Genealogia da Moral

Genealogia da Moral Friedrich Nietzsche




Resenhas - Genealogia da Moral


78 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Lais544 19/09/2020

É abordado nesse livro:o ressentimento, a má consciência, a oposição entre a moral de senhores e moral de escravos, o mundo como hospício. De fato,pode-se dizer que Genealogia da moral é o mais "psicanalítico" dos textos de Nietzsche.
Mas não se contenta em simplesmente diagnosticar, ele pretende ser médico e salvador, e assume esse papel de uma forma que é peculiar.
comentários(0)comente



Lista de Livros 05/11/2017

Lista de livros: Genealogia da Moral, de Friedrich Nietzsche
Parte I:

“A rebelião escrava na moral começa quando o próprio ressentimento se torna criador e gera valores: o ressentimento dos seres aos quais é negada a verdadeira reação, a dos atos, e que apenas por uma vingança imaginária obtêm reparação. Enquanto toda moral nobre nasce de um triunfante Sim a si mesma, já de início a moral escrava diz Não a um “fora”, um “outro”, um “não-eu” — e este Não é seu ato criador. Esta inversão do olhar que estabelece valores — este necessário dirigir-se para fora, em vez de voltar-se para si — é algo próprio do ressentimento: a moral escrava sempre requer, para nascer, um mundo oposto e exterior, para poder agir em absoluto — sua ação é no fundo reação.”
*
“O que revolta no sofrimento não é o sofrimento em si, mas a sua falta de sentido: mas nem para o cristão, que interpretou o sofrimento introduzindo-lhe todo um mecanismo secreto de salvação, nem para o ingênuo das eras antigas, que explicava todo sofrimento em consideração a espectadores ou a seus causadores, existia tal sofrimento sem sentido. Para que o sofrimento oculto, não descoberto, não testemunhado, pudesse ser abolido do mundo e honestamente negado, o homem se viu então praticamente obrigado a inventar deuses e seres intermediários para todos os céus e abismos, algo, em suma, que também vagueia no oculto, que também vê no escuro, e que não dispensa facilmente um espetáculo interessante de dor. Foi com ajuda de tais invenções que a vida conseguiu então realizar a arte em que sempre foi mestra: justificar a si mesma, justificar o seu “mal”; agora ela talvez necessite de outros inventos (por exemplo, vida como enigma, vida como problema do conhecimento). “É justificado todo mal cuja visão distrai um deus”: assim falava a primitiva lógica do sentimento — e apenas a primitiva? Os deuses como amigos de espetáculos cruéis — oh, até onde essa antiquíssima ideia ainda hoje não permeia a nossa humanização europeia! Consulte-se Calvino e Lutero, por exemplo. É certo, de todo modo, que tampouco os gregos sabiam de condimento mais agradável para juntar à felicidade dos deuses do que as alegrias da crueldade. Com que olhos pensam vocês que os deuses homéricos olhavam os destinos dos homens? Que sentido tinham no fundo as guerras de Troia e semelhantes trágicos horrores? Não há como duvidar: eram festivais para os deuses; e, na medida em que os poetas sejam nisso mais “divinos” que os outros homens, eram também festivais para os poetas... De igual modo os filósofos morais da Grécia imaginaram depois os olhos do deus a observar a luta moral, o heroísmo e o autossuplício do virtuoso: o “Hércules do dever” estava sobre um palco, e sabia disso; a virtude sem testemunhas era algo impensável para esse povo de atores.”
*
Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2017/10/genealogia-da-moral-uma-polemica-parte.html

XXXXXXXXXXXXXXXX

Parte II:

