Nada

Nada Carmen Laforet




Resenhas - Nada


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Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2023

Nada é um romance inesquecível. Escrito em 1944, quando a autora tinha apenas vinte e três anos, e vencedor da primeira edição do prêmio Nadal, é considerado uma das obras espanholas mais importantes do século XX. Segundo Mario Vargas Llosa, é um romance composto com maestria, e, para o New York Times, ainda hoje "o charme peculiar do livro continua inalterado".
A história é narrada por Andrea, uma jovem órfã que se muda para a casa da avó, em Barcelona, para cursar Letras na universidade local. Mas o cenário que encontra, logo depois da Guerra Civil Espanhola, é desolador. Os familiares, empobrecidos, amontoam-se em um casarão decadente, onde discutem ferozmente pelos motivos mais mesquinhos. E a vida universitária esconde segredos e falsas amizades. Em Nada, esses dois mundos convergem em um diálogo dramático, num texto que renovou a literatura espanhola pós-guerra.

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788560281169
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Bianca1006 19/05/2023

"Alguns nascem para viver, outros para trabalhar, outros para olhar a vida. Eu tinha um papel pequeno e insignificante de espectadora."

A Andrea é introspectiva e tem boas experiências de vida através da melhor amiga, afinal na sua própria vida não tem nada de bom acontecendo, ela passa fome e sua família definha mais a cada dia...dá pra sentir a decadência dessa vida pela perspectiva dela, que chega com grandes expectativas e logo sua experiência de jovem adulta se torna cheia de frustrações (i'm just like her kk).
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Amanda Ciarlo 16/12/2021

Infelizmente não curti muito, achei a história muuuuito arrastada e com poucos eventos importantes. A personagem principal não cativa e os demais personagens são irritantes...eu adoro histórias familiares, mas está tive que pular diversas páginas para não abandonar o livro.
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Margallyne 30/12/2020

Mesmo quando só enxergamos um grande nada, ele está repleto de um tudo...
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Alan Bruno 18/12/2020

Nada
O livro possui uma leitura fácil de acompanhar, e embora a história não tenha nada de surpreendente, conseguiu me prender.
O título do livro combina demais com a atmosfera da história e a trajetória da protagonista. Foi bem interessante conhecer o núcleo de personagens que a protagonista passa a conviver, pois a relação entre eles era super conturbada e vez ou outra eu me pegava em dúvida se compreendia ou não suas atitudes.
Também passei muita raiva com alguns dos personagens, mas gostei do fato de suas ações serem "realistas" até certo ponto.

Não é um livro que eu recomende para todos, se você não for muito paciente com histórias meio paradas, talvez não vá gostar. Mas se busca algo com uma atmosfera melancólica e vazia, Nada entrega muito bem isso.
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Clarissa 29/02/2020

Perola
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SLMM 03/09/2019

Espanha 1944
Linda obra, pensar que a autora tinha 23 anos ao escrever o livro, aparenta uma maturidade e uma capacidade de observação aguda das pessoas e dos relacionamentos entre familiares, amigos, etc. Recomendo.
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@rmendes29 21/04/2019

Desatino
Uma verdadeira loucura a família da Andrea. Confesso que não sei como a velha sobreviveu à tanto descalabro.
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Dave 21/04/2016

Sobre o tudo que há em nada
Eu encontrei esse livro em um sebo. Em meio a tantas histórias a serem lidas, naquele dia em particular, sentia-me determinado a comprar algo que não se adequasse à categoria clássicos em minha mente. E, após cerca de dez ou quinze minutos fuçando as prateleiras do lugar, encontrei o título que, de imediato, fez com que eu pensasse: esse pode ser o livro da minha vida coisa que pareceu provável quando li o comentário de Carlos Ruiz Zafón acerca do livro. Talvez essa seja uma posição difícil de ser alcançada. Talvez Nada, de Carmen Laforet, não tenha alcançado esse cargo não neste momento em particular de minha vida. Entretanto, isso não tira todo o mérito da autora ao escrever sobre tudo aquilo que nos cerca em momentos de solidão: nada.

A trama é focada na jovem Andrea, uma moça que chega à cidade de Barcelona com o intuito de estudar em sua faculdade de letras. Para que possa completar sua graduação, ela terá que morar na casa de alguns parentes com quem já não se comunicava há anos. Logo que chega à casa localizada na rua Aribau, Andrea se depara com a situação do local. O caos que reina sobre sua nova moradia e sobre as pessoas que nela habitam logo se evidenciam, deixando claro que a ajuda fornecida pelos parentes estava mais próxima de ser um empecilho na trajetória da garota.

