Shantaram

Shantaram Gregory David Roberts
Gregory David Roberts
Gregory David Roberts




Resenhas - Shantaram


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Alex 31/12/2022

Um livro contemporâneo que mereceria se tornar um clássico
Shantaram, que livro absurdo e incrível. Shantaram é uma obra de ficção, mas sim, os fatos se basearam em experiências de seu autor. Só isso, já torna a leitura, para alguns, mais interessante.

Shantaram conta a história de um professor de filosofia australiano, que teve seu casamento destruído, se perdeu na heroína, com ela foi para o crime e acabou preso num presídio de segurança máxima, cujo protagonista, fugiu pelo muro da frente e se exilou numa favela de Bombaim. Mas não se engane, isso apesar de já ter conteúdo para um filme, é contado em 3 ou 4 parágrafos.

A história de Shantaram de fato começa quando ele se exila na Índia, quando ele chega em Bombaim e se apaixona pela efervescência daquela cidade multicolorida. E, eu como leitor, me apaixono, a cada leitura, por esse cosmopolitismo indiano, pelos detalhes culturais e maneirismos regionais.

Outro fator de profunda beleza, característica que me faz querer reler esta obra, é a sensibilidade com que os temas são tratados, seja a questão religiosa, a moral, a amizade, o amor fraterno, a lealdade e a honra, o exílio, a solidão, a compaixão e o altruísmo, o crime e a guerra, as drogas e a desintoxicação, a paternidade e filiação, talvez o que menos se fala é sobre amor romântico, até pincela sobre, mas os todos estes outros temas são carregados de uma sensibilidade que, ou mareja os olhos, ou te leva a refletir, como o mundo pode ser melhor com pequenas atitudes.

A história te levará por Bombaim, pelo interior da Índia, para o interior de um presídio Indiano, para Goa, para o submundo do crime, mas também para o vácuo da droga para o Afeganistão e Paquistão, para uma guerra estrangeira e para a paz, quiçá para a mais profunda sensação de liberdade. Você conhecerá 30 vidas vividas em 10 ou 15 anos, e no final se perguntará, como o Lin conseguiu ter todas essas experiências absolutamente incríveis.

Este livro merece a sua degustação, ele é uma linda história de redenção, de autoconhecimento e de bondade. Mostra que o mundo não é preto e branco, que há bondade até no mais sujo e perverso catre . Sua leitura faz o leitor encontrar novas esperanças de que, talvez, o mundo ainda tenha solução.
Edneia.Albuquerque 31/12/2022minha estante
Parabéns pela resenha! Agora terei que ler o livro rs


Alex 31/12/2022minha estante
A ideia era essa, rsss, tenho certeza que gostará, Neia.


Esdras 31/12/2022minha estante
Depois dessa resenha fica difícil não ler o livro rs.


Alex 31/12/2022minha estante
Valeu Esdras. Tomara que goste.


Vanessa.Castilhos 31/12/2022minha estante
Resenha encantadora! Parabéns! Tbm quero ler!


Alex 31/12/2022minha estante
Muito obrigado Vanessa. Leia, suspeito que entrará na lista de seus preferidos.


Regis2020 05/01/2023minha estante
Maravilhosa resenha, Alex. Esse livro foi absurdamente intenso e o melhor do ano com certeza. Obrigada pela recomendação. ??




Regis2020 31/12/2022

Uma História Maravilhosa de Redenção
"Shantaram é o fruto de uma vivência intensa e pessoal do autor, revelando divertidas facetas da Índia, desde a sórdida vida na cadeia até a exuberância dos estúdios de Bollywood."

Lindsey, o personagem principal do livro, teve uma vida intensa e cheia de aventuras com pessoas maravilhosas que cruzaram seu caminho e outras nem tão maravilhosas, mas mesmo assim, pessoas interessantíssimas.

