O Zen e a Arte da Escrita

O Zen e a Arte da Escrita Ray Bradbury




Resenhas - O Zen e a Arte da Escrita


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Lucas Furlan | @valeugutenberg 29/05/2019

Uma declaração de amor à escrita e aos livros
"O zen e a arte da escrita" não é um livro indicado pra quem procura dicas sobre divisão de parágrafos ou uso de verbos. Nos ensaios reunidos nessa coletânea, Ray Bradbury prefere ensinar outra lição muito importante aos aspirantes a escritor: que a literatura sempre deve ser criada com liberdade e entusiasmo.

Isso não quer dizer que Bradbury — autor de obras-primas como "As crônicas marcianas" e "Fahrenheit 451" — não compartilhe alguns de seus segredos. Ele conta como surgiram as ideias de vários de seus contos e explica seu curioso método de escrita, que tem início com a elaboração de listas de substantivos.

Ray Bradbury não criava enredos com “começo, meio e fim” com antecedência e deixava que seus personagens guiassem o desenvolvimento das narrativas. Quem já leu "Sobre a escrita", sabe que Stephen King também escreve dessa forma — aliás, os dois escritores tem muito em comum, como, por exemplo, o fato de ambos se identificarem como arqueólogos que “descobrem” suas histórias.

Sobre a liberdade necessária aos escritores, Bradbury defende que os autores precisam se sentir livres para criar dentro do gênero (ou dos gêneros) em que se sentirem realizados, seja ficção científica, terror ou qualquer outro. Não é necessário querer se enquadrar em nenhum gênero dito “sério”: o escritor precisa ser fiel a si próprio.

Ele aprendeu essa lição quando ainda era criança e sofria bullying por gostar das histórias de Buck Rogers. Por um tempo, ele se afastou das aventuras do herói espacial, mas ficou extremamente infeliz. Bradbury decidiu, então, nunca mais esconder seu amor por robôs, dinossauros, fantasmas e alienígenas, e veio a se tornar um dos maiores nomes da ficção especulativa.

A paixão de Ray Bradbury por livros e pela literatura transborda nas páginas de todos os ensaios, e também nos poemas que encerram essa coletânea. Por vezes, os textos podem ficar um pouco repetitivos, mas o leitor se depara com belos trechos como esse:

“Primeiro e mais importante, escrever nos faz lembrar de que estamos vivos e de que isso é uma dádiva e um privilégio, não um direito. Devemos ganhar a vida, já que ela nos foi dada. A vida pede recompensas porque ela nos proveu de ânimo.
Então, embora a nossa arte não possa, por mais que desejemos, livrar-nos da guerra, da privação, inveja, cobiça, velhice ou morte, pode nos revitalizar no meio disso tudo.
Em segundo lugar, escrever é sobreviver. Qualquer arte, qualquer bom trabalho naturalmente é isso.
Não escrever, pra muitos de nós, é morrer.”

Por passagens como essa, "O zen e a arte da escrita" é indicado para entusiastas da literatura, e para quem quer ser escritor mas está meio desanimado com o ofício.

Obviamente, quem é fã de Ray Bradbury também não pode deixar de ler.

site: https://valeugutenberg.wordpress.com/2019/05/17/resenha-o-zen-e-a-arte-da-escrita/
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Guacira.GonAalves 24/02/2019

Um livro para escritores
O Zen e a Arte da Escrita, de Ray Bradbury, mostra ao leitor o seu processo de escrita, permeado por fatos de sua vida e suas impressões sobre o mundo e como se tornou um escritor de livros de sucesso. Ele dá dicas de como melhorar sua escrita, mas de forma passional, nenhum pouco técnica, e no fim temos a oportunidade de ler algumas de suas poesias.
Não é um livro para aqueles que desejam tomar conhecimento de técnicas de escrita criativa, mas mesmo assim, vale a pena ler. Um livro suscinto e de leitura agradável.
Recomendo muito.

#resenha
#leitura
#livroestrangeiro
#ggmaffra
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Alencar.Teixeira 07/07/2018

Como tornar uma profissão uma paixão.
Os relatos do autor sobre sua jornada de vida chega emocionar as vezes. Não é um livro técnico, daqueles de como se fazer as coisas, mas sim um livro de como se viver as coisas. Neste caso específico, de como viver a arte da escrita.
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Frankcimarks 17/04/2018

Livro motivacional
Este livro é bom. Não se propõe ensinar ninguém a escrever, apenas motivar novos escritores a trabalharem com prazer em sua arte. Se você procura um manual de escrita, passe longe dessa obra. O livro é sobre o amor do autor a seu ofício e de como ele foi achando seu próprio jeito de escrever.
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Elizandra 16/03/2017