“O melhor é certamente separar o artista da obra, a ponto de não tomá-lo tão seriamente como a obra. Afinal, ele é apenas a precondição para a obra, o útero, o chão, o esterco e adubo no qual e do qual ela cresce — e assim, na maioria dos casos algo que é preciso esquecer, querendo-se desfrutar a obra mesma. A inquirição sobre a origem de uma obra concerne aos fisiólogos e vivisseccionistas do espírito: jamais absolutamente aos seres estéticos, aos artistas!”
*
“O ideal ascético significa precisamente isto: que algo faltava, que uma monstruosa lacuna circundava o homem — ele não sabia justificar, explicar, afirmar a si mesmo, ele sofria do problema do seu sentido. Ele sofria também de outras coisas, era sobretudo um animal doente: mas seu problema não era o sofrer mesmo, e sim que lhe faltasse a resposta para o clamor da pergunta “para que sofrer?”. O homem, o animal mais corajoso e mais habituado ao sofrimento, não nega em si o sofrer, ele o deseja, ele o procura inclusive, desde que lhe seja mostrado um sentido, um para quê no sofrimento. A falta de sentido do sofrer, não o sofrer, era a maldição que até então se estendia sobre a humanidade — e o ideal ascético lhe ofereceu um sentido! Foi até agora o único sentido; qualquer sentido é melhor que nenhum; o ideal ascético foi até o momento, de toda maneira, o mal menor par excellence. Nele o sofrimento era interpretado; a monstruosa lacuna parecia preenchida; a porta se fechava para todo niilismo suicida. A interpretação — não há dúvida — trouxe consigo novo sofrimento, mais profundo, mais íntimo, mais venenoso e nocivo à vida: colocou todo sofrimento sob a perspectiva da culpa... Mas apesar de tudo — o homem estava salvo, ele possuía um sentido, a partir de então não era mais uma folha ao vento, um brinquedo do absurdo, do sem-sentido, ele podia querer algo — não importando no momento para que direção, com que fim, com que meio ele queria: a vontade mesma estava salva. Não se pode em absoluto esconder o que expressa realmente todo esse querer que do ideal ascético recebe sua orientação: esse ódio ao que é humano, mais ainda ao que é animal, mais ainda ao que é matéria, esse horror aos sentidos, à razão mesma, o medo da felicidade e da beleza, o anseio de afastar-se do que seja aparência, mudança, morte, devir, desejo, anseio — tudo isto significa, ousemos compreendê-lo, uma vontade de nada, uma aversão à vida, uma revolta contra os mais fundamentais pressupostos da vida, mas é e continua sendo uma vontade!... E, para repetir em conclusão o que afirmei no início: o homem preferirá ainda querer o nada a nada querer...”
*
Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2017/10/genealogia-da-moral-uma-polemica-parte_25.html
comentários(0)comente



Romeu Felix 15/07/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"A Genealogia da Moral" é uma obra profunda e provocativa escrita pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche, considerado um dos pensadores mais influentes da filosofia moderna. Publicado originalmente em 1887, o livro faz parte da coleção "Textos Filosóficos" e é uma das obras mais importantes do autor, explorando temas como moralidade, valores, ética e a natureza do bem e do mal.

A obra está dividida em três ensaios distintos, cada um examinando criticamente a evolução histórica das noções de moralidade. Nietzsche expõe sua análise incisiva das origens das concepções de "bem" e "mal" na cultura ocidental, questionando a ideia de que a moralidade é uma verdade absoluta e inquestionável. Em vez disso, o autor defende que a moralidade é um produto da cultura humana, sujeita a mudanças e influências ao longo da história.

O primeiro ensaio, "Bom e Mau, Bom e Vil", inicia a investigação com a distinção entre a moral aristocrática e a moral do ressentimento. Nietzsche aborda a origem dos conceitos de bem e mal, mostrando como valores são estabelecidos por meio de relações de poder, dominação e submissão. Ele critica o que ele chama de "moral de escravos", que teria sido desenvolvida pelos fracos e oprimidos, que ressentidos, denunciam os valores da moral dos poderosos. Nietzsche argumenta que essa moral dos escravos resultou na condenação da força e da vontade de poder em favor da humildade e da obediência.

O segundo ensaio, "Guilt, Bad Conscience and the Like", explora a ideia de culpa e consciência culpada. Nietzsche traça o desenvolvimento psicológico das emoções e conceitos morais, revelando como o sentimento de culpa emergiu como uma ferramenta para o controle social. Ele questiona o papel da religião e das instituições na manipulação das consciências individuais para promover a submissão e a obediência.

Finalmente, no terceiro ensaio, "O que Significam os Ideais Ascéticos?", Nietzsche investiga as origens do ascetismo e a vida monástica, associando-os a um desejo de negar a vida terrena em favor de uma suposta vida após a morte. Ele vê nesses ideais ascéticos uma fuga da realidade e uma negação da vontade de poder natural do ser humano.

