Lili 27/02/2017Città di RomaLivro lindo e emocionante.
Zélia, depois de nos emocionar com "Anarquistas Graças a Deus" retorna com mais histórias das famílias Da Col e Gattai - e nos emociona novamente.
O livro segue o mesmo tom de Anarquistas, uma conversa leve, Zélia contando o que lhe vem à memória, com muita graça e simplicidade. De uma maneira mais resumida, este livro abarca um período muito maior que o de Anarquistas, pois conta a história das famílias desde a partida da Itália até os 83 anos de Zélia, quando ela já era a única ainda viva entre os irmãos.
O único problema do livro para mim foi encontrar algumas contradições entre o que havia sido dito em Anarquistas e ele. Claro que memórias sempre estão sujeitas a uma certa imprecisão, mas como eu li este logo depois de ter lido Anarquistas, as divergências ficaram mais aparentes. Além disso, faltou um pouco da inocência presente em Anarquistas; mas este "defeito" também é facilmente explicado, pois Anarquistas foi escrito através dos olhos da Zélia menina e não havia nela a malícia dos adultos.
Recomendo muito este livro, para quem gosta de memórias e/ou de ouvir belas histórias. Zélia é uma tia tomando café na nossa cozinha e nos presenteando com uma narrativa maravilhosa.