A Arma Escarlate

A Arma Escarlate Renata Ventura




Resenhas - A Arma Escarlate


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Thomas Cantaloupe 28/09/2011

Finalmente alguém lembra que nós brasileiros temos sangue magico nas veias.
Adorei a situação,a história tem tudo pra um desenrolar interessante e gosto do nome Hugo.
Cássio 28/10/2012minha estante
Fica imaginando como seria o mundo mágico brasileiro? Semelhante ao inglês?
Este livro é excelente. JK sempre menciona o Brasil durante sa saga, mas agora me sinto mais bruxo do que nunca. \o/ loucura!


Karoll 21/01/2013minha estante
E é incrível como a Renata consegue mesclar a magia coma realidade brasileira. Além disso, o livro prende vc do início ao fim!


Terezinha 23/06/2013minha estante
Adorei este livro, excelente! Sempre gostei de histórias de magias. É um livro que quando se começa não para mais de ler.
Parabéns Renata.
um abraço, Terezinha Santos


Allef 07/10/2013minha estante
Finalmente comprei o livro há 1 dia :) e estou adorando até o momento
Renata Ventura nos deu um presente e tanto
Sempre amaremos Harry Potter e a maravilhosa trama que foi sua saga
Agora podemos nos orgulhar de Hugo, um bruxo não britanico mas brasileiro, que não vive em um país de primeiro mundo, mas na realidade que muitos de nós conhecemos e sentimos na pele


grazi225 15/05/2023minha estante
Qual classificação indicativa você faria ao livro?




Clio0 14/03/2015

Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante, uma escritora chamada Rowling disse: Não vou escrever mais sobre Harry Potter, quem quiser que escreva sobre isso!

E assim foram surgindo numerosos livros sobre o mesmo universo...

Essa jogada sagaz de uma das responsáveis por transformar o gênero fantasia em mercado pop permitiu que um monte de outros escritores botassem a mão na ideia de uma escola de Bruxaria e temperassem ao seu bel-prazer.

Renata Ventura, nossa representante brazuca nessa empreitada, criou A Arma Escarlate - uma aventura que não é bem infantil - para criar a escola Notre-Dame de Korkovadô (sic) onde tira sarro de todas as manias brasileiras, principalmente a nossa ideia de que tudo que é bom vem de fora.

Irônico vindo de alguém que está escrevendo uma fanfic remunerada? Irônico é pouco.

Nossa autora chuta o balde e traz para personagem principal um moleque favelado, aprendiz de traficante, que vira de pernas para o ar a escola elitista. Não há meias palavras para descrever o protagonista, ele é tudo aquilo que deveria ser: ignorante, ingênuo, ganancioso, aproveitador, mentiroso e, acima de tudo, carente. A carência de Hugo Escarlate arde.

Tente colocar esse menino em uma escola em que os bons professores são sub-pagos ou arrogantes acadêmicos (mais interessados no reconhecimento internacional do que nos alunos) ou são umas bestas sub-humanas que envergonham toda a classe - afinal, ser professor é mais do que receber um canudo. Além disso, temos a visão deturpada que os próprios alunos da vida real têm (professor bom é professor inconsequente) e mais uma fieira de adultos que não valem o pão que comem.

Está achando que a escola brasileira é barra pesada? Bom, então aguente o fato de que a história é justamente sobre o comércio de cocaína entre os alunos...

Enfim, esse não é um livro bonito para comprar para o seu moleque de dez anos... na minha opinião nem chega a ser infanto-juvenil. O tema é pesado e a autora surpreende ao conseguir escrever tudo isso pela visão de um adolescente de treze anos de idade sem parecer forçado.

Ponto para a Novo Século que abriu a oportunidade com o selo Novos Talentos.
Lucas 18/03/2015minha estante
Olá, tudo bem?:D Eu também li o livro e gostaria de comentar algumas coisas sobre sua resenha, com todo o respeito.
Não acho que o livro seja uma fanfic. Pois tenho o conceito de fanfic como algo que se utiliza dos personagens e todas as coisas do seu universo. O livro fala de uma escola de Bruxaria no Brasil, com todo o seu jeito. ;)
Também acho, que, sobre as manias Brasileiras, foi usado um humor ótimo e consciente :D
Em qual sentido você acha o Hugo carente? Se for de respeito, sim, ele é.
Espero que leia a continuação: A Comissão Chapeleira!
Um abraço.


Clio0 18/03/2015minha estante
Olá Lucas o/
Vou tentar responder suas perguntas de forma resumida, ok?
Uma fanfic é uma ficção criada por fans tendo personagens, cenário ou conceito baseado em uma obra pré-existente, ou seja, é algo escrito não-oficialmente como sequência de algo criado por outra pessoa. É uma classificação de gênero, não uma qualidade. Um roteirista de uma série de tv, por exemplo, está essencialmente escrevendo fanfics remuneradas.
Quanto a carência de Hugo, bem, ele é carente de tudo... de atenção, de educação (boas maneiras ou estudos), de conhecimento, até mesmo de limites. Hugo é um adolescente que ainda tem a maturidade de uma criança, embora já tenha visto muita coisa na vida.
Não sei se vou ler a sequência, A Arma Escarlate me caiu em mãos através de um amigo, então vai depender de achar um outro exemplar ou não.
Até mais
Clio


Skubbi 20/06/2024minha estante
Concordo com você, foi uma luta e simplesmente não consegui terminar de ler. Até a parte que o Hugo, que nem se chama Hugo entra na escola e de lá surge uma praia. Fora as outras viagens da autora. Ela viaja muito nos contextos cara me nojo como misturava realidade de ficção e realmente o Brasil não tem muito.o que de bom para explorar. Só que ficou muito Fanfic mesmo . Parece que a autora realmente criou tudo muito genérico e mal feito. Apareceu até gente do bope e da.PM do nada. E esse lance se fuzile drogas e magia. Achei que ficou algo muito aleatório.

