Resenhas - Olhai os Lírios do Campo

arthurzito 20/02/2020

Olhai os lírios do campo, Erico Veríssimo
Olhai os lírios do campo nos conta a vida se Eugênio, o típico pobre que não gosta de pobreza e que sempre cria oportunidades para sair dela mas que dificultamente sai por completo. Tudo isso muda com a notícia da iminente morte de sua amante, Olívia.


Pra mim foi um livro um tanto difícil de ler, demorei bastante, a maneira que Érico escreve a história é um pouco maçante mas que no seu decorrer vira bastante prazerosa. É um livro que sempre merece mais uma chance.

@thaisacsiqueira 17/02/2020

Um dos melhores livros que li na vida.
É absolutamente lindo e nos faz pensar.
É daqueles livros que mudam o leitor.

Joy.patrocinio 12/02/2020

Liçao d vida
Gostei. Ele tem um carga bem dramatica. Eugenio é ambicioso por ter uma vida de pobresa e se casa por interesse. Um covarde de marca maior. Mas a vida o ensina q dinheiro nao é tudo q a felicidade esta nas coisas simples .

Vinicius 08/02/2020

Livro importante
Livro importante pra entender baixo-auto estima, ganacia e buscar um pouco de paz de espirito

@sabri.eoslivros 04/02/2020

“Olhai os Lírios do Campo” é um romance urbano que fez com que Veríssimo entrasse no rol dos grandes escritores brasileiros. Apesar de haver publicado outros livros anteriormente, nenhum atingiu o sucesso da presente obra. Como uma boa cruz-altense e apreciadora do autor, por óbvio esse romance espetacular está entre os meus favoritos da vida.

Temos aqui a história de vida de Eugênio. Homem de origem humilde que vem a se tornar médico. Na faculdade, conhece aquela que se tornará seu grande (e único) amor na vida. Durante e após uma grande tragédia, Eugênio passa a refletir sobre sua existência, suas escolhas e os caminhos que escolheu tomar. Tudo isso permeado pelas cartas escritas - e recheadas de ensinamentos e reflexões - deixadas pela mulher que tanto amou.

Difícil não se emocionar durante a leitura e não nos pegarmos pensando sobre nossas próprias escolhas, valores e prioridades. Fiz a releitura dessa obra no final de 2019, após ter lido pela primeira vez há cerca de 10 anos, e é impressionante ver o quanto a Sabrina de quase 30 anos conseguiu absorver muitos outros ensinamentos, que a Sabrina de 18 anos havia deixado passar...

Outro detalhe importante é que, apesar de ser um livro escrito por um homem (e na década de 30!), aqui o grande destaque é a personagem feminina. Olívia é a pessoa mais sensata e centrada da história e uma das mais sábias personagens que já tive o prazer de conhecer. Ser ambientado na minha atual cidade de Porto Alegre também me cativa ainda mais.

Domi Castro 10/01/2020

Inspirador e atualíssimo
"Clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer." - Ítalo Calvino
Um livro sobre a gentileza, a empatia, o altruísmo e o amor como respostas a um mundo marcado pela ação (des)humana. Publicado em 1938, num Brasil sob o Estado Novo de Vargas, este livro, de viés pacifista e altruísta, superou as expectativas de venda do próprio autor - Érico Veríssimo, consagrando-o como escritor. Fatos como esse me fazem pensar que mesmo nos piores cenários possíveis, as pessoas ainda são capazes de olhar com inspiração e esperança a perspectiva de dias melhores, de uma humanidade melhor. (E o que são a inspiração e a esperança senão combustíveis da própria ação?)
Possa a Arte sempre alcançar os corações humanos, a inspirar-lhes o olhar aos "lírios do campo".

Adriana1161 05/01/2020

Lindo
Livro lindo, história linda, daquelas que ficam na memória, personagens que ficam colados na gente!
A primeira parte, alterna passado e presente, a vida de um adolescente um tanto ingênuo, com sentimento de inferioridade. Parece até ser um romance de formação.
A segunda parte, aborda só o presente do personagem.
Faz ótimas críticas sociais e políticas, pertinentes até os dias de hoje. Tem discussões sobre a política mundial, tratando dos acontecimentos mais efervescentes e relevantes da época.
Gostei de várias frases: "A vida começa todos os dias", "Tinha tido apenas a ilusão de viver, mas na verdade andara morto por entre os homens"
Como todo bom clássico, é atemporal! Gostei muito!
Personagens: Eugenio, Ernesto, d. Alzira-mãe, Angelo-pai, Olivia-amante, Honorio-chofer, Eunice-esposa, Anamaria-filha, Seixas- médico e conselheiro, Filipe, Isabel, Dora, Simão, Castanho, Cintra

