Gabi 13/05/2012
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Em Divergent, Veronica Roth nos surpreendeu com uma distopia com tudo que tem direito: romance, guerra, crueldade. No segundo volume de sua trilogia, a dose é em dobro e buracos deixados no primeiro volume são preenchidos.
"Como um animal selvagem, a verdade é poderosa demais para permanecer enjaulada."
A história: Após todos as escolhas feitas por Tris, elas finalmente vêm cobrar seu preço e trazer sequelas. Mas a guerra acabou de começar e não há tempo para Tris lamber suas feridas. Junto a Tobias, seus amigos e o que restou de sua família, seu irmão Caleb, ela deve se aliar a pessoas e facções que possam ajudar ela e o que sobrou dos Abnegados e Corajosos. Mas em meio a guerra e ao desespero, velhas inimizades podem ser sua única chance de salvação quando a pessoa que mais ama a traí.
"As pessoas, descobri, possuem camadas e camadas de segredos. Você acredita que os conhece, que você os compreende, mas seus motivos estão sempre escondidos de você, enterrados em seus próprios corações. Você nunca vai conhecê-los, mas às vezes você decide confiar neles."
Roth nos apresentou uma sequência muito mais frenética, para não dizer assustadora. Sua saga é uma das poucas que já li em que eu realmente posso nomear de distópica, onde apesar de haver romance, ele é um pano de fundo e apoio para a guerra, a desesperança e a crueldade. Se o primeiro volume foi uma introdução a trama, no segundo ela é finalmente expandida, preenchendo o buraco sobre como está o mundo além da Cerca. A autora também nos mostra Divergentes talvez não sejam minoria e que são, muito provavelmente, a resposta para acabar com as facções. Se em Divergent, Tris encontrou sua coragem, em Insurgent é o momento de ela mostrar sua abnegação, sem esquecer um detalhe: ela não pode, e não vai, ser controlada.
"Às vezes, sinto que estou coletando as lições que cada facção tem para me ensinar, e armazenando-as em minha mente como um guia para me mover no mundo. Há sempre algo a aprender, sempre algo importante para entender."
Em suma, Insurgent é um livro ótimo, te prende, mas não é uma leitura gostosa, está mais para triste. Apesar de ser uma ficção criada por Roth, a mensagem é verdadeira: o desespero muda você, a guerra muda a todos. Mas se alegrem pois muitas respostas são dadas enquanto novas perguntas e revelações são feitas. Vale lembrar: se você espera um conto de fadas, não leia esse livro.