A escrita é viciante, o livro é cheio de vida e vibra assim como a cidade de Bombaim (atual Mumbai).
O autor retrata a Índia com uma perfeição escandalosamente emocionante, mostrando um pouco do dia a dia dos indianos de forma realista, bem humorada e cativante.

Ele fala a linguagem da cidade de um jeito que te transporta para Bombaim e te faz sentir um dos renegados do Leopold (O ponto de encontro dos negociantes de tudo que há para se cambiar na cidade e dos estrangeiros residentes no país). Assim como te faz sentir inserida em cada ambiente em que Lin esteve presente (cheguei a sentir o cheiro fétido da entrada da favela quando foi narrado, a alegria com a chegada das monções, o frio e a fome dilacerante que ele enfrentou próximo a fronteira do Paquistão). Muitas vezes senti que estava assistindo a um filme de Bollywood, dos quais sou muito fã, com seus personagens extravagantes, amáveis e vivazes.
As pessoas da favela são tão reais, calorosos e palpáveis, a última vez que vi personagens tão realistas assim, foi no livro Capão Pecado do Ferréz. Eles são tão incrivelmente cativantes na e sua luta diária sempre ajudando o próximo e se preocupando com os problemas dos outros como se fossem seus, que senti vontade de estar presente em várias situações que envolviam todos eles.

A amizade de Lin com o indiano Prabaker é o tipo de amizade verdadeira e desprovida de qualquer malícia e interesse que todos nós almejamos na vida. Prabaker ganhou meu coração de um jeito que me vêm lágrimas aos olhos só de escrever sobre ele. Ele é apenas perfeito!
Os diálogos e embates sobre teologia,  física e a vida entre Lindsey e Khan são maravilhosos de se ler. Khan é um personagem intrigante e interessante ao extremo.
Didier é outro personagem cativante, está sempre disposto a conversar e informar os novos acontecimentos da cidade, tem umas tiradas ótimas é confiável e você sabe sempre onde pode encontrá-lo. Ainda há outros personagens que são tão especiais e importantes para história quanto os que citei aqui. Mas terão que ler para conhecê-los.
Nenhum personagem apresentado nesse livro é unidimensional, todos são complexos e perfeitamente bem desenvolvidos. Gregory David os descreve não apenas como se os tivesse conhecido mas como se os tivesse analisado ao longo dos anos, por vários ângulos e de dentro para fora com um minúcia assombrosa (que é o que acredito que aconteceu já que são todos baseados em pessoas que ele conheceu em sua jornada pela Índia).

O episódio na prisão de Arthur Road me deixou perplexa, sofri junto com o Lin, torcendo o tempo todo para que aquela tortura escabrosa acabasse (aquilo foi tão real que até agora quando recordo, sinto os piolhos andando pelo meu corpo depositando seus ovos).
Embarquei nessa leitura sem a consciência de que estaria a bordo de uma montanha russa de emoções e em alguns momentos estive lá em cima com Lin mas devo dizer que as decidas eram as mais eletrizantes possíveis.

Vemos Lindsey viver entre os indianos e os estrangeiros, passar por várias situações e enfrentar todo tipo de coisa quase inimaginável e em momento algum dessa jornada paramos para pensar que isso não pode ter acontecido. É real, é palpável e extraordinariamente bem escrito. A cada capítulo torcemos por ele, nos alegramos com ele, sofremos com ele e desejamos que o fim de sua jornada seja feliz, mesmo sabendo que o livro é uma ficção baseada na vida real.

Esse é um livro intenso, com uma ótima escrita, personagens sublimes e muito fascinantes que pretendo reler outras vezes de tão envolvida que fiquei com tudo que Lin viveu em sua passagem pela Índia e outros lugares.

Amei o livro, me apaixonei por todos que fizeram parte dessa história e que foram tão suntuosamente descritos. Me encantei completamente pela escrita de Gregory David.