"A Genealogia da Moral" é uma obra complexa e densa, repleta de reflexões profundas sobre a natureza humana, a moralidade e a sociedade. Nietzsche desafia as noções tradicionais de moralidade e abre espaço para uma abordagem mais perspicaz e crítica dos valores morais. Ele argumenta que a moralidade não é inerente ao ser humano, mas é moldada por forças sociais e históricas, convidando os leitores a questionar suas próprias crenças e valores.

Embora a leitura do livro seja desafiadora, o leitor é recompensado com uma compreensão profunda da filosofia de Nietzsche e uma visão perspicaz sobre a natureza da moralidade. "A Genealogia da Moral" é uma obra fundamental para estudiosos de filosofia, sociologia e psicologia, e continua a ser debatida e discutida até os dias atuais.

Em resumo, "A Genealogia da Moral" é uma obra filosófica ousada e instigante, na qual Nietzsche oferece uma crítica poderosa e incisiva sobre as bases da moral ocidental. Através de sua prosa eloquente, Nietzsche desafia os conceitos tradicionais de bem e mal, convidando-nos a reavaliar nossos valores e a refletir sobre a natureza da moralidade humana. Certamente, é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em filosofia e nas questões fundamentais que permeiam a existência humana.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
comentários(0)comente



Giulia 07/04/2011

Meu primeiro livro de Nietzsche, valeu a pena!
Depois de um tempo querendo ler Nietzsche, consegui este livro emprestado e o li.
Trata-se de um livro bem reflexivo, que me fez refletir bastante sobre o "bem e o mal", "bom e malvado", ideais ascéticos e tudo mais que Nietzsche foi colocando. É um daqueles livros que eu pretendo reler um dia, também.
Valeu a pena, Nietzsche não me decepcionou! Foi ainda além do que eu imaginava. Espero aprender ainda mais (e imagino que irei, e muito) nos próximos livros que lerei escritos por ele.
comentários(0)comente



joaoggur 03/01/2022

Nietzche me fez duvidar da minha alfabetização.
Nietzche sem dúvida alguma mudou a minha vida: mudou a minha forma de pensar, de refletir e principalmente de ver o mundo.

?Quando se fala da superstição dos lógicos não deixo nunca de insistir num pequeno fato que as pessoas que padecem desse mal não confessam senão através de imposição. É o fato de que um pensamento ocorre apenas quando quer e não quando "eu" quero, de modo que é falsear os fatos dizer que o sujeito "eu" é determinante na conjugação do verbo "pensar". "Algo" pensa, porém não é o mesmo que o antigo e ilustre "eu", para dizê-lo em termos suaves, não é mais que uma hipótese, porém não, com certeza, uma certeza imediata. Já é demasiado dizer que algo pensa, pois esse algo contém uma interpretação do próprio processo. Raciocina-se segundo a rotina gramatical: "Pensar é uma ação, toda ação pressupõe a existência de um sujeito e portanto..." Em virtude de um raciocínio semelhante e até igual, o atomismo antigo que unia a "força atuante" à parte de matéria em que se encontra essa força, atua a partir desta: o átomo. Os espíritos mais rigorosos terminaram por desfazer-se deste último ?resíduo terrestre" e inclusive pode chegar o dia em que os lógicos prescindam desse pequeno "algo? que ficará como resíduo ao evaporar-se o antigo e venerável "eu".", depois desse pequeno aforismo, ainda preciso te provar que precisa ler?

É louco e extremamente bom.
comentários(0)comente



Léo 16/05/2020

A 'Genealogia da Moral' está situada na terceira fase do pensamento nietzscheano - escrito em 1887 -, primeiramente como um complemento e esclarecimento da obra 'Além de bem e mal'.
Dividida em três dissertações, a obra traz algo fundamental para o pensamento nietzscheano: o método genealógico. A partir deste método, Nietzsche não só se propõem a entender o desenvolvimento moral na história, mas também julgar, tendo a vida como parâmetro, o valor dos valores morais.
Obra fundamental para se aprofundar no pensamento de Nietzsche, entender como este vai antecipar algumas discussões freudianas e ver conceitos fundamentais nas percepções morais, como culpa, consciência, responsabilidade e afins.
comentários(0)comente