Leia poesia todos os dias de sua vida
Livro encantador. Neste livro ele diz como ele escrevia e criava suas historias. Novamente me deparo com Bradbury falando de um grande menino de nove anos que foi ele mesmo. Está fase realmente foi muito marcante para ele já que ele conta sobre sua infância em "O licor de dente-de-leão".
Há algumas passagens no livro que realmente me chamaram muito a atenção: "Foi apenas quando comecei a descobrir os prazeres e as dores que surgiam com a associação de palavras que comecei a encontrar um caminho seguro através do campo minado da imitação. Finalmente, descobri que, se você vai pisar numa mina, que seja a sua própria mina. Deixe-se explodir, como deve ser, pelos seus próprios prazeres e desesperos."
"Leia poesia todos os dias de sua vida. Poesia é bom porque exercita músculos que não são utilizados sempre. Poesia expande os sentidos e os mantém em forma. Ela mantém você consciente de seu nariz, olho, ouvido, língua, mão. E, acima de tudo, a poesia é uma metáfora compacta ou um sorriso. Essas metáforas, como flores de papel japonesas, podem se expandir em formas gigantes. As ideias estão em todo lugar nos livros de poesia."
"Olhe para si mesmo. Analise tudo com o que você se alimentou ao longo dos anos. Foi um banquete ou uma dieta de fome? Quem são os seus amigos? Eles apostam em você? Ou perturbam o seu crescimento com ridicularização e descrença? Se for assim, você não tem amigos. Vá encontrar alguns! E, finalmente, você praticou o suficiente para poder dizer o que quer dizer sem ficar empacado? Escreveu o suficiente para se sentir relaxado e deixar que a verdade saia sem ser arruinada por pose e autoconsciência ou pelo desejo de se tornar rico?"
"Primeiro, remexia na minha mente buscando palavras que pudessem descrever os meus pesadelos pessoais, os medos noturnos e da minha infância, e moldava histórias com base neles."
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Cla Motta 11/12/2016

Que leveza!
Livro leve, repleto de provocações e pronto para te fazer sair e escrever! Vale cada palavra!
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Mari 28/02/2016

Resenha - O Zen e a arte da escrita
Eu não conhecia muito o Bradbury, mas como queria conhecer o processo de criação e desenvolvimento de estórias de outros autores, resolvi ler esse.
Foi uma leitura fácil e rápida, e que mostrou bastante do processo de criação dele, e, portanto, foi muito interessante e instrutivo.
Danni 26/01/2017minha estante
Será uma das minhas metas . Lê -lo :D




Felipe L. Andrade 10/02/2016

Resenha: O Zen e a Arte da Escrita – Ray Bradbury
Ray Bradbury nos conta nesse livro um pouco de sua vida e sua obra. Confundindo, em alguns momentos, o leitor dizendo A sendo C e não B. O livro é como um ensaio sobre ser escritor com dicas de quando ele escreveu alguns de seus contos e romances. Três palavras segundo ele e segundo a arte zen-budista:

A primeira é TRABALHO, a segunda RELAXAMENTO, e por fim NÃO PENSE! Segundo o autor, não importa a ordem. O que importa é escrever, sendo o trabalho a primeira tarefa. Desde que exerça esse trabalho com amor e por prazer.

Bradbury também fala a respeito dos erros de muitos escritores desejarem dinheiro e fama antes mesmo de ter produzido algo. No livro “Sobre a Escrita”, Stephen King fala sobre a imitação de seus autores favoritos, Bradbury diz o mesmo e que a imitação é necessária para a preparação do autor, porém há um limite entre a imitação natural e a imitação excedente que impede o autor de se tornar realmente criativo.

“Não devemos desprezar o trabalho nem as quarenta e cinco das cinquenta e duas histórias em seu primeiro ano como fracasso. O fracasso é desistir. Você está em meio a um processo dinâmico. Nada fracassa, então; tudo continua. O trabalho foi feito. Se bom, você aprendeu com ele; se ruim, você aprendeu ainda mais”. – PG 142.


site: http://felipelandrade.blogspot.com.br/2016/02/resenha-zen-e-arte-da-escrita-ray.html
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Larissa 04/06/2015

A mina de ouro dos aspirantes!
Se estiver em dúvida sobre comprar ou não esse livro e do conteúdo que ele aborda leia a resenha completa no meu blog, estou apenas começando então todas as opiniões são muito bem vindas, então não deixem de comentar:

https://versoliterario.wordpress.com/2015/06/04/o-zen-e-a-arte-da-escrita-resenha/
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Barone 23/01/2015

Aprendendo a soltar seu eu literário com Bradbury
Inspirador para quem está pensando em escrever. Bradbury é o cara, te dá meios de pensar (ou não pensar) sem ser chato ou técnico. É um livro para se soltar e escrever com a cabeça e o coração juntos.
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Gabriel Leite 06/10/2014