Pra não ser de todo ruim coma autora. Eu gostei muito da linguagem dela como ela escreve a história se.parece com jeito da JK Rowling é bem simples e fluida. Parece até que estou me contradizendo do que digitei antes né?

Só acho que a autora deveria criar outra história. Outro livro ? a ideia dela não ficou boa. Mas ela tem talento para escrever..




Nickolz 20/04/2013

Esplêndido Universo!
Recomendo a todos os brasileiros. Especialmente aos fãs de bruxos, fãs da cultura e da história do Brasil. Uma genuína história de magia brasileira.

A Arma Escarlate é um livro curiosamente multifacetado. Fala de um mundo mágico e fantástico escondido sob os nossos narizes; da realidade cruel que aflige pessoas envoltas pela criminalidade e drogas; de importantes problemas sociais que afligem nosso país; da história e cultura que desde muito antes de 1500 permeiam nosso país e fala da Cidade Maravilhosa com divertidas referências reconhecíveis por muitos brasileiros. Esse é um livro que apresenta uma história extremamente divertida e envolvente, trazendo consigo ótimos ensinamentos.

Essa é a história do jovem Hugo, dos estudantes da escola Nossa Senhora do Corcovado e de todos os habitantes do Morro Dona Marta.

Hugo não é como outros bruxos que cresceram na Inglaterra, morando debaixo de escadas. Ele viveu a vida toda na sua favela, ao lado bandidos e traficantes, não raramente correndo risco de vida. Isso naturalmente o transformou num menino que precisava ser esperto pra sobreviver, ser ambicioso, às vezes pensar em si mesmo antes de pensar nos outros. Por isso ele não dá tantos exemplos de moral respeitável. Às vezes ele age mesmo como vilão. E isso certamente quer dizer que ele é capaz de fazer tanto bem quanto mal.

Por meio das ações de Hugo e suas consequências, vamos descobrindo esse novo mundo por baixo daquele que já conhecemos. Um universo de magia que permeia e influencia a história do Brasil desde os tempos de Colônia. Bruxos convivem ao nosso lado todos os dias, em seus redutos magníficos que, a olhos não-bruxos, parecem qualquer pedaço ordinário das grandes cidades. É um mundo do qual alguns reconhecerão vários elementos em comum com a obra da inglesa J. K. Rowling. Mas tais elementos e referências servem apenas como um rápido entretenimento ao leitor, pois a verdadeira diversão é muito profunda, rica e original.

Uma das melhores características do livro são os contrastes. Há o contraste entre a realidade da favela, em que imaginamos a pobreza, violência e luta diária por sobrevivência, e a realidade da comunidade bruxa, tão bela, colorida e livre de perigos. Ah, a inocência dos bruxos diante dos perigos fora do seu mundo. E o despreparo dos azêmolas (não-bruxos) diante dos recursos oriundos da magia. Dependendo do cenário em que se passam as cenas, a mudança de humor na narrativa é brutal.

De forma muito apropriada, inserem-se nessa história inúmeras críticas e discussões em pauta hoje. Fala-se de desigualdade e exclusão social, tráfico de drogas, criminalidade, abusos de autoridade de várias fontes, o sistema de ensino nacional e até direitos dos animais. Tudo encontra uma forma de se mesclar de forma natural e nada forçada na história. Cada assunto tem o seu tempo, sendo mostrado e discutido em maior ou menor grau, mas sempre com respeito e importância. Alguns deles geraram grandes reflexões em mim.

A forma como o livro aborda a história e multifacetada cultura do Brasil merece destaque. Compreender o passado da comunidade bruxa brasileira ajuda muito a entender a situação desse que é praticamente um segundo Brasil. São várias as referências a fatos reais misturados com ficção, o que aumenta a curiosidade. Além disso, é louvável como o folclore e culturas indígenas foram integradas e transformadas nesse mundo ficcional de magia (ou a magia que se adaptou a tudo aquilo?). Não é pouco o que dá pra aprender de tupi nesse livro! É uma verdadeira homenagem a tudo que é ou já foi brasileiro, não importando se chegaram por aqui em 1500 ou se já aqui viviam desde séculos antes.

Pra não dizer que não falei dos espinhos das flores, eventualmente na narrativa ocorre um excesso nas críticas à adoração da cultura estrangeira em detrimento da brasileira. Para os bruxos da obra, é a Europa o ápice da civilização. Para nós, paralelamente, poderiam ser incluídas outros povos, como os norte-americanos. Mas, apesar do excesso, essa reflexão permanece válida e importante. Afinal, vivemos permeados pelo ilusão comum de que no Brasil nada funciona, enquanto lá fora é tudo lindo. Eis a auto-estima nacional.

Também preciso adicionar que as descrições das cenas formam lindas visões, principalmente nos momentos de mais emoção. (se você já leu a parte do Clube das Luzes, sabe do que eu estou falando e está tão doido quanto eu por uma adaptação pro cinema hehe)

A Arma Escarlate merece toda a atenção que se possa imaginar. É uma obra não apenas rica em conteúdo, mas bem construída, com personagens amáveis, odiáveis, humanos e uma trama que se desenvolve surpreendentemente.
Robson Coelho 26/11/2011minha estante
Que legaaal!