Tentei fazer uma resenha sem muito spoiler para que os que desejarem conhecer essa obra prima possam se surpreender e se maravilhar, assim como eu.
Recomendo muitíssimo essa esplêndida experiência literária.

Agradeço ao Alex, por ter me apresentado esse tesouro que se tornou um dos meus livros favoritos da vida. ? ?
Alex 31/12/2022minha estante
Era impossível não se tornar um de seus favoritos. Detalhe que eu jamais imaginei que gostasse do cinema indiano, mas com isso, certamente deve ter viajado ainda mais nas aventuras, encontros e desencontros de Lin. Fico feliz por ter gostado.


Regis2020 05/01/2023minha estante
Não apenas gostei, Alex... se tornou um preferido da vida. Agradeço imensamente a você por me ter apresentado esse livro maravilhoso. ??


HenryClerval 08/01/2023minha estante
Esse livro foi uma grata descoberta que só fiz por causa dos dois. Estou muito agradecido, o livro é incrível.


Regis2020 08/01/2023minha estante
Não esqueça de passar para frente a palavra do Shantaram. Esse livro é extraordinário. ?




Melão 01/07/2010

Shantaram
Aproveitando que uma amiga me perguntou sobre o livro, resolvi colar a resposta que escrevi pra ela sobre esse livro aqui para ficar visivel para várias pessoas.


Bem, é um livro fantástico, eu comprei meio que sem vontade de ler e após as 30 páginas eu nao queria mais largar o livro.

É um livro que podemos dizer que não vem com a proposta de ter um objetivo, do tipo, "salvar a mocinha" ou "achar um tesouro". O livro é sobre a vida de um homem, seus amores, frustações, superação, etc.

É uma história sobre favelas super lotadas e hotéis de cinco estrelas, amores e torturas em prisões, guerras entre facções de máfia, gurus espirituais e até mesmo filosofia. Durante o decorrer do livro tem um debate entre a natureza do bem e do mal.

O livro é muito bem escrito, durante algumas passagens o autor cita um fato futuro e isso te deixa mais encucado ainda pensando "como isso vai ser possivel?", ai mesmo que você não para de ler.

Os personagens são todos muito bem trabalhados e descritos, você consegue ver as aspirações, frustações, desejos, dores de cada um. É muito fácil você criar forte ligação com o personagem, justamente por isso, lembro até que chorei durante dois trechos do livro.


Então basicamente é isso, trata-se de uma história comovente de um homem foragido que perdeu tudo: lar, família e alma; e voltou a encontrar sua humanidade e até mesmo vontade de viver nas ruas de Bombain.

É dificil ficar falando sem contar trechos do livro heeheh, mas foi o melhor livro que li em 2008, para todo mundo que emprestei se tornou uns dos livros favoritos, a ultima pessoa gostou tanto que falou que nao iria me devolver hehehe (e realmente não devolveu hehehe).
Magui 12/07/2010minha estante
É isso aí Thiago, o livro é tão incrível que já li duas vezes, e ainda tem passagens que me surpreendem, quem sabe esse ano leio de novo. Eu estava entusiasmada pra ver o filme com Johnny Deep, mas o projeto não foi concluido, quem sabe um dia...
Vc acessou o site oficial do autor? Tem coisas bem interessantes da autoria dele, outros trabalhos, ví e gostei muito, o cara é bem interessante.
Abraços, da Magui


RH 20/11/2010minha estante
Ele estava resolvida a comprá-lo porque ele está em promoção por 10 reais no site Memee, por isso joguei o nome dele aqui no skoob para ver a opinião de outras pessoas que o leram... ele já está mega barato e depois da sua descrição agora é que eu compro mesmo!


LidoLendo 12/01/2012minha estante
Estou lendo!!!! Quero ter o mesmo sentimento que vc teve!! Estou adorando a leitura!




leo Monte 02/08/2009

FANTASTICO!