Bruna 30/12/2019

"E então, em pensamento, ele abraçou o pai, amou-o com ternura"
A parte em que ele ignora o pai na rua e, logo depois, o que o pai fala na mesa de jantar quebrou meu coração :(

Rai @atequeolivronosrepare 15/11/2019

Um livro que chapinha em memórias.
📚 "Olhai os lírios do campo", por Érico Veríssimo.
📚 288 páginas. Companhia das Letras (@companhiadasletras).
🇧🇷 Literatura brasileira. 1938.
🌡 Nota: 5/5 (é um dos meus preferidos) 💭 [Minhas considerações]: Eugênio Fontes é um homem que chapinha em memórias. Em seu passeio pelo passado e pelos afetos, o leitor é conduzido para os sentimentos de um homem que cresceu junto com sua sensação de inferioridade. Pessimista, ensaiando o pragmatismo, triste e irremediavelmente humano são algumas características que atribuo ao jovem homem. Ele não foi construído para agradar, para ser o preferido da literatura. É notável o desconforto que Eugênio provoca na maioria dos leitores de Veríssimo.

O livro, situado na segunda fase do Modernismo brasileiro, passeia por fluxos de consciência. A infância pobre, a puberdade incômoda e as decisões de adulto são cavucadas pelas páginas. O protagonista, em ascendência dos próprios desejos, forma-se médico. Junto à sensibilidade em descrever as fragilidades do moço, Érico Veríssimo se compromete também em uma extensa crítica social. Temas como antissemitismo, fascismo, aborto e desigualdade social são colocados em seus capítulos.

De longe, a personagem que mais provoca empatia é Olívia, amiga de curso de Eugênio. Foram suas cartas narrando os primeiros passos de Ana Maria, sua filha bebê, que me emocionaram na minha primeira leitura do clássico, quando eu tinha meus 12 anos. À época, eu lia também um periódico de cartas de uma mãe para sua filha, do ventre ao contato com a terra. Foi ali que nasceu minha paixão por cartas - muito incentivada pelo Concurso Internacional de Redação de Cartas dos Correios, que participei e fui premiada duas vezes. De todas as partes do texto, com certeza as cartas de Olívia são as minhas preferidas.

É preciso que se fale também sobre as diversas vezes que vi, não sei se por imaginação ou acuidade, a semelhança com "Madame Bovary", de Gustave Flaubert. A cena do encontro de Eugênio com Eunice, após o médico cuidar de uma empregada dos Sintra, e posteriormente a narrativa de uma esposa que largou o marido para fugir com o amante e largou o amante para fugir com outro amante foram algumas conexões.

site: https://www.instagram.com/p/B4xD91qJLLs/?igshid=e29x2r2b0eee

Adriana Pereira Silva 25/10/2019

Temos um legado a deixar?
?Olhai os lírios do campo? narra a história de Eugênio Fontes, um menino que nasce numa pobre família, seu pai e mãe, que vivem para os filhos, e o mais novo irmão Ernesto.
E esse mundo humilde em que vive e as dificuldades decorrentes dele, fazem dele um homem transtornado e revoltado com sua condição social, querendo a todo custo possuir dinheiro, riquezas e respeito para não mais sofrer o complexo de inferioridade que sofria.
No entanto, ao se deparar com a realidade deste meio percebe que não é bem assim. E continua infeliz.
Assim, percebemos, no decorrer da leitura ,o poder que nossos pensamentos e experiências sofridas quando pequenos podem ter quando vamos crescendo e nos tornando adultos.
A bondade é parte do Homem, no entanto, muitas vezes, ele se deixa dominar pela ganância, ambição, que o tornam um ser imperfeito, sem alma.
Mas também percebemos o quanto as pessoas que passam por nossa vida podem fazer a diferença no que somos, pensamos e nos tornamos, tanto para o bem quanto para o mal. O meio influencia nossas atitudes e pensamentos, mas as pessoas com as quais convivemos também, podem nos salvar ou não.
Foi uma das obras mais lindas que já li, tendo feito com que refletisse sobre essas questões e sobre o que tenho feito com minha vida. Nós temos o poder sobre ela, viver estagnados ou viver de maneira completa, fazendo o bem às pessoas, ajudando ao próximo, trabalhando em prol daqueles que mais precisam de nós, não nos deixando desfrutar da vida sem significado nenhum, vegetando.
O segredo da vida está nesses detalhes, de como viver. Assim, quando temos pequenas atitudes em relação ao próximo, cotidianamente, estaremos mais completos e felizes. Teremos vivido com toda intensidade, conforme Deus quis que passássemos por este mundo.
?Olha as estrelas. Sempre há esperança na vida.?
[...] As estrelas eram um símbolo de pureza, qualquer coisa intangível que a mão dos homens ainda não conseguira poluir. As criaturas que chafurdavam na lama podiam salvar-se se ainda tivessem olhos para ver as estrelas.?

