Olhai os Lírios do Campo

Olhai os Lírios do Campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Lipe 05/04/2020

5° obra de Erico Verissimo em ordem cronológica (1938)
"Olhai os lírios do campo", fora, para mim, um encontro com a escrita Verissima mais filosófica, poética e de personagens que se peculiarizam pelo caráter formada a partir do contextos político e social em que estão inseridos. Transformados pelo meio, mas também pelas aguras da vida. Foi também um convite à reflexão sobre a vida, sobretudo, a partir das escolhas errôneas de Eugênio, que casa-se com Eunice por conveniência social, status, dinheiro; deixando de viver o grande amor de Olívia, que verdadeiramente o amara.
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Débora Galter 04/04/2020

" Parábola moderna em forma de romance"
"Estou encontrando na vida em carne e osso velhos conhecidos de livros..
Seus casos são semelhantes aos daqueles personagens clássicos"
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Viviane 31/03/2020

Lindo.
Um livro sensível, que nos apresenta uma grande lição. O que realmente importa na vida?
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Geannetti 31/03/2020

Um livro para a vida
Já faz muito tempo que li esse livro, mas a lembrança de um livro profundo que te faz refletir sobre o que realmente importa na vida não é esquecido tão facilmente. Recomendo para evocar dúvidas e perguntas profundas sobre a razão de viver e para que viver!
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Karla 30/03/2020

Livro espetacular. E Olívia é a melhor personagem q já li.
Que livro! Antes mesmo de terminar de ler a parte 1, este livro já entrou para a lista dos meus Favoritos da vida. ?? E com louvor!
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A narrativa se passa na época da Revolução de 30 que acabou por transformar a vida da sociedade brasileira. Em Olhai os lírios do campo conhecemos vidas simples porém com muita pobreza, vidas burguesas mas com muito vazio e egoísmo. Porém se sobressaem duas vidas: a de Eugênio e a de Olívia. Opostos em sua forma de pensar e ver o mundo mas, que o Amor uniu e transformou para sempre.
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Na primeira parte, Erico Verissimo divide a história em duas linhas de tempo que vão se intercalando: uma narra o presente e a outra é narrada por Eugênio Fontes que nos conta suas lembranças até chegar ao momento presente onde uma grande perda serve de estopim para uma nova fase de vida, um novo modo de ver o mundo. Pode-se dizer que este é um romance da vida urbana mas não só. É também um romance social e psicológico.
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Eugênio teve uma infância difícil e cheia de privações. Quando era estudante de medicina conheceu Olívia. Mas foi no dia da formatura que ambos começam a estreitar mais os laços e a se envolver. Nela Eugênio vê uma grande amiga e conselheira. O que era primordial para ele era sua ascensão social, ser alguém. O que o leva a acabar casando por interesse e sem amor nenhum com Eunice. Uma união de aparências que, aos poucos, ele percebe não ser correta com nenhum dos dois.
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Olívia é a parte forte da relação afetiva com Eugênio, é ela que tem uma consciência crítica das coisas e o orienta na busca do seu lugar no mundo. Uma mulher sábia e de forte personalidade. Mas ao mesmo tempo muito serena. Com ela Eugênio aprende a ver que o dinheiro e o status não são a coisa mais importante e sim ter a consciência tranquila e paz de espírito. Uma personagem maravilhosa!
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A segunda parte do livro, eu diria, é o oposto da primeira em dinâmica. É muito menos avassaladora que a primeira. Mas é tão intensa quanto, pois retrata a mudança de Eugênio de um homem frio, egoísta e que tinha vergonha de sua pobreza e de seu próprio pai, em um homem mais humano e que aprendeu a amar sua profissão no sentido mais sublime: amor ao próximo.
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"Ele queria simplesmente aceitar a sua gente, mas aceitá-la com naturalidade, sem forçar a própria natureza. Através da aceitação talvez pudesse amá-la um dia"
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"Olha as estrelas. Enquanto elas brilharem haverá esperança na vida."
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Rosana.Brito 24/03/2020

O essencial é invisível...
O livro fala da busca pelo poder/status e como estes não valem de nada no final. Lindo ?
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Peregrina 22/03/2020

Não andeis ansiosos... (Mt 6:25-34)
Olhai os lírios do campo, publicado em 1938 por Érico Veríssimo, é um dos motivos pelos quais a nossa literatura é tão rica e deve ser apreciada. Não é um livro fácil: por vezes, incomoda. Incomoda porque se vale de um dos discursos mais famosos de Cristo para nos fazer acordar e enxergar, como o próprio Eugênio o fez em determinado momento da história, as nossas mesquinharias, ambições fúteis e tolas e como vivemos boa parte das nossas vidas olhando para nós mesmos, centrados nos nossos próprios desejos. A alfinetada é sutil, contudo, está lá e se você estiver bem atento, notará que não é apenas o protagonista desta trama que é egocêntrico e materialista.

