Casa de pensão

Casa de pensão Aluísio Azevedo




Resenhas - Casa de pensão


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Kata99 15/11/2024

Pacato
Consegui o livro por acaso então resolvi dar uma chance, porém é uma leitura pacata, quase nada acontece em mais de 100 pgs, não me instigou interesse em continuar.
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mariana 21/10/2024

Parece mentira, mas no final, não é
Todos os personagens desse livro são ? mínima ou o maximamente ao que é permitido para um ser humano ? detestáveis.

Uma das leituras obrigatórias do PAES, Casa de Pensão traz uma narrativa relativamente simples, mas que consegue dar origem a muitas, muitas coisas.

Aluísio Azevedo traz Amâncio, um jovem ?ingênuo? e de boa conduta (pelo menos, é o que achamos por um breve (bem breve) momento) que se muda para o Rio de Janeiro, a famosa Corte, para estudar Medicina. A velha história da saída do campo para a cidade em busca de uma vida melhor, a diferença é que, aqui, o campo é o Maranhão.

Quando Amâncio chega ao Rio de Janeiro, acaba descobrindo que a vida não é um mar de rosas, ou melhor, não se resume apenas aos amigos (o Paiva incluso), bebedeira e mulheres. Mas Amâncio parece passar o livro todo ignorando esse detalhe, para ser sincera.

Logo no início, conhecemos Campos, um amigo do pai de Amâncio que logo se oferece para alojar o rapaz. Não vou me estender muito nele, mas digamos que a esposa dá o que falar ao longo do livro.

Depois, somos introduzidos à verdadeira Casa de Pensão do título e também à família de João Coqueiro, um amigo do amigo de Amâncio que realmente oferece uma morada para o provinciano, mas não apenas por interesse em ajudar o pobre rapaz (que de pobre não tem nada, e eu não me refiro apenas a dinheiro), mas também pela grande quantia que Amâncio têm em seu bolso.

Essa é a história, e não vale a pena eu me alongar nela, afinal, nada conseguiria registrar a real experiência que é ler e descobrir tudo por conta própria.

Mas, ao longo do tempo, descobrimos que nenhum personagem desse livro é minimamente decente ou amável.


O engraçado é que não se espera que um livro que se passe em uma casa de pensão desse origem a tantos problemas e desavenças, embora seja o que realmente acontece.

Amâncio, o protagonista não só da história, mas de todos os problemas que aparecem ao longo do tempo, é um vitimista. O provinciano é egoísta, cínico e manipula os fatos ao seu redor para sempre se sair bem.

João Coqueiro, o vilão da história de Amâncio, não passa de um frustrado com a vida. Dessa forma, procura o garoto como válvula de escape para consertar a vida, que não precisava ser consertada, de sua irmã.

Amélia, a irmã não tão arruinada de João Coqueiro, acaba se passando por vítima em alguns momentos. Mas depois nós acabamos descobrindo que ela se tornou tão possessa como o irmão, embora a transição seja tão sútil que é quase imperceptível.

Dito isso, o resto dos personagens (que não valem a pena serem aqui comentados) são detestáveis. E Casa de Pensão não faz muito esforço para mostrar o ser humano em sua mais pura forma, com todo o egoísmo, narcisismo e individualismo.

No final do dia, talvez o personagem menos detestável e mais sofrido seja o tísico.

O final não é trágico, visto que é baseado em um fato.

Casa de Pensão é uma ótima leitura.
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Carla.Parreira 18/10/2024

Casa de Pensão (Aluísio Azevedo). O livro é um retrato da sociedade carioca do século XIX, marcada por uma crítica ao comportamento humano e às relações interpessoais. Aluísio, nascido em 1857, muda-se para o Rio de Janeiro aos 19 anos, onde inicia sua trajetória artística. Ele se destaca no movimento naturalista, especialmente com seu romance "O Mulato", que aborda questões de preconceito racial, e mais tarde com "Casa de Pensão", publicado inicialmente como folhetim em 1883. A narrativa centra-se no estudante Amâncio, também originário do Maranhão, que, ao chegar ao Rio, reflete as experiências de Azevedo. Amâncio é caracterizado como um jovem mimado e egocêntrico, que busca apenas aventuras e relacionamentos superficiais. A trama se desenvolve na casa de pensão dirigida por João Coqueiro, onde Amâncio se instala após sair da casa do amigo Campos. A dinâmica entre os personagens revela um plano ardiloso por parte de Coqueiro e sua esposa, Madame Brizar, que veem em Amâncio uma oportunidade de favorecer a situação da filha, Amélia, que, à medida que os encontros secretos progridem, torna-se amante de Amâncio. A relação entre ambos se complica quando Amélia, ambiciosa, começa a exigir presentes e dinheiro, o que culmina na compra de uma casa por Amâncio para evitar um escândalo. No entanto, ao perceber que está sendo manipulado, ele decide retornar ao Maranhão após a morte de seu pai, mas é impedido por Joao Coqueiro, que orquestra a prisão de Amâncio no porto, tornando-se assim o desencadeador de perigosas reações na sociedade carioca. O desenrolar da história promete aprofundar ainda mais as tensões entre o desejo, a ambição e as armadilhas das relações sociais e familiares, enquanto se aproxima do clímax do conflito e suas consequências para os envolvidos. Amâncio, após ser libertado, é recebido por uma sociedade que rapidamente toma partido, com a maioria apoiando-o e desonrando o Coqueiro, que agora enfrenta vergonha e dificuldades financeiras, pois dependia do jovem. Envergonhado e alvo de zombarias, Coqueiro, em um ato desesperado, busca confrontar Amâncio em seu hotel e acaba por matá-lo. Com a morte do filho, a mãe de Amâncio, ao chegar ao Rio informada por Campos sobre a prisão, descobre o trágico desfecho da vida de seu filho. A obra de Azevedo termina de forma abrupta, refletindo a realidade crua das relações e da moralidade da época. Luís Azevedo, para escrever "Casa de Pensão", buscou conhecimento empírico, visitando cortiços e pensões, capturando a essência da vida urbana em uma época de rápidas transformações sociais e econômicas no Rio de Janeiro. O autor destaca as tensões provenientes da urbanização, que trouxe uma onda de imigrantes e a luta por moradia. As pensões, como a de Madame Brizar, serviam como um microcosmo das diferentes classes sociais e realidades que coexistiam na cidade, refletindo a crescente divisão entre os que tinham e os que não tinham. O realismo e o naturalismo se entrelaçam na narrativa, onde o naturalismo se aprofunda em como as condições sociais e familiares moldam o comportamento dos personagens. A formação de Amâncio é evidenciada através do contexto de sua infância, marcada pelo egoísmo e a falta de afeto dos pais. Esta formação está ligada a correntes científicas da época, como o evolucionismo de Darwin e o empirismo de Comte, que influenciaram a maneira como Azevedo explorou a natureza humana em sua obra. A estrutura do romance permite discussões mais amplas sobre a condição feminina, a sociedade machista e os costumes urbanos da época. A narrativa inclui temas de adultério, violência e ambição, que foram comuns também nas experiências compartilhadas dos estudantes da época, como no caso verídico que inspirou Azevedo. A história de Capistrano, um estudante do Paraná envolvido em um crime semelhante, revela as nuances da moralidade e as consequências tragédias que permeavam o cotidiano da sociedade carioca no século XIX. O romance, embora breve, provoca reflexões significativas sobre a realidade do Brasil daquele período, permanecendo acessível ao público literário moderno.
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Amanda Macêdo 05/10/2024

Fiz as pazes com aluisio azevedo
Apesar de nao ter gostado muito da leitura de o cortiço, a leitura de casa de pensao foi uma surpresa feliz! Me prendeu muito e a escrita do autor é incrível e me rendeu boas risadas e reflexões sobre assuntos ainda atuais.
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Kim.gmrs 22/09/2024

O Naturalismo precisa ser mais estudado!
Casa de Pensão é mais um dos romances do Aluísio que provam o quão o ser humano pode ter atitudes desumanas e maldosas pelo determinismo, ou seja, se uma infância ruim marcou a vida de tal pessoa, ela vai ter um caráter falho. Mesmo mostrando de um modo ?grosso?, o Aluísio Azevedo demonstra nessa obra que a história pessoal influencia muito no futuro de um cidadão, a ausência ou presença de determinada coisa na evolução de uma criança dita como pode ser o futuro do indivíduo. Hoje sabemos que nem sempre é assim, mas graças ao Naturalismo, podemos perceber tais atitudes de modo mais tangível.
Não é um romance como os atuais, mas com certeza faz de nós, brasileiros, compreender o contexto social do Brasil no século XIX, é uma leitura bem importante!
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Marcel.Marinho 22/09/2024

São todos os errados
Nunca vi um livro con tanta gente ruim. Demorou um pouco pra engatar mas é muito bom do meio pro fim
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_.Alleeh._ 17/09/2024

A obra de Aluísio Azevedo traz uma crítica contundente à sociedade da época, denunciando a falsa moralidade, a ganância e as ambições mesquinhas que permeavam as relações entre as pessoas. O autor utiliza o ambiente da pensão e os personagens para mostrar a hipocrisia e a corrupção moral que imperavam na sociedade urbana do Brasil do século XIX.
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Isaqsf 15/09/2024

Um livro naturalista, onde é exposto a face obscura da sociedade em que vivemos, onde só mudam a época, os costumes e trejeitos continuam os mesmos.

A trama chega a ser monótona, dando uma impressão de embuxamento.

O final do livro, relata o quanto a sociedade é guiada por achismos, e parecem mais uma manada de gados, sem ter opiniões próprias ou autonomia no pensar crítico!
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Ébero 15/09/2024

Cobra engolindo cobra
Dos livros que li até hoje de Aluísio Azevedo, este tem a linguagem mais fácil. A Editora Principis também facilita muito a vida com essas notas de rodapé, que chegam a explicar frases inteiras! Um ótimo trabalho.
Esta é uma história sobre pessoas mesquinhas, interesseiras e mal intencionadas. Se isso te desgasta de alguma forma, leia este livro com cuidado. Ou então nem leia, você vai passar raiva.
O resumo que o site (Skoob) fornece sobre esse livro não é mal feito, mas é tendencioso. Dá a entender que Amâncio (o personagem principal) é o único ser desvirtuado na narrativa. Não é. Cada personagem nesse livro defende ferrenhamente seus interesses pessoais a qualquer custo. E por isso é tão próximo da realidade.
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spoiler visualizar
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naponiic 04/09/2024

Quem tem medo do vestibular? (Spoiler: eu)
Inicio essa resenha com o manifesto de que garanto a você que eu não teria lido Casa de Pensão senão para o vestibular. Mas o motivo não é exatamente que o livro não me interesasse: na verdade, é mais pelo fato de que eu provavelmente não teria insistido tanto na leitura se não PRECISASSE o fazer. Isto é, achei a primeira metade (aquela mais voltada a contextualização) o puro e simples "chata". Contudo, como já tinha uma noção do enredo (uma vez que é baseado em um evento canônico), persisti e, pelos meus próprios comentários da segunda metade, dá para perceber que valeu super a pena. A medida que os eventos vão se aglomerando um em cima do outro, que a escada que antes representava a escalada dos fatos se mostra mais como uma espiral de tudo-que-é-possível-dar-de-errado, entendemos o como as personagens imperfeitas e moralmente questionáveis tornam do livro uma grande tragédia cômica, sendo árduo de deixá-lo de lado quando as coisas começam a ficar mais interessantes. Aluísio, me perdoe, eu pequei.
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isreader 30/08/2024

A ganância mora ao lado
Um dos piores que eu li nos últimos tempos, não funcionou pra mim. A narração parece girar apenas em torno de fofocas e diálogos chatos. É um livro parado e sem muita emoção. Foi mal, Aluísio :/.
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lee_gigi 28/08/2024

Casa de pensão
?Casa de Pensão? é uma obra que possui características do naturalismo. Um dos aspectos dessa escola é a crítica a questões sociais.
O livro em questão traz a história do jovem rico Amâncio que sai da província do Maranhão para ir ao Rio de Janeiro estudar medicina por influência dos seus pais. No entanto, o que parece ser apenas uma viagem de estudos, torna-se um alvoroço de situações problemáticas por causa, principalmente, da postura do personagem principal. A obra faz uma crítica a falsa moralidade da sociedade carioca daquela época.
Além disso, o livro é baseado em um ocorrido que se deu naquela época na cidade do Rio.?
Recomendo a leitura!
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islbeisa 25/08/2024

Nota do leitor
É uma narrativa bem eloquente, por ser um romance de fato se fez longa. Gostei muito da história, realmente me prendeu na leitura. Acredito que o autor queria mostrar a natureza humana sendo egoísta, que faria de tudo para não morrer na pobreza. Amâncio, nosso personagem principal, tinha tudo para ter um futuro ótimo, mas por traumas que lhe foram gerados na infância, este queria viver na maior liberdade possível, suponho, o que lhe custou muito mais. Todos os personagens são manipuladores e capazes de tudo com o único objetivo de benefício próprio. Acredito que Aluísio queria trazer exatamente essa visão para seu livro e conseguiu.
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Lehh 20/08/2024

Um livro interessante. Achei muita enrolação até ter o plot, achei meio chato ficar lendo sobre a vida amorosa do Amâncio, preferia que o plot tivesse sido mais trabalhado. Mas entendo que isso é literatura, por isso é tão denso e marcante.
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