Mas esqueça tudo aquilo que você viu no caminho das Índias.
Chega a fazer da Índia de "Quem quer ser um milionário?" parecer um lugar bom pra se viver!

RECOMENDO
Bruno 20/08/2012minha estante
Não gostei. Achei muito ruim, verborrágico, mal escrito e com grande probabilidade de se tratar de lorota. Indicaram-me como sendo algo na linha de Papillon (que é fantástico),discordo. Shantaram foi uma decepção.


Nana 08/08/2014minha estante
Bruno entendi o "lorota" rs isso pq é 'BASEADO' em fatos reais, muitas citações são verdadeiras, pessoas, lugares... Mas algumas situações do enredo são fantasiosas, por isso é romance, não Biografia. Amei o livro, conhecer mais da cultura que eu confesso, tinha um pouco de preconceito. :)


Ed 18/04/2016minha estante
Comprei




LidoLendo 26/03/2012

Sensacional
Que livro bom! Sensacional! Merece todas as estrelas!
Acabei de ler Shantaram e com certeza é um dos melhoreslivros que já li.

A história é baseada na vida do autor: Gregory, condenado por roubos na Austrália, condenado a 19 anos de prisão e fugitivo! Fugiu para a India (Bombaim/Munbai) e lá viveu por 10 anos, antes de ser recapturado na Alemanha.

Mas a história não é só isso... esqueça a India de Caminho das Indias... esqueça a India dos luxuosos filmes de Bollywood. A narrativa detalhista, mas nem por isso cansativa, mostra uma India real, com fome, pobreza, miséria, drogas, violência, máfia... mas mostra tbm uma India onde as pessoas são humildes, alegres, otimistas, prestativas... mesmo com todos os problemas!

O livro não tem objetivos... não tem enigmas para serem resolvidos... mas te leva a pensar muito na vida, em relacionamentos pessoais, em perdão, em amor. Há muita filosofia no livro, onde Lin (nome que Gregory adotou na India) a discute por horas com o grande chefe da máfia de Bombaim (!!!! SIM!!!).

É um livro apaixonante, com personagens reais... não que todos eles tenham existido... quando eu digo "personagem real", estou me referindo a personagens que se apaixonam, que odeiam, que perdoam... matam, roubam... e morrem.

Recomendo muito o livro! De verdade mesmo! Não quero dar nenhum detalhe porque em Shantaram, tudo é uma aventura.

Não fiquem com medo das 912 páginas! Cada uma delas vale muito a pena... há livros que demoram pra "ficar bom"... mas Shantaram é diferente. Já começa perfeito, e vai perfeito até o final!!

Boa leitura a todos!! Video resenha no youtube: "lidolendo"
Romulo 12/05/2012minha estante
Suas 912 páginas fluem .... Muito bom!


Regina 29/10/2012minha estante
Li rapidamente, mesmo com tantas páginas, é uma leitura rápida. Os detalhes sobre o mundo das favelas é interessante. Recomendo!


Camila 27/02/2013minha estante
Isa, estou lendo este livro por sua maravilhosa indicação e vídeo-resenha. Comecei ontem e já estou alucinada, super envolvida como você descreveu de uma forma perfeita. Obrigada por divulgá-lo, este livro é maravilhoso demais, leitura obrigatória. Aliás, adoro todas suas indicações!




Sr.Matsui 22/01/2010

Leia antes que vire filme
Shantaram é um daquele livros que você espera encontrar a cada 5 ou 10 anos.
Sabe como é?

No começo dessa enorme aventura (944 páginas!) um jovem australiano com um passaporte neozelandês falso voa para Bombay (hoje Mumbai) sob o pseudônimo "Lindsay" em algum momento da década de 80.
Em seu primeiro dia lá, Lindsay encontra duas pessoas que irão influenciar bastante seu destino na cidade.