?Só através do sofrimento e da luta é que ele poderá encontrar-se a si mesmo. [...] «A vida começa todos os dias».?

?Descobri que a paz interior só se conquista com o sacrifício da paz exterior. Era preciso fazer alguma coisa pelos outros. O Mundo está cheio de sofrimento, de gritos de socorro. Que tinha eu feito até então para diminuir esse sofrimento, para atender a esses apelos??

?leias apenas o Sermão da Montanha. [...] Os homens deviam ler e meditar nesse trecho, principalmente no ponto em que Jesus nos fala dos lírios do campo, que não trabalham nem fiam e no entanto nem Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu com um deles. [...] quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do Céu. [...] Há na Terra um grande trabalho a realizar. É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços enquanto os aproveitadores sem escrúpulos engendram os monopólios ambiciosos, as guerras e as intrigas cruéis. Temos de fazer-lhes frente. É indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da violência e sim com as do amor e da persuasão. Considera a vida de Jesus. Ele foi antes de tudo um homem de ação e não um puro contemplativo. ?

?Felicidade é a certeza de que a nossa vida não se está passando inutilmente. São estes intervalos entre um trabalho cansativo e outro trabalho cansativo, estes intervalos em que a gente pode conversar com um amigo, brincar com os filhos, ler um bom livro... O erro é pensar que o conforto permanente, e bem-estar que nunca acaba e o gozo de todas as horas são a verdadeira felicidade. [...] a felicidade não era o sucesso, o conforto. Uma simples frase deixou-me a pensar: «Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda a sua glória se cobriu como um deles. [...] Não precisamos discutir a origem divina de Cristo. Podemos olhá-lo apenas como homem. Mas o essencial é o espírito desse sermão, que é a condenação da guerra, da cobiça e da violência. O elogio do amor, da tolerância, da paciência e da paz.»?

?«Tu uma vez comparaste a vida a um transatlântico e te perguntaste a ti mesmo: estarei fazendo uma viagem agradável? Mas eu asseguro que o mais humano seria perguntar: estarei sendo um bom companheiro de viagem?»?

?... só valem as experiências que fazemos com a nossa própria carne.?
?«Só a vida ensina a viver [...] É preciso a gente ver primeiro tudo que a vida tem de mau e de sórdido para depois podermos descobrir o que ela tem de belo e de bom, de profundamente bom.»?

?...um sonho deixa de ser apenas um sonho no dia em que alguém o realiza.?

Livros e História 23/10/2019

Meu amor nacional
Olhai os lírios do campo foi uma das leituras mais incríveis que li há uns 6 anos atrás. No momento que li este livro eu me apaixonei pela história e pelo autor, Érico Veríssimo se tornou meu autor nacional favorito e é claro, li outras obras dele. Me lembro até hoje da sensação que senti quando li esse livro, daquele romance, das histórias envolventes, do ódio sobre alguns personagens e do enredo que me cativou. Foi por muitos anos meu livro favorito da vida!
O livro vai contar a história de Eugênio, um menino pobre que com muito esforço de seus pais consegue estudar em colégios particulares e fazer a faculdade de medicina. No começo, temos a fase de criança/adolescente e depois a fase adulta de Eugênio, em que vários personagens vão se incorporando no enredo, como Olívia, Anamaria, a família Cintra, entre outros.
Quando eu reli o livro, eu fiquei muito surpresa, pois não lembrava nem um pouco da história em si (rsrsrs), de como o autor cita acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, como o ódio aos judeus (no livro, tem alguns personagens que acham incrível o totalitarismo que Hitler exerce e odeia os judeus). Parece que os personagens não tem a sensibilidade mesmo vivendo no Brasil de quão horrível é odiar o outro por alguma distinção.
Acho que preferia não ter relido o livro, aquela primeira sensação de anos atrás passou, vejo o livro agora com outros olhos e com alguns problemas. Porém, escolhi amar a primeira vez que o li, e ter essa releitura como uma recordação de fatos que não lembrava. Érico Veríssimo abriu o mundo da literatura nacional pra mim, Olhai os lírios do campo foi meu livro nacional e minha história preferida. O livro continua sendo mágico, e com certeza, pra quem for lê-lo uma primeira vez vai se encantar pela escrita e por essa história.