Tô louco pra leer =D


Diego Claudino 27/11/2011minha estante
"Hugo Escarlate, ele é um menino cativante, no começo, com seu jeito malandrinho, depois ele parece que vai aumentando seu lado egoísta e pelo que percebi tem muito, muito a ver com a varinha.. Uma varinha feita por azêmolas, acho que a varinha que vai tomando o controle do bruxo e não ao contrário.. As descrições são muito bem feitas sem serem massantes, tanto que salta aos olhos todos os personagens.. Os pixies são muito... muito bons.. mas ainda quero descobrir mais sobre os anjos.. afinal de contas algum motivo espero que haja para eles serem daquele jeito, não há coisa na terra sem motivo.. Há motivos até para Idá se transformar em Hugo.. mas acho que a medida que avança-se no livro mas vontade tenho de chamá-lo de Idá mesmo... ele tá merecendo.. Logo trago mais novidades da escola do korkovado.. Te falar que daria um filme muito melhor que Harry Potter.. ja imaginei todas as cenas.. rs"


Gert 27/11/2011minha estante
Na minha opinião esse livro arrasa em criatividade, e verossimilhança das personalidades. Por exemplo, não há personagens caricatos, e ainda assim seus atos se desenrolam em incríveis consequências. Frequentemente me pego em dúvida se a Renata não está na verdade lembrando de algo que aconteceu...
De qualquer maneira, eis uma das mais agradáveis e interessantes e inteligentes leituras que já fiz, seguramente comparável com o melhor de Anne Rice, e ainda promove a "acareação" do público adolescente com problemas que a maioria quer deixar para pensar depois.


Isa Belmock 08/12/2011minha estante
Nossa! Realmente parece um bom livro. Estou muito znciosa para ler. Achei bem interessante. Acho que vai ser muito bom. E alem disso, uma escritora brasileira! Adorei isso! Normalmente estou acostumada a ler livros da Stephenie Meyer, J.K. Rowlin, P.C. Cast, Rick Riordan, Nicholas Sparks, a maioria americano. kk' Realmente gostei disso! =)


Cris 06/01/2012minha estante
Já ia ler de qualquer modo, acompanhei a Renata antes do lançamento, palpitei no nome, e agora estou acompanhando a repercussão, que mal começou diga-se. Sua resenha deixa qualquer um que goste do assunto com mais vontade de ler Parabéns, muito bem feita ;)


Nati 14/02/2013minha estante
Adorei! Já estou ansiosa para ler o livro. Achei o tema incrível , principalmente porque está inserido no contexto nacional. Pois normalmente leio obras que centram na cultura estrangeira, agora já nacional, além dos clássicos, são poucas e assim como esse livro acho que ainda não vi nenhuma, que misture o contexto brasileiro com a história de um bruxo e com um mundo mágico. Gostei muito. :D


Beatriz 20/03/2013minha estante
Meu deus eu necessito urgentemente ler este livro O.O


Humb 01/04/2013minha estante
Reparei que há vários "não gostei" nas resenhas que elogiam o livro.

Acho que esse pessoal deve ter algum problema. Só porque alguém gostou do livro e eu não, eu vou lá e clico em "não gostei"? Falta de respeito com a opinião alheia.

Até hoje só cliquei "não gostei" em uma resenha, e só porque estava cheia de "internetês".
Se eu não gosto da opinião, passo para a próxima até saber se vale a pela ler o livro ou não.


Allef 07/10/2013minha estante
Estou lendo o livro e adorando até agora.


Pietro 02/01/2014minha estante
Eu recebi um convite para ler esse livro, então fui ler a sinopse, eu confesso que não me interessou; os autores brasileiros insistem em só escrever histórias sobre violência e favelas, é um lugar comum muito chato,o assunto já foi explorado diversas vezes... Provavelmente não vou ler.


Heitor Oliveira 20/02/2015minha estante
Aparte do Clube das Luzes é linda, um dos momentos mais mágicos. Estou desejando muito uma adaptação desse livro, quem sabe em formato de seriado. Os Bruxos da Korkovado são muito mais "espertos" e, pra não dizer, em bom brasileiro, malandros que os ingleses que acolheram Harry Potter. A verdade é que Voldemort ficara aterrorizado se soubesse do que os tupiniquins são capazes. Voldemort, aliás, iria enlouquecer ao se deparar com a diversidade tamanha do mundo mágico brasileiro e suas cinco escolas, cada uma delas, certamente, monumentais como nunca.




Homerix 21/04/2013

A Capitã Gancho
Olá!!
Sou o pai de Renata Ventura.
Esta não é bem uma resenha!
Apenas compartilho com vocês como conheci a obra de minha filha.

Renata resistiu no início em me mostrar os capítulos já escritos ... só decidiu 'abrir' pra mim quando já havia terminado o primeiro terço do livro porque ficou preocupada se iriam gostar.... aí ela me passou o primeiro capítulo ... e eu chorei..... e pedi mais ... e veio o segundo ... e o terceiro .. e eu ria com as ideias, com a imaginação ... e me emocionava .... e vinha o Inferno Astral ... e vinham os personagens cativantes ... e vinha a escrita com sotaque... e vinha o 'Independência ou Morte' .... e vinha a Sala Silenciosa ... e vinha o Clube das Luzes, tantos momentos incríveis, até que chegou o ponto em que eu recebi o capítulo que ela tinha acabado de escrever, ali pela metade das 550 páginas ... e então começou minha angústia: não dependia mais de mim a decisão de continuar lendo ou não. Tinha que esperar a produção da escritora.... era um tortura a espera pelo novo capítulo que saía do forno.... mas a emoção continuava ... e vinha o dicionário revelador ... e vinham os feitiços em Tupi .... e vinha a Esfera de Mésmer ... e vinha a revolução da segunda parte .... e vinha o Laialá de Pandora... e vinham as reações de Hugo..., Neusa também entrou no circuito e fomos acompanhando. emocionados, até o fim... arrebatador!!!

Entretanto, ainda durante o processo, quando o livro entrava em seu terço final, preocupado por ser apenas a opinião de pai e mãe deslumbrados, busquei uma opinião isenta, ou, ao menos, mais isenta que a nossa. E encontrei uma ótima, uma professora de português que não tinha o menor interesse em ler fantasia, nunca leu Harry Potter, ou Anne Rice, ou Senhor dos Anéis, enfim, melhor impossível.

