisa atrás da outra que dá errado e, quando chegam na Califórnia, percebem que centenas de milhares outros trabalhadores também viajaram para la.

O contexto histórico é sensacional: os capítulos alternam entre a narração da jornada da família e suas dificuldades e uma narração que explica, digamos, como as coisas funcionam.

É uma leitura pra se ler devagar
Vale a pena também pesquisar um pouco sobre a realidade da época