site: https://www.instagram.com/p/B4p3ebSDktd/?utm_source=ig_web_copy_link

Mayara.Bernardino 19/10/2019

"Como seria possível salvar os homens?"
Essa é uma obra que nos tira as estruturas e nos obrigar a refletir sobre nossa vida, nossa sociedade e o mundo que queremos, mas principalmente o que estamos fazendo e quem somos nós perante a sociedade.
Será que seremos lembrados? Queremos de fato ser lembrados? Pelo quê queremos ser lembrados? Estamos vivendo de fato ou sendo levados pela vida? O que estamos fazendo para melhorar a comunidade em que vivemos? No que nós cremos? Essas foram algumas, das milhares, de questões que eu pude tirar lendo este livro. Uma ficção com um contexto histórico gritante, com um cenário histórico e social brasileiro da década de 30 que facilmente pode ser inserido a nossa sociedade atual.
O livro traz a fé de forma bem marcante. A todo momento percebia no contexto da leitura, o quanto a fé é importante e necessária para o ser humano de fato entender a vida e o sentido dela. Seja a fé em Deus, no dinheiro, na medicina, nos homens e até mesmo em nada, precisamos dela para vivermos, caso contrário a vida não teria um sentido, um objetivo, não daríamos conta de seguir, literalmente é a fé em algo que move o ser humano.
Erico traz uma critica contra a desigualdade social e a falta de humanismo no trato com o outro, na falta de empatia, gentileza e como o homem e sua falta de educação são responsáveis por essa desigualdade gritante e pelas guerras desnecessárias. A necessidade e busca pela medicina humanitária, em como a sociedade carece de empatia e cuidado de si e dos outros, como o papel da medicina e de seus profissionais são importantes para uma vida justa e igualitária. Vemos muitos trechos em que são claras as propostas e ideias de um mundo melhor, onde a educação das crianças e o ensino da gentileza, da empatia, a construção do que hoje conhecemos como o SUS, era uma busca, um sonho para o autor.
Podemos dizer que a obra é muita atual, que os homens fazem guerras apenas por benefício próprio, que o dinheiro, a fama, as posses, o poder e o prestígio são o que movem os seres humanos a muitas décadas. Infelizmente, tenho que dizer que penso que as propostas do autor para uma sociedade mais justa ainda é uma utopia, embora eu acredite que elas são excelentes e seria um sonho realizado se fosse possível colocar em prática, porém ainda estamos longe do perfeitamente possível. Claro que vemos em muitos cantos do mundo, pequenos movimentos para a causa proposta no livro, porém o caminho é longo, mas se cada um de nós fizermos algo, já será um grande avanço.
Pensar no outro, dar ao outro a importância que ele merece, ouvir o próximo e tirar o foco de nós mesmos, dos nossos interesses pessoais e das nossas mesquinharias são assuntos chave do livro. Abrir mão de si mesmo em prol do bem maior. Eis o desafio do ser humano.
Bato palmas para essa obra. De uma linguagem magnifica que nos prende e quebra algo dentro da gente.
Se você leu este livro e não finalizou a leitura com incômodo interno, refletindo, tendo uma visão mais critica do contexto social, do desenvolvimento e suas realidades, convido você a relê-lo, pois sem dúvida você será impactado se prestar um pouco mais de atenção.

Rangel 29/09/2019

Felicidade versus Status
O livro "Olhai os lírios do campo" de Érico Veríssimo é uma obra prima clássica da literatura modernista, de tom poético, com descrição e narração bem construídas pelo autor, que envolve amor e desamor, conflitos internos e familiares. A personagem principal é o Eugênio Fontes, um rapaz pobre, internato de escola particular Columbia College, que consegue, graças ao sacrifício do opai, e ele consegue ingressar numa universidade e fazer o curso de medicina. Quando Eugênio se torna adulto, fica em dúvida de buscar a felicidade do seu amor com Olívia ou se manter no mundo das aparências que conquistou com status social de médico e o dinheiro para ostentar sua vida de luxo. Tal dilema interno acontece dentro de um táxi, enquanto o amor de sua vida, Olívia, está no leito de um hospital. Eugênio se casou com uma mulher rica, chamada Eunice, por quem se interessou por causa do dinheiro e ser da elite Na infância, Eugênio passou por um trauma de humilhação por causa da origem humilde de seu pai, pois nunca conseguiu o admirar e se sentia envergonhado perante os demais colegas de escola. Tinha inveja do seu colega Alcibíades, que tinha uma grande casa, carro, cavalos e muitas gravatas.A trama do trauma de infância é o motor principal da história de vida de Eugênio. Ele sempre procurou fugir deste sentimento de humilhação. Seu maior desejo fora ser reconhecido e respeitado, socialmente, custe o que custar. Conseguiu se formar em medicina e se casa com uma mulher rica. Sempre buscou fugir da pobreza e do subúrbio, por isso não gostava de atender pessoas pobres. Fingiu amar Eunice, mas durante toda sua vida, Eugênio sempre pensava na Olívia. Olivia foi sua colega e amiga de faculdade de medicina, também de origem pobre e humilde, que foi amante dele, mesmo após Eugênio ter casado, pois ela o amava.. Chegou determinado momento da vida de Olivia, que ela teve de deixar Eugênio e mudar de cidade para melhorar sua carreira de medicina. Eugênio lembrara da morte do seu pai antes de sua formatura, quando perdeu seu primeiro paciente e na morte doo do professor Tearle, que presenciaria numa noite com tempestade. Antes de morrer no leito do hospital, Olivia manda uma carta a Eugênio, questionando as pessoas que faz da vida uma busca do dinheiro e não vivem a felicidade e revela que teve uma filha dele, que se chama Anamaria. Como Eugênio não acreditava em Deus, quando leu a passagem bíblica no livro do Evangelista Mateus, capítulo 6, versículos de 25 a 34, quando Jesus fala que Deus provê os lírios do campo com total formosura e esplendor maior do que as roupas belas doo Rei Salomão, como também provê as aves do céu, o que o Criador não faria pelos seres humanos... Esta passagem o faz pensar o que fez com sua vida. Eugênio foi um covarde materialista, mas em momento da sua vida, resolveu deixar Eunice e assumir Olívia e Anamaria, mas o medo da pobreza e insegurança o faz afastar de Olívia. Após saber da notícia da morte de Olivia, rompe relacionamento conjugal com Eunice e se sente encorajado por Anamaria, sua filha, a ser um médico dos pobres. Eugênioo conhece o Dr. Seixas, que o motiva a causa da solidariedade. Numa certa vez, Simão e Dora procuram Eugênio para realizar o aborto, mas ele se nega a tal prática Depois, fica sabendo que Dora morrera por intervenção de uma enfermeira. Reencontra o amigo Florismal, que também morre. No final do romance, Eugêni contempla o entardecer do crepúsculo junto com sua filha. O livro é muito bem escrito e faz jus ao sucesso. Inesquecível para reflexão de vida. Totalmente, recomendável.

Flavinha499 11/09/2019

Qndo o amor fala mais alto
Livro lindo ,de uma ternura imensa,que nos passa a mensagem se que o amor ainda pode salvar o mundo.

niegecr 05/09/2019

Um livro marcante. Resenha publicada no instagram @livrei.ra
Muitas vezes começamos uma leitura e logo percebemos que aquele não era o momento certo em nossa vida para entender a história. Mas a sensação de pegar livro certo, na hora certa, com exatamente aquela mensagem que você precisava ler, nossa... não tem coisa melhor! Foi isso o que me aconteceu.
Confesso que comprei esse livro sem saber do que ele se tratava e até demorei um pouco para me cativar com a leitura. O personagem principal "Eugênio" é uma pessoa difícil de gostar, quase sem carisma. De origem extremamente pobre, Eugênio teve a vida movida pela ambição e raiva de sua origem humilde, com um complexo de inferioridade tão grande ao ponto de envergonhar-se de seus pais e irmão e fingir que não os conhece quando está perto de seus amigos.
Meu interesse pela história começa a mudar quando aparece "Olívia", colega da faculdade de medicina de Eugênio, a única mulher a se formar com turma. Também de origem simples (seu passado é pouco explorado na história), Olívia é uma mulher com uma sabedoria invejável. Sabe reconhecer nas coisas simples aquilo que é realmente importante na vida, despertando em Eugênio um sentimento que nem ele conseguia definir. Mas ambicioso como sempre foi, mesmo apaixonado por sua amiga, Eugênio se casa com Eunice, uma jovem rica e de família influente, conseguindo o que sempre almejou: ser um médico com status na elite da sociedade.
Entretanto, como era de se esperar, em pouco tempo de casado ele percebe o erro que cometera, mas somente após uma feliz descoberta seguida de uma infeliz notícia, decide abrir mão da riqueza de sua esposa e de sua vida cômoda para rever seus ideais e princípios, compreendendo, enfim, tudo aquilo que Olívia sempre tentou lhe mostrar: o que é ser humano.
*
Escrito por Érico Veríssimo e publicado em 1938, tudo o que este livro me trouxe de reflexão fez ele se tornar um dos meus preferidos da vida!

site: https://www.instagram.com/livrei.ra/