Ainda bem que não me deixei levar pelo título pouco convidativo, porque O Zen e a Arte da Escrita, além de me apresentar esse autor sensacional e cheio de sensibilidade que é o Bradbury, serviu como excelente fonte de inspiração, a qual pretendo recorrer sempre que precisar de um empurrãozinho em direção à 'máquina'.
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regifreitas 01/02/2014

Resenha no blog abaixo:

http://vialittera.blogspot.com.br/2014/01/o-zen-e-arte-da-escrita-ray-bradbury.html
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Lucalilo 06/06/2013

A magia de Bradbury
"O zen e a arte da escrita" - que livro SENSACIONAL!
Ray Bradbury fala de sua vida como escritor, mostrando a maneira como transformou as impressões que teve durante a vida em histórias que fizeram sucesso em seu seguimento de ficção cientifica no século XXI.
Ele me fez ver que estava fazendo tudo errado. Escrever não é apenas sentar na frente de sua máquina e digitar uma ideia que veio a cabeça. Escrever exige trabalho, suor, exige a alma do escritor do papel.
Recomendo a todos que já escrevem, a quem quer escrever, a quem acabou de começar e até mesmo a quem só aprecia a literatura. O zen e a arte da escrita nos mostra que trabalho não é algo que deve ser feito buscando fama e dinheiro, é algo que deve ser feito para realização própria, e assim você alcança o topo do mundo com satisfação.
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Leonardo 18/05/2013

Pra quem tem amor pela literatura
Ray Bradbury foi um escritor norte-americano nascido em 1920 e falecido em junho do ano passado. Escreveu muito ao longo de toda a sua vida. É autor de diversos romances e uma grande quantidade de contos. Tem um lugar cativo na minha estante e no meu coração por causa de um livro, justamente a sua obra mais famosa: Fahrenheit 451, sobre o qual escrevi aqui. Se ele só tivesse escrito esse livro, certamente ainda seria cultuado em todo o mundo pela homenagem impressionante que ele presta à literatura. Acontece que ele não escreveu só isso, como deixei claro no começo. Desde os doze anos ele escrevia mil a dois mil caracteres todos os dias. Produziu um sem número de contos, praticou a escrita como um escultor trabalha o mármore. Errando, aperfeiçoando, “desperdiçando” caríssimas pedras de mármore de Carrara até conseguir desvelar de um bloco de pedra uma escultura que possa ser chamada de arte e que provoque um involuntário “Ohhhh!!!” num passante desavisado.

Ele conta isso em O Zen e a Arte da Escrita, uma coleção de artigos seus sobre o ato de escrever, sobre onde encontrar inspiração, como aperfeiçoar a técnica e, principalmente, como deixar espaço para que a criatividade apareça e as boas histórias possam ser escritas.

São nove artigos em que Bradbury dá conselhos, relata suas próprias experiências e revela seu grande amor pela literatura. Destaco o primeiro, A Alegria da Escrita, Bêbado e no comando de uma bicicleta, Investindo moedas, em que ele fala dos dez centavos que ele pagava por meia hora numa máquina de escrever da biblioteca para escrever Fahrenheit 451, O Zen e a Arte da Escrita… Na verdade, não dá para indicar alguns. Todos os artigos são ótimos, imperdíveis.

Logo no começo, em A Alegria da Escrita, Ray Bradbury nos ensina:

“É preciso se embriagar da escrita para que a realidade não o destrua. Escrever oferece exatamente as receitas adequadas de verdade, vida, realidade que você é capaz de comer, beber e digerir sem sofrer de hiperventilação ou agonizar como um peixe fora da água em sua cama.”

Então o escritor afirma que se você pretende escrever, então pratique, pratique muito. Escreva todos os dias. Regularidade é essencial. Quantidade é essencial para aperfeiçoar a técnica, para que você não pare nos mecanismos da escrita, no domínio da língua e possa transportar a história que habita a sua mente sem restrições para seu caderno. Ele diz então:

“Nas minhas jornadas, aprendi que fico ansioso se passo um dia sem escrever. Dois dias, começo a tremer. Três, suspeito de demência. Quatro, sou um porco chafurdando na lama. Uma hora de escrita é como um tônico. Fico em pé, correndo em círculos e gritando por um par de sapatos limpos.”

No artigo seguinte, outra valiosa lição, que merece uma reprodução um pouco mais completa:

“Corra, pare. Eis a lição dos lagartos. Observe a maioria das criaturas e você verá o mesmo. corra, pule, congele. Com a habilidade de se mover como um cílio, estalar como um chicote, desaparecer como o vapor, aqui neste instante, lá no outro, a vida cobre a terra. E, quando a vida não está correndo para escapar, está fingindo de estátua para fazer o mesmo. veja o beija-flor aqui, não mais aqui. Como o pensamento que surge e desaparece, como o vapor do verão, a limpeza de uma garganta cósmica, a queda de uma folha. E, onde estavam – um suspiro.