E aí eu mandei o primeiro capítulo (fazia questão de imprimi-lo) ... ela disse, 'Manda outro' ... e o segundo ... 'Mais um, por favor' ... e o terceiro.... e ela não quis parar mais, ... e ficava ansiosa por receber o próximo capítulo, igualzinho a nós... e assim foi até o final. Ela ficou encantada com a amarração da fantasia com a realidade, o estilo, o humor, a emoção, ... e tantos outros atrativos da narrativa, que agora muita gente conhece, entre eles a habilidade que eu defino a seguir...

Renata é a Capitã Gancho, tal é a forma com que ela chama as pessoas a não pararem de ler quando terminam um capítulo.

Obrigado, filha!!!

É um orgulho para nós ver você crescendo como pessoa enquanto escreve.... e fazendo com que seus leitores também cresçam!!
Karine Coelho 27/05/2013minha estante
Mesmo não sendo uma resenha convencional, foi muito bonito o seu desabafo. Parabéns pela filha talentosa!


Juliana Maria 13/04/2014minha estante
Que legal,
eu não fazia ideia de que você era o pai dela...
Mas o livro é fantástico mesmo!!!Amo o Hugo!!!!!!!!!
Já nas primeiras 10 paginas me apaixonei por ele.!
Parabéns a vocês!!!!


Enrica 19/05/2014minha estante
Só de ler as resenhas (tirando alguns comentários bestas)eu estou adorando e vejo um futuro de Hugo com Gisele, ou seja Sra. Escarlate. Ainda vou ler esse livro, por que só de ler as resenhas eu estou imaginando muitas coisas.




stephb 28/05/2013

Porque nós temos magia de sobra nas veias
"Porque ele é o Hugo. E o Hugo é indomável!