Dito isso, passemos ao enredo. Olhai os lírios do campo é dividido em duas partes. A primeira narra a história da vida passada de Eugênio, o protagonista, intercalando com momentos do presente. A cada capítulo acompanhamos situações que moldaram o personagem e o transformaram em um ser inumano, enfadonho, murmurador e insatisfeito com a vida. Ele permanece assim até o momento em que conhece Olívia. Na verdade, ele continua sendo essa pessoa detestável e pela qual não nutrimos qualquer afeição, mesmo depois de conhecer a personagem feminina central desta história e nós observamos o seu processo de mudança e amadurecimento a partir de então.

Olívia é uma moça singular. Sendo a única aluna mulher do curso de medicina que também tem por aluno o próprio Eugênio, ela tem uma filosofia de vida totalmente oposta da filosofia do protagonista e de toda uma geração. Olívia não tem ambições, apenas um desejo ferrenho de fazer o bem, amenizar sofrimentos, ouvir e consolar. Ela crê em Deus, ao contrário do amigo, e crê fervorosamente na efemeridade da vida e no nosso dever de praticar boas ações, pensar no coletivo em detrimento de nós mesmos, amar, ajudar, servir. Nunca chegamos a conhecer a fundo o seu passado, entretanto sabemos que nem sempre ela foi assim. Não obstante, aprendemos (ou lembramos) com Olívia que cada dia é uma nova oportunidade para recomeçar e, enquanto estamos vivos, as chances se renovam a cada manhã.

Mesmo tendo contato com as ideias de Olívia, a princípio, Eugênio permanece estável em suas convicções e no seu materialismo exacerbado, vendo em Olívia apenas uma boa amiga que o satisfazia e ouvia seus melodramas. Todavia, a partir da segunda metade do livro, após alguns acontecimentos marcantes que constituem um divisor de águas em sua vida e na história, Eugênio começa a visualizar tudo ao seu redor sob uma perspectiva bem distinta da que estava costumado, isto é, pelo mesmo olhar da amiga e é só então que todos os seus conceitos e tudo aquilo que ele tinha como verdade e constante caem por terra.

Pois bem. A experiência de leitura da segunda parte foi bem melhor do que a primeira, mas esta foi essencial para compreendermos o estado deplorável de espírito e a podridão de caráter de Eugênio a fim de que a mudança pela qual ele passou se tornasse tão significativa e memorável tanto para o protagonista quanto para nós leitores. Veríssimo capturou bem os anseios de uma juventude vazia de sentido e de significado dos anos 1930 que, infelizmente, permanece da mesma forma quase 80 anos depois da publicação do livro, senão pior. É por isso que esta história é tão relevante até hoje. É bela e poética, sem deixar de ser verdadeira, desnudando o melhor e o pior do ser humano.

Naquela época, a urbanização prometia maior integração entre as pessoas, o famoso "progresso". Hoje, a globalização é quem faz às vezes. E qual foi e qual tem sido o resultado? Pessoas cujas almas estão cada vez mais inquietas, enclausuradas em seus apartamentos e salas comerciais, alheias ao que acontece do lado de fora do grande Megatério erguido por Felipe, amigo de Eugênio. Hoje, não é muito diferente, substitua os apartamentos e salas pelas redes sociais e o Megatério pela internet e encontraremos pessoas tão absortas da realidade quanto na década de 1930 e nas que sucederam. Existem para serem vistas e apreciadas, incapazes de compreender o outro e de, genuinamente, viver. Pois, em meio ao afã por melhores condições financeiras, por deixar sua marca do mundo, não é apenas Eugênio olvida a existência do próximo, que abandona quase que inconscientemente a sua humanidade, mas milhares de outros Eugênios, Filipes, Eunices, Castanhos que, hoje, passam a vida sem vislumbrar aquilo que o protagonista de Olhai os lírios do campo custou a aprender e que Olívia lutou tanto para ensinar: a vida é um sopro, o que importa não é o que a gente é, mas aquilo que nós fazemos para os outros.

