Cabocla (Clássicos Ilustrados Ebal)

Cabocla (Clássicos Ilustrados Ebal) Ribeiro Couto
Ribeiro Couto
Ribeiro Couto




Resenhas - Cabocla


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Paula1882 11/11/2024

Finalmente li o livro que inspirou uma das minhas novelas favoritas.
Achei um livro bem gostoso, com trechos muito bonitos (mas às vezes romantizados) sobre a vida no campo.
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charlesnascimento 27/03/2023

"Certos críticos acharam pueril o fim desta história, com os dois casamentos à maneira, diziam, dos filmes americanos. A isso responderei humildemente com o protesto de obediência às velhas vozes da sensibilidade. Se eles se lembram de um conto que se chama A casa do gato cinzento, saberão que já ali, há quase vinte anos, uma menina meiga escrevia a um rapaz "Peço-lhe que me empreste um romance, às escondidas de vovó. Quero um romance que acabe bem". De resto, para que acabar mal o que tantas vezes na vida acaba tão bem?"

Ribeiro Couto falando sobre o final de Cabocla, um romance simples, como ele mesmo chamou 'um desabafo da saudade e, talvez, da angústia'. Compensou cada minuto de sua leitura.

* Resenha de Julho de 2015
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Priscila 22/09/2022

Jerônimo!
Em poucas páginas é possivel sentir todo aquele sofrimento do romantico Jerônimo pela cabocla Zuca. Vale cada segundo da leitura. Mesmo com capítulos tão pequenos Ribeiro Couto consegue descrever como ninguem o interior do Brasil. O livro é narrado por Jeronimo e em parte pelas carras que escreve e recebe. Jeronimo, um homem da cidade grande, que ao chegar no interior percebe o verdadeiro Brasil.
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Talitha 16/05/2020

16/05/2020
Comecei a ler o livro pq gostei mto da novela e queria ver se havia algo semelhante.
O livro é narrado em primeira pessoa por Jerônimo, numa linguagem muito simples e sem enrolação. Uma leitura que pra mim foi mto calma, um romance com ternura.
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@fabio_entre.livros 21/11/2016

A prosa simplória do interior


Recordando alguns romances regionalistas que já li, lembro com relevância de “Cabocla”, de Ribeiro Couto, um livro tão agradável e singelo (tanto na história quanto na linguagem) que me arrebatou com sua simplicidade. Quando adquiri a edição da Ediouro, com apenas 80 páginas, cheguei a pensar que era uma adaptação, mas não é. Essa edição não apenas possui o texto integral como também uma pequena biografia do autor e uma introdução de Afrânio Coutinho. O que ocorre é que a diagramação e o projeto gráfico em geral do livro são muito simples, de modo que o texto é “espremido” para caber em tão poucas páginas e economizar papel.
A trama de “Cabocla”, parcialmente conhecida devido às adaptações televisivas em forma de novela global, narra a história de Jerônimo, estudante abastado que leva vida de típico bon-vivant no Rio de Janeiro. Acometido por uma doença pulmonar, ele cogita a possibilidade de repousar na Europa, mas acaba por ir descansar em um lugar bem mais próximo: Vila da Mata, um lugarejo onde seu pai possui conhecidos e amigos. Nessa região rural ele conhece Zuca, a filha de um casal que vive e trabalha na estaçãozinha de Pau D’Alho.
Em termos narrativos, “Cabocla” me fez lembrar um pouco Guimarães Rosa, particularmente a ambientação e caracterização de alguns textos de “Sagarana”, embora Ribeiro Couto não adote malabarismos linguísticos como aquele autor. Ao invés disso, sua narrativa é fluída e simples, refletindo com clareza os sentimentos de Jerônimo (posto que a história é contada em 1ª pessoa) e a fascinação gradual que aquele universo bucólico exerce sobre sua saúde e sobre todo o seu ser.
Ao narrar a “purificação” de Jerônimo, Ribeiro Couto constrói uma idealização sobre a vida rural, em contato direto com a natureza, e apresenta-a como uma espécie de caminho para a felicidade. Naturalmente, não se trata da felicidade como sinônimo de plenitude absoluta e utópica, mas como algo mais palpável, uma vez que se baseia na valorização de pequenos (embora significativos) prazeres: o ar puro do campo, a comida caseira, conversas com gente simplória e, acima de tudo, o amor da bela e pura morena do interior.
Com essa idealização, o autor resgata valores românticos e apresenta uma história singela, de leitura rápida e linguagem ágil: um retrato estilizado do Brasil rural que me agradou tanto quanto “Inocência”, de Alfredo Taunay.
Pinheiro 27/03/2020minha estante
Excelente




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