O que os escritores podem aprender com lagartos e pássaros? Rapidez, certamente. Quanto mais rápido você se expressar, quanto mais prontamente escrever, mais honesto será. Na hesitação está o pensamento. Na postergação surge o esforço por um estilo, em vez do mergulho na verdade, que é o único estilo que vale uma queda mortal ou uma caçada ao tigre.

Entre fugas e voos, o que há? Seja um camaleão, mimetize a paisagem. Seja uma pedra, deite na poeira, permaneça na água da chuva da calha inundada há muito tempo do lado de fora da janela de seus avós. Seja um vinho de dente-de-leão na garrafa de ketchup tampada e exibindo uma inscrição a tinta: “Manhã de junho, primeiro dia de verão, 1923. Verão de 1926, fogos de artifício. 1927: último dia de verão. Último dos dentes-de-leão. 1º de outubro.” E, disso tudo, extraia o seu primeiro sucesso como escritor, uma história de vinte dólares, no Weird Tales”.

Há outras lições dadas pelo mestre. Uma delas é fundamental para quem, como eu, persegue a “literatura de alto nível”. Não se envergonhe de gostar de Buck Rogers. Não se envergonhe de gostar de ler o Pato Donald, eu diria para meu irmão. Não se envergonhe de gostar de A Guerra dos Tronos ou de O Nome do Vento ou de Neil Gaiman ou de quem quer que seja. Corrigindo: há alguns casos em que você deve se envergonhar sim, mas nem vou me deter aqui.

Outra lição, e essa eu não tenho seguido:

“Leia poesia todos os dias de sua vida. Poesia é bom porque exercita músculos que não são utilizados sempre. Poesia expande os sentidos e os mantém em forma. Ela mantém você consciente de seu nariz, olho, ouvido, língua, mão. E, acima de tudo, a poesia é uma metáfora compacta ou um sorriso. (…) Que poesia? Qualquer uma que arrepie os pelos dos seus braços. Não se esforce demais; vá com calma. Ao longo dos anos, você vai compreender, virar-se bem e ultrapassar T. S. Eliot no caminho para novas pastagens. Você não consegue compreender Dylan Thomas? Mas seus gânglios, sua sabedoria secreta e toda a sua criança ainda por nascer o compreendem. Leia-o, assim como quem lê um cavalo com os olhos, liberte-se e cavalgue por um campo verdejante infinito no dia de muito vento.”

Talvez a lição mais insistente de Ray Bradbury seja uma técnica pessoal que ele desenvolveu e que o ajudou a escrever bem: fazer listas de palavras por meio de um processo semelhante a um brainstorm, a uma tempestade de ideias. Pensar em um objeto e a partir daquele objeto, vasculhar sua memória e buscar mais referências. Outros objetos, sentimentos, pessoas. Ele conta que sempre fez listas. Muitos dos seus contos e mesmo dos seus romances nasceram assim.

Mais uma lição, essa na jugular de quem escreve:

“Eis aqui a minha teoria. Nós escritores estamos aí para o seguinte: construímos tensões sobre o riso, então dê permissão e o riso vem. Construímos tensões sobre a dor e, por fim, diga, chore e torça para ver o seu público em lágrimas. Construímos sobre a violência, acenda o pavio e corra. Construímos estranhas tensões de amor, em que tantas outras tensões se misturam para ser modificadas e transcendidas, e permita a fruição delas na mente do público. Construímos tensões, especialmente hoje, sobre doenças e então, se formos bons o suficiente, suficientemente talentosos, elas permitem que o nosso público fique doente. (…)

Se eu fosse dar conselhos aos novos escritores, se fosse dar conselhos ao novo escritor em mim mesmo, indo ao teatro do Absurdo, do Quase-absurdo, ao teatro das Ideias, a qualquer-tipo-de-teatro, enfim, aconselharia o seguinte: não me conte piadas insípidas. Rirei da sua recusa em deixar-me rir.

Não construa para mim tensão em relação a lágrimas e recuse as minhas lamentações. Vou buscar melhores muros de lamentação.

Não cerre os meus punhos por mim e esconda o alvo. Posso acertar você, em vez dele.

Acima de tudo, não me cause náusea, a menos que você me mostre o caminho para o convés do navio.

Porque, por favor, compreenda que, se você me envenenar, devo ficar doente.”

O Zen e a Arte da Escrita me deixou com vontade de escrever cem ou duzentas palavras todos os dias.

Também me deixou com vontade de escrever contos.

E com vontade de ler As Crônicas Marcianas, de Ray Bradbury.

O Zen e a Arte da Escrita é altamente recomendável para qualquer um que ame a literatura. E imprescindível para quem escreve ou pretende escrever.
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