As vinhas da ira

As vinhas da ira John Steinbeck




Resenhas - As Vinhas da Ira


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Inês 20/06/2020

Vinhas da Ira
É um livro absolutamente fantástico. Dá todo um contexto sobre a vida das pessoas do meio rural nos Estados Unidos, após o Crash da Bolsa e do Dust Bowl. Por norma, falamos dos grandes indústrias sempre que este tema é abordado em História, é interessante ver a perspetiva das outras "classes".

Inicialmente demorei-me para começar a leitura, a escrita de Steinbeck pode ser muito detalhada. Os primeiros capítulos foram complicados, mas assim que comecei a entrar no ritmo da História fiquei "imparável".


A obra é tão bela, mas por um lado imensamente revoltante e intrigante. Há medida que os Joad (a família do livro) eram cada vez mais humilhados e explorados eu sentia uma indignação interna inexplicável.


Repleto de frases belas. Deixo aqui algumas:

?Nos olhos dos homens reflete-se o malogro. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira crescem e espraiam-se pesadamente, pesadamente amadurecendo para a vindima.? - Capítulo XXV

?Para a mulher tudo corre sem parar, como um rio cheio de remoinhos e de cascatas, mas correndo sem parar. É assim que a mulher encara vida. Não morremos, continuamos? mudamos, talvez, um pouco, mas continuamos sempre firmes.? - Capítulo XXVIII

No capítulo XIX, são escritas duas frases notáveis ?E também o facto gritante, que ecoa por toda a História: a repressão só conduz ao fortalecimento e união de todos os oprimidos. Os poderosos proprietários ignoram os três gritos da História?.
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Manuela.Caldas 29/06/2020

Que família!
Os Joads são uma família unida. Daquelas que passam por todos os apertos juntos. A força de uma mulher se destaca nessa belíssima jornada por um pedaço de terra. Final indescritível!
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emilybarbosa 13/07/2020

As vinhas da ira me emocionou demais!
Ele é um livro muito importante, e da pra ler sem medo porque flui demais. É praticamente um relato das camadas mais necessitadas na grande depressão nos Estados Unidos, e consegue ainda assim ser atual. A realidade dos Joad não é muito diferente da realidade de muitas pessoas ainda hoje em dia. Ele fala sobre intolerância, sobre a fome, a pobreza e sobre as pessoas; e faz isso de uma forma que a gente não quer parar de ler.
Eu me apeguei extremamente aos personagens, eu sentia como se eles fossem muito próximos a mim, principalmente o Tom, a mãe e as crianças.
Esse livro é tocante e forte. Não fiquei surpresa quando vi o quão criticado ele foi, o quão polêmico e quanto caos gerou. As pessoas muitas vezes, infelizmente, não gostavam de ouvir a verdade ou se sentem ameaçados pela sua revelação, e com certeza não era diferente naquela época.
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Samanta 02/08/2020

Muito tocante.
Clássico norte-americano, que se passa durante a grande depressão, conta a história de uma família de rendeiros pobres de Oklahoma, os Joad, que são expulsos de suas terras após a mecanização do trabalho na lavoura. Com poucos pertences, quase nenhuma comida e um caminhão velho, eles viajam rumo as terras férteis da Califórnia, buscando uma vida melhor. É um livraço, desafiador e muito tocante. A escrita do Steinbeck é quase que poética. É um que choca.
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Moises Celestino 13/08/2020

Revisão deste clássico...
Um dos mais aclamados e polêmicos romances do século 20, "As Vinhas da Ira", é uma obra atemporal e singular, marcada pela representação apaixonada de Steinbeck da situação dos trabalhadores rurais. O livro foi rapidamente adaptado ao cinema num filme de Hollywood de 1940 do mesmo nome dirigido por John Ford e Henry Fonda no principal papel como Tom Joad. Recomendo reler o romance e rever o filme também...
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LER ETERNO PRAZER 25/09/2020

As vinhas da ira - John Steinbeck
Um clássico americano que dividiu críticas!