Uma delas é seu guia, Prabaker, cujos talentos incluem um sorriso largo e um coração impossivelmente alegre. Com a ajuda de Prabaker, Lindsay aprende Marathi (uma língua que os gora - estrangeiros - não costumam falar), conhece vilarejos da Índia e consegue abrigo temporário em uma favela, onde ele monta uma clínica comunitária.

A segunda importante é Karla, uma bela mulher com ascendência suíça-americana de olhos verdes e com um círculo de amizades composto de expatriados. O amor de Lindsay por Karla - e sua suposta inabilidade de retribuir esse amor - cria parte da tensão do livro.

A vida de "LinBaba" na favela termina repentinamente quando ele é preso sem acusações formais e jogado no inferno que é o presídio de Arthur Road. Quando finalmente ele é libertado, decide não morar mais na favela e começa a lavar dinheiro e falsificar passaportes para um dos chefões da máfia local - o sábio Abdel Khader Khan.

Eventualmente ele segue Khader em uma improvável guerrilha durante a guerra contra os russos no Afeganistão.

Ali ele descobre a ligação de Karla com Khader e também quem o denunciou para as autoridades que o prenderam.

E isso é Shantaram. Uma história de primeira que cativa você da primeira página e mantém o interesse ao longo de suas 944 páginas. O livro transborda com a quantidade de personagens dos mais variados espectros morais e persuasivos - bons e maus.
E também é rico de temas grandiosos, sobre a natureza humana e o esforço humano para sobreviver e seguir em frente, por bem ou por mal.

Para melhorar mais ainda, o estilo do autor é muito interessante; descritivo e muito bonito, sem jamais descer para o sentimental ou piegas. Gregory Roberts consegue encontrar constantemente as palavras e frases corretas para ilustrar a quantidade de experiências por quais passou.

O autor, que escreveu o primeiro esboço do livro na prisão, colocou tudo o que sabe e sente dentro de sua obra. E você percebe isso claramente. Existe dentro da história uma sensação de "wide-screen". Se existem ocasionais passagens que não fariam muito bonito em uma avaliação de faculdade, o livro tem imagens, histórias, personagens, diálogos filosóficos e mistérios que compensam - de longe - os defeitos da narração.

Gregory Roberts não pensa duas vezes em romancear e tomar licenças poéticas. Porém ao longo de todas a história, você tem a sensação de que tudo é real e aconteceu de verdade. Roberts é um Joselito de bom coração, capaz de se comportar criminosamente mas que na verdade é um homem inteligente e basicamente decente que jamais machucaria alguém de propósito. Especialmente quem ele conhece.

Ele é um pára-raios de problemas, soldado do acaso, um herói de um dramalhão: um sobrevivente que tenta viver com sua sabedoria em uma sociedade corrupta. Sua história é irresistível.

Esse é um livro que eu tenho minhas dúvidas se conseguiriam transformar em filme.
Que é o que vai acontecer em breve. Johnny Depp leu este livro e está financiando pessoalmente a produção dele - além de fazer o papel principal.
Não fosse pela greve dos roteiristas americanos a três anos atrás, o filme teria ficado pronto e lançado ano passado (2009).

A diretora Mira Nair ainda continua no comando e a previsão de estréia é para 2011.
OceaneMontanea 03/03/2010minha estante
Adorei sua resenha! Vontade de ler, antes que vire filme mesmo, como o próprio título sugere. Parece encantador.


Sr.Matsui 27/11/2010minha estante
Update sobre o filme: ele foi engavetado definitivamente. Uma pena. A notícia saiu na versão online do jornal inglês Independent. Aqui: http://tinyurl.com/yh959u5


LidoLendo 12/01/2012minha estante
Ainda bem que não vai mais virar filme...estou lendo e amando!




Tau 09/10/2012

Quando o desejo e o medo são exatamente os mesmo, chamamos o sonho de pesadelo.