É com a frase acima que Renata Ventura encerra a nota que ela deixa para seus leitores no início do livro. Eu a transceveria toda, porque, sinceramente, acho-a demais! Gosto da maneira como ela conta sobre a entrevista de J.K. Rowling a respeito de escolas em outros países e como fala sobre os personagens, a maneira como alguns conseguem surpreender os próprios autores.
Ainda estou encantada pela maneira como a autora estendeu a realidade à fantasia, de forma a trabalharem ambas em sintonia perfeita e se misturarem completa e harmoniosamente.Foi algo tão cuidadosamente trabalhado que eu poderia jurar que tudo aquilo deve existir, tamanha a precisão e o cuidado. Cheio de diversidade, dá pra se sentir completamente em casa!
E as falas! Escritas realmente da maneira como se fala, o que é muito difícil de se fazer, mas que foi simplesmente delicioso de ler, além de contribuir muito para dar verossimilhança à história.
Aspas marcam as partes de discurso direto, seja fala ou pensamento, e eu não via isso desde que eu era fã da Pipe e passava o tempo todo atrás de alguma fanfic nova dela fiquei um tantinho nostálgica, admito! Por algum motivo, me lembrou de O mistério da ilha perdida, do Saramago. Não que esteja tudo em um parágrafo só (O que eu ainda acho fantástico), mas, se não me falha a memória, ele também se utilizava de aspas para discurso direto. Faz tempo desde que eu li, me perdoem por qualquer deslize.
Outra que eu achei bem legal na estrutura foi a divisão. Como os livros de Isaac Marion e Anne Rice, A Arma Escarlate é dividida em partes. Como eu sei que a autora gosta da Anne Rice, lembrei dos livros dela na hora.
E, por falar nisso, como Lestat ia gostar do Viny e do Lázaro Vira-Lobos (Não perguntem, leiam)! Eles iriam arrepiar na Cidade Maravilhosa! (Ou não. Ainda não sei que fim o Lestat teve) É um encontro que eu gostaria de ver! (Aliás, os vampiros da Renata são assexuados ou não? Eu preciso saber disso!). Já que eu falei do Lestat, que é imprevisível e indomável, vamos ao protagonista, que é o que interessa.
Hugo é indomável, sim, e isso é a força que faz a história se mover. Ao menos, o primeiro livro é movido pela impulsividade e pelas tendências explosivas dele, o que acaba se tornando também um dos grandes motivos de muita gente não gostar nadinha do protagonista. E eu entendo o pessoal que desgosta do Hugo, porque esse anjinho da Tia Zô (Os leitores entenderão) queimou até o última gota do meu sangue com todas as peripécias dele! Não bastava a impulsividade e a infinita sede de vingança, ainda tinha a falta de preocupação com o que ele faria aos outros é meu único rancor quanto ao Hugo, a indiferença com a qual ele tratou o Eimi desde o começo (Eimi é um mineirinho que aparece logo no começo e que venera o Hugo mais que tudo. Pobre Eimi).
Cá pra nós, tenho certeza que, se o Hugo não acabar se matando com todo aquele rancor e vingança, ele vai ficar com a Gislene. Ela é o Yin do Yang dele (ou vice-versa?)! O Hugo ferra tudo e a Gi, gloriosamente, vai lá e arruma! Eu amo essa garota!
Falando da história Ela é ambientada no Rio de Janeiro, na maior parte em uma das escolas de magia brasileira, a Nossa Senhora do Korkovado. Sim, uma das escolas, porque o Brasil é grande demais pra ter apenas uma escola, então, tem cinco, uma para cada região do país: As escolas do Rio (lar dos Corcundas), de Salvador (escola dos Caramurus), de Brasília (onde estão os Candangos), da Amazônia (lugar onde estudam os Curumins) e a do Sul (que eu não me lembro de onde era exatamente, mas que é o lar dos Cupinchas. Ah, sim! Lá também tem uma escola de centauros, a Chiron.).
A escola tem todos os problemas peculiares ao nosso país, o que apenas me aproximou mais do universo da história e me fez criar mais e mais afeição com tudo nele. Não é um simples "Réri Potti da favela", não é uma cópia (ou vocês acham que essa coisa de personagens sobrenaturais em ambiente escolar é privilégio da J.K.? Isso é restringir o mundo e seus arquétipos (e todas as mil combinações que se pode fazer com eles) às mãos de um ser humano só.). É verossímil, orgânico.
A Korkovado é presidida pela querida Zô, uma personagem adorável, mas não muito poderosa, segundo alguns, já que ela é moderada por um conselho, formado por três bruxos: Dalila, Vladimir e Pompeu (Prepare-se para não gostar muito de 2/3 dessa trupe por bastante tempo).
Os professores são ótimos personagens! Temos aqueles que a classe protege porque são legais e facilitam as coisas, aqueles que não aparecem nos primeiros dias (no X motivos), aqueles que desistem porque brigaram com aluno (eu já tive desse tipo. Deu o que falar na escola!) e deixam toda a turma em apuros por sua falta Têm os que realmente puxam e o pessoal não gosta porque é difícil e aqueles que, por motivos misteriosos, são implicantes com alguns e não com outros (Esse era o meu favorito, aliás.), os professores que até são bons, mas como pessoas não são exatamente adoráveis E todo mundo vai projetar a imagem de pelo menos um professor em algum deles. Eu só via a Ivete como uma professora de Física que eu tive uma vez. Ela era um doce, mas se atrapalhava toda e não conseguia conter a sala nem por decreto! E a Dalila me lembra tanto, mas tanto, uma. Deixa pra lá.
Como em toda a escola, tem sempre duas ou mais turmas que não se bicam muito. Só que, nesse caso, tudo é muito maior, com direito a placar e tudo! Eu acho que o grupo formado por Vinícius, Cai, Virgílio e Ítalo é apaixonante (E são o meu objetivo de vida. Eu serei uma pessoa realizada quando parar de protelar e não estudar só aos fins de semana)! Eu gosto deles. Gosto muito. Já até sonhei com eles (e acabei acordando com uma saudade danada desse quarteto!)
As preferências escarlatinas giram em torno de Viny e Ítalo juntos ou separados, vivos ou mortos, tanto faz seguidos por Cai e com o Virgílio na lanterna (Eu estou no Armada Escarlate há algum tempo e a coisa mais simpática que já disseram do Virgílio foi Eu sei que eu pareço com ele (traduzindo: Mas eu queria parecer o Viny/Ítalo/Cai). Ao menos ele não é tão desprezado quanto o Hugo).
Eu até gosto do Virgílio, então, eu não vou atacá-lo e nem dizer que eu o detestei por implicar com o Hugo e ser sempre tão seco com os outros porque ele é bem legal e porque eu sei que eu me pareço bastante com o Virgílio (desconfiada, caladona, meio rude no começo) e eu tenho certeza que isso é só uma maneira de ele se proteger. Mas eu gosto mesmo é do Ítalo Bom, ninguém mandou ele ser todo gracinha e cativante e o genro que mamis pediu a Deus. Bom, todos amam o Ítalo.
Eu gostaria de falar tantas coisas que eu achei demais (Como o Atlas, o Capí (Não vou falar sobre o que se trata, quero deixar os desinformados querendo saber), os Elfos e os Centauros E o Epaminondas! Eu amo o Epiminondas!), mas eu estou morrendo de medo de soltar algum spoiler, então vou parar por aqui antes que o pior aconteça. hehe
AAAAAAAAAAAAAAAAAAH, SIM! Antes que eu me esqueça, uma coisa muito bacana que me chamou muito a atenção foi a possibilidade de o leitor interagir com alguns personagens através das redes sociais.
O livro já está na segunda edição (Imagem das capas logo abaixo) e a continuação está prevista para o segundo semestre deste ano.
Homerix 29/05/2013minha estante
Nossa, Steph, Que resenha magnífica!!
Sou pai da autora e tomei a liberdade de colocá-la em meu blog, veja o link!!
http://blogdohomerix.blogspot.com.br/2013/05/porque-nos-temos-magia-de-sobra-nas.html
Se achar que não devo, eu retiro!!!
Você está no facebook?
Se está, me diz o seu nome (não achei...) pra eu convidar você pra Armada Escarlate, grupo dos fãs do livro. Ali você troca ideias com seus novos companheiros sobre o livro, que tal?
E, claro, pode aumentar o número de acreanos no Mapa Escarlate!! Tem uma enquete lá! Renata ficará muito honrada com sua presença!
Sabe, Renata tem uma surpresa para o seu estado, mas acho que eu não posso falar!!!
Um grande abraço e muito obrigado!!
Homerix


stephb 29/05/2013minha estante
Homero, muito obrigada! Fico realmente contente de estar no seu blog, onde, há um tempo, li o que escreveu sobre "100% off", a monografia da Rê.
Se me permite, colocarei o link do seu post no meu blog, afinal, é uma coisa pra se lembrar com orgulho, não?! :D
Agradeço novamente o espaço cedido!
Abraços!


Kailler Luis 30/05/2013minha estante
Essa é sem dúvida a resenha mais cativante que já li em todo o SKOOB. Junte essas palavras mais uma pitada de leitores e o que teremos é uma horda de pessoas doidas para ler A Arma Escarlate. E depois reler. Steph Carrion, você escreve muito bem.


stephb 06/11/2014minha estante
Muito obrigada, Kailler! Fico feliz em ler isso!


Becca.Lodoli 19/04/2016minha estante
Resenha MARAVILHOSAS, expressou tudo e mais um pouco sobre o livro da Renata, que tá me matando de rir! Parabéns!




Tamires 24/12/2021

Espetacular!
Eu já tinha lido esse livro em versão ebook, mas assim que tive a oportunidade, comprei a versão física para mim porque nada se compara a sensação de ter o livro na mão e folhear as páginas. E eu não tenho palavras para descrever esse livro, ele é simplesmente MARAVILHOSO! Vale muito apena. Apenas LEIAM!

É impressionante o quanto a Renata conseguiu se inspirar no universo mágico de HP, mas sem deixar de criar um riquíssimo universo próprio - e brasileiríssimo - exaltando MUITO a cultura brasileira, com bastante atenção aos detalhes, pensando muito bem em cada palavra, cada crítica social, cada linha de pensamento do Hugo e dos demais personagens... Tudo muito bem trabalhado. Os personagens são bastante cativantes - especialmente os Pixies e o professor Atlas - a história tem bastante representatividade, os feitiços são em Iorubá/tupi, o protagonista é negro (algo que eu acho bastante raro. Foi o primeiro livro que li que tem o protagonista negro), a trama é envolvente e, o principal de tudo, a maioria dos seres fantásticos são do folclore brasileiro, apesar de ter outros seres do folclore mundial e isso dá um quentinho muito gostoso no coração, especialmente para mim que sou apaixonada pelo folclore nacional. Já estou ansiosa pelos próximos livros da saga.
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Felipe Queiroz 11/12/2011

Muito bom!
No início pensei que seria uma mera 'brasileirização' de Harry Potter, inclusive com 4 equipes disputando gincanas e tudo. Mas no fim, foi algo completamente diferente:

Conflitos entre classes sociais, "berço" e a dualidade "bruxo X não bruxo", miríade de religiões, diretores que não se bicam, gestores fazendo gambiarras para mascarar estatísticas, estudantes colocando mão na massa com o conteúdo na falta de um professor, ética na hora de lecionar, bullying, tráfico e uso de drogas, transposição dos problemas mundo não-bruxo ('azêmola') para a Escola de Bruxaria do Korkovado, incompetência de professores, migração, irmãos de pais diferentes, conflito "favela X asfalto", estereótipos regionais, ética, problemas de barreiras linguísticas, entre muitas outras coisas são os temas abordados no livro. Tudo feito numa narração gostosa de ser lida.

Por isso que o livro superou minhas expectativas! Já estou esperando pelo segundo livro! E que ele não demore muito!
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Bia 08/03/2022

no início da leitura eu tinha achado o livro parecido DEMAIS com harry potter, então fiquei preocupada de ser uma história repetitiva e pouco original? mas a partir da metade, a história toma um outro rumo e fica muito boa!!! foi uma leitura fácil e eu me apeguei aos personagens bem rapidinho

o hugo se mete em um monte de confusão e, assim que ele resolve um problema, logo depois surge outro é desesperador!!! mas o bichinho é inteligente e sempre dá um jeito ???

amo livros que tem como foco principal a amizade, e a arma escarlate é bem assim. os pixies são personagens cativantes e tem uma energia caótica que eu AMO!!! tudo por eles ???
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João 25/05/2021

O melhor do Brasil é o brasileiro
Mano do céu, que saudade que eu tava do mundo bruxo depois do intensivão de HP q fiz ano passado hahaha
Sem dúvida o melhor do Brasil é o brasileiro! E Renata Ventura prova isso brilhantemente com A Arma Escarlate. Mano, ela apresenta um protagonista que mora numa favela do Rio de Janeiro e que se vê imerso num ambiente de criminalidade e do nada descobre que é bruxo! Idá ou Hugo Escarlate é um jovem complexo, não confia em ninguém e isso acaba levando ele a se meter em encrencas o tempo inteiro. Mas ele acaba fazendo amigos que se importam com ele verdadeiramente. Amigos esses que vão animar ainda mais sua estádia na escola de bruxaria, que pasmem, fica embaixo do Cristo Redentor! Isso mesmo hahaha Cada personagem é único e a gente consegue aprender com cada um deles. E os feitiços? Renata conseguiu abrasileirar tudo com muita inteligência. Sem contar na forma que ela apresenta várias lendas, inclusive a da Mula sem Cabeça! Simplesmente fantástico! Leiaaam ??
Luana 26/05/2021minha estante
eu to apaixonada nesse livro socorro ??


João 26/05/2021minha estante
Muuuuuito bom


ANDER CELES 26/05/2021minha estante
Que interessante. Não conhecia. Fiquei com vontade de ler.


João 26/05/2021minha estante
É uma leitura gostosinha, pode colocar na sua lista q você vai curtir




Karol Garnier 26/10/2020

Passei raiva, mas amei
Hugo é um menino de 13 anos, INSUPORTAVEL, que acaba de descobrir que é bruxo e é convidado à estudar na escola de magia e bruxaria do Rio de Janeiro.
A história é basicamente o universo de Harry Potter no Brasil. E foi encantador como a autora trouxe elementos do folclore e da cultura brasileira para o mundo mágico. Sinto que sempre que eu olhar para o XXXX eu vou imaginar a escola mágica embaixo dele.
O personagem principal é muito diferente de Harry Potter e isso dá uma chocada. Ele tem atitudes que fazem o leitor querer esganá-lo e eu passei raiva com ele quase o livro todo. Mas a história é uma delícia. Você se transporta para aquele universo sem nem sentir. Sem contar nos personagens apaixonantes... Capi, Atlas, Viny, Caimana, Eimi, Gislene, Zô, são personagens que eu amei demais conhecer!!!
Esse livro é cheioooo de brasilidade. Você quase nao vai ver coisas iguais aos livros de HP, apesar de ser tudo ligado... em várias partes do livro são citados acontecimentos da Europa. E o ano do livro é 1997, então vc já pode imaginar. Até fala da J.K. Rowling sem citá-la. Enfim... o livro tem muitas coisas boas e algumas coisinhas que não gostei mas que não comprometeram em nada a minha avaliação final.
hxstoryhuh 26/10/2020minha estante
meu deus, eu tenho esse livro mas nunca me interessei, até agora.


Karol Garnier 06/11/2020minha estante
Hahahahahaha te entendo. Espero que leia e goste.