Lançado em 1939 o livro dividiu críticos ? levou o Pulitzer e o National Book Award e para muitos foi a obra que deu a John Steinbeck o Nobel de literatura em 1962. Mas para outros tantos o livro não valia suas mais de 500 páginas e foi banido em livrarias e até queimado, sendo crucificado como propaganda tanto pela direita quanto pela esquerda americana.
Esse, por si só, já é um motivo para ler o livro, não é verdade. Afinal, quem consegue unir direita e esquerda dessa maneira?
Seu enredo se passa no auge da Grande Depressão americana que durou 10 anos (1929-1939).
Muito já se falou sobre essa época: a queda da Bolsa de Nova York que deixou Wall Street em frenesi: investidores quebraram, bancos faliram, empregos desapareceram e famílias inteiras passaram a viver na pobreza extrema. Essa situação nas cidades já era triste, mas Steinbeck nos mostra um lado ainda mais desumano da crise e normalmente, ignorado em momentos como esse.
O livro conta a história da família Joad que vive em um pedaço de terra em Oklahoma umas da regiões mais afetadas pela Depressão. Combinada com uma seca como nunca visto antes, fazendas inteiras perderam suas produções, ampliando o número de desempregados e famintos. Além disso, o campo estava se industrializando e os grandes tratores passaram a fazer o que antes 5 ou 10 homens faziam.
Os donos das fazendas não conseguiam manter suas terras e muitos se afundaram em dívidas e perderam seus terrenos para os bancos. Os bancos, por sua vez, precisavam maximizar os lucros a fim de sanar as dívidas e fazer com que a terra se tornasse produtiva novamente. Entram tratores, desaparecem famílias inteiras.
Por conta de tudo isso a família Joad decide então sair em busca de um lugar melhor e colocando o pouco do que tinham em um caminhão velho e caindo aos pedaços, tomam o rumo da Califórnia. Tom Joad Filho, que esteve preso por quatro anos por matar um homem que tentava matá-lo, não pode sair do Estado dada sua condicional. Porém, decide partir com a família para ajudá-los a buscar melhores condições, começa então a saga da família que enfrentará todo tipo de dificuldades para chegar ao seu destino.
Ao chegar à Califórnia, o que os Joad encontram é mais miséria. Encantada pela promessa de começar de novo, uma multidão do país inteiro se deslocou para a região que, claro, não tem como suportar essa demanda. Os acampamentos de imigrantes começam a lotar e chamam a atenção pela falta de estrutura e condições básicas para viver. Ainda assim, tudo o que os Joad querem é emprego. Não pedem nada de graça, não roubam, não desejam viver a ?boa vida", querem somente trabalho para se manterem com dignidade!
Em As vinhas da ira, John Steinbeck Steinbeck traz à tona a importante questão de quem realmente sofreu com a Grande Depressão. Enquanto muito se fala dos ricos e poderosos que perderam tudo (ou quase tudo), poucos relatos retratam o que aconteceu na região agrária do país. Famílias humildes foram simplesmente esmagadas por uma máquina de fazer dinheiro, os bancos tomaram tudo! Mais do que reforçar uma história importante, o autor também coloca o que parece ter sido o início de um dos debates mais intenso dos últimos 100 anos quando falamos sobre mão de obra: os trabalhadores que se recusavam a aceitar salários miseráveis eram chamados de ?vermelhos? e iam presos. Essa terminologia seria muito usada nos EUA pós-Guerra quando o FBI (criado em 1935) de J. Edgar Hoover promoveria uma verdadeira caçada aos ?comunistas americanos". O que Steinbeck nos mostra realmente com o enredo de As vinhas da ira é que a corda sempre quebra para o lado mais fraco, muitas pessoas nem sabem de que lado estão e o que aconteceria depois. Essas são, normalmente, as que mais sofrem com os resultados.
A leitura do livro flui bem. Steinbeck consegue colocar estilos diversos em uma mesma obra: temos um pouco de romance, de história e drama em numa única obra. Ele consegue, também, criar cenas que servem tanto para avançar a história quanto para destruir as defesas do leitor trazendo cenas fortes e dolorosas.
As vinhas da ira é daqueles livros que você finaliza e fica pensando e vendo que muitas famílias realmente passaram por tudo ou praticamente tudo que foi narrado em seu enredo. Uma obra essencial para todos nós leitores.