Eu juro que vou tentar não enchê-los de spoilers, e vai ser difícil, então se sintam avisados se acaso eu não conseguir resistir à tentação.

Shataram me apresentou um mundo totalmente desconhecido na literatura. Mas, admito que quando conheci o livro, ainda quando a Intrínseca lançou a capa, eu me apaixonei pelo tamanho do livro. Tenho uma queda por livros grandes, enquanto grande parte das pessoas fugiria, as mais de 900 páginas desse livro me atraíram, como abelha é atraída pelo mel.

Mas o tamanho de Shataram é o que menos importa quando você começa a leitura. Alguém aqui encontrou, durante a vida de leitor, um livro que eu conquistasse na primeira página? Na primeira frase? Se não, eu lhes apresento a obra viciante de Gregory David Roberts, que começa da seguinte forma:

“Precisei de muito tempo e de atravessar a maior parte do mundo para aprender o que sei sobre o amor, o destino e as escolhas que fazemos, mas pude ter um vislumbre de sua essência em uma fração de segundo, enquanto eu era torturado, acorrentado a uma parede. Entre um grito e outro, de alguma forma percebi que mesmo naquele estado de impotência, algemado e sangrando, eu ainda era livre: livre para odiar os homens que me torturavam ou para perdoá-los. Não parece muita coisa, eu sei. Mas sob o peso e o aperto da corrente, quando isso é tudo o que se tem, tal liberdade representa um universo de possibilidades. E a escolha entre odiar e perdoar pode se transformar na história de nossa própria vida.”

O livro, dividido em cinco partes, mostra os diferentes momentos da vida de Lin, iniciando com sua chegada clandestina a Índia. O que mais surpreende na história toda é a naturalidade com que ele conta cada um dos fatos da sua vida, porque sim, é uma história quase verídica. Na minha visão leiga, eu descreveria como “uma autobiografia sem ser bibliográfica”.

Entre as muitas pessoas que aparecem ao longo da história, um dos inesquecíveis é Prabaker, o guia turístico e o amigo mais fiel que Lin poderia desejar. Como um sorriso irresistível, que usava o rosto inteiro, e uma energia que o fazia parecer sempre estar ligado a uma tomada, Prabaker apresenta a verdadeira Índia a Lin. A Índia dos indianos, com seus costumes, cheiros, hábitos alimentícios, povos diversos, e até mesmo os idiomas.

Uma coisa que me marcou foi à maneira com que Lin descreve o cheiro do lugar, em algum momento ele cita como “o pior cheiro bom do mundo”. Imagine-se lendo um livro, num parque, na sua casa, numa biblioteca que seja, e de repente, durante a leitura, você começa a sentir o cheiro do lugar, como se fosse você chegando à Índia como um fugitivo, considerado o mais procurado da Austrália, e ainda assim se dando ao luxo de apreciar o aroma único que, como Lin deixa parecer, é o que caracteriza Bombaim como ela realmente é… é, foi assim que eu me senti.

(Continua em: http://fromthe-desk.blogspot.com.br/2012/10/shantaram-gregory-david-roberts.html)
rosiane 16/11/2012minha estante
Já li muitos, muitos livros, mas Shantaram foi o melhor de todos.
A narrativa real do autor é algo fantástico. A história prende do início ao fim.
Tornou-se o melhor livro de minha estante


Algam Dondup 27/12/2013minha estante
Eu vi uma resenha desse livro na "Veja" e no dia seguinte, após adquirir um exemplar, comecei a ler. Realmente uma história que conquista o leitor já no primeiro parágrafo.Os personagens são fascinantes. Vale a pena chegar ao capítulo em que Khader Khan, líder de uma facção da máfia de Bombaim, sendo ao mesmo tempo bandido e filósofo, explica os mistérios do mundo. Leitura recomendada para quem gosta de boa literatura temperada com muita aventura.