Pitaiazul 29/09/2021

Criativo, mas...
Não vou mentir sobre criar expectativas para essa leitura. Criei. Não esperava uma história estupenda, mas diante do mar de elogios que alguns fazem em suas resenhas, esperava pelo menos algo bastante criativo (tendo em vista que, para quem acompanhou HP, o universo bruxo já está um tanto ?batido?). Na criatividade realmente não me decepcionei, o livro tem muita coisa MESMO (tal como o Brasil possui), mas na execução? foi realmente penoso chegar ao fim.

A história base é o HP de praxe: menino com dificuldades de vida é convocado para escola bruxa onde descobre ser uma pessoa importante. No caso de Idá (ou Hugo, chame como preferir) as dificuldades são realmente escabrosas, mas não se iluda ao pensar que o leitor vai se apiedar do protagonista cheio de adversidades. Idá é desconfiado, irritadiço, explosivo e, do início ao fim, incontrolável. Se Harry te pareceu um tanto sem sal nas histórias de J.K., Idá causará hipertensão (e isso não é um elogio).

Muitas coisas me incomodaram no decorrer da história. Podemos começar com o fato de que não há no protagonista uma única gota de carisma. Tenho a sensação de que esse forte gênio de Idá é só uma maneira de apresentar um ponto de partida para a evolução pessoal que o personagem vai sofrer ao longo dos livros. O que é válido, mas não tão eficiente para criar um vínculo de afeto com o leitor. Outro incômodo é o próprio estilo de escrita que me fez ter por tantas vezes a impressão de estar lendo uma fanfic: especialmente por conta da descrição escrita de diferentes pronúncias/sotaques (?senhorrrr? para uma pessoa descrita como caipira, ?ocê? e ?dispois? para mineiros, etc). Esses trechos em específico e alguns outros relacionados a interação entre os personagens (foco para o fato que todos parecerem ler os pensamentos de Idá continuando, em diálogos, o que se passava apenas na cabeça do protagonista) me desconectaram da história tantas vezes que a leitura gradualmente se tornou arrastada. É válido ainda citar o desenvolvimento dos personagens que também deixa a desejar: creio que apenas um deles tenha realmente tido um bom desenvolvimento em que personalidade, limites, traumas, etc fossem bem aproveitados. O restante flutua entre o raso, o pouco explorado e o sem justificativa.

O livro não é de todo ruim, há diálogos bem divertidos cá e lá, sacadas muito boas sobre a magia na realidade brasileira. Porém acho que, para mim, mesmo esses bons trechos não se salvam na balança contra os incômodos descritos aqui e o desgosto sentido durante o livro com a nuvem de mentiras que sempre está ao redor de Idá e a visão de ?garoto problema? incutida num menino de 13 anos, periférico e negro que, segundo a história, parece ter tido pela primeira vez uma chance tão grande de acertar.

Acho que no fim o sentimento é de que ao menos na fantasia as coisas pudessem ser um pouco mais bonitas.

Mesmo não gostando, fico feliz que o livro tenha uma recepção tão calorosa do público. É realmente satisfatório ver características da própria cultura numa história e creio que para Renata o processo de criação tenha sido divertido e difícil. Fico feliz que ela consiga reconhecimento pelo seu esforço.

Não acho que vou acompanhar a saga, mas recomendo para quem gosta de histórias numa temática paralela ao universo HP. E por último, não recomendo o livro para crianças.
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Liz 10/12/2011

Desafio literário 2011 - Dezembro - lançamentos do ano - resenha 2
“A arma escarlate” realmente me impressionou. Fazia tempo que eu não lia 300 páginas num único dia, quase morrendo de ansiedade para saber como tudo iria terminar. Se bem que não terminou, ainda tem muita coisa para ser explorada nesse mundo. Já estou ansiosa para um segundo volume!

O livro cona a história de Hugo, um menino que vive na favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. Uma vida muito complicada parece virar um sonho quando, já correndo risco de morrer, descobre que é um bruxo. Quem diria que as coisas acabariam se complicando mais ainda...

O protagonista, Hugo, me surpreendeu bastante. Eu ficava muito irritada com as atitudes dele, se achando tão importante, tão injustiçado, algumas vezes até torcendo o nariz para alguém igual a ele! Gente, isso é tão real! Quantas vezes nós mesmos não agimos assim? O defeito do personagem vira uma qualidade do livro. E ele não é nada parecido com Harry, tem uma personalidade totalmente diferente. É irritado, desconfiado, não pensa muito antes de agir. Quem lê a sinopse e acha que é só uma historinha de Harry Potter no Brasil, leia o livro antes de fazer qualquer comentário.

A história é realmente muito boa. A primeira parte enrola um pouco, pois nós somos apresentados ao mundo bruxo brasileiro que, por mais que muitos se esforcem, é bem diferente daquele que conhecemos na Inglaterra. Já a segunda parte é bem mais esquentada e emocionante. Quem diria que aquilo seria o que tinha na caixinha de Pandora? O choque entre o mundo azêmola e o bruxo é muito bem feito. Aquilo tudo que acontecia com as vítimas era horrível e perturbador, eu sentia direitinho a agonia de Hugo. Uma história nova naquele lugar, que aqui acontece todos os dias.

Uma das melhores coisas do livro são as referências a Harry Potter. Algumas são inofensivas, mas outras interferem diretamente na história – não que isso seja um problema, muito pelo contrário. Eu vibrava em cada uma que aparecia! Uma grande homenagem à saga que renovou o mundo literário. As minhas menções favoritas eram aquelas que falavam da própria J. K. Rowling.

A história aclama a identidade brasileira. Adoro como a autora, além de criar expressões próprias para coisas que já tinham nome na saga de Rowling, colocou muitos elementos do nosso folclore, fez os personagens não usarem feitiços em latim, mas em línguas indígenas. Ela não encaixa o Brasil no mundo bruxo, mas exatamente o contrário. Sub-Saara? Que idéia genial!

Mas é claro que nada no mundo é perfeito, infelizmente. O título não me agradou. É lindo, mas a tal arma não é assim tão presente como parece ser no primeiro momento. Ela é importante? É, mas não tem um papel crucial no enredo. Tem uma boa história, mas que não foi totalmente desenvolvida, assim como a de alguns personagens, que para mim deveriam ter algum tempinho a mais de destaque.

Mas o que realmente me incomodou foi a revisão mal feita. Alguns erros bobos de português e, principalmente, a má organização de parágrafos. Nos diálogos é muito fácil se confundir com quem está falando o quê. Às vezes você percebe que se enganou com as falas um tempão depois.

Enfim, eu realmente recomendo o livro. Parabéns a Renata, estreou muito bem no mundo escritor, e espero que a história faça o sucesso que merece. Quem sabe, em um ano a Bloombury pode comprar os direitos para publicar o livro na Inglaterra! Acho que estou quase tão empolgada quanto a própria autora...

Resenha completa: http://bit.ly/uNRTJY
RPGventura 10/12/2011minha estante
Ficou linda sua resenha, Liz!

Depois você me passa os erros que encontrou? Assim eu posso corrigí-los para a segunda edição! :-D

Ah, e quanto à arma escarlate, será que ela não seria também o próprio Hugo? ;-) Eu acho que o título pode ter esses dois sentidos! :-D

bjs! Que bom que você gostou do livro!!!


RPGventura 10/12/2011minha estante
Ah! Fiquei curiosa! Quais personagens você acha que deveriam ter aparecido mais? :-D

Pode deixar que alguns personagens terão sim mais destaque nos próximos livros! :-D


Ju Furtado 10/02/2012minha estante
Excelente resenha! Concordo com quase tudo. A princípio, tive dificuldades para assimilar o título também, mas isso foi o que mais me deixou curiosa para ler o livro. A autora me contactou aqui no skoob, como deve ter feito com diversos outros fanáticos leitores de Harry Potter, solicitando opinião sobre dois títulos. Quando comecei a leitura, compreendi o título exatamente como a própria Renata menciona aí nos comentários: a arma sendo o próprio Hugo! E também estou ansiosíssima pelos próximos livros! =D




Bernardo Luiz 12/03/2021

Não imaginei que seria tão bom ?
Quando comecei a ler esse livro, eu pensei que fosse uma copia à brasileira de Harry Potter, pensando que nada iria me impressionar, Mas eu esteva ERRADO completamente ERRADO.
Esse livro é um dos mais fantásticos que eu ja li na minha vida, sério gente, ler sobre as aventuras Hugo no mundo mágico, cada descoberta que ele tinha, eu me sentia do mesmo jeito que ele , incrível como a Renata Ventura consegue nos conectar diretamente no universo que ela criou, ler esse livro é praticamente uma obrigação moral pra quem gosta de Harry Potter, ja imaginou toda magia que viamos em Hogwarts, acontecer aqui no brasil na cidade do Rio de Janeiro e com todas nossas culturas, folclore, gírias e sotaques ? então temos isso em ?A Arma Escarlate?. Recomendo e muito essa leitura e estou ansioso pra ler os próximos.
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spoiler visualizar
Pedróviz 20/09/2020minha estante
Não vi spoiler. Para mim, você não contou nada do enredo. Não teria problema nenhum deixar a resenha aberta...




Karina 04/01/2021

E o prêmio de protagonista mais insuportável vai para...
... Hugo Escarlate!

Quando me disseram que este livro era sobre a escola de magia e bruxaria do Brasil eu fiquei muito curiosa.

Alguns pontos foram realmente muito interessantes e criativos, a autora explorou muito a cultura brasileira, o folclore, as línguas nativas, as diferenças inter-regionais e alguns pontos turísticos do Rio de Janeiro que passaram a ter um significado mágico para quem leu esta história.

Há feitiços em tupi, iorubá, criaturas mágicas do folclore brasileiro como o curupira e a mula sem cabeça, apareceram elementos tipicamente brasileiros como a capoeira, a feijoada, os ditados, músicas e termos utilizados nos diálogos...

Mas aguentar o Hugo foi um dos maiores desafios para terminar este livro... Um menino rebelde, que não ouve ninguém, trata mal outras pessoas que julga serem inferiores, desrespeita qualquer figura de autoridade, está sempre na defensiva quando alguém vai falar algo a ele e sempre arranja motivos para briga. Ele é totalmente imaturo, irresponsável, egoísta e desleal para com os amigos.

Acredito que a construção desse personagem seja consistente com sua história, mas mesmo assim... que cara chato!
Claudinei Menez 15/01/2021minha estante
kkkkkkkkkkkk muito bem! Do que andianta explorar bem nossa cultura se tem um tonto muito cagado. Ele me faz sentir saudade do "todo mundo odeia o cris"


Skubbi 20/06/2024minha estante
Concordo com você, foi uma luta e simplesmente não consegui terminar de ler. Até a parte que o Hugo, que nem se chama Hugo entra na escola e de lá surge uma praia. Fora as outras viagens da autora. Ela viaja muito nos contextos cara me nojo como misturava realidade de ficção e realmente o Brasil não tem muito.o que de bom para explorar. Só que ficou muito Fanfic mesmo . Parece que a autora realmente criou tudo muito genérico e mal feito. Apareceu até gente do bope e da.PM do nada. E esse lance se fuzile drogas e magia. Achei que ficou algo muito aleatório.

Pra não ser de todo ruim coma autora. Eu gostei muito da linguagem dela como ela escreve a história se.parece com jeito da JK Rowling é bem simples e fluida. Parece até que estou me contradizendo do que digitei antes né?

Só acho que a autora deveria criar outra história. Outro livro ? a ideia dela não ficou boa. Mas ela tem talento para escrever..




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