Carla.Parreira 06/11/2023
A irmandade do Santo Sudário
Na história do livro o sudário, manto de linho que envolveu o corpo de Jesus, continuou fazendo curas e milagres nos que nele tocassem com fé.
Segundo a lei judaica, um sudário era um objeto impuro. Essa trama é relacionada a vários atentados e incêndios na catedral de Turim, local donde o sudário se encontra guardado na narrativa do livro. Todos os suspeitos envolvidos tiveram suas línguas cortadas e nisso baseia-se a investigação.
Segundo relato do livro, por mais de trezentos anos a mortalha de Jesus esteve enterrada sob os tijolos de um nicho escavado na muralha, em cima da porta ocidental da cidade, o único lugar que suportava as investidas do exército persa. Um dos investigadores passa boa parte do dia a percorrer as galerias subterrâneas de Turim. Alguns trechos datavam do século XVI, outros do XVIII, e até Mussolini mandara aproveitar os túneis e ampliálos em alguns de seus ramais. Havia várias Turim no subsolo de Turim.
Em 944 os bizantinos se apossaram do sudário lutando contra os muçulmanos. O imperador de Bizâncio queria o Mandylion (como os gregos chamavam o sudário) pois acreditava que graças a ele contaria com o amparo de Deus, que o tornaria invencível e o protegeria. Ele enviou um exercito e propôs um pacto: se lhes entregassem o sudário, o exercito se retiraria sem causar danos e pagaria muito bem pelo mesmo, além de libertar duzentos cativos muçulmanos. Mas a comunidade cristã dos muçulmanos não aceitou, sendo derrotada pelos bizantinos e tendo o sudário levado a Bizâncio em 16 de agosto de 944.
A liturgia bizantina comemora esse dia. O sudário começou a ser procurado a fim de ser comercializado para operar curas e, além de milagroso, se tornou uma relíquia valiosa. Os templários eram os únicos que dispunham de dinheiro e informação naquele mundo tumultuado em que lhes tocava viver. E isso lhes conferiam um poder especial, superior ao de qualquer rei, inclusive ao do próprio Papa. Assim o sudário foi entregue aos templários em troca de dez sacas de ouro no peso de um homem. O mistério é descoberto ao saberem que os soldados da comunidade cristã sacrificavam a própria língua na tentativa de recuperar o sudário. Faziam isso para não falarem nada caso fossem apanhados pela polícia. Os incêndios na catedral eram intencionais para facilitar o roubo do sudário no meio da confusão. Entretanto sempre houve templários por perto para evitar o roubo.
O sudário foi embrulhado num pedaço de linho muito parecido ao da mortalha e voltou à França como lhe fora ordenado. O mestre de Marselha ao desembrulhá-lo verificou que a figura do Cristo havia ficado impressa no tecido que a envolvia. Assim o livro relata a existência de dois sudários com a verdadeira imagem de Cristo. Em desfecho final, a comunidade cristã é obrigada a se conformar em não recuperar o sudário de Cristo, pois esta era à vontade Dele, além do que, os cavaleiros do templário da Ordem do Templo estavam em toda parte e eram homens de grande poder.
O livro explica que a Ordem do Templo vive na sombra e não há democracia; seus chefes são riquíssimos e ninguém é rico impunemente. Sua fortuna não lhes pertence, pois são apenas administradores e, quando seus participantes morrem, tudo o que possuem volta para a Ordem.