Maria.Batagin 23/09/2023

Só leiam
Que livro maravilhoso, uma viagem onde você só vai gastar em lençol para enxugar as lágrimas.
Um livro de uma história feita em camadas e bem amarrada no final, aquele livro com várias histórias impactante.
Detalhe esse livro é uma autobiografia
?Todas as batidas de um coração humano, dissera ele muitas vezes, abrem um universo de possibilidades.?
Não se assuste com o tamanho do livro, pq nas primeiras páginas vc não quer parar de ler.
Maria.Batagin 24/09/2023minha estante
Oiii? leia sim, é um dos melhores livros que já li. Além de ser enriquecedor de detalhes dos costumes da Índia.
Viajar sem sair do lugar!!!
Lindo demais.




Denynha 15/01/2015

Me assustei, realmente, com o tamanho do livro. Pensei em deixar para outro dia. Mas por causa de um vídeo-resenha da Isa (lido lendo) super empolgada e um projeto literário (volta ao mundo em livros), peguei para ler.
Não me arrependi. De 912 páginas, em dois momentos, achei que poderia ser menos detalhes, mas mesmo assim, trechos muito interessantes.
Lin, meu anti herói predileto!!! Um cara que eu amei e odiei durante este calhamaço em forma de livro.
Em momentos, putz, ele era o cara mais foda da terra, noutros o cara mais idiota!!!
Chorei horrores em alguns momentos, dei gargalhada (dentro do ônibus), fiquei curiosa, fiquei preocupada e amei junto com Lin.
Personagens tão bem escritos, que parecem ser reais. A Índia diferente do retratado até então. Uma Índia bela e suja, um estrangeiro que se apaixona pelo país e decide viver por lá, mostrando que todo lugar, tem coisas boas e outras ruins, mas quem faz o lugar é você e quem você convive. "Eu estava fugindo. Não tinha lar nem país. Minha bagagem estava cheia de objetos que ganhara: um enorme estojo de primeiros socorros comprado por um grupo de amigos, desenhos, poemas, conchas, plumas. Até as roupas que eu usava e as botas que calçava eram presentes. Todos os objetos eram importantes. Em meu exílio forçado, a beirada da janela se tornou minha casa, e os talismãs, minha nação."
Sofri duas grandes perdas com Lin, assim como ele, chorei e sofri. Mas, consegui sorrir com ele e com o seguimento da vida.
"Estava pensando sobre outro tipo de rio, aquele que passa dentro de cada um de nós, não importa de onde venhamos, de qualquer lugar do mundo. É o rio do coração e dos desejos do coração. É a verdade pura e essencial daquilo que cada um de nós é e pode obter. Fui um lutador a vida inteira. Eu estava pronto, pronto demais, para lutar pelo que eu amava e enfrentar o que deplorava. No final das contas, incorporei a feição daquela luta, e minha verdadeira natureza ficou oculta por trás de uma máscara de ameaças e hostilidade. A mensagem de meu rosto e dos movimentos de meu corpo era a mesma de muitos outros homens endurecidos: Não se meta comigo. No fim, passei a exprimir esse sentimento com tanta sinceridade que toda a minha vida tornou-se aquela mensagem."
Personagens com qualidades e defeitos. A dualidade entre o bem e o mal. O Lin bandido e o Lin gente boa que ajuda outras pessoas e que sofre junto com eles.
"— A verdade é que não existem homens bons ou ruins — disse ele. — São as ações que contêm bondade ou maldade. Existem boas e más ações. Os homens são apenas homens. O que eles fazem ou se recusam a fazer é o que os vincula ao bem e ao mal. A verdade é que um instante de amor verdadeiro no coração de qualquer pessoa, do mais nobre dos homens ao mais perverso, tem todo o objetivo, o processo e o significado de vida dentro das pétalas da flor de lótus de sua paixão. A verdade é que todo mundo, cada um de nós, cada átomo, cada galáxia e cada partícula de matéria do universo, se encaminha na direção de Deus."
É uma história sobre as piores favelas convivendo com luxo absurdo, amores por uma cidade, um povo e algumas pessoas, violência e torturas em prisões, guerras entre máfia e em busca da liberdade, gurus espirituais, religião, aceitação e amizade...
Junurr silva 12/04/2015minha estante
Parabéns pela resenha.
Fiquei louca pra ler :D