Carla.Floores 21/04/2024

Procuro respostas, encontro perguntas.
Para Nietzsche a moral no homem não passa de adestramento.
O que me leva a pensar no Anel de Giges e na música do Capital Inicial:
O que você faz quando ninguém te vê fazendo o que você queria fazer se ninguém pudesse te ver?
O homem não é bom por vontade própria, ele o é por medo do castigo. Pela culpa imputada nele através do cristianismo.
O sarcasmo de Nietzsche para como o Deus, sobretudo o deus cristão, é muito prazeroso de ler, do ponto de vista ateu.
O que entendi foi que para ele o ateísmo é liberdade.
A moral independente de dogmas é a verdadeira e pura moral.
Fazer o que é certo pelo ato em si, não por medo, influência ou ambição (vontade de poder).
O bom faz o bem o tempo todo? O ruim faz o mal? O bem é bom? Pra quem? O mal é ruim? Até onde?
Mas não medo do sofrimento, porque naturalmente, instintivamente, o homem gosta de sofrer.
É a partir do sofrer que o fortalecer acontece.
Vi também sobre a influência do casamento, da religião, do ideal ascético, dos sadios e dos enfermos.
“Estar doente é instrutivo, não temos dúvida, ainda mais instrutivo que
estar são.”
“O homem preferirá ainda querer o nada a nada querer…”
“tenho a coragem para o meu mau gosto”
“sim, quando ele se fere, esse mestre da
destruição, da autodestruição — é a própria ferida que em seguida o
faz viver...”
Regis2020 21/04/2024minha estante
Ainda não li nada de Nietzsche, mas gostei muito de sua resenha e deu vontade de começar por esse livro. ??


Carla.Floores 22/04/2024minha estante
Cuidado hein Regis, vicia.


Regis2020 22/04/2024minha estante
Pode deixar. ?




Tarciano 24/08/2021

Impressões...
Quem percorre as páginas desta obra não pode deixar de se inquietar com o sistema de moralidade ainda vigente. “Se tal sistema melhorou o homem”, esse “melhorar” significa domesticado, doutrinado, enfraquecido, desencorajado... quase um lesado, diria Nietzsche. O autor faz isso na tentativa de tirar o leitor do lugar comum e levá-lo a questionar aquilo que considera verdadeiro. Nietzsche coloca em xeque os padrões estabelecidos pelos anos de dominação de uma moral cristã, seja com a ideia de um Deus único que só faz sentido porque é ele quem dá sentido a tudo, seja porque Ele trouxe ao mundo o máximo de sentimento de culpa e a herança de uma dívida eterna para com Ele mesmo.

Na obra também se faz presente a questão do niilismo, que surge como consequência do colapso dos valores tradicionais e da perda de sentido imposta pela moral cristã. Nietzsche argumenta que o niilismo é uma etapa necessária para a superação das velhas crenças e a criação de novos valores que afirmem a vida. A visão ateísta de Nietzsche desafia a noção de um propósito divino e propõe que os indivíduos criem seus próprios significados em um mundo desprovido de verdades absolutas.

Para resumir, pode-se dizer que as três dissertações traçam, respectivamente, uma crítica genealógica da oposição “bem/mal, bom/mau”, da culpa e da má consciência e, por fim, dos ideais ascéticos.

Portanto, diversos aspectos prenderão sua atenção na leitura e o inquietarão. Se algo não fez isso, pode ser por três razões: ou você não compreendeu o nível mais profundo dos sistemas de crueldade e doutrinação ideológica trazidos pelas religiões, sobretudo as de origem cristã; ou sua fé e moral estão fortemente doutrinadas, cristianizadas, ou seja, talvez você seja o homem doente, aquele que faz parte do rebanho, daquele grupo que se tornou inimigo da vida, um negador, etc.; ou você não entendeu só não entendeu mesmo a obra.
Andrei.Mazzola 24/08/2021minha estante
Ótima resenha




Joao366 22/02/2020

O terceiro período da obra de Nietszche denominado 'Transvaloração dos Valores' é marcado por uma crítica dos valores morais, quebrando preconceitos e libertando o homem de princípios vãos. Necessita-se perguntar: em que consistem os valores, como são instituídos, onde se acham fundamentados, que valor têm eles mesmos? Partindo da investigação do conceito dos juízos de "bom" e "mau", o filósofo quer saber como e que momento eles foram criados. Esses juízos aparecem em duas concepções morais opostas: a dos nobres e a dos escravos, que travaram uma batalha milenar pelo predomínio de seis ideais. Priorizando a moral escrava, o livro aprofunda nas três figuras em que essa moral se apoiou para vencer: ressentimento, má-consciência, e ideal ascético.
comentários(0)comente



Lucas.Yoshiki 27/07/2023

Subestimei muito por sempre ver pessoas Enaltecendo Nietzsche e achei q não era nada disso, acabei quebrando a cara pq de vdd QUE LEITURA COMPLICADA. Eu pretendo futuramente ler outra vez, pois sinto q não consegui extrair ao máximo.
emanuelppolar 27/07/2023minha estante
KKKKKK todos passamos pela fase de achar nietzsche superestimado


Lucas.Yoshiki 27/07/2023minha estante
nem fala vei kskksks eu lia e ficava: "O QUE???"




Fabiana 24/05/2020

Meu primeiro livro de Nietzsche e também meu primeiro livro sobre filosofia. Gostei das reflexões que o livro traz, apesar de me encontrar em certos momentos um pouco confusa sobre algumas passagens... Mas acho que é assim que um livro de filosofia funciona. Sem mais delongas, é um livro bom, se você curtir esse assunto, acredito que gostará dessa leitura.
comentários(0)comente



Miquéias :) 30/07/2023

Bom, mau, ruim, bom... freudiano e bem século XIX
Meu primeiro contato com Friedich Nietzsche foi, ironicamente, com seu livro mais psicanalítico.

Em a genealogia da moral, Nietzsche questiona, em três ensaios, as origens da moral, controle e culpa que aflingem até a sociedade posterior ao filósofo.

Aqui ele busca diferenciar os termos "bom" e "mau" tal qual "bom" e "ruim", questionando os motivos sociais e morais de o termo "bom" possuir dois antônimos de significados distintos, após isso, parte para o entendimento da "culpa" e da "má-consciência", compreendendo o uso da culpa cristã como ferramenta de doutrinação moral e modelação social. Finalmente, parte para o significado dos ideias ascéticos, onde deixa transparecer, entre uma linha e outra, toda sua misoginia cristalizada e freudiana.

A tradução de Paulo César de Souza faz um trabalho muito bom em transparecer todas as informações necessárias para o entendimento do livro, mantendo sua alma e escrita agradável de Nietzsche.
comentários(0)comente



Soler 20/06/2020

Tirou tabus
Li este livro quando era novinho, há uns 17 anos atrás. Lembro que se criava uma imagem de Nietzsche em minha mente de alguém cruel, que não acredita em Deus, sem sentimentos bons. Obs: Nessa época eu lia romances espiritas e livros semelhantes, ou seja, o foco era algo tranquilo naquele mundo fechado. Porém, lembro que me surpreendi com este livro. Ele tratava da moral com seriedade e entrega. O oposto daquela imagem propaga deste filósofo. E aquela leitura, causou naquele jovem uma alegria, pois aquele filósofo tão temido tratava de uma questão tão boa e importante, que é a moral e uma reflexão em torno desta. Recomendo a leitura. Não li outros livros dele de lá pra cá, então não sei se ele depois em outras obras focou em temas que eu consideraria mais radicais quando jovem. Mas este marcou pra mim por este motivo, que pra mim quebrou uma barreira e imagem que o mundo propaga de Nietzsche, e que neste livro não tem nada disso.
comentários(0)comente



Wes 14/05/2021

Bom... Foi o primeiro livro que li de filosofia bruta e o fiz por conta da indicação da minha professora da matéria, que me incutiu muito interesse no pensamento de Nietzsche. Aproveitei na medida que um leigo poderia. Lê-lo-ei novamente em outra oportunidade, mas acredito que entendi a base angular do pensamento desse filósofo.
comentários(0)comente



Palestrinha 01/09/2020

Talvez seja um dos melhores livros que li dele. Este livro é uma forma nova de se ver o que é certo e errado, o que é bom e mau, o que é bem e mal, todas essas questões são esmiuçadas de forma única através de uma escrita um pouco narcisíca, porém certeira. Confesso que após a leitura deste livro a forma como a qual me perguntava sobre as coisas, sejam elas quais fossem, foi levemente modificada para uma posição mais crítica.
comentários(0)comente



78 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR