São Bernardo

São Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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skuser02844 22/12/2020

Desafio em todos os sentidos
Desafio, essa foi a palavra para a leitura deste livro, que esteve abandonado desde a adolescência. O que explica a longa protelação foi a aversão com respeito à leitura de clássicos da literatura nacional, devido ao contexto voltado ao mundo adulto, à incompreensão das intenções do autor, as expressões ultrapassadas, aos personagens sem atrativos etc. etc. Creio que a imposição de leitura dos clássicos nos colégios é inadequada e traumática, os jovens querem leituras em que possam estar inseridos em seus contextos. Passada a juventude, quando nos encontramos na fase adulta carregada de experiências de leituras mais densas, a mágica acontece, todos os obstáculos são transpostos e você consegue se conectar com o autor, os personagens lhe são familiares, a mensagem é assimilada e conclui que o texto é de muita qualidade.
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Anlupi 02/12/2020

Livrão
Livro fantástico. Acompanhamos a evolução do personagem num clima de fazendas, cana de açúcar, engenho. Fala sobre um homem, paixões, velhice. No final o personagem surpreende e nos vemos como seremos e ai refletimos e se processa o aumento do intelecto na reflexão. Amei! Livros com essas paisagens, você se sente no campo, libertam a alma. Viajamos sem sair de casa. Junto com o livro Fogo Morto estes estilos são fantásticos! Lembra a novela Renascer, mas é claro q um livro é mais rebuscado. Seria um Renascer ambientado não no Cacau, mas nas fazendas de Engenho. Muitas paixões, saudades, lembranças, velhice, morte, saudades. Livro que emociona. São Bernardo e Fogo morto para quem gosta desse estilo de Engenhos, fazendas, natureza, verde. São excelentes. Aquela figura do coronel que tomava as rédeas. Você volta no tempo
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Bel * Hygge Library 30/11/2020

S. Bernardo (Graciliano Ramos)
Graciliano Ramos foi um escritor que redescobri em 2020. Meu contato com sua obra limitou-se, até então, às aulas no colegial e nunca mais li nada dele. Em 2020 reli "Vidas Secas" e agora, li pela primeira vez, S. Bernardo. E confesso que é difícil dizer de qual gostei mais. Talvez, S. Bernardo leve uma pequena vantagem.

E gostei tanto deste livro, pois possui os elementos que mais me chamam a atenção em uma história: o vai e vem na linha do tempo, mesclado com aquela atmosfera de "Será que isso que ele narra é realmente uma memória ou apenas suas imaginação operando?". Um romance repleto de marcas de oralidade e regionalismos, que nos transporta para dentro de suas páginas e palavras, de modo que nos sentimos no mesmo ambiente em que estão Paulo Honório, Madalena, Padilha, Nogueira, Gondim, Dona Glória, Padre Brito, etc, discutindo política, o processo de escrita do livro de Paulo Honório, as cartas escritas por Madalena, divisão do trabalho e disputa por divisas de terra. Enfim, livro indispensável.

"Há fatos que eu não revelaria, cara a cara, a ninguém. Vou narrá-los porque a obra será publicada com pseudônimo. E se souberem que o autor sou eu, naturalmente me chamarão de potoqueiro." - p. 13

site: https://www.instagram.com/hyggelibrary/
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Fernandho7 16/11/2020

Ter ou ser?
O que construimos independente de como construimos e a isso nos apegamos (São Bernardo) a ponto das outras coisas ou pessoas que na nossa vida se apresenta, aparenta sempre ser menores, resulta sempre por perdermos essas que se apresentaram e chegar a conclusão que o apego total ao patrimônio não só nos tornou cego como parte desse patrimônio e assim menos pertencentes a nós mesmos.
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itsmarianita 27/10/2020

A soberania de saber tudo
Não foi meu livro favorito e falando isso não procuro desmerecer a obra. Reconheço seu valor. Importantes questões abordadas no livro são necessárias para conhecer a sociedade da época e de hoje. O melhor conselho é: saber ouvir a realidade dos personagens.
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Vanessa Cardamone 25/10/2020

Romance tipicamente modernista
"São Bernardo" é um romance dividido em 36 capítulos  escrito por Graciliano Ramos e publicado em 1934 durante a segunda fase do modernismo brasileiro. A história é narrada em primeira pessoa pelo personagem Paulo Honório, um homem de aproximadamente 50 anos de idade de personalidade agressiva, rude e autoritária que decide escrever um livro sobre sua vida após estar abandonado e arruinado.

A fazenda de São Bernardo é o local central da história, Paulo Honório antes de tornar-se dono da fazenda esteve na prisão depois de assassinar o amante de Germana, sua ex-mulher, dentro da prisão foi onde aprendeu a ler, com uma bíblia, e após sair da prisão pegou 50 mil réis emprestados a juros que pagou com muito esforço, trabalhou vendendo doces, lavando tacho, de caixeiro viajante e guia de cego, mas não foi trabalhando que ele conquistou a fazenda,  Padilha havia herdado a fazenda do pai, mas após endividar-se com Paulo Honório passou a escritura como compensação.

Com a fazenda em posse ele encontra um problema, as cercas do vizinho invadem seu terreno e então ordena a Casimiro Lopes, seu empregado, a matar Mendonça, o vizinho, e agora dono de fazenda e terras Paulo Honório é um latifundiário próspero o que o leva a querer um herdeiro, então se casa com Madalena, uma professora da escola normal, que se muda junto com sua tia, D. Gloria, para a fazenda de São Bernardo.

A decadência de Paulo Honório se inicia após seu ciúmes excessivo em relação a Madalena, uma mulher culta que participava de diálogos intelectuais com amigos de Paulo Honório que não entendia as discussões, o que gerava grandes conflitos entre o casal. Madalena se suicida e o círculo de pessoas que frequentavam São Bernardo vai sumindo aos poucos e Paulo Honório se vê solitário e abandonado.

De caráter regionalista o romance "São Bernardo" se passa em Viçosa-Alagoas e é uma das obras mais célebres do escritor Graciliano Ramos, a linguagem seca característica da escrita do autor representa muito bem o personagem Paulo Honório, uma pessoa não formalmente instruída de personalidade rude que possui uma linguagem simples e direta. O maior marco da obra é a fragmentação psicológica do personagem que se alinha a sua situação socioeconômica, uma vez que, enquanto estava recém casado a fazenda estava próspera, mas após a morte da esposa só há decadência.

"São Bernardo" é uma obra de fácil leitura apesar de sua temática, em certa medida, crítica e decadente da situação de um cidadão do nordeste, do seu psicológico, da sua situação econômica e de sua paisagem (resumida a São Bernardo). Não é um romance onde há um herói, um vilão, clímax e moral, ou seja, é um romance tipicamente modernista que busca a ruptura de uma narrativa romântica da vida. Não é uma leitura emocionante, tocante, ou moralista é uma história de denúncia, de um personagem psicologicamente perturbado e agressivo que se acaba em ruína.
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gabriel 17/10/2020

Leitura ágil, mas esperava um pouco mais

Pelo tanto que falam desse livro, esperava vir aqui e sapecar logo umas cinco estrelas nele. Mas ficou devendo um pouco, ao menos para o meu gosto. Não é um livro ruim, nem de longe. A narrativa é ágil e é interessante como o narrador desdobra os personagens de uma maneira rápida e sem perder muito tempo - um estilo quase "jornalístico", por assim dizer.

O tema é daqueles típicos que você encontra em muitos filmes, que é o de "figura de autoridade lamentando as coisas". Aqui é meio que isso, é quase que um "Poderoso Chefão", só que da roça. A narração é em primeira pessoa e ele vai refletindo sobre o seu passado e contando as coisas que viveu. Vale a leitura, ela é bem rápida e direta e tem algumas viradas interessantes.

Esqueça "modernismo isso, modernismo aquilo", não faça disso uma aulinha chata de literatura, apenas pegue despretensiosamente e aprecie a técnica literária direta e objetiva do Graciliano. Uma espécie de "Vidas Secas" de rico, se bem que achei aquele bem melhor.
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Denise Ximenes 13/10/2020

Irrepreensível
Pra quem acha que o Velho Graça é maravilhoso porque escreveu Vidas Secas, quero dizer que sim, é verdade. Mas para além do drama vivido por Fabiano e sua família (com a inesquecível Baleia), digo que São Bernardo, narrado em primeira pessoa, é uma obra ainda mais encantadora...

Paulo Honório percorre o mesmo caminho dos personagens da fazenda (em Revolução dos Bichos, de G. Orwell). Ele passa de reles empregado a dono de uma propriedade importante, no interior de Alagoas. E, ao se ver senhor de sua vida, ele começa a reproduzir os mesmos comportamentos autoritários aos quais era submetido, no passado.

Tamanha era a brutalidade com os seus e as duras consequências de seu comportamento indiferente, que o protagonista, enfim, reconhece sua personalidade difícil, perde as pessoas mais importantes de sua vida e o final merece mil estrelas...
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CAMBARÃ 29/09/2020

Inesperado
Esse escritor sempre me surpreende com sua prosa impecável.
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Sailorluquinhas 24/09/2020

É interessante, mostra como o caráter humano é quebrado pela riqueza e quando alguém tenta avisar ele simplesmente a destrói
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José Amorim 24/09/2020minha estante
Incrível sua resenha.




Catarine Heiter 05/09/2020

Em São Bernardo iremos encontrar um protagonista que nos conta a sua história, desde a infância pobre, até as suas vitórias conquistando a fazenda que um dia foi seu local de trabalho. Sendo este seu maior objetivo na vida, muitas atitudes duvidosas vão transformando seus obstáculos em meros detalhes e suas conquistas em seu maior orgulho. Sua relação com o maquinário, a estrutura e os animais da fazenda não é muito diferente da que ele desenvolve com as pessoas: considerando-a coisas. A partir disto somos envolvidos por uma narrativa fluida, contada pelo próprio protagonista, que se utiliza de uma linguagem coloquial e que nos envolve de forma profunda. Recomendo.

Esta leitura foi motivada pelo Desafio DLL 2020, na categoria Livro Nacional
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Leandro257 03/09/2020

Graciliano sendo Graciliano
Uma das obras mais conhecidas do Graciliano Ramos e do Modernismo de 30, "São Bernardo" conta a história de Paulo Honório (sendo ele narrador-personagem), seu começo de vida, de como tornou-se dono da fazenda São Bernardo e os acontecimentos sucessores a partir desse feito que o fez chegar aonde se encontra (a narrativa, por vezes, transita entre o passado e o presente). Vale ressaltar o modo como Paulo resolveu contar sua história, usando palavras aproximadas da fala cotidiana (pois ele era pouco letrado) o que aproxima o texto do leitor.

Uma coisa que achei interessante foi o contraste entre essa obra e "Vidas Secas", pois nela vemos um retirante nordestino em condição miserável e aqui vemos o oposto, a vida de um fazendeiro nos anos 30.

A escrita do autor é de fácil compreensão, a não ser pelo regionalismo tão presente, mas nada que algumas consultas ao dicionário não resolvam.
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