Obs. Procurei ler algumas coisas sobre o período em que o enredo de as vinhas da ira se passou e Steinbeck realmente conseguiu retratar bem todo o período! As vinhas da ira, uma obra sem igual.
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TArsilla.Lemos 30/09/2020

As vinhas da ira é um livro incrível, mas não é nada fácil de se ler. Um clássico americano que conta a história da família Joad, que foi expulsa dos campos de algodão em Oklahoma pela seca. O livro descreve a busca dessa e muitas outras famílias por um lar, emprego e um futuro melhor. Pelo caminho se veem enfrentando muitas dificuldades e muitos desafios.
A escrita do autor é muito boa e fluida.
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Juliete.Lourenco 24/11/2020

Terminei a leitura impactada, acho que não há melhor jeito de expressar. O livro é forte, a estória emocionante e muito bem escrito.
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Gabi 03/12/2020

Angústia desnuda
A escrita de Steinbeck é o ponto alvo desse livro. Os capítulos extremamente descritivos, que precedem os capítulos em que de fato se conta a história da família Joad, além de contextualizar o leitor, promovem intensa sensação de agonia. É como se eu estivesse ali, naquela Califórnia cruel, com fome, frio, sede e sem perspectivas para o futuro. Personagens hora irritantes, hora brilhantes. Muito bom!
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Luciana 21/12/2020

Como sobreviver na sociedade capitalista?
O livro aborda o êxodo de milhares de famílias que foram expulsas de suas terras durante a grande depressão nos Estados Unidos. Elas rumam para a Califórnia, onde a promessa é de trabalho abundante e uma vida melhor. Infelizmente não é isso o que encontram.
Por meio dos relatos da luta pela sobrevivência das personagens, o autor capta os problemas estruturais da sociedade capitalista. O tempo passou, mas os problemas permanecem ou se intensificam; o livro continua atual.
Obra primorosa!!
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Yasmin Ramos 26/12/2020

Estarrecedor, emocionante e frágil
Um livro estarrecedor, emocionante e frágil. Confesso que nunca havia chorado em um livro antes (pelo menos não que eu me lembre). Me emociono bastante, sem dúvidas, mas o final de "As Vinhas da Ira" fizeram lágrimas saírem dos meus olhos.

A história foi escrita por Steinbeck em 1929, em plena depressão econômica nos EUA. O cenário é de muita escassez, seca e poeira. Mas também de uma constante esperança de que tudo vai melhorar, que um dia será possível viver bem.

Acompanhamos a trajetória da família dos Joad, que tiveram de deixar sua terra para buscar o sonho de uma vida melhor na Califórnia. Os tratores pareciam ser os culpados de os retirar de casa, mas o problema estava muito mais afundo.

Folhetos que prometiam trabalho no sul fizeram com que toda a família, pai, mãe, filhos pequenos, filhos maiores, filha grávida, tio, avós e um ex-pregador montassem em um caminhão em direção ao inesperado.

O livro tem uma escrita singela, é uma crítica poética à situação daqueles que buscavam apenas uma vida digna, em meio às mazelas criadas pela exploração exacerbada do capitalismo. Parece estar tão distante de nossa realidade a necessidade daquelas pessoas, que se satisfaziam com tão pouco, e na maioria do tempo nem o pouco tinham.

"As Vinhas da Ira", de John Steinbeck, é um clássico inexplicável de tão tocante. É impossível não deixar marcas no espírito de seus leitores, assim como deixou em mim.
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mcaroltheiss 14/02/2021

Sobre a dor
"Ele disse que um dia foi no mato pra encontrar a sua própria alma e descobriu que não tinha uma alma que fosse só dele. Disse que notou que a alma dele era uma parte muito pequena duma alma grande."
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Analice.CalaAa 10/04/2021

Um dos livros mais maravilhosos que já li. Fiquei presa no enredo do início ao fim, como se estivesse lá com a família Joad, vivendo um dia de cada vez, na esperança de que viessem dias melhores. Não vieram. Mesmo diante de um cenário desolador, repleto de angústias e incertezas, em um Estados Unidos assolado pela fome, a beleza das relações humanas trouxe um pouco de conforto e mostrou que estar unido é melhor do que dividido. Super recomendo a leitura.
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Carlota 20/05/2021

Ju Cirqueira não erra
Li esse livro por influência dela e não me arrependi, apesar do começo ser meio confuso e a família caipira ser um tanto desagradável (devemos levar em consideração que é um livro dos anos 40) a estória prende o leitor pela quantidade de coisas que dão errado e você também fica, né, naquela expectativa que eles vão conseguir se reestabelecer novamente.

Também é um livro a ser explorado nas aulas de história e sociologia.
Gabrielle 15/08/2021minha estante
Também li por influência da Ju ?




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