day 27/05/2015

maravilhosoo!!
Gregory David Roberts me deixou em estado de graça com esse livro.
simplesmente maravilhoso!!
Sou apaixonada por livros que falam da índia.Mais a narrativa do autor é simplesmente diferente de todos os livros sobre a índia que já li.
Eu ri,chorei,me preocupei e viajei com o autor ,em suas memórias .
Um livro forte,cheio de passagens maravilhosas com grandes lições.
Amei tudo!! Desde a chegada a bombaim ,até sua prisão,guerra e triunfo se assim posso chamar.
Mais quem ler esse livro não vai se arrepender,são mil páginas de pura emoção.
São daqueles livros que você não consegue largar,e quando acaba lhe trás aquela ressaca literária.
Já estou morrendo de saudades desse livro maravilhoso.
day 28/05/2015minha estante
http://escreverdayse.blogspot.com.br/




Leila 22/08/2024

Shantaram é uma daquelas leituras que nos encantam desde as primeiras páginas e nos envolvem em uma jornada vibrante. Escrito por Gregory David Roberts, o romance, que mistura elementos autobiográficos e ficcionais, nos leva para as ruas de Bombaim (atual Mumbai) em uma narrativa que é ao mesmo tempo envolvente e reflexiva.

O livro destaca-se pela fluidez de sua escrita, com uma narrativa que, apesar de extensa, é incrivelmente deliciosa de acompanhar. Roberts tem o dom de criar um "novelão" no melhor sentido da palavra, onde cada capítulo nos instiga a seguir em frente, sempre curiosos para saber o que acontecerá depois. A trama é rica em detalhes e personagens complexos, o que torna a experiência de leitura ainda mais imersiva.

Lin, nosso personagem central é ambíguo e ficamos constantemente tentando nos "entender" com ele, naquele misto de "gosto e desgosto". Lin faz amigos e inimigos ao longo de sua jornada, envolve-se com a máfia local, trabalha como médico atendendo de forma social, e reflete sobre a natureza do bem e do mal. É com certeza uma persona interessantíssima.

Um dos aspectos mais fascinantes de Shantaram, no meu ponto de vista, é o fato de ser semi-autobiográfico. Esta característica adiciona uma camada extra de curiosidade, que nos faz questionar constantemente o que de fato aconteceu e o que foi moldado pela imaginação do autor. Essa mistura de realidade e ficção é um dos pontos fortes do livro, que nos faz refletir sobre as fronteiras entre a vida e a narrativa.

Recomendo fortemente a leitura, especialmente para aqueles que apreciam histórias ricas em detalhes culturais, emocionantes e com uma boa dose de reflexão filosófica. É uma pena que o livro esteja esgotado no momento, mas, se você tiver a oportunidade de encontrá-lo, certamente vale a pena.
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rosiane 16/11/2012

Realmente, a melhor história que li até hoje. Recomendo!
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Marilia 12/01/2013

simplesmente lindoo! :)
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Lista de Livros 22/12/2013

Lista de Livros: Shantaram, de Gregory David Roberts
“O vaidoso necessita dos demais, busca neles a confirmação da ideia que quer ter de si mesmo.”
*
“O tolo é vitalício e impermeável. Por isso dizia Anatole France que o néscio é muito mais funesto que o malvado. Porque o malvado descansa algumas vezes; o néscio, jamais.”
*
“Todo gesto vital, ou é um gesto de domínio ou um gesto de servidão.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2013/10/shantaram-gregory-david-roberts.html
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