Com uma narrativa em primeira pessoa, acompanhamos a vida de Andrea ser abalada pelos mais variados tipos de pessoa. Sua família parece ser composta por um grupo de lunáticos; alguns afetados pela idade, outros porque simplesmente agem como loucos. Entretanto, todos parecem pensar que suas respectivas atitudes e personalidades se encaixam em um padrão de normalidade, se comparado ao dos outros habitantes da casa da rua Aribau. Andrea, então, descreve ao leitor os altos e baixos de sua vida em meio a esse circo que, ora apresenta situações cômicas, ora causa angústia diante a tantos fatos que podem ser tomados como revoltantes ou até mesmo incompreensíveis.

Aliás, incompreensível é uma palavra que parece definir bem os personagens. Nada é um livro que trabalha em cima de seus personagens complexos. Todos possuem suas motivações e suas desculpas para determinados comportamentos (embora nem todas tenham parecido ser razoáveis, ao meu ver). E quando me refiro à complexidade dos personagens, não me atenho necessariamente a um desenvolvimento que influencie no crescimento deles e que esteja explícito ao leitor. Com exceção da própria Andrea e, talvez, de Ena, melhor amiga da protagonista nessa história, os outros tem seus comportamentos fixos durante o enredo. Não por qualquer tipo de erro da autora, mas porque, ao que fica evidente, o misterioso passado de cada uma dessas figuras foi o suficiente para os moldarem da forma que são apresentados ao leitor. E isso é, em minha opinião, razão o suficiente para se intrigar com cada um deles.

No âmbito universitário, a autora procura se ater apenas à amizade de Andrea com Ena, além de alguns outros personagens que surgem durante a leitura. Ena é o oposto de Andrea: rica, com uma beleza mais acentuada, popular e com uma vida amorosa mais ativa, ela pode parecer, a princípio, uma jovem fútil. Contudo, logo nota-se que Ena é uma das figuras mais misteriosas que poderiam existir nesse livro. E as motivações para muitas de suas atitudes atitudes essas que fazem nossa querida protagonista viver momentos de desgosto e preocupação são reveladas de maneira espetacular em um dos capítulos mais intensos de todo o livro (ao qual eu, carinhosamente, apelidei de A Redenção de Ena). A amizade de Andrea e Ena é como qualquer outra da vida real: recheada de alegrias e tristezas, confissões e desastres, mas que nunca temina, como toda boa amizade deve ser.

Nada é um livro agradável de se ler. Entretanto, ele é carregado de uma atmosfera pesada. Não me refiro necessariamente a mortes, ou temas obscuros, mas ao simples fato de Andrea levar uma vida conturbada e que por muitas vezes parece desanimá-la. Uma vida em que nenhuma peça quer se encaixar. Uma vida com a qual podemos constantemente nos identificar. A melancolia, a irritação, os sentimentos amargos, tudo isso é trabalhado com maestria por Laforet. Entretanto, isso não impede a fluidez da leitura que, aliás, é bem fácil. O livro não é dos mais dinâmicos, mas se sustenta nos mistérios e motivações pessoais que cercam cada personagem todos tendo alguma influência na vida de Andrea. Preciso ressaltar que os capítulos 19 e 21 foram, para mim, os mais intensos e mais reveladores, pois são responsáveis por fazer com que o leitor reflita sobre diversas coisas; pensar sobre a influência dos erros do passado, das paixões desastrosas, das escolhas que constituem nosso caráter. Faz-nos refletir sobre o caminho que viemos trilhando até aqui.

Nada oferece bons temas a serem debatidos; questões morais a serem levantadas, além dos próprios enigmas que a autora nos incumbiu a desvendar. É um livro ótimo e, arrisco dizer, um pouco paradoxal. Apesar de seu título, Nada parece se tratar, na verdade, sobre o tudo.

site: https://dearalaskablog.wordpress.com/
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Dose Literária 28/07/2013

O Nada Que Mudou Tudo - Um Vislumbre da Literatura Espanhola
Nada conta a história de uma jovem órfã, Andrea, uma garota que, ao completar 18 anos, deixa sua cidade natal e vai para Barcelona onde ela pretende estudar literatura. Entusiasmada com o futuro, cheia de esperança e expectativas, logo que chega à cidade de seus sonhos Andrea recebe o primeiro tapa na cara da família. Ninguém está esperando por ela na estação.
Porém, ela está tão feliz por finalmente estar na cidade grande que releva esse pequeno detalhe e vai sozinha para o apartamento de seus familiares. Na época em que seu avô estava vivo, aquele apartamento era símbolo de elegância, alegria, e até riqueza, entretanto, tudo mudou após sua morte. Sujo, mal cuidado, e bagunçado, o local chega a cheirar mal, e seus habitantes são descritos quase como fantasmas (quer dizer, se fantasmas fossem sujos e fedessem)...

Continue lendo em...

site: http://www.doseliteraria.com.br/2013/06/o-nada-que-mudou-tudo.html
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