Enfim, eu poderia falar sobre este livro por horas, mas preciso fazer o almoço agora, então finalizo esta resenha recomendando muito que você, que teve a paciência de me ler até aqui, leia esta obra-prima da nossa literatura. É rica, é bela e é salvacionista sim, como apontou o autor criticando a si mesmo anos depois da publicação do livro. Mas não é em busca de salvação que andamos todos errantes nesta vida miserável? Salvação do mal, salvação de nós mesmos.
Fernanda 24/03/2020minha estante
Uau! Sua resenha já me deixou encantada pelo livro. Preciso ler!


Peregrina 24/03/2020minha estante
Eu gostei muito, Fernanda. Ele tem um tom meio "salvacionista", meio "o futuro será melhor se todos pensarem no coletivo", meio "lição de moral" às vezes que incomoda algumas pessoas, mas eu gostei. Me emocionei durante a leitura e aqueceu meu coração.


Fernanda 24/03/2020minha estante
Entendi. Bem, passagens assim não costumam me irritar se não forem propaganda de governo; o que não acho que seja o caso nesse livro. Então vou ler. :)




Thamara 21/03/2020

Inspirador
Livro que me prendeu de início ao fim.
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Paulinha 20/03/2020

Reflexivo
Excelente obra. Em vários momentos me peguei fazendo escolhas para o personagem. Érico era um gênio. Viva à literatura brasileira!
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Lobinha Sincera 06/03/2020

Novo favorito
Esta história mexeu comigo de uma forma indescritível
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Olhai os lírios do campo, Érico Veríssimo – Nota 7,5/10
Essa foi a obra que colocou Veríssimo em uma categoria de destaque na literatura nacional. De fato, o autor escreve muito bem e consegue, de uma forma sensível, cativa o leitor e envolvê-lo com os personagens. No entanto, confesso que essa não foi uma leitura que amei. É engraçado que ao escrever um prefácio a essa própria obra, 28 anos depois de sua publicação, o autor foi claro ao afirmar que “não tenho muita estima por este romance. Acho-o hoje um tanto falso e exageradamente sentimental”. E a verdade é que concordo um pouco com a opinião de Veríssimo sobre o próprio livro. A história tem como pano de fundo o romance entre Eugênio e Olívia e um conflito interno de Eugênio contra a sensação de inferioridade pela posição social em que nasceu. Assim, Eugênio, um estudante de medicina, de origem humilde, decide se casar com uma jovem rica e ingressar na alta sociedade. E é justamente isso que vai ser abordado na primeira parte do livro: a trajetória de vida de Eugênio, desde sua formação como médico, sua origem familiar simples e suas angústias com as escolhas que precisa tomar. Vale a pena sacrificar os próprios valores pelo dinheiro e pelo sucesso? Será que esse novo status social é suficiente para suprir essa sensação de inferioridade?
Já a segunda parte me decepcionou um pouco e se distancia muito do que tinha lido até então. Ela é conduzida a partir das cartas deixadas por Olívia que, por sinal, é uma das personagens mais interessantes da obra. Só que nessa parte a leitura ficou bem mais arrastada e carregada de um sentimentalismo forçado a que o autor se refere em sua crítica ao próprio livro... As reflexões trazidas na primeira parte não são mais trazidas por Veríssimo, que passa a escrever uma simples “história de amor”. De qualquer forma, gostei muito da leitura e sinto que foi uma porta de entrada para o trabalho de Veríssimo, me deixando animado para conhecer outras obras do autor.

"Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente."

site: https://www.instagram.com/book.ster
Michelly 11/03/2020minha estante
Eu odiei esse livro




Suzana.LeAo 25/02/2020

Esse livro é o meu queridinho. Um romance incrível que nos leva a muitas reflexões sobre o comportamento humano. Uma história emocionante, envolvente e encantadora. É certamente um dos melhores livros que eu já li.
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Gilda.Mayumi 25/02/2020

Muito bom!!
Como profissional da área da saúde, eu me identifiquei muito com as reflexões desse livro... nos faz pensar sobre a nossa relação com os nossos clientes, como nos envolvemos, qual o nosso papel na sociedade e etc.
Também achei muito interessante que esse livro foi escrito e publicado antes do início da segunda guerra mundial, então vc consegue sentir a tensão política da época. Alguns personagens, até mesmo, demonstram admiração do fascismo crescente, retratando bem como o mundo estava dividido em ideais políticos.
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Carol.Panaro 23/02/2020

Belíssimo!
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Tamara127 20/02/2